RESUMO
A toxoplasmose é a forma mais comum de uveíte posterior em todo mundo, e é comsiderada uma das principais causas preveníveis de perda visual grave e cegueira em pessoas jovens. O objetivo do presente estudo foi descrever os achados oftalmoscópicos dos casos de uveítes posteriores de etiologia presumivelmente toxoplásmica. Realizou-se análise retrospectiva de 73 pacientes com diagnóstico de uveite posterior de etiologia presumivelmente toxoplásmica, atendidos no período de junho de 1997 a junho de 1998, na Fundação Altino Ventura, Recife,Pernambuco, Brasil. Dos 73 pacientes, a retinocoroidite ativa correspondeu a 45,2por cento dos casos (33 pacientes) e a retinocoroidite cicatrizada a 54,8por cento (quarenta pacientes). Dentre os pacientes, 37 (50,6por cento) eram do sexo masculino. A faixa etária mais acometida situou-se enttre 20 e 50 anos (33 pacientes, 45,2por cento). A média de idade foi de 20,5 anos, mediana de 18,0 anos (s=12,8) Trinta e cinco olhos(40,7por cento) apresentavam acuidade visuial para longe com a melhor correção igual ou menor de 0, 1. A região macular foi acometida em 35 olhos (40,7 por cento) e destes cinco pacientes (6,8por cento) tinham-na em ambos os olhos. A toxoplasmose ativa correspondeu a 45,2por cento dos casos (33 pacientes) e a retinocoroidite cicatrizada, 54,8por cento 940pacientes. Dois pacientes (2,7 por cento) eram portadores do virus da imunodeficiencia humana. A retinocoidite presumivelmente toxoplasmica é a uveíte infecciosa mais frequente (42,7 por cento) entre os casos de uveítes posteriores infecciosas) em nossa região, além de importante causa de baixa irreversível da acuidade visual em população jovem