RESUMO
Identificar a prevalência de Insegurança Alimentar e os fatores associados em famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família pertencentes ao território de uma Unidade de Saúde da zona norte do município de Porto Alegre (RS). Métodos: Estudo transversal realizado no período de junho a outubro de 2016. Mediu-se o nível de insegurança alimentar utilizando-se a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, com 15 questões que refletem a insegurança alimentar em diferentes níveis de intensidade. As variáveis independentes foram sexo e escolaridade do chefe de família; número de pessoas no domicílio; tempo de recebimento do benefício e valor do benefício recebido. Aplicou-se o teste de Fisher para avaliar a associação entre insegurança alimentar e as variáveis independentes. Foi considerado significativo valor de p≤0,05. Resultados: Participaram da pesquisa 50 famílias, das quais a maioria (90%) sofre algum grau de insegurança alimentar. Dentre estas, a maior proporção foi classificada com insegurança alimentar leve (38%), seguida da insegurança alimentar moderada (36%) e grave (16%). A associação entre insegurança alimentar e as variáveis independentes não foi estatisticamente significativa (p<0,05). Conclusão: A partir dos dados apresentados, evidenciou-se uma alta prevalência de insegurança alimentar nos domicílios contemplados pela transferência condicionada de renda do Programa Bolsa Família, reforçando a necessidade de aprimorar as ações de promoção da Segurança Alimentar e Nutricional.
