Caracterização sociodemográfica e a autopercepção das condições de saúde de idosos / Sociodemographic characterization and the self-control in the health conditions of elderly people

Objetivo: descrever as características sociodemográficas e a autopercepção das condições de saúde de idosos. Método: estudo quantitativo, descritivo, de corte transversal, realizado com idosos de um Centro de Convivência. Para a análise dos dados, optou-se pela realização de dupla digitação em banco de dados para a codificação, permitindo a elaboração de um dicionário de códigos em planilha do Excel. Resultados: dos 106 (100%) entrevistados, a sua maioria é do sexo feminino, 67 (63,20%). Sobre a autopercepção de saúde, os idosos relataram em sua maioria ser "BOA" com 63 (59,42%). Em relação aos problemas de saúde, 78 (73,58%) idosos confirmaram ter algum tipo de doença: Hipertensão Arterial, 29 (27,35%); doenças osteomusculares, 17 (16,03%); e Diabetes Mellitus, 13 (12,26%). Conclusão: a maioria foi do sexo feminino, com faixa etária em maior índice entre os 60 e 69 anos. Entre os idosos entrevistados, a maioria referiu possuir uma boa percepção de saúde, 63 (59,42%). A importância para a enfermagem de se criar um perfil sociodemográfico e conhecer a autopercepção de saúde dos idosos colabora com o desenvolvimento assertivo de ações a essa população.(AU)

Thrombocytopenia in HIV-Infected Patients.

Thrombocytopenia is a common feature among HIV-positive patients. However, there are few reports about this subject after highly active antiretroviral therapy (HAART) introduction. The authors show a retrospective description of epidemiology, clinical aspects, and treatment observed in 55 HIV-positive outpatients with thrombocytopenia treated in two reference centers for HIV treatment in São Paulo, Brazil. Thirty-four (62%) patients were male, 50 (91%) were Caucasian, with median of lymphocytes TCD4 of 394 cells/mm(3). In 63.6% patients, the cause of thrombocytopenia was classified as immune thrombocytopenic purpura and non immune in 25.5%. Regular use of HAART was present in 43.6% of the population studied. In 20% HAART was initiated for thrombocytopenia treatment with improvement in platelets count observed after 3 months. Platelet transfusion was needed in 23.7% of the patients and one patient died due to bleeding. Thrombocytopenia is still common among patients infected with HIV, considered a multifactor disorder, commonly due to immune mechanisms in our cases. In the clinical setting, a diagnostic approach related to the hematological consequences of HIV infection is needed for a better therapy option for this population.

Análise retrospectiva dos pacientes infectados pelo HIV com plaquetopenia em acompanhamento ambulatorial / Retrospective analysis of HIV infected patients with trombocytopeny under outpatient treatment

A trombocitopenia pode ocorrer precocemente durante a história natural da infecção pelo HIV e sua incidência é associada com o estágio avançado da infecção com progressão da imunossupressão (aids), sendo causa significante de morbidade e com complicações hemorrágicas. A plaquetopenia associada ao HIV é uma desordem multifatorial sendo a Púrpura Trombocitopênica Imunológica (PTI) e a infecção dos megacariócios na medula óssea pelo HIV as formas mais comuns nesses pacientes, seguida do efeito mielossupressor de fármacos e agentes oportunistas. O avanço no tratamento destas manifestações se deve a introdução da terapia antirretroviral altamente efetiva (HAART), utilizadas no tratamento do paciente HIV positivo com efeito na melhora da contagem plaquetária. Entretanto, outras opções terapêuticas interferem com a destruição plaquetária como a corticoterapia, gamaglobulina intravenosa, imunoglobulina anti-D e esplenectomia. O objetivo desta monografia é descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos, bem como a opção terapêutica observadas nos pacientes em acompanhamento ambulatorial no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS, com plaquetopenia infectados pelo HIV. Trata-se de estudo descritivo e retrospectivo, no qual foram analisados os prontuários de 55 pacientes que preenchiam os critérios de inclusão. Trinta e quatro (62%) pacientes eram do sexo masculino, 50 (91%) da raça branca, com mediana de linfócitos TCD4+ de 364cel/mm3. Em 63.6% dos pacientes a causa da plaquetopenia foi classificada como PTI-HIV e não imune em 25.5% dos casos. O uso regular da terapia antirretroviral esteve presente em 43.6% da população estudada, sendo iniciada para tratamento da plaquetopenia em 20% dos pacientes com melhora na contagem plaquetária três meses após o início do tratamento. A necessidade de suporte transfusional esteve presente em 23.7% dos pacientes e um paciente evoluiu a óbito por sangramento. A utilização do esquema HAART para tratamento da plaquetopenia deve ser considerado, de acordo com os estudos mais recentes, e como pode ser observado em nossa população estudada