RESUMO
A Doença de Chagas, afecção endêmica comum no Brasil, pode deixar sequelas em diversos órgãos do indivíduo por ela acometido, a exemplo do intestino grosso (cólon), cuja doença denomina-se megacólon chagásico. Muito frequentemente o cólon sigmóide é o mais acometido. o megacólon chagásico caracteriza-se por estase fecal crônica, com dilatação cólica, podendo evoluir para formação de fecaloma e outras complicações. A doença é progressiva e o tratamento clínico nem sempre tem sucesso, o que culmina em tratamento cirúrgico, cujas técnicas empregadas podem levar a um pós-operatório difícil para o paciente...
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Cuidados Pós-Operatórios , Cuidados de Enfermagem , Doença de Chagas/complicações , Enfermagem em Pós-Anestésico , Megacolo/cirurgiaRESUMO
A resposta fisiológica do canal anal à distensäo retal é o relaxamento de sua porçäo proximal (PPC). A preservaçäo da continência após este relaxamento se dá principalmente pela existência de um gradiente de pressäo em entre a porçäo de maior pressäo em canal anal (zona de alta pressäo, ZAP) e a PPC. A hipótese formulada neste estudo é que estaria envolvido no mecanismo de preservaçäo da continência, näo só um gradiente de pressäo mas também de duraçäo desse relaxamento. Métodos: Foram estudados 16 voluntários normais (10 do sexo masculino) com idade média de 41,5 anos (24 - 60 anos) com a realizaçäo de manometria anal, utilizando-se cateter flexível de oito canais, com orifícios de perfusäo dispostos axialmente, em intervalos de 1 cm, dotado de baläo em seu extremo distal. O relaxamento era produzido por distensäo retal com insuflaçäo do baläo com pequeno volume de ar (15 - 30 ml) e concomitantemente registrado até a recuperaçäo da pressäo anal de repouso (PAR) (duraçäo de relaxamento). A amplitude do relaxamento foi determinada entre os valores da PAR antes da distensäo retal e no ponto de relaxamento máximo (PAR - PRM). O gradiente de pressäo foi determinado pela comparaçäo entre PAR - PRM na ZAP e PPC. A ocorrência de contraçäo na porçäo distal do canal anal foi interpretada como contraçäo do esfíncter anal externo e foi comparada com a PAR - PRM da zona de alta pressäo. Resultados: O relaxamento foi maior no PPC do que na ZAP (50 por cento vs. 36 por cento, p = 0,001), enquanto que a RAP - PMR foi significantemente maior na ZAP do que na PPC (30,7 vs. 12,6 mmHg, p = 0,001). Contraçäo do esfincter anal externo ocorreu em seis casos e näo foi significantemente diferente da PAR - PRM na ZAP (39,7 mmHg vs. 36,3 mmHg, NS). O relaxamento começou ao mesmo tempo em todos os níveis do canal anal, mas teve maior duraçäo em PPC do que na zona de alta pressäo (13,5 seg vs. 9,4 seg, p = 0,003). Conclusäo: Relaxamento de canal anal induzido pela distensäo retal com pequenos volumes está associado näo somente a ocorrência de um gradiente de pressäo mas também de duraçäo do evento entre a PPC e ZAP. Nas condiçöes estudadas, a preservaçäo da continência após o relaxamento näo depende da contraçäo voluntária do esfíncter anal externo
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Canal Anal/fisiologia , Contração Muscular/fisiologia , Relaxamento Muscular/fisiologia , Reflexo , Cateterismo , ManometriaRESUMO
Foram descritas em detalhes as alteraçöes citológicas da mucosa colo-retal em 10 diferentes condiçöes, tendo como base um estudo de 150 esfregaços obtidos por colonoscopia em casos de doenças inflamatórias (80), lesöes estenosantes (50) e pólipos (20). Como a superposiçäo diagnóstica com a biopsia foi elevada e a leitura do esfregaço pôde ser feita durante a colonoscopia, concluímos que o exame citológico é altamente confiável na interpretaçäo das diversas doenças da mucosa colo-retal, agilizando e direcionando a conduta com o paciente