Hipoplasia de esmalte em dentes decíduos / Enamel hypoplasia in deciduous teeth

A hipoplasia de esmalte pode ser decorrente de eventos sistêmicos, genéticos ou ambientais que interferem na formação da matriz do esmalte. Este estudo procurou identificar casos de malformação de esmalte e suas possíveis causas em pacientes regulares do Centro de Pesquisa e Atendimento Odontológico para Pacientes Especiais - Cepae, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP. Para isso, no período de agosto a dezembro de 2003, foi realizado um levantamento inicial com a finalidade de selecinar, dentre os pacientes regulares do Cepae, aqueles que apresentavam dentição decídua completa. Dessa amostra, 31 crianças apresentavam algum tipo de malformação de esmalte, sendo encontrados 175 dentes acometidos. Os resultados mostraram maior ocorrência de alterações nos segundos molares, seguidos palos primeiros molares, caninos, incisivos lateriais e incisivos centrais. Em relação às faces acometidas, o maior índice ocorreu nas faces vestibular e oclusal.

Ocorrência de traumatismos em dentes decíduos de crianças atendidas no Cepae - FOP - UNICAMP / Traumatic dental injuries occurred in children attended at the Cepae - FOP - UNICAMP

O traumatismo na dentição decídua constitui um problema de alta incidência, comum, principalmente, nos dois primeiros anos de vida, quando o desenvolvimento psicomotor promove a aprendizagem de andar e correr, tornando as crianças sucetíveis a queda, considerada a causa mais freqüente de traumatismos. O presente estudo investigou a ocorrência de traumatismos ocorridos entre 798 pacientes, na faixa etária de 0 a 48 meses, atendidos no Centro se Pesquisa e Atendimento Odontológico para Pacientes Especiais (Cepae - FOP - UNICAMP). Os resultados mostraram que 21 por cento das crianças haviam sido vítimas de traumatismos, ocorrendo a maior incidência em crianças na faixa etária de 12 a 24 meses. Fraturas de esmalte e luxações foram as lesões mais freqüentes, causadas principalmente por quedas que afetaram predominantemente o arco superior. A alta incidência destas ocorrências sugere que os profissionais de Odontologia precisam estar preparados para realizar a intervenção clínica adequada a cada caso. Além disso, devem oferecer suporte psicológico à criança e à família, uma vez que experiências traumáticas durante tratamentos odontológicos na infância podem representar uma das possíveis origens do medo do tratamento odontológico