RESUMO
Introdução: A gravidez de adolescentes é tema frequente de debates por suas importantes implicações médicas e sociais e por sua crescente incidência. Este estudo pretende verificar se a gravidez na adolescencia é marcador de risco para prematuridade, baixo peso do recém-nascido, baixa vitalidade, parto cesáreo e não-realização de exames pré-natais. Material e métodos: Realizou-se estudo epidemiológico transversal de natureza analítica, utilizando-se dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos, no Distrito Federal, Brasil, de 1995 e 1996. Foram comparados partos de mães adolescentes e adultas, e partos de adolescentes de até 16 anos com os de adolescentes de 17 a 19 anos. Resultados: Recém-nascidos de mães adolescentes tiveram maior proporção de prematuridade, baixo peso ao nascer e baixa vitalidade do que os de mães adultas. As mães adolescentes realizaram menos pré-natal e tiveram menor percentagem de aoprtos cesáreos. Todas essas diferenças foram estatisticamente significativas. Conclusões: A adolescência foi marcador de risco para prematuridade, baixo peso do recém-nascido e baixa vitalidade, em partos realizados no Distrito Federal, nos anos de 1995 e 1996. Os autores enfatizam a necessidade de abordagem especial desse grupo populacional, tanto na prevenção da gravidez, como nos cuidados do pré-natal e do parto
