Multi-drug resistance gene (MDR1) and opioid analgesia in horses

A absorcão de opióides no trato intestinal, assim como seus efeitos no sistema nervoso central, são modulados pela P-glicoproteína (P-gp), uma proteína de membrana celular codificada pelo gene MDR1, também chamado ATP-binding cassete, subfamília B, membro 1 (ABCB1) e que atua como bomba seletiva. A expressão desta proteína em roedores e seres humanos inibe a absorcão celular de opióides e sua presenca no intestino associada à isoenzima CYP3A4 reduz a atividade analgésica dos opióides por ativacão do metabolismo intestinal do fármaco. A reducão na extracão intestinal de fármacos opióides susceptíveis a esta proteína chega a 20%, o que reduz significativamente a biodisponibilidade de opióides administrados por via oral. No sistema nervoso central, a P-gp diminui a captacão neuronal dos opióides e seus efeitos analgésicos. Ainda é desconhecido se o gene MDR1 e a P-gp estão presentes no trato intestinal e no sistema nervoso central em cavalos e quais os seus efeitos na absorcão, metabolismo e efeito analgésico nesta espécie. Fica evidente a importância da determinacão da presenca ou não deste gene e sua expressão protéica no cavalo, para um melhor entendimento da farmacologia dos opióides nesta espécie.

Laparoscopia nas hérnias diafragmáticas: estudo experimental em cães / Laparoscopic techniques in diaphragmatic hernias: experimental study in dogs

A hérnia diafragmática traumática é a forma mais comum entre as hérnias diafragmáticas em cães e gatos e, por tratar-se de uma alteração anatômica, a terapêutica indicada é a sua correção cirúrgica. O presente estudo se propôs a avaliar a cirurgia videolaparoscópica no diagnóstico e tratamento dessa afecção em cães. Na primeira etapa do experimento, os animais foram submetidos à produção de um modelo de hérnia diafragmática. Após o período de uma semana, os cães foram submetidos à segunda etapa experimental por meio do acesso laparoscópico, tendo como finalidade o diagnóstico e a terapêutica cirúrgica. O acesso laparoscópico mostrou-se eficaz tanto na identificação das rupturas e dos deslocamentos como na correção cirúrgica de reposição visceral e rafia diafragmática nos oito cães do experimento.

Toracoscopia nas hérnias diafragmáticas: estudo experimental em cães / Thoracoscopic techniques in diaphragmatic hernias: experimental study in dogs

Na classificação das hérnias diafragmáticas, a traumática é a forma mais prevalente em cães e gatos. A alteração, que se caracteriza por uma alteração anatômica, tem na correção cirúrgica, o tratamento recomendado. O presente estudo se propôs a avaliar a cirurgia videotoracoscópica no diagnóstico e tratamento de hérnias diafragmáticas em cães. Na primeira etapa do experimento, oito animais foram submetidos à produção de um modelo de hérnia diafragmática por meio do acesso laparoscópico. Após o período de uma semana, os cães foram submetidos à segunda etapa experimental através do acesso toracoscópico, tendo como finalidade o diagnóstico e a terapêutica cirúrgica. O acesso toracoscópico mostrou-se eficaz tanto no caráter diagnóstico das rupturas e dos deslocamentos, como na correção cirúrgica de reposição visceral e rafia diafragmática.

Nova técnica para descorna em bovinos / New dehorning method in cattle / El nuevo método para descorne en bovinos

A descorna cirúrgica em bovinos adultos pode resultar em uma série de complicações trans e pós-operatórias. A deiscência é mais comum, principalmente por tensão exagerada na linha de sutura quando não há pele suficiente para aproximação das bordas. O objetivo deste trabalho foi comparar duas técnicas de descorna cirúrgica e propor um método alternativo para redução de tensão na linha de sutura. Foram utilizados 20 bovinos mestiços (Bos taurus/Bos indicus), sendo que em dez, foi utilizada a técnica de descorna rotineira no corno direito e no esquerdo a técnica proposta. Nos demais, foi realizada, no corno direito a técnica proposta e no esquerdo a técnica rotineira. A técnica rotineira constou de ressecção de uma elipse de pele sobre a base do corno, divulsão tecidual, amputação do corno com fio serra e dermorrafia com fio poliamida 0,80 em padrão de sutura interrompida simples. A técnica cirúrgica proposta consistiu de uma incisão retilínea iniciada próximo à eminência nucal até a base medial do corno, completada com uma incisão curva formando uma meia elipse em direção latero-rostral. Na base lateral do corno foi excisada outra meia elipse posicionada latero-caudalmente. Após a amputação do corno com fio serra, realizou-se a dermorrafia como na técnica rotineira. A técnica proposta reduziu o tempo de cirurgia, possibilitando menor divulsão tecidual, com adequada aproximação das bordas da ferida e menor tensão na linha da sutura.