RESUMO
Para ser usado com segurança na cavidade oral, um material restaurador deveria ser inerte do ponto de vista biológico. Porém, com exceção das ligas de outro puro e das procelanas odontológicas, todos os materiais possuem potencial irritante aos tecidos bucais. Apesar de serem consideradas raras, reações alérgicas podem acontecer devido à presença dos materiais restauradores, podendo estas se manifestar sobre a forma de gengivite, estomatites, líquen plano ou mesmo reações extra-bucais. A capacidade que cada material restaurador tem de reter microorganismos parece ser o fator mais determinante no seu comportamento biológico frente aos tecidos bucais, em especial a periodonto. De maneira, geral, superfícies rugosas retém mais microrganismos do que superfícies lisas, tornando o polimento adequado das restaurações um procedimento fundamental para saúde dos tecidos. A adaptação cervical das restaurações é outro aspecto que deve ser considerado, já que restaurações bem contornadas e adaptada são melhores toleradas pelo tecido gengival. Por fim, o limite cervical das restaurações também influi na saúde do tecido periodontal. Restaurações subgengivais devem ser evitadas por serem mais agressivas aos tecidos; quando isto não for possível, os procedimentos cirúrgicos devem ser considerados