Prevalence and factors associated with burnout among health professionals of a public hospital network during the COVID-19 pandemic.

Burnout is most commonly defined as a syndrome characterized by emotional exhaustion, cynicism, and ineffectiveness, which occurs in response to chronic stressors at work. It can adversely affect health workers' physical and mental health, and the quality of care provided. The COVID-19 pandemic increased stressors and could impact burnout prevalence in this group. There is a lack of information regarding the prevalence of burnout among hospital health workers in Brazil. A newer definition of burnout has been proposed that considers three different clinical profiles: the frenetic, underchallenged and worn-out subtypes. This differentiation could lead to interventions tailored for each subtype. The present study aimed to estimate the prevalence of burnout, its subtypes, and associated factors in workers of a public hospital network in Brazil, during the pandemic. A total of 143 randomly selected participants answered an online form that included sociodemographic and occupational items, and the Burnout Clinical Subtypes Questionnaire, a summarized version. This questionnaire evaluates three burnout dimensions (overload, lack of development, neglect) that can be used to discriminate the three burnout subtypes (frenetic, underchallenged, worn-out, respectively); higher scores indicate higher burnout levels. The prevalence of burnout was high (53.85%), similar to other studies during the pandemic. The most common subtypes were 'frenetic' (34.97%), characterized by increased efforts to meet work demands, to the point of neglecting personal needs, and 'lack of development' (23.78%), characterized by a sense that work is uninteresting and does not contribute to personal development, and a perfunctory behavior towards tasks. Age was associated with burnout: workers with less than 51 years presented higher levels of burnout. These findings indicate the need for effective interventions to prevent and/or treat burnout. The assessment of burnout subtypes can allow managers to better understand the processes affecting employees, and inform actions to improve workforce health.

Interprofissionalidade e interdisciplinaridade em saúde: reflexões sobre resistências a partir de conceitos da Análise Institucional / Interprofessionality and interdisciplinarity in health: reflections on resistance from concepts of Institutional Analysis

RESUMO O objetivo deste estudo foi relatar a experiência dos alunos do mestrado profissional em gestão de serviços de saúde acerca da utilização de conceitos da Análise Institucional, para analisar as resistências ao trabalho interprofissional e interdisciplinar na saúde, localizando-as como um analisador do processo e das relações de trabalho. O estudo foi elaborado a partir da vivência e da análise dos diários institucionais, escritos pelos alunos e analisados com base no referencial teórico da Análise Institucional. Observou-se que a resistência ao trabalho interprofissional e interdisciplinar, principalmente por parte dos médicos, atravessa as organizações de saúde, as relações de trabalho e a assistência aos usuários. Entretanto, essa resistência também é exercida por outros profissionais e pelos usuários, o que limita a interdisciplinaridade e a integralidade da assistência à saúde. Todavia, se, por um lado, ainda, há certa predominância do modelo biomédico, por outro, também se observam resistências a esse modelo nas organizações de saúde, necessitando ampliar os espaços de análise coletiva capazes de enunciar o reducionismo desse paradigma. Conclui-se que analisar coletivamente essas resistências possibilita aos profissionais da saúde ampliar as condições de sair de seus lugares instituídos e perceber os movimentos instituintes nos serviços em que atuam.

ABSTRACT This study aimed to report the experience of the students of the professional master's degree in health services management, regarding the use of concepts of Institutional Analysis, to analyze the resistances to interprofessional and interdisciplinary work in health, locating them as an analyzer of the process and of work relationships. The study was prepared from the experience and analysis of institutional journals, written by students, and analyzed based on the theoretical framework of Institutional Analysis. It was observed that resistance to interprofessional and interdisciplinary work, especially on the part of physicians, crosses health organizations, work relationships, and assistance to users. However, this resistance is also exercised by other professionals and users, which limits the interdisciplinarity and comprehensiveness of health care. But if, on the one hand, there is still a certain predominance of the biomedical model, on the other hand, resistance to this model is also observed in health organizations, needing to expand the spaces of collective analysis capable of enunciating the reductionism of this paradigm. It can be concluded that collectively analyzing these resistances allows health professionals to expand the conditions to leave their established places and perceive the instituting movements in the services in which they work.

Absenteísmo por motivo de doença: estudo de caso de Unidades de Terapia Intensiva Adulta e Pediátrica de um hospital público / Absenteeism due to illness: case study of Adult and Pediatric Intensive Care Units of a public hospital

O hospital é considerado um ambiente insalubre, que possui fatores predisponentes para diversos danos físicos e/ou psíquicos à saúde do trabalhador. A unidade de terapia intensiva (UTI), em especial, requer um nível de atenção elevado, pois os profissionais precisam lidar com as demandas diversas dos pacientes e dos familiares, que podem potencializar o sofrimento, adoecimento e absenteísmo. Por objetivo geral, tem-se, analisar os motivos de absenteísmo de uma unidade de terapia intensiva adulta e pediátrica de um hospital público estadual de urgência e emergência, no período entre de 2014 a 2018. Por objetivos específicos: descrever o quantitativo de afastamentos por doenças, por cargo e função no período do período analisado; descrer os fatores do ambiente e das condições de trabalho que favorecem o absenteísmo na visão dos entrevistados; identificar os fatores que geram cansaço e sentimentos positivos e negativos no trabalho na UTI; identificar como os fatores fisiológicos (sono, lazer e atividades físicas) que podem afetar o bem-estar do trabalhador; e identificar os fatores predisponentes do adoecimento. Metodologicamente é um estudo de caso, com a realização de entrevistas e consultas aos bancos de dados, para a busca de informações sobre os afastamentos por adoecimento. Os participantes da pesquisa foram os profissionais de saúde pertences ao quadro funcional do Hospital Estadual Alfa (HEA): enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos, nutricionistas e técnicos de enfermagem. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 13 participantes. Os dados quantitativos foram submetidos a análise estatística do tipo descritiva. A análise dos dados qualitativos foi realizada pela técnica de análise de conteúdo, estabelecendo-se como categorias temáticas: ambiente e condições de trabalho; cansaço e desânimo; prazer e realização; sono, lazer e atividade física; fatores predisponentes do adoecimento; consequências do absenteísmo; reação da chefia e colegas ao adoecimento; e motivação para trabalhar no hospital. Os dados revelam o registro de 16.419 dias de falta ao trabalho por licença médica na UTI, no período de 2014 a 2018. A função com maior número de dias de afastamento é a do técnico de enfermagem, o que está associado ao quantitativo desses profissionais nestas unidades. O enfermeiro é a segunda categoria nesse aspecto. A comunicação efetiva entre a equipe e a chefia é um fator que precisa de melhorias nos processos e nos relacionamentos. Em relação ao ambiente e às condições de trabalho, vários condicionantes têm gerado insatisfação. O cansaço está relacionado aos plantões e a quantidade de horas de trabalho ininterrupto. A maioria tem dificuldades para dormir. Nos momentos de folga, aproveitam para ficar com família, restando poucas alternativas de lazer. Várias situações contribuem para o adoecimento, como a sobrecarga de trabalho em função do perfil assistencial do paciente, acumulo das atividades durante o plantão, mais de um vínculo de trabalho, comunicação entre a equipe multiprofissional, risco biológico e fatores externos como familiares. As reações ao absenteísmo são diversas e ambíguas. A gravidez, ainda é vista como um problema e, o trabalhador que adoece repetidamente é rotulado como pouco produtivo. Considera-se possível e necessário, realizar intervenções que busquem melhoria das condições de trabalho e da saúde do trabalhador. O produto técnico apresentado é um relatório, que tem como objetivo realizar o diagnóstico do absenteísmo e propor ações que assegurem a saúde do trabalhador.

The hospital is considered an unhealthy environment, which has predisposing factors for various physical and/or psychological damage to workers' health. The intensive care unit (ICU), in particular, requires a high level of attention, as professionals need to deal with diverse demands from patients and family members, which can enhance the suffering, illness and absenteeism. The general purpose, it is to analyse the reasons for absenteeism of an adult and pediatric intensive care unit of a public hospital emergency, between 2014 and 2018. The specific objectives are: to describe the quantitative of sick leaves, by position and function in the reporting period; to descreve the factors of the environment and working conditions that favor absenteeism by the point of view of the interviewees; to identify the factors that generate tiredness, as well as the positive and negative feelings at work in the ICU; to identify how physiological factors (such as sleep, leisure and physical activities) that may affect the worker's well-being; and to identify the predisposing factors of illness. The research methodology, is going to be a study of case with interviews and consultations of the databases, searching information on sick leave. The participants of the research were the health professionals belonging to the staff of the Alfa State Hospital (ASH): nurses, doctors, physiotherapists, psychologists, social workers, pharmacists, nutritionists and nursing technicians. Semi-structured interviews were conducted with 13 participants. Quantitative data was submitted to a Descriptive statistical analysis. The analysis of qualitative data was performed by the technique of content analysis, establishing different thematic categories such as: environment and working conditions; tiredness and discouragement; pleasure and fulfillment; sleep, leisure and physical activity; predisposing factors of the illness; consequences of absenteeism; reaction of the superiors and colleagues to the illness; and motivation to work in the hospital. The data reveal the record of 16,419 days of absence, caused by medical leave in the ICU from 2014 to 2018. The nursing technicians had the highest number of days with absenteeism. The nurses were the second category in that respect. The effective communication between the team and the superiors, is a factor that needs to be improved in process and relationships. In relation to the environment and the working conditions, there are various conditioning factors that have generated dissatisfaction. Tiredness is related to the working shifts and the amount of uninterrupted working hours. Most have difficulty to sleep. In the spare moments, they take the opportunity to stay with family, leaving few leisure alternatives. Several situations contribute to illness, such as the overload of work according to the patient's care profile, accumulation of activities on duty, more than one job at the same time, communication between the multidisciplinary team, biological risk of and external factors such as family members. Reactions to absenteeism are diverse and ambiguous. Pregnancy is still seen as a problem and the worker who falls ill repeatedly, is labeled as unproductive. It should be considered possible and necessary to carry out interventions aimed at improving working conditions and workers' health. This technical product presented, is a report that aims to carry out the diagnosis of the absenteeism and propose actions that ensure the worker's health.