RESUMO
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar e comparar a segurança e a efetividade da hipertermia por radiofrequencia e da injeçäo percutânea de álcool intramural na destruiçäo tumoral em coelhas com carcicoma VX2 implantado no fígado. Foram implantadas percutneamente, células de carcicoma VX2 no fígado de 37 coelhas New Zealand brancas. Os tumores foram tratados percutaneamente, sob orientaçäo ultra-sonográfica , com hipertermia por radiofrequencia (n=11) e com injeçäo intramural de álcool (n=14). O grupo controle recebeu injeçäo intramural de 0,5ml de soro fisiológico (n=12). O efeito das duas técnicas foi avaliado pelas medidas de crescimento tumoral, tempo de sobrevida e exame histopatológico post-mortem dos espécimes. As coelhas tratadas com radiofrequência apresentaram média de crescimento tumoral de 449,80 por cento/dia, e o tempo de sobrevida pós-tratamento foi em média 15 dias. As coelhas tratadas com álcool tiveram média de crescimento tumoral de 214,62 por cento/dia e tempo de sobrevida de 13 dias pós-tratamento. O grupo controle apresentou média de crescimento tumoral de 258,27 por cento/dia e viveu, em média, 9 dias pós-tratamento (com soro fisiológico). Metástases pulmonares causaram significativo estresse dos animais e foram a causa da morte de 31 (83,78 por cento dos pacientes) coelhas. Estudo histopatológico dos animais tratados demonstrou necrose tumoral e infarto do parênquima hepático peritumoral. Areas tumorais viáveis e metástases foram identificadas no exame post-mortem. Concluíu-se que a hiperternia por radiofrequencia e a injeçäo intratumoral de álcool säo métodos seguros para a destruiçäo tumoral no modelo animal. As coelhas tratadas apresentaram maior tempo de sobrevida que as do grupo controle, mas sem significância estatística. Näo houve diferença significativano crescimento tumoral entre os grupos. O exame anatopatológico demonstrou o efeito letal da radiofrequencia e do álcool no tumor e tecido hepático peritumoral. A incapacidade de obter-se completo controle local e sistêmico do carcicoma VX2 demonstra a agressividade desse tumor e näo necessariamentea ineficácia dos métodos testados.
Assuntos
Animais , Coelhos , Neoplasias Hepáticas Experimentais/diagnóstico , Neoplasias Hepáticas Experimentais/patologia , Neoplasias Hepáticas Experimentais/terapia , Neoplasias Hepáticas ExperimentaisRESUMO
Neste trabalho descreve-se os critérios para a prática da Radiologia Intervencionista, seus princípios e a contínua evoluçäo desta disciplina. O treinamento em Radiologia Intervencionista inclui aprendizado e habilidades clínicas, radiológicas e cirúrgicas. A interaçäo do intervencionista e o médico referente é fluente e constante. A particiaçäo do radiologista intervencionista nas conferências clínicas e cirúrgicas colabora para a melhoria do manejo do paciente pela seleçäo de procedimentos diagnósticos e terapêuticos menos invasivos. Os procedimentos guiados por imagens säo um sucesso na obtençäo de espécimes diagnósticos, a partir da biópsia percutânea e no tratamento de coleçöes fluidas esteréis ou infectadas, com a drenagem percutânea. As técnicas de Radiologia Intervencionista vascular e näo-vascular oferecem excelentes alterantivas para cirurgia no tratamento de diversas condiçöes do sistema cardiovascular, gastrointestinal e trato urináro e tem papel importante no tratamento paliativo de pacientes com câncer. Os horizontes da Radiologia Interveniconista säo amplos e estäo em constante evoluçäo. Novos procedimentos, tais como ablaçäo tumoral percutânea e "shunt" hepatoportal transepático acrescentam entusiasmo a esta especialidade fascinante e minimamente invasiva