RESUMO
The lethality of malaria in the extra-Amazonian region is more than 70 times higher than in Amazonia itself. Recently, several studies have shown that autochthonous malaria is not a rare event in the Brazilian southeastern states in the Atlantic Forest biome. Information about autochthonous malaria in the state of Rio de Janeiro (RJ) is scarce. This study aims to assess malaria cases reported to the Health Surveillance System of the State of Rio de Janeiro between 2000-2010. An average of 90 cases per year had parasitological malaria confirmation by thick smear. The number of malaria notifications due to Plasmodium falciparum increased over time. Imported cases reported during the period studied were spread among 51% of the municipalities (counties) of the state. Only 35 cases (4.3%) were autochthonous, which represents an average of 3.8 new cases per year. Eleven municipalities reported autochthonous cases; within these, six could be characterised as areas of residual or new foci of malaria from the Atlantic Forest system. The other 28 municipalities could become receptive for transmission reintroduction. Cases occurred during all periods of the year, but 62.9% of cases were in the first semester of each year. Assessing vulnerability and receptivity conditions and vector ecology is imperative to establish the real risk of malaria reintroduction in RJ.
Assuntos
Malária Falciparum/epidemiologia , Malária Vivax/epidemiologia , Vigilância da População , Adolescente , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Brasil/epidemiologia , Criança , Pré-Escolar , Feminino , Florestas , Humanos , Malária/epidemiologia , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Plasmodium malariae , Prevalência , Adulto JovemRESUMO
The lethality of malaria in the extra-Amazonian region is more than 70 times higher than in Amazonia itself. Recently, several studies have shown that autochthonous malaria is not a rare event in the Brazilian southeastern states in the Atlantic Forest biome. Information about autochthonous malaria in the state of Rio de Janeiro (RJ) is scarce. This study aims to assess malaria cases reported to the Health Surveillance System of the State of Rio de Janeiro between 2000-2010. An average of 90 cases per year had parasitological malaria confirmation by thick smear. The number of malaria notifications due to Plasmodium falciparum increased over time. Imported cases reported during the period studied were spread among 51% of the municipalities (counties) of the state. Only 35 cases (4.3%) were autochthonous, which represents an average of 3.8 new cases per year. Eleven municipalities reported autochthonous cases; within these, six could be characterised as areas of residual or new foci of malaria from the Atlantic Forest system. The other 28 municipalities could become receptive for transmission reintroduction. Cases occurred during all periods of the year, but 62.9% of cases were in the first semester of each year. Assessing vulnerability and receptivity conditions and vector ecology is imperative to establish the real risk of malaria reintroduction in RJ.
Assuntos
Adolescente , Adulto , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Criança , Pré-Escolar , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Malária Falciparum/epidemiologia , Malária Vivax/epidemiologia , Vigilância da População , Brasil/epidemiologia , Florestas , Malária/epidemiologia , Plasmodium malariae , PrevalênciaRESUMO
A dinâmica da transmissão da esquistossomose no Estado do Rio de Janeiro é complexa, e as características ecológicas das áreas de transmissão são distintas. A distribuição das espécies de molusco hospedeiro é extensa e independente da ocorrência de transmissão da doença. O grande fluxo migratório interno torna a preocupação com a expansão da doença e a instalação de novos focos pertinente. Com o objetivo de caracterizar a evolução espaço-temporal da doença no Estado, foi feita uma avaliação crítica das informações disponíveis sobre os casos diagnosticados, as internações hospitalares e os óbitos, bem como uma análise da distribuição espacial dos casos positivos em relação a variáveis ambientais e sócio-econômicas nos municípios através do geoprocessamento. Os resultados mostraram que: (i) os dados disponíveis não são confiáveis para se traçar o perfil epidemiológico da esquistossomose no Estado, sendo pouco úteis como ferramenta para análise de tendências da doença, (ii) o programa de controle não tendo sido capaz de executar, de forma consistente, medidas de vigilância e controle nas áreas de transmissão ocasional e nos focos das áreas endêmicas. Com base nesses resultados, recomenda-se que: (i) as fichas de notificação sejam reestruturadas, (ii) sejam utilizados procedimentos diagnósticos mais sensíveis, (iii) o repasse dos dados seja feito através de um fluxo de informação entre as unidades de saúde locais, municipais e estaduais; (iv) um Sistema de Informação Geográfica seja implantado para subsidiar o planejamento das ações de vigilância e controle. Além disso, são necessárias mudanças no sistema de vigilância epidemiológica da esquistossomose no Estado para que se possa conhecer a real magnitude da doença, e através de ações direcionadas controlar e prevenir adequadamente sua transmissão no Estado. Ainda assim, não pode haver dúvida de que o controle efetivo da doença no Estado será obtido através do equilíbrio entre o desenvolvimento e a prevenção ambiental.
Assuntos
Humanos , Brasil , Vetores de Doenças , Esquistossomose mansoniRESUMO
A schedule of repeated chemotherapy with oxamniquine, consisting of biannual treatment of school-aged (7-13 years) children and annual treatment of all other age groups, was used in a representative rural village from a highly endemic area of schistosomiasis in Pernambuco. Significant reductions in infection were obtained only after two cycles of treatment, as the overall prevalence decreased from 72.6 per cent to 41.7 per cent and the geometric mean egg counts per gram of faeces among positives fell from 188.4 to 76. In a school-aged cohort (n=29) three treatment at six-month intervals were necessary to significantly reduce the proportion of positive (from 75.9 per cent to 51.7 per cent). In a cohort of children under 7 years of age (n=20) the proportion of positives actually increased (from 30 per cent to 45 per cent) despite two annual treatments. Water contact was intense and host snails density was relatively high. As there is no short-term perspective of improved sanitation, auxiliary measures such as focal mollusciciding are needed for an adequate control of schistosomiasis in this and alike areas.
Assuntos
Humanos , Criança , Brasil , Oxamniquine/uso terapêutico , Esquistossomose/terapia , Tratamento Farmacológico/estatística & dados numéricosRESUMO
O fracasso de um esquema intensivo de tratamento quimioterápico para controle da esquistossomose numa área de alta endemicidade no Nordeste levou à hipótese de que aspectos sócio-demográficos e/ou comportamentais estariam implicados na persistência da transmissäo. Uma análise univariada dessas variáveis em relaçäo à infecçäo por Schistosoma mansoni revelou que os padröes de contato com a água para lazer e higiene pessoal säo importantes fatores de risco na área. Já as variáveis sócio-demográficas näo estiveram relacionadas com a infecçäo, provavelmente porque a populaçäo local vive sob condiçöes sócio-econômicas e sanitárias uniformemente precárias. Nessa área, recomenda-se que a quimioterapia seja combinada com outras medidas, como o controle dos moluscos vetores e a educaçäo em saúde, acompanhadas de melhorias no saneamento e abastecimento de água.