RESUMO
O presente trabalho, traz um relato de caso clínico em que foi realizada a terapia endodôntica regenerativa (também conhecida como "revascularização pulpar"), em dente permanente de um paciente jovem (11 anos), com história de ter sofrido trauma dentário que resultou em fratura corono-radicular do incisivo central superior direito. A terapia foi realizada na clínica de especialização da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O paciente iniciou o tratamento no ano de 2017, mas a terapia regenerativa foi possível de ser concluída apenas em 2022, devido à difícil adesão do paciente ao tratamento. No decorrer dos 5 anos de atendimento, foram realizadas trocas da medicação intracanal (MIC) à base de hidróxido de cálcio. Em 2022, ao retomar o atendimento do paciente, a MIC foi renovada, e na próxima sessão, removida. O sangramento intracanal foi então induzido com auxílio de lima a 2 mm do comprimento de trabalho. Após formação do coágulo sanguíneo, utilizou-se membrana de colágeno tipo 1, para dar apoio à acomodação da barreira de agregado trióxido mineral (MTA). O dente foi então restaurado com resina composta. Após 5 meses, o paciente relatou diminuição da sintomatologia dolorosa, e aguarda-se o retorno deste para avaliação radiográfica.
The present work presents a clinical case report in which regenerative endodontic therapy (also known as "pulp revascularization") was performed on the permanent tooth of a young patient (11 years old), with a history of having suffered dental trauma that resulted in coronal-radicular fracture of the maxillary right central incisor. The therapy was performed at the specialization clinic of the Faculty of Dentistry of the Federal University of Minas Gerais (UFMG). The patient started treatment in 2017, but regenerative therapy was only possible to be completed in 2022, due to the patient's difficult adherence to treatment. During the 5 years of care, intracanal medication (MIC) based on calcium hydroxide was changed. In 2022, upon resuming patient care, the MIC was renewed, and in the next session, removed. Intracanal bleeding was then induced with the aid of a file 2 mm from the working length. After formation of the blood clot, a type 1 collagen membrane was used to support the accommodation of the mineral trioxide aggregate (MTA) barrier. The tooth was then restored with composite resin. After 5 months, the patient reported a decrease in pain symptoms, and he is awaiting his return for radiographic evaluation.