RESUMO
A autora chama atençäo para a possibilidade de os ácaros domiciliares serem causadores de sintomas vulvovaginais, relatando três casos de crianças alérgicas, nas quais se excluíram causas infecciosas desses sintomas. Reaçöes alérgicas podem ocorrer em qualquer superfície cutâneo-mucosa, inclusive na vulva e vagina. Antígenos como alimentos, drogas, sêmem, látex, Candida albicans e polens já foram descritos como sendo capazes de desencadear estas reaçöes. Desde o início do século, autores relatam a participaçäo dos polens na gênese de vulvovaginites, mas näo ainda a de ácaros. Por outro lado, os ácaros domiciliares säo responsáveis por sabidas manifestaçöes alérgicas no nariz, olhos, pulmöes e pele, näo havendo portanto razäo de excluí-los de uma sensibilizaçäo vaginal. A resposta vaginal nas doenças alérgicas tem sido tremendamente negligenciada e subinvestigada, havendo necessidade de um maior número de estudos e um adicional interesse por parte dos pesquisadores
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Humanos , Feminino , Criança , Hipersensibilidade , Infestações por Ácaros/complicações , Vulvovaginite/etiologia , Vulvovaginite/terapiaAssuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Hipersensibilidade , Sêmen , Candidíase Vulvovaginal , Hipersensibilidade/terapiaRESUMO
Um estudo retrospectivo foi realizado, analisando a história de 211 pacientes portadoras de candidíase vaginal de repetição e constatou que 139 (65,8 por cento) desenvolveram a doença após o início da atividade sexual genital regular, e que a relação sexual é o mais freqüente fator desencadeante das crises. De acordo com o programa de informática Epi-info, o estudo constatou também que uma mediana de quatro anos foi o intervalo de tempo decorrente entre o início da atividade sexual genital e o início da doença. Isto faz pensar na possibilidade de um período de sensibilização, facilitado pelo trauma da mucosa vaginal e pelo efeito imunodepressor do sêmen
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Humanos , Feminino , Candidíase Vulvovaginal/complicações , Candidíase Vulvovaginal/diagnóstico , Candidíase Vulvovaginal/etiologia , Coito/fisiologia , Recidiva , Rinite Alérgica Perene/complicaçõesRESUMO
A mucosa vaginal está imunologicamente apta a responder a um estímulo alergênico. Uma variedade de antígenos envolvidos nestas reaçöes, os mecanismos, as conseqüências säo revistos, considerando-se também a influência dos fatores hormonais, emocionais, e dos irritantes inespecíficos
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Humanos , Feminino , Candidíase Vulvovaginal , Hipersensibilidade , VulvovaginiteRESUMO
Trinta e seis pacientes portadores de candidíase vaginal de repetiçao resistentes à abordagem terapêutica ginecológica e sem fatores predisponentes ou desencadeantes, foram acompanhadas prospectivamente durante três anos e meio. Todas foram submetidas à avaliaçao alergo-imunológica e usaram imunoterapia com vacinas hipossensibilizantes e imunoestimuladoras. A maior parte destas pacientes apresentaram rinite alérgica e história familiar de alergia, e apresentavam teste cutâneo positivo para cândida albicans e uma série de outros alérgenos comuns em nosso meio. O tempo de tratamento variou de seis meses a três anos. O número médio de episódios por ano caiu de 10,8 para 3,6 (p=0,000) e a eficicácia no cômputo global foi de 72,3 por cento. Estes dados sugerem que a imunoterapia é um recurso terapêutico a ser bem considerado em pacientes refratárias aos tratamentos convencionais, especiamente naquelas com história pessoal e familiar de alergia
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Humanos , Feminino , Candidíase Vulvovaginal/terapia , Imunoterapia , RecidivaRESUMO
A mucosa vaginal estß imunologicamente apta a responder a um estímulo alergênico. Uma variedade de antígenos envolvidos nessas reaçöes, os mecanismos, as conseqüências e o tratamento säo revistos, consideradando-se também a influência dos fatores hormonais emocionais, e dos irritantes inespecíficos.
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Humanos , Hipersensibilidade , Vulvovaginite/imunologia , Imunidade nas Mucosas , Vulvovaginite/etiologia , Vulvovaginite/terapiaRESUMO
A imunoterapia na candidíase vaginal de repetiçäo tem sido utilizada em pacientes encaminhadas pelo ginecologista depois de esgotados os recursos terapêuticos habituais. Este estudo prospectivo de 3 anos e meio de duraçäo foi realizado em 42 pacientes nas quais se propôs um tempo de 24 meses de tratamento, e mostrou eficácia de 64,3 por cento com reduçäo significativa do número de episódios de candidíase por ano. Mostrou também que apenas 40 por cento dessas pacientes aderiram aos 2 anos de imunoterapia e que a maioria cumpriu apenas a metade do tempo previsto inicialmente. Essa modalidade terapêutica é um recurso a ser bem considerado em pacientes refratárias aos tratamentos convencionais, especialmente naquelas com história pessoal e familiar de atopia. Contudo, em estudo duplo-cego randomizado com extratos padronizados seria o procedimento ideal para a elaboraçÒo de dados mais conclusivos.
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Humanos , Feminino , Adulto , Candidíase Vulvovaginal/terapia , Imunoterapia , Estudos Prospectivos , Recidiva , Testes Cutâneos , Resultado do TratamentoRESUMO
Um crescente número de pacientes do sexo feminino têm procurado o auxílio dos alergistas em busca de diagnóstico e tratamento para uma patologia que se mantém rebelde a tratamentos insistentes e diversos: a candidíase vaginal de repetiçäo. Säo mulheres sadias que näo apresentam diabetes ou imunodeficiências, näo usam corticosteróides ou antibióticos cronicamente e em sua maioria já näo usam contreceptivos orais. Concomitantemente têm sintomas nasais alérgicos como queixa freqüente. O objetivo deste estudo tranversal foi comprovar a associaçäo entre a candidíase vaginal de repetiçäo e a rinite alérgica, estudando 95 mulheres portadoras de candidíase e 100 controles femininos de igual faixa etária que na mesma época procuraram o consultório de Alergia por outras queixas. Comparou-se a frequüencia diagnosticada de doenças alérgicas nos dois grupos e concluiu-se que no grupo portador de condidiase a incidência de rinite alérgica foi de 71 por cento, enquanto no grupo-controle a incidência de rinite alérgica foi de 42 por cento. Esta diferença foi considerada estatisticamente significativa de acordo com o programa de informática Epi-Info. Outra conclusäo foi a baixa freqüência observada da associaçäo entre a candidíase de repetiçäo e a asma brônquica em mulheres alérgicas, sugerindo desta forma a existência de uma possível síndrome nasal-vaginal alérgica, que ainda näo pode ser explicada à luz dos conhecimentos existentes