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1.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(9): 3409-3417, set. 2022.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1394228

RESUMO

Resumo Esse artigo analisa os esforços de construção de espaços próprios à intelectualidade médica no Brasil a partir da transferência da Corte de Lisboa para o Rio de Janeiro em 1808, passando pelo processo de independência do país, até a criação da Academia Imperial de Medicina, em 1835. A partir dessas iniciativas, procurou-se afirmar a proeminência do saber médico-científico diante das práticas de cura tradicionais, bem como uma agenda higiênica para a nação independente, fortemente atrelada à legitimação de uma expertise local sobre a climatologia brasileira. Ao longo desse processo, algumas lideranças médicas envolvidas buscavam afirmar a convergência entre o discurso higiênico e os interesses do Estado imperial nascente, ao mesmo tempo em que anunciavam renovar os mecanismos de legitimação da carreira que, supostamente, passavam a se dar pelo mérito científico em detrimento dos favorecimentos clientelares típicos do Antigo Regime.


Abstract This article analyzes the efforts to build spaces for the medical community in Brazil since the transfer of the Court from Lisbon to Rio de Janeiro in 1808, through the country's independence process, until the creation of the Imperial Academy of Medicine, in 1835. Such initiatives affirm the prominence of medical-scientific knowledge in the face of traditional healing practices, as well as a hygienic agenda for the independent nation, strongly linked to the legitimation of local expertise in Brazilian climatology. Throughout this process, some medical leaders involved sought to affirm the convergence between the hygienic discourse and the interests of the nascent imperial state, while at the same time announcing the renewal of the mechanisms of legitimation of the career that, supposedly, started to be given by scientific merit instead of the patronage system typical of the Ancien Régime.

2.
Cien Saude Colet ; 27(9): 3409-3417, 2022 Sep.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36000632

RESUMO

This article analyzes the efforts to build spaces for the medical community in Brazil since the transfer of the Court from Lisbon to Rio de Janeiro in 1808, through the country's independence process, until the creation of the Imperial Academy of Medicine, in 1835. Such initiatives affirm the prominence of medical-scientific knowledge in the face of traditional healing practices, as well as a hygienic agenda for the independent nation, strongly linked to the legitimation of local expertise in Brazilian climatology. Throughout this process, some medical leaders involved sought to affirm the convergence between the hygienic discourse and the interests of the nascent imperial state, while at the same time announcing the renewal of the mechanisms of legitimation of the career that, supposedly, started to be given by scientific merit instead of the patronage system typical of the Ancien Régime.


Esse artigo analisa os esforços de construção de espaços próprios à intelectualidade médica no Brasil a partir da transferência da Corte de Lisboa para o Rio de Janeiro em 1808, passando pelo processo de independência do país, até a criação da Academia Imperial de Medicina, em 1835. A partir dessas iniciativas, procurou-se afirmar a proeminência do saber médico-científico diante das práticas de cura tradicionais, bem como uma agenda higiênica para a nação independente, fortemente atrelada à legitimação de uma expertise local sobre a climatologia brasileira. Ao longo desse processo, algumas lideranças médicas envolvidas buscavam afirmar a convergência entre o discurso higiênico e os interesses do Estado imperial nascente, ao mesmo tempo em que anunciavam renovar os mecanismos de legitimação da carreira que, supostamente, passavam a se dar pelo mérito científico em detrimento dos favorecimentos clientelares típicos do Antigo Regime.


Assuntos
Médicos , Saúde Pública , Academias e Institutos , Brasil , Humanos , Conhecimento
4.
J Hist Biol ; 54(3): 447-481, 2021 09.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-34665374

RESUMO

The aim of this work is to present the thesis "On the Ontogenetic Evolution of the Human Embryo in its Relations with Phylogenesis," by Affonso Regulo de Oliveira Fausto (1866-1930), published in Brazil in 1890. To our knowledge, it was one of the first Brazilian academic works focused specifically on evolution. It was also the first doctoral thesis that addressed the topic of recapitulation in order to analyze what was then called the progressive evolution of the human species in tandem with the embryological development of the individuals that would constitute the Brazilian "type." In the present work, we analyze the author's thesis in relation to its sources, concepts, as well as the country's political context at the time of its publication. Fausto's text, in which he explicitly recognized the influence of Ernst Haeckel's (1834-1919) recapitulation theory, represents a window to understand better a concept of nation based on science and on the idea of inexorable progress that was accepted in Brazil at the end of the nineteenth century.

5.
In. Teixeira, Luiz Antonio; Pimenta, Tânia Salgado; Hochman, Gilberto. História da saúde no Brasil. São Paulo, Hucitec, 2018. p.101-144. (Saúde em Debate, 269).
Monografia em Português | HISA - História da Saúde | ID: his-40750

RESUMO

Este capítulo pretende narrar o desenvolvimento, não linear e, no mais das vezes conflituoso, dos modelos institucionais de formação médica que vigeram na história do Brasil. Nesse sentido, discorre sobre questões específicas do exercício do trabalho médico e da organização da categoria. Assim, aborda a formação dos físicos e cirurgiões no período colonial, o ensino médico no Império, na República e na segunda metade do século XX, a medicina experimental e a reforma curricular Saboia. Comenta sobre as tendências da educação médica nas décadas de 1950 e 1960, os efeitos da expansão do ensino médico.


Assuntos
Educação Médica , Medicina Tradicional , História do Século XIX , História do Século XX
6.
In. Iglesias, Fábio; Santos, Paulo Roberto Elian dos; Martins, Ruth B. Vida, engenho e arte: o acervo histórico da Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, Fiocruz, 2014. p.137-188, il.
Monografia em Português | HISA - História da Saúde | ID: his-34737
7.
Santo André; Universidade Federal do ABC; 2014. 199 p.
Monografia em Português | HISA - História da Saúde | ID: his-35543

RESUMO

O objetivo deste livro é estudar o processo pelo qual as disciplinas científicas e os modelos institucionais que revolucionaram os fundamentos práticos e teóricos da medicina acadêmica europeia, ao longo do século XIX, foram sendo apropriados e adaptados pelas elites médicas brasileiras, face às condições nacionais. O interesse por esse tema partiu do questionamento de dois argumentos encontrados na literatura recente sobre o desenvolvimento das práticas institucionais voltadas para a expansão e legitimação profissional dos médicos no Brasil. Por um lado, aceita-se tacitamente a ideia da existência de um vínculo funcional entre o projeto médico sanitário e a ordem social imposta pelo Estado Imperial. Ao tomarem o saber médico como algo plenamente estabelecido, consolidado institucionalmente, estável e homogêneo, os autores pressupõem uma harmonia de interesses entre os médicos - agentes veiculadores do saber produzido pelas instituições médicas oficiais - e a classe senhorial dominante. Termina-se por deduzir mecanicamente tanto a legitimidade quanto o status privilegiado e uma suposta autonomia da medicina acadêmica, conferindo às elites médicas um poder que elas efetivamente não possuíam na condução das políticas voltadas para a saúde pública, a formação profissional e o exercício da prática médica. Por outro lado, apesar da postura revisionista e muitas vezes iconoclasta que esses autores mantêm contra a literatura pioneira sobre a história da medicina brasileira, percebemos que o critério de periodização aceito reproduzia acriticamente a demarcação positivista que se queria combater. Desse modo, a criação do Instituto Oswaldo Cruz, na primeira década do século XX, continua sendo apresentado como o momento de ruptura com os valores e práticas anticientíficas - metafísicas - da medicina do Império. (AU)


Assuntos
História do Século XIX , História da Medicina , Brasil , Educação em Saúde , Saúde Pública/história
8.
Belo Horizonte; NEHCIT; 2014. 41 p. ilus.
Monografia em Inglês, Português, Francês | HISA - História da Saúde | ID: his-38729

RESUMO

Produzido no âmbito do projeto “Dos objetos aos gestos: uma arqueologia da técnica farmacêutica na Escola de Farmácia de Ouro Preto (1840-1920) que coletou vários dados da Escola de Farmácia de Ouro Preto que possibilitaram a compreensão das modificações ocorridas no ensino, nos objetos utilizados, no experimento, na leitura, enfim, no saber farmacêutico. Essa escola reúne um dos maiores e mais importantes acervos do ensino e da prática científica no Brasil.(AU)


Assuntos
Educação em Farmácia/história , Farmácia/história , Instituições Acadêmicas/história , Homeopatia/história , Brasil , História do Século XIX , História do Século XX
9.
São Paulo; Aori Produções Culturais; 2012. 206 p. ilus.
Monografia em Português | LILACS | ID: lil-707781

RESUMO

A história da medicina pode ser contada de diferentes formas. Muitos o fazem com base nos principais protagonistas, voltando à atenção para os médicos ilustres, suas biografias e principais façanhas; outros procuram estabelecer fases do desenvolvimento científico e profissional, vendo-as como o suceder de etapas de um progresso linear. Em perspectiva diversa, esse trabalho tem como objetivo apresentar as relações entre pessoas, doenças e médicos em seus respectivos contextos sociais e culturais. Procuramos observar como, ao longo de nossa história, a saúde e a doença foram vistas de diferentes maneiras, sendo alvo de distintas práticas médicas individuais e coletivas. Além disso, voltamos nossos olhos para a trajetória da formação e da prática dos médicos, profissionais da cura centrais em nossa sociedade. Objetivamos com isso apresentar um quadro geral da medicina brasileira, compreendendo sua dinâmica na história geral do país. Traçar uma história da medicina num livro direcionado a um público amplo que, muitas vezes, não tem conhecimentos específicos sobre os temas abordados apresentou-se para nós como um desafio. Para enfrentá-lo, buscamos escrever nosso trabalho levando em conta aspectos que consideramos centrais ao processo de desenvolvimento social da medicina. Saúde, doença, prática e formação médicas são as estradas que nos conduzem nesse caminho. Para escrever nossa história, seguindo esses referenciais, foi necessário traçar uma narrativa nem sempre linear em relação aos processos e acontecimentos apresentados. Dessa forma, o leitor muitas vezes avançará e retrocederá no tempo ao seguir o caminho de um dos temas. Embora essa escolha possa em alguns momentos mostrar-se incômoda, ela sem dúvida possibilitará melhor compreensão de processos com maior permanência temporal, o que uma subdivisão diacrônica certamente dificultaria.


Assuntos
Cultura , /história , Educação Médica/história , História da Medicina , Médicos/história , Medicina Preventiva , Saúde Pública/história , Brasil
10.
São Paulo; Aori Produções Culturais; 2012. 206 p. ilus.
Monografia em Português | HISA - História da Saúde | ID: his-29896

RESUMO

A história da medicina pode ser contada de diferentes formas. Muitos o fazem com base nos principais protagonistas, voltando à atenção para os médicos ilustres, suas biografias e principais façanhas; outros procuram estabelecer fases do desenvolvimento científico e profissional, vendo-as como o suceder de etapas de um progresso linear. Em perspectiva diversa, esse trabalho tem como objetivo apresentar as relações entre pessoas, doenças e médicos em seus respectivos contextos sociais e culturais. Procuramos observar como, ao longo de nossa história, a saúde e a doença foram vistas de diferentes maneiras, sendo alvo de distintas práticas médicas individuais e coletivas. Além disso, voltamos nossos olhos para a trajetória da formação e da prática dos médicos, profissionais da cura centrais em nossa sociedade. Objetivamos com isso apresentar um quadro geral da medicina brasileira, compreendendo sua dinâmica na história geral do país. Traçar uma história da medicina num livro direcionado a um público amplo que, muitas vezes, não tem conhecimentos específicos sobre os temas abordados apresentou-se para nós como um desafio. Para enfrentá-lo, buscamos escrever nosso trabalho levando em conta aspectos que consideramos centrais ao processo de desenvolvimento social da medicina. Saúde, doença, prática e formação médicas são as estradas que nos conduzem nesse caminho. Para escrever nossa história, seguindo esses referenciais, foi necessário traçar uma narrativa nem sempre linear em relação aos processos e acontecimentos apresentados. Dessa forma, o leitor muitas vezes avançará e retrocederá no tempo ao seguir o caminho de um dos temas. Embora essa escolha possa em alguns momentos mostrar-se incômoda, ela sem dúvida possibilitará melhor compreensão de processos com maior permanência temporal, o que uma subdivisão diacrônica certamente dificultaria. (AU)


Assuntos
História da Medicina , Saúde Pública/história , Cultura , Medicina Preventiva , Educação Médica/história , Cura Homeopática/história , Médicos/história , Brasil
11.
Rio de Janeiro; Fiocruz; 2011. 298 p.
Monografia em Português | LILACS | ID: lil-653126

RESUMO

O livro guia o leitor pelos caminhos do pensamento médico brasileiro no século XIX e as origens da medicina tropical no país. Mais especificamente, fala da gênese da parasitologia helmintológica (estudo de vermes parasitas) e mostra como esse novo saber se legitimou e foi incorporado às práticas de diagnóstico, tratamento e profilaxia de doenças. Analisa as disputas em torno dessa legitimação, onde a helmintologia médica se confrontava com a climatologia - que associava as doenças às peculiaridades do clima e às características naturais do Brasil. Mostra como a helmintologia médica contribuiu para a corrosão da climatologia, embora esse processo tenha sido marcado tanto por rupturas como por continuidades, na medida em que, a princípio, não se tratava de saberes incomensuráveis. Como se lê desde o prefácio, "os inovadores não queriam vencer, mas convencer".


Assuntos
Humanos , Meteorologia/história , Geografia/história , Historiografia , História da Medicina , Helmintos/parasitologia , Medicina Tropical/história , Parasitologia/história , Saúde Pública/história , Clima Tropical , Brasil
12.
Rio de Janeiro; Fiocruz; 2011. 298 p. (História e saúde).
Monografia em Português | LILACS | ID: lil-653163

RESUMO

O livro guia o leitor pelos caminhos do pensamento médico brasileiro no século XIX e as origens da medicina tropical no país. Mais especificamente, fala da gênese da parasitologia helmintológica (estudo de vermes parasitas) e mostra como esse novo saber se legitimou e foi incorporado às práticas de diagnóstico, tratamento e profilaxia de doenças. Analisa as disputas em torno dessa legitimação, onde a helmintologia médica se confrontava com a climatologia - que associava as doenças às peculiaridades do clima e às características naturais do Brasil. Mostra como a helmintologia médica contribuiu para a corrosão da climatologia, embora esse processo tenha sido marcado tanto por rupturas como por continuidades, na medida em que, a princípio, não se tratava de saberes incomensuráveis. Como se lê desde o prefácio, "os inovadores não queriam vencer, mas convencer"


Assuntos
Humanos , Meteorologia/história , Doença , Helmintos/parasitologia , Parasitologia , Historiografia , História da Medicina , Clima Tropical
13.
Rio de Janeiro; Fiocruz; 2011. 298 p. (História e saúde).
Monografia em Português | LILACS | ID: lil-653171

RESUMO

O livro guia o leitor pelos caminhos do pensamento médico brasileiro no século XIX e as origens da medicina tropical no país. Mais especificamente, fala da gênese da parasitologia helmintológica (estudo de vermes parasitas) e mostra como esse novo saber se legitimou e foi incorporado às práticas de diagnóstico, tratamento e profilaxia de doenças. Analisa as disputas em torno dessa legitimação, onde a helmintologia médica se confrontava com a climatologia - que associava as doenças às peculiaridades do clima e às características naturais do Brasil. Mostra como a helmintologia médica contribuiu para a corrosão da climatologia, embora esse processo tenha sido marcado tanto por rupturas como por continuidades, na medida em que, a princípio, não se tratava de saberes incomensuráveis. Como se lê desde o prefácio, "os inovadores não queriam vencer, mas convencer"


Assuntos
Humanos , Meteorologia/história , Doença , Helmintos/parasitologia , Parasitologia , Historiografia , História da Medicina , Clima Tropical
14.
Rio de Janeiro; Fiocruz; 2011. 298 p.
Monografia em Português | LILACS, Coleciona SUS | ID: biblio-939366

RESUMO

O livro guia o leitor pelos caminhos do pensamento médico brasileiro no século XIX e as origens da medicina tropical no país. Mais especificamente, fala da gênese da parasitologia helmintológica (estudo de vermes parasitas) e mostra como esse novo saber se legitimou e foi incorporado às práticas de diagnóstico, tratamento e profilaxia de doenças. Analisa as disputas em torno dessa legitimação, onde a helmintologia médica se confrontava com a climatologia - que associava as doenças às peculiaridades do clima e às características naturais do Brasil. Mostra como a helmintologia médica contribuiu para a corrosão da climatologia, embora esse processo tenha sido marcado tanto por rupturas como por continuidades, na medida em que, a princípio, não se tratava de saberes incomensuráveis. Como se lê desde o prefácio, "os inovadores não queriam vencer, mas convencer"


Assuntos
Humanos , Animais , História da Medicina , Medicina Tropical/história , Medicina Tropical/métodos
15.
Rio de Janeiro; Fiocruz; 2011. 298 p.
Monografia em Português | HISA - História da Saúde | ID: his-26875

RESUMO

O livro guia o leitor pelos caminhos do pensamento médico brasileiro no século XIX e as origens da medicina tropical no país. Mais especificamente, fala da gênese da parasitologia helmintológica (estudo de vermes parasitas) e mostra como esse novo saber se legitimou e foi incorporado às práticas de diagnóstico, tratamento e profilaxia de doenças. Analisa as disputas em torno dessa legitimação, onde a helmintologia médica se confrontava com a climatologia - que associava as doenças às peculiaridades do clima e às características naturais do Brasil. Mostra como a helmintologia médica contribuiu para a corrosão da climatologia, embora esse processo tenha sido marcado tanto por rupturas como por continuidades, na medida em que, a princípio, não se tratava de saberes incomensuráveis. Como se lê desde o prefácio, "os inovadores não queriam vencer, mas convencer". (AU)


Assuntos
Humanos , História da Medicina , Helmintos/parasitologia , Meteorologia/história , Clima Tropical , Historiografia , Parasitologia/história , Geografia/história , Medicina Tropical/história , Saúde Pública/história , Brasil
16.
Rev. hist. Bibl. Nac ; 5(56): 21-23, maio 2010. ilus
Artigo em Português | HISA - História da Saúde | ID: his-18830

RESUMO

Faz uma abordagem sobre a medicina e a feitiçaria. A medicina e a feitiçaria já tiveram muito mais próximas de que se pode imaginar. Durante o Brasil Colônia até o século XIX, a produção de remédios com uso de animais associados ao universo mágico, como o morcego e o cão negro, não era exclusivamente de curandeiros. Médicos e boticários também receitavam substâncias cujo significado difere muito do que hoje entendemos por ciência, utilizando até mesmo cadáveres humanos nas fórmulas. Naquela época, a quantidade de médicos no país era mínima, mas não faltavam representantes das mais variadas ocupações para aplicar todo tipo de feitiços, como barbeiros, sangradores e mezinheiros (que aplica mezinhas, isto é, medicamentos caseiros). Esses terapeutas populares tratavam de doenças e de problemas cirúrgicos com ervas medicinais, amuletos e práticas como o catimbó - culto de possessão, de origem indígena, de caráter mágico-curativo - e o calundu, designação genérica de um ritual associado a danças e cantos coletivos, em que ocorriam a invocação de espíritos, adivinhações e curas mágicas, de origem africana, com elementos do catolicismo. (AU)


Assuntos
História do Século XVIII , História do Século XIX , História da Medicina , Medicina Tradicional/história , Cirurgiões Barbeiros/história , Brasil
17.
Hist Cienc Saude Manguinhos ; 17(3): 739-55, 2010.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-21461537

RESUMO

The contributions of Brazilian physicians to knowledge of diseases caused by parasitic worms, during the second half of the nineteenth century, had distinct effects on three epistemic communities: Brazilian clinical anatomy, French medical geography, and the emerging field of medical parasitology. Accepting the heterogeneity of both the systems for legitimizing scientific facts and the epistemological practices observed by each discipline, the text provides a specific cartography of the period's medical knowledge, revealing the lines of force shaping the three disciplinary fields. The focus on the circulation, control and validation of medical knowledge reveals strong controversies and complicated negotiations between different epistemic communities.

18.
In. Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. III Encontro da Rede Iberoamericana em história da psiquiatria: livro de resumos. Rio de Janeiro, Fiocruz/COC, 2010. p.128-137.
Monografia em Português | LILACS | ID: lil-600503

RESUMO

O presente trabalho aborda a relação entre o judiciário e psiquiatria no Brasil, no período compreedido entre 1822 e 1903. Isto é, da independência política até a criação da primeira lei de alienados, já no período republicano. A partir dessa discussão, pretendemos estabelecer uma linha de diálogo com uma parcela da bibliografia referente à história da medicina mental no Brasil.


Assuntos
História da Medicina , Legislação como Assunto/história , Psiquiatria Legal/história , Psiquiatria/história , Saúde Mental/história , Brasil
19.
Hist. ciênc. saúde-Manguinhos ; 17(3): 739-755, 2010.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-561334

RESUMO

As contribuições de médicos brasileiros ao conhecimento sobre doenças causadas por vermes parasitas, na segunda metade do século XIX, produziram efeitos distintos em três comunidades epistêmicas: a anatomoclínica brasileira; a geografia médica francesa; e a emergente parasitologia médica. Admitindo a heterogeneidade dos regimes de legitimação dos fatos científicos e das práticas epistemológicas, descreve-se cartografia específica do conhecimento médico da época, revelando as linhas de força dos três campos disciplinares. O foco na circulação, no controle e na validação do conhecimento médico revela controvérsias e complicadas negociações entre distintas comunidades epistêmicas.


Assuntos
História do Século XIX , Geografia , História da Medicina , Parasitologia , Brasil
20.
Hist. ciênc. saúde-Manguinhos ; 17(3): 739-755, 2010.
Artigo em Português | HISA - História da Saúde | ID: his-20686

RESUMO

As contribuições de médicos brasileiros ao conhecimento sobre doenças causadas por vermes parasitas, na segunda metade do século XIX, produziram efeitos distintos em três comunidades epistêmicas: a anatomoclínica brasileira; a geografia médica francesa; e a emergente parasitologia médica. Admitindo a heterogeneidade dos regimes de legitimação dos fatos científicos e das práticas epistemológicas, descreve-se cartografia específica do conhecimento médico da época, revelando as linhas de força dos três campos disciplinares. O foco na circulação, no controle e na validação do conhecimento médico revela controvérsias e complicadas negociações entre distintas comunidades epistêmicas.(AU)


Assuntos
História do Século XIX , História da Medicina , Geografia , Parasitologia , Brasil
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