RESUMO
Aderência pericárdica pós-cirúrgica é um fator que aumenta a morbidade nas reoperações cardiácas. Pesquisas têm sido realizadas na tentativa de entender e diminuir o processo. Foi objetivo da presente investigaçäo estudar de forma comparativa a aplicaçäo de duas técnicas que eventualmente promoveriam a reduçäo de aderências: a utilizaçäo da cola de fibrina e a do ácido hialurônico. Foram utilizados 29 coelhos neozelandeses, distribuídos aleatoriamente em 3 grupos, denominados: Controle, Fibi (cola de fibrina) e Hial (ácido hialurônico) com 9, 10 e 10 coelhos, respecativamente. Inicialmente, a aderência pericárdica foi induzida em todos os coelhos, sendo os mesmos submetidos a diferentes tratamentos conforme os grupos. Quatro semanas após a realizaçäo da primeira intervencäo o pericárdio foi avaliado microscopicamente quanto a presença de aderências e comprometimento de céluas mesoteliais. No grupo Hial, a aderência pericárdica e o comprometimento do mesotélio significantemente menor que nos grupos controle e Fibi. (p<0,05). O grupo Fibi näo apresentou diferença estatística com relaçäo ao grupo controle (p>0,05). Pode-se concluir que: o ácido hialurônico é redutor de aderências pericárdicas pós-operatórias e promove a prevençäo das células mesoteliais; a cola de fibrina näo é redutora de aderencias pericárdicas pós-operatórias e näo oferece proteçäo às células mesoteliais