RESUMO
INTRODUCTION: Telerehabilitation advanced significantly with the emergence of COVID-19 and the recommendation of limiting physiotherapist-patient contact time whenever practicable. The effectiveness of telerehabilitation on those who had a longer stay in hospital and on oxygen support following discharge is still under question. OBJECTIVES: To evaluate the effects after six weeks of pulmonary telerehabilitation on exercise tolerance, fatigue level, perceived exertion, symptoms of depression and quality of life in patients surviving COVID-19. MATERIALS AND METHODS: A quasi-experimental study was conducted on 25 post-COVID-19 patients following discharge in a home environment setting. The participants were advised to prepare equipment such as oxygen concentrator, B-type oxygen cylinder (backup), lengthy oxygen tubes, finger pulse oximeter, mini static pedal exerciser, incentive spirometry, weight cuffs or water bottles and sandbags. After six weeks of telerehabilitation, the patients underwent assessments including initial oxygen saturation (SPO2), heart rate, peak oxygen demand during exercise to maintain baseline SPO2, peak heart rate, maximum drop in SPO2, recovery time to baseline SPO2 measured with a pulse oximeter and stopwatch, peak perceived exertion using the Borg Dyspnea Scale, peak fatigue score using the visual analog scale (VASF), quality of life assessed with the SF-36 questionnaire, and mental health status evaluated with the Hamilton Depression Scale (HAMD). One-way repeated measure ANOVA and paired t-test were used. RESULTS: Significant improvements following the intervention on the initial SPO2 (F (2.12, 23.13) = 21.0, p< 0.05) and quality of life also showed significant improvement (mean difference =29.92, p< 0.05). CONCLUSION: Six weeks of comprehensive pulmonary telerehabilitation with simple equipment improved tolerance to exercise, fatigue, perceived exertion, symptoms of depression and quality of life for post-COVID-19 patients.
INTRODUÇÃO: A telereabilitação avançou significativamente com o surgimento da COVID-19 e a recomendação de limitar o tempo de contato entre fisioterapeutas e pacientes sempre que possível. A eficácia da telereabilitação em pacientes que permaneceram mais tempo no hospital e necessitaram de suporte de oxigênio após a alta ainda está em questão. OBJETIVO: Para avaliar os efeitos após seis semanas de telereabilitação pulmonar na tolerância ao exercício, nível de fadiga, percepção de esforço, sintomas de depressão e qualidade de vida em pacientes sobreviventes de COVID-19. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo quase-experimental com dezesseis pacientes pós-COVID-19 selecionados de um hospital multispecializado. Os participantes foram orientados a preparar equipamentos como concentrador de oxigênio, cilindro de oxigênio tipo B (reserva), tubos de oxigênio longos, oxímetro de pulso, exercitador de pedal estático, espirômetro incentivador, pesos de tornozelo ou garrafas d'água e sacos de areia. Após seis semanas de telereabilitação, os pacientes foram submetidos a avaliações, incluindo saturação inicial de oxigênio (SPO2), frequência cardíaca, demanda máxima de oxigênio durante o exercício para manter a SPO2 basal, frequência cardíaca máxima, queda máxima na SPO2, tempo de recuperação para SPO2 basal medido com um oxímetro de pulso e cronômetro, esforço percebido máximo usando a Escala de Dispneia de Borg, pontuação máxima de fadiga usando a escala analógica visual (VASF), qualidade de vida avaliada com o questionário SF-36 e estado de saúde mental avaliado com a Escala de Depressão de Hamilton (HAMD). RESULTADOS: Melhorias significativas após a intervenção foram observadas na SPO2 inicial (F (2,12, 23,13) = 21,0, p <0,05) e na frequência cardíaca (F (1,839, 20,23) = 43,73, p <0,05), demanda máxima de oxigênio durante o exercício para manter a SPO2 basal (F (1,487, 16,36) = 8,96, p <0,05), esforço percebido máximo (F (5, 55) = 112,51, p <0,05), pontuação máxima de fadiga (F (1,755, 19,30) = 67,44, p <0,05), frequência cardíaca máxima (F (1,798, 19,78) = 50,99, p <0,05), queda máxima na SPO2 (F (2,467, 27,14) = 41,46, p <0,05) e tempo máximo de recuperação para alcançar a SPO2 basal (F (5, 55) = 78,89, p <0,05). A análise de seis semanas pós-intervenção nos sintomas depressivos (diferença média = 11,25, p <0,05) e na qualidade de vida também mostrou melhoria significativa (diferença média = 29,92, p <0,05). CONCLUSÃO: Seis semanas de telereabilitação pulmonar abrangente com equipamentos simples melhoraram a tolerância ao exercício, a fadiga, a percepção de esforço, os sintomas de depressão e a qualidade de vida em pacientes pós-COVID-19.