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Cad Saude Publica ; 39(7): e00240322, 2023.
Artigo em Português | MEDLINE | ID: mdl-37466558

RESUMO

This study aimed to critically analyze the narrative of Brazilian public health policies in obesity care based on an intersectional approach. This is a qualitative exploratory, documentary, and analytical study based on the "What's the problem represented to be?" approach (WPR). This approach constitutes a methodological instrument for critical analysis of public policies based on six guiding questions. A total of ten documents were selected, published from 2004 to 2021 by the Brazilian government. The critical analysis resulted in three categories: (i) obesity causes and the dominant narrative: what problems are represented?; (ii) dominant narrative and health care: what are the effects for people with obesity?; (iii) obesity and intersectionality: where are silences? The consumption of food and sedentary lifestyle were the dominant narrative as causes of obesity. Intersectionality, mediated by the categories of gender/sex, race/skin-color, and social class, was identified as silenced in the narrative of public health policies, not being associated as linked causes of obesity, nor effectively included in the proposed actions of the policies. The silences found in the study highlight the need to include intersectionality in the elaboration and execution of public health policies and in the care of people with obesity. Considering the intersections of gender/sex, race/skin-color, and social class and their forms of oppression in the emergence and aggravation of obesity, critical analyses of simplistic narratives in public health policies are extremely relevant to problematize gaps affect the care of users with obesity.


Objetivou-se realizar uma análise crítica da narrativa das políticas públicas de saúde brasileiras no cuidado da obesidade a partir de uma perspectiva interseccional. Trata-se de estudo qualitativo exploratório, documental e analítico, baseado na abordagem "What's the problem represented to be?" ["Qual é o problema representado para ser?"], conhecida como WPR. Tal abordagem se configura como uma ferramenta metodológica de análise crítica de políticas públicas a partir de seis perguntas norteadoras. Foram selecionados dez documentos, publicados entre 2004 a 2021 pelo governo brasileiro. A análise crítica resultou em três categorias: (i) causas da obesidade e narrativa dominante: quais são os problemas representados?; (ii) narrativa dominante e cuidado em saúde: quais são os efeitos para as pessoas com obesidade?; e (iii) obesidade e interseccionalidade: onde estão os silêncios? O consumo de alimentos e o sedentarismo foram a narrativa dominante como causas da obesidade. A interseccionalidade, mediada pelas categorias de gênero/sexo, raça/cor e classe social, foi identificada como um silêncio na narrativa das políticas públicas de saúde. Tais categorias não foram consideradas como causas atreladas à obesidade, tampouco foram incluídas de forma efetiva nas ações propostas pelas políticas públicas de saúde. Os silêncios encontrados no estudo destacam a necessidade de inclusão da interseccionalidade na elaboração e execução de políticas públicas de saúde e no cuidado das pessoas com obesidade. Tendo em vista as intersecções de gênero/sexo, raça/cor e classe social e suas formas de opressão com o surgimento e agravo da obesidade, são de extrema relevância análises críticas sobre as narrativas simplistas nas políticas públicas de saúde para problematização das lacunas que repercutem no cuidado dos usuários com obesidade.


Este estudio tuvo como objetivo realizar un análisis crítico de la narrativa de las políticas públicas de salud brasileñas en el cuidado de la obesidad con base en un enfoque interseccional. Estudio cualitativo exploratorio, documental y analítico. Basado en el enfoque "Whats the problem represent to be?" [¿Cuál es el problema representado?], conocido como WPR. Tal enfoque se configura como una herramienta metodológica para el análisis crítico de las políticas públicas con base en seis preguntas rectoras. Se seleccionaron 10 documentos, publicados entre el 2004 y el 2021 por el gobierno brasileño. El análisis crítico resultó en tres categorías: (i) causas de la obesidad y la narrativa dominante: ¿Qué problemas se representan?; (ii) narrativa dominante y el cuidado en salud ¿Cuáles son los efectos para las personas con obesidad?; (iii) obesidad e interseccionalidad ¿Dónde están los silencios?. El consumo de alimentos y el sedentarismo fueron la narrativa dominante como causas de la obesidad. La interseccionalidad, mediada por las categorías de género/sexo, raza/color y clase social fue identificada como un silencio en la narrativa de las PPS, sin asociarlas como causas vinculadas a la obesidad ni incluirlas de forma efectiva en las acciones propuestas por las políticas públicas de salud. Los silencios encontrados en el estudio resaltan la necesidad de incluir la interseccionalidad en la elaboración y ejecución de las políticas públicas de salud y en el cuidado de las personas con obesidad. Considerando las intersecciones de género/sexo, raza/color y clase social y sus formas de opresión con el surgimiento y agravamiento de la obesidad, es sumamente relevante realizar análisis críticos sobre las narrativas simplistas en las políticas públicas de salud, para problematizar las brechas que repercuten en el cuidado de los usuarios con obesidad.


Assuntos
Enquadramento Interseccional , Obesidade , Humanos , Brasil , Política Pública , Política de Saúde
2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(7): e00240322, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447779

RESUMO

Resumo: Objetivou-se realizar uma análise crítica da narrativa das políticas públicas de saúde brasileiras no cuidado da obesidade a partir de uma perspectiva interseccional. Trata-se de estudo qualitativo exploratório, documental e analítico, baseado na abordagem "What's the problem represented to be?" ["Qual é o problema representado para ser?"], conhecida como WPR. Tal abordagem se configura como uma ferramenta metodológica de análise crítica de políticas públicas a partir de seis perguntas norteadoras. Foram selecionados dez documentos, publicados entre 2004 a 2021 pelo governo brasileiro. A análise crítica resultou em três categorias: (i) causas da obesidade e narrativa dominante: quais são os problemas representados?; (ii) narrativa dominante e cuidado em saúde: quais são os efeitos para as pessoas com obesidade?; e (iii) obesidade e interseccionalidade: onde estão os silêncios? O consumo de alimentos e o sedentarismo foram a narrativa dominante como causas da obesidade. A interseccionalidade, mediada pelas categorias de gênero/sexo, raça/cor e classe social, foi identificada como um silêncio na narrativa das políticas públicas de saúde. Tais categorias não foram consideradas como causas atreladas à obesidade, tampouco foram incluídas de forma efetiva nas ações propostas pelas políticas públicas de saúde. Os silêncios encontrados no estudo destacam a necessidade de inclusão da interseccionalidade na elaboração e execução de políticas públicas de saúde e no cuidado das pessoas com obesidade. Tendo em vista as intersecções de gênero/sexo, raça/cor e classe social e suas formas de opressão com o surgimento e agravo da obesidade, são de extrema relevância análises críticas sobre as narrativas simplistas nas políticas públicas de saúde para problematização das lacunas que repercutem no cuidado dos usuários com obesidade.


Abstract: This study aimed to critically analyze the narrative of Brazilian public health policies in obesity care based on an intersectional approach. This is a qualitative exploratory, documentary, and analytical study based on the "What's the problem represented to be?" approach (WPR). This approach constitutes a methodological instrument for critical analysis of public policies based on six guiding questions. A total of ten documents were selected, published from 2004 to 2021 by the Brazilian government. The critical analysis resulted in three categories: (i) obesity causes and the dominant narrative: what problems are represented?; (ii) dominant narrative and health care: what are the effects for people with obesity?; (iii) obesity and intersectionality: where are silences? The consumption of food and sedentary lifestyle were the dominant narrative as causes of obesity. Intersectionality, mediated by the categories of gender/sex, race/skin-color, and social class, was identified as silenced in the narrative of public health policies, not being associated as linked causes of obesity, nor effectively included in the proposed actions of the policies. The silences found in the study highlight the need to include intersectionality in the elaboration and execution of public health policies and in the care of people with obesity. Considering the intersections of gender/sex, race/skin-color, and social class and their forms of oppression in the emergence and aggravation of obesity, critical analyses of simplistic narratives in public health policies are extremely relevant to problematize gaps affect the care of users with obesity.


Resumen: Este estudio tuvo como objetivo realizar un análisis crítico de la narrativa de las políticas públicas de salud brasileñas en el cuidado de la obesidad con base en un enfoque interseccional. Estudio cualitativo exploratorio, documental y analítico. Basado en el enfoque "Whats the problem represent to be?" [¿Cuál es el problema representado?], conocido como WPR. Tal enfoque se configura como una herramienta metodológica para el análisis crítico de las políticas públicas con base en seis preguntas rectoras. Se seleccionaron 10 documentos, publicados entre el 2004 y el 2021 por el gobierno brasileño. El análisis crítico resultó en tres categorías: (i) causas de la obesidad y la narrativa dominante: ¿Qué problemas se representan?; (ii) narrativa dominante y el cuidado en salud ¿Cuáles son los efectos para las personas con obesidad?; (iii) obesidad e interseccionalidad ¿Dónde están los silencios?. El consumo de alimentos y el sedentarismo fueron la narrativa dominante como causas de la obesidad. La interseccionalidad, mediada por las categorías de género/sexo, raza/color y clase social fue identificada como un silencio en la narrativa de las PPS, sin asociarlas como causas vinculadas a la obesidad ni incluirlas de forma efectiva en las acciones propuestas por las políticas públicas de salud. Los silencios encontrados en el estudio resaltan la necesidad de incluir la interseccionalidad en la elaboración y ejecución de las políticas públicas de salud y en el cuidado de las personas con obesidad. Considerando las intersecciones de género/sexo, raza/color y clase social y sus formas de opresión con el surgimiento y agravamiento de la obesidad, es sumamente relevante realizar análisis críticos sobre las narrativas simplistas en las políticas públicas de salud, para problematizar las brechas que repercuten en el cuidado de los usuarios con obesidad.

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