Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 95
Filtrar
1.
Arq. bras. cardiol ; 121(9 supl.1): 211-211, set.2024. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1568343

RESUMO

INTRODUÇÃO: A lipoproteína(a) [Lp(a)] é uma lipoproteína de baixa densidade, recentemente caracterizada como fator de risco (FR) cardiovascular (CV) emergente. Sua concentração plasmática é diretamente proporcional a incidência de eventos coronarianos e cerebrovasculares, de forma independente dos FR tradicionais. Seu papel na doença renovascular aterosclerótica, todavia, é menos conhecido. RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, 60 anos, ex-tabagista (1 ano-maço), portadora de obesidade G1 (IMC=34,2), em acompanhamento por quadro de hipertensão arterial (HA) refratária na vigência de 7 classes anti-hipertensivas (PAT na MAPA=162x94 mmHg). Foi submetida a rastreamento de HA secundária, que levou a identificação de estenose bilateral de artérias renais (ARD ocluida; ARE: VPS= 235cm/seg). Além disso identificouse ateromatose das artérias carótida interna direita (70%) e vertebral direita (>50%). Procedeu-se a angioplastia da artéria renal esquerda, com subsequente controle pressórico (PAT na MAPA=135x75 mmHg). Em função da carga aterosclerótica desproporcional aos FR identificados (Hb1Ac= 6,1%; TG 92mg/dL; LDL-c 108 mg/dL em uso de sinvastatina 20mg/dia), solicitou-se dosagem de Lp(a), registrando-se valores >4 vezes acima do limite superior da normalidade (208 mg/dL). DISCUSSÃO: Apresentamos um caso de HA refratária secundária à estenose bilateral de artéria renal que apresentou resposta clínico-laboratorial favorável após revascularização percutânea. A carga aterosclerótica observada neste caso foi considerada desproporcional aos FR tradicionais encontrados e o rastreio de FR emergentes levou a identificação de altos níveis de Lp(a). Ainda não há consenso na literatura sobre a melhor forma de efetuar rastreio, diagnóstico e tratamento da Lp(a). Além disso, seu impacto na aterosclerose extracoronariana é menos conhecido. Identificar e tratar FR subjacentes a doença renovascular segue sendo a estratégia mais efetiva para melhorar o prognóstico desses pacientes. O rastreio de Lp(a) deveria ser considerado em todo paciente com alta carga aterosclerótica, incluindo os casos de doença renovascular aterosclerótica, mesmo que com LDL-c controlado.


Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade
2.
Arq. bras. cardiol ; 121(9 supl.1): 222-222, set.2024. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1568356

RESUMO

INTRODUÇÃO: A hipertensão renovascular (HRV) é uma das principais causas de hipertensão arterial (HA) secundária, 90% das vezes por aterosclerose. A displasia fibromuscular (DFM) é uma doença vascular sistêmica rara, com incidência predominante em mulheres abaixo dos 50 anos e responsável por 10% dos casos de HRV. O padrão-ouro no tratamento da HRV por DFM é a angioplastia percutânea por balão (APB), com relatos de taxa de cura da HA de 35 a 80%. RELATO DE CASO: Mulher de 50 anos, com diagnóstico de HA aos 28 anos, relato de pré-eclâmpsia com dois abortos e mantendo quadro de HA refratária (PA média na MAPA de 24h: PA181x112 mmHg) em uso diário de olmesartana 40mg, clortalidona 25mg, metildopa 1500mg, anlodipino 10mg, espironolactona 50mg, hidralazina 100mg e metoprolol 100mg, foi submetida a rastreio de HA secundária. Observou-se no doppler de artérias renais (AR) estenose de AR direita maior que 60%, confirmada e melhor caracterizada na angiotomografia como múltiplas estenoses sugestivas de DFM. Demais exames complementares: aldosterona 8 ng/dL, atividade de renina plasmática: 0,8 ng/ml/h e creatinina: 0,8 mg/dL. A pesquisa de lesão de órgão-alvo revelou retinopatia grau 3 de Keith Wagener Barker; microalbuminúria (137 mg/g) hipertrofia ventricular esquerda (massa indexada de VE: 159g/m2). Foi submetida à APB com stent da AR direita, com resultado angiográfico satisfatório e sem intercorrências clínicas. PA na alta 160x108 mmHg e creatinina mantida em 0,8 mg/dL. Manteve-se hipertensa apesar das 7 classes medicamentosas prescritas e MAPA de 24h realizado 15 dias após o procedimento revelou PA média: 182x109 mmHg. CONCLUSÃO: Relatamos um caso de HA refratária associada à estenose de AR direita por DFM, submetida a APB e implante de stent, sem benefício clínico associado, mantendo-se a refratariedade do quadro hipertensivo ao longo do seguimento ambulatorial. A APB figura na literatura como o padrão-ouro no tratamento da DFM. Estudos observacionais reportam taxas de controle pressórico em torno de 70% e de cura da HA em aproximadamente 50% dos pacientes. Todavia, o caráter observacional desses estudos limita suas conclusões e os maiores estudos clínicos randomizados de revascularização arterial renal excluíram indivíduos com DFM. Este caso se soma ao conjunto de evidências contrárias à revascularização rotineira da AR na DFM. O tratamento precisa ser individualizado com base em novos preditores clínico-laboratoriais de sucesso.


Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade
3.
Arq. bras. cardiol ; 121(9 supl.1): 223-223, set.2024. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1568405

RESUMO

INTRODUÇÃO: O Ultrassom Doppler de artérias renais (USD-AR) com análise de velocidade de pico sistólico (VPS) é utilizado na investigação inicial de pacientes com suspeita de hipertensão (HAS) renovascular com sensibilidade de 85% e especificidade de 92%. Se trata, no entanto, de avaliação sujeita a variabilidade examinador-dependente. Apresentamos o caso de uma paciente com HAS refratária com exames ultrassonográficos iniciais discordantes. RELATO DE CASO: Paciente de 60 anos, com diagnóstico de HAS desde os 48 anos, foi encaminhada para centro de referência após episódio de AVC isquêmico por suspeita de HAS secundária. MAPA de 24h na admissão mostrava PA média total de 204/122 mmHg em vigência de Losartana e Hidroclorotiazida. Após ajustes terapêuticos sequenciais, obteve-se redução parcial dos níveis tensionais (PA média total no MAPA de 24h: 164x95 mmHg, em vigência de 7 classes: Olmesartana, Clortalidona, Lercanidipino, Carvedilol, Espironolactona, Hidralazina e Alfametildopa), mantendose, no entanto, fora da meta de PA e configurando quadro de HAS refratária. Dois USD-AR foram realizados em serviços diferentes, revelando resultados contraditórios. O USD-AR1 mostrava rim direito excluído e VPS da AR esquerda de 235 cm/s, enquanto no USD-AR2 a VPS da AR esquerda foi de 22 cm/s e a origem da AR direita não foi visualizada por interposição gasosa. A paciente foi submetida a arteriografia renal que revelou obstrução proximal (70%) da AR esquerda e oclusão total da AR direita. Optouse por angioplastia com implante de stent em AR esquerda com bom resultado angiográfico (Fig.1) e evolução clínico-laboratorial favorável (MAPA: PA total média = 135x75 mmHg na vigência de 6 classes; Creatinina plasmática pré- e pós-angioplastia: 2,2 mg/dL e 1,4 mg/dL, respectivamente). DISCUSSÃO: O exame de USD-AR é útil no rastreio da HAS renovascular, mas sua acurácia é examinador-dependente. Por isso, frente a resultado negativo e alto grau de suspeita clínica a investigação deveria prosseguir com exames como a angiotomografia, a angiorressonância e a arteriografia, que é o padrão-ouro para a identificação de estenose de AR.


Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Ultrassonografia Doppler , Hipertensão , Hipertensão Renovascular , Angioplastia , Constrição Patológica , Indicadores de Qualidade em Assistência à Saúde , AVC Isquêmico
4.
Circulation ; 149(Suppl)May 16, 2024.
Artigo em Inglês | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1554725

RESUMO

INTRODUCTION: Coenzyme Q10 (CoQ10) has shown promising results as an adjuvant therapy to statins. However, the efficacy of this agent is still unclear. Hypothesis: The use of CoQ10 mitigates statin-related myopathic pain. METHODS: PubMed, Embase, and Cochrane databases were searched for randomized controlled trials (RCTs) comparing CoQ10 supplementation with placebo in patients taking statins. A random-effects model was employed to compute the mean difference (MD) with 95% confidence interval (CI). Statistical analysis was performed using R software 4.3.1. RESULTS: A total of 5 studies and 227 patients were included, of whom 48% were randomized to CoQ10 supplementation. Compared with placebo, CoQ10 had no effects on pain severity score (MD -0.94; 95% CI -3.80 to 1.91; p=0.5), and pain intensity score (MD -1.51; 95% CI -4.09 to 1.06; p = 0.2). Moreover, no association was found with low density lipoprotein cholesterol levels (MD -0.07; 95% CI -0.47 to 0.34; p = 0.7). CONCLUSIONS: In this meta-analysis of 5 RCTs, supplementation with CoQ10 did not yield statistically significant results. These findings suggest that CoQ10 has no impact on statin-related myopathic pain.

5.
J. Am. Coll. Cardiol ; 83(13 Suppl. A)Apr. 2024. tab.
Artigo em Inglês | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1551740

RESUMO

BACKGROUND: Within the context of uncontrolled blood pressure telemonitoring, the remote tracking of blood pressure and patient data, offers a transformative avenue. We aimed to perform a meta-analysis of the strategic redesign of healthcare services, harnessing information and communication technology (ICT) to enhance hypertension management and blood pressure control in primary care, providing timely interventions, and improving patient outcomes. METHODS: PubMed, Embase, and Cochrane databases were searched for RCTs comparing ICT with usual care in patients with uncontrolled hypertension. A random-effects model was used to calculate the risk ratios (RRs) and mean differences (MDs) with 95% confidence intervals (CIs). RESULTS: A total of twenty-eight studies and 13,111 patients were included, of whom 7,312 were randomized to ICT and 5,799 to usual care. Compared with standard care, ICT significantly reduced systolic blood pressure (MD -4.44 mmHg; 95% CI -5.55,-3.33; p<0.01) and diastolic blood pressure (MD -1.08 mmHg; 95% CI -1.71,-0.45; p<0.01). There was no significant difference between groups for adherence (RR 1.16; 95%CI 0.89-1.50; p=0.27). CONCLUSION: In this meta-analysis of RCTs of patients with uncontrolled hypertension, ICT was associated with a reduction in systolic and diastolic blood pressures, compared with usual care.


Assuntos
Humanos , Hipertensão
6.
Rev. Soc. Cardiol. Estado São Paulo, Supl. ; 34(2B): 149-149, abr-jun. 2024. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1561762

RESUMO

INTRODUÇÃO: Estudos de comunidade revelam diferenças entre os sexos na trajetória da pressão arterial (PA) ao longo da vida: a PA diastólica (PAD) é menor em mulheres do que em homens em todas as idades, enquanto a PA sistólica (PAS) é mais elevada em homens nas faixas etárias mais jovens, com redução da diferença ou inversão do padrão nas pessoas mais idosas. Menos se conhece sobre diferenças sexuais no controle da PA em outros cenários, como em pacientes com hipertensão arterial sistêmica (HAS) de difícil controle. Este estudo teve como objetivo comparar o controle da PA, de acordo com faixa etária e sexo, em indivíduos acompanhados em um ambulatório terciário de HAS. MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal que avaliou pacientes do SUS em acompanhamento em um ambulatório terciário de HAS na cidade de São Paulo e que estavam em uso de medicamentos anti-hipertensivos de acordo com os protocolos de atendimento do serviço. Os critérios de inclusão abrangeram indivíduos com idade superior a 18 anos com Monitorização Ambulatorial da PA de 24 horas (MAPA) disponível entre 2017 e 2024. Foram excluídos casos com número de medidas totais válidas à MAPA menor que 16 durante a vigília, menor que 8 durante o sono ou tempo total de exame inferior a 22 horas. Controle da PA foi definido como médias nas 24 horas menor que 130 mmHg para PAS e menor que 80 mmHg para PAD. As taxas de controle foram comparadas entre diferentes grupos por meio do teste do qui-quadrado. RESULTADOS: O estudo incluiu 4.228 indivíduos (61% do sexo feminino, idade média de 64±13 anos). PA, PAS e PAD mostraram-se controladas em 2.443 (58%), 2.895 (69%) e 2.919 (69%) pacientes, respectivamente. A PA foi significativamente melhor controlada em mulheres do que em homens nas faixas etárias entre 50-59 anos (p=0,013), 60-69 anos (p <0,001) e 70-79 anos (p=0,038), à custa de significativa superioridade no controle da PAD (Figura). Contudo, em indivíduos com idade ≥80 anos, observou-se uma inversão desse padrão, com taxa de controle numericamente superior em homens do que em mulheres (p=0,097), associado a um controle significativamente melhor da PAS (p=0,021, Figura). CONCLUSÕES: Este estudo revela uma alta taxa de controle pressórico na população estudada com diferenças de acordo com sexo e faixa etária. Os achados realçam diferenças sexuais na fisiologia vascular durante o envelhecimento, que devem ser consideradas em aspectos do diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Hipertensão
7.
Rev. Soc. Cardiol. Estado São Paulo, Supl. ; 34(2B): 150-150, abr-jun. 2024. tab
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1561771

RESUMO

INTRODUÇÃO: Na Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (PA) de 24 horas (MAPA), a VariabilidadeReal Média (VRM) é a média das diferenças absolutas entre medidassucessivas.AVRM tem sido associada a desfechos cardiovasculares independentemente da PA. No entanto, pouco se sabe sobre a tendência temporal da VRM. O propósito deste estudo foi analisar o comportamento da VRM na MAPA e sua associação com a PA ao longo do tempo. MÉTODOS: Este estudo retrospectivo e longitudinal incluiu pacientes atendidos emumhospital terciário de Cardiologia na cidade de São Paulo com duas MAPAs, com um intervalo mínimo de um ano, no período de 2017 a 2024. Critérios de exclusão compreenderam: menos de 48 medidas válidas totais, menos de 16 na vigília, menos de 8 no sono ou tempo total de exame inferior a 22 horas. As VRMs da PA sistólica (PAS) e da PA diastólica (PAD), na linha de base, foram categorizadas em baixa, intermediária ou alta de acordo com tercis da distribuição. Deltas de PA e VRM foram calculados como valores finais subtraídos dos valores iniciais. A análise estatística foi realizada por meio de testes de correlação e regressão logística. RESULTADOS: A amostra consistiu em 302 pacientes (72% do sexo feminino, idade média 64±12 anos, PAS nas 24 hs 127±15 mmHg, PAD nas 24 hs 77±11 mmHg, VRM-PAS 11,4±3,0 mmHg, VRM-PAD 8,6±2,0 mmHg). Houve correlação significativa entre PAe VRM basais (coeficiente de Pearson 0,54 para PAS e 0,36 para PAD, ambos p <0,001). O intervalo médio entre os dois exames foi de 2,8±1,7 anos. Os valores médios de delta VRM-PAS e delta VRM-PAD foram 0.03±3.23 mmHg e -0.06±2.44 mmHg, respectivamente. Deltas de VRM correlacionaram-se significativamente com deltas de PA (coeficiente de Pearson 0,44 para PAS e 0,32 para PAD, ambos p <0,001). Dentre 201 indivíduos com VRM-PAS intermediária ou alta (maior que 9,75 mmHg) na linha de base, 49 (24%) atingiram VRM-PAS baixa no seguimento. Dentre 201 pacientes com VRM-PAD inicialmente intermediária ou alta (maior que 7,50 mmHg), 51 (25%) apresentaram VRM-PAD baixa no segundo exame. A Tabela mostra a associação entre sexo, idade e chance de alcançar VRM baixa no seguimento. CONCLUSÕES: Neste estudo longitudinal envolvendo pacientes hipertensos em um serviço terciário, a variabilidade da PA de curto prazo, avaliada pela VRM na MAPA, correlacionou-se discreta a moderadamente com níveis de PA. Idade mais jovem associou-se a maior chance de atingir níveis mais baixos de VRM-PAS no seguimento, independentemente de variações evolutivas da PA

8.
J. Am. Coll. Cardiol ; 83(6): 637-648, fev.2024. ilus
Artigo em Inglês | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1530662

RESUMO

BACKGROUND: Obesity represents a major obstacle for controlling hypertension, the leading risk factor for cardiovascular mortality. OBJECTIVES: The purpose of this study was to determine the long-term effects of bariatric surgery on hypertension control and remission. METHODS: We conducted a randomized clinical trial with subjects with obesity grade 1 or 2 plus hypertension using at least 2 medications. We excluded subjects with previous cardiovascular events and poorly controlled type 2 diabetes. Subjects were assigned to Roux-en-Y gastric bypass (RYGB) combined with medical therapy (MT) or MT alone. We reassessed the original primary outcome (reduction of at least 30% of the total antihypertensive medications while maintaining blood pressure levels <140/90 mm Hg) at 5 years. The main analysis followed the intention-to-treat principle. RESULTS: A total of 100 subjects were included (76% women, age 43.8 ± 9.2 years, body mass index: 36.9 ± 2.7 kg/m2). At 5 years, body mass index was 36.40 kg/m2 (95% CI: 35.28-37.52 kg/m2) for MT and 28.01 kg/m2 (95% CI: 26.95-29.08 kg/m2) for RYGB (P < 0.001). Compared with MT, RYGB promoted a significantly higher rate of number of medications reduction (80.7% vs 13.7%; relative risk: 5.91; 95% CI: 2.58-13.52; P < 0.001) and the mean number of antihypertensive medications was 2.97 (95% CI: 2.33-3.60) for MT and 0.80 (95% CI: 0.51-1.09) for RYGB (P < 0.001). The rates of hypertension remission were 2.4% vs 46.9% (relative risk: 19.66; 95% CI: 2.74-141.09; P < 0.001). Sensitivity analysis considering only completed cases revealed consistent results. Interestingly, the rate of apparent resistant hypertension was lower after RYGB (0% vs 15.2%). CONCLUSIONS: Bariatric surgery represents an effective and durable strategy to control hypertension and related polypharmacy in subjects with obesity. (GAstric bypass to Treat obEse Patients With steAdy hYpertension [GATEWAY]; NCT01784848).

9.
J Am Coll Cardiol ; 83(6): 637-648, 2024 02 13.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-38325988

RESUMO

BACKGROUND: Obesity represents a major obstacle for controlling hypertension, the leading risk factor for cardiovascular mortality. OBJECTIVES: The purpose of this study was to determine the long-term effects of bariatric surgery on hypertension control and remission. METHODS: We conducted a randomized clinical trial with subjects with obesity grade 1 or 2 plus hypertension using at least 2 medications. We excluded subjects with previous cardiovascular events and poorly controlled type 2 diabetes. Subjects were assigned to Roux-en-Y gastric bypass (RYGB) combined with medical therapy (MT) or MT alone. We reassessed the original primary outcome (reduction of at least 30% of the total antihypertensive medications while maintaining blood pressure levels <140/90 mm Hg) at 5 years. The main analysis followed the intention-to-treat principle. RESULTS: A total of 100 subjects were included (76% women, age 43.8 ± 9.2 years, body mass index: 36.9 ± 2.7 kg/m2). At 5 years, body mass index was 36.40 kg/m2 (95% CI: 35.28-37.52 kg/m2) for MT and 28.01 kg/m2 (95% CI: 26.95-29.08 kg/m2) for RYGB (P < 0.001). Compared with MT, RYGB promoted a significantly higher rate of number of medications reduction (80.7% vs 13.7%; relative risk: 5.91; 95% CI: 2.58-13.52; P < 0.001) and the mean number of antihypertensive medications was 2.97 (95% CI: 2.33-3.60) for MT and 0.80 (95% CI: 0.51-1.09) for RYGB (P < 0.001). The rates of hypertension remission were 2.4% vs 46.9% (relative risk: 19.66; 95% CI: 2.74-141.09; P < 0.001). Sensitivity analysis considering only completed cases revealed consistent results. Interestingly, the rate of apparent resistant hypertension was lower after RYGB (0% vs 15.2%). CONCLUSIONS: Bariatric surgery represents an effective and durable strategy to control hypertension and related polypharmacy in subjects with obesity. (GAstric bypass to Treat obEse Patients With steAdy hYpertension [GATEWAY]; NCT01784848).


Assuntos
Cirurgia Bariátrica , Diabetes Mellitus Tipo 2 , Derivação Gástrica , Hipertensão , Obesidade Mórbida , Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Masculino , Pressão Sanguínea , Anti-Hipertensivos/uso terapêutico , Diabetes Mellitus Tipo 2/complicações , Diabetes Mellitus Tipo 2/cirurgia , Diabetes Mellitus Tipo 2/tratamento farmacológico , Obesidade/complicações , Obesidade/cirurgia , Derivação Gástrica/efeitos adversos , Derivação Gástrica/métodos , Hipertensão/tratamento farmacológico , Hipertensão/epidemiologia , Fatores de Risco , Resultado do Tratamento , Obesidade Mórbida/cirurgia
10.
Echocardiography ; 40(8): 792-801, 2023 08.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-37395940

RESUMO

AIMS: Resistant hypertension (RH) is a challenging phenotype within the hypertension (HTN) spectrum, requiring careful assessment and follow-up. Evaluation of left atrial function may be clinically informative, but is usually neglected. Advanced Echocardiography Techniques (AETs), such as Strain Analysis and three-dimensional echocardiography (3D ECHO) may be useful complementary tools to assess atrial function in patients with RH. METHODS AND RESULTS: Ninety-six eligible adult patients were categorized into three groups: resistant hypertensive (RH), controlled hypertensive (CH), and normotensive (N), and underwent AETs to identify morphofunctional changes in the left atrium (LA) across different HTN phenotypes. The LA reservoir strain was significantly lower among RH than in N and CH patients (p < .001). Accordingly, LA conduit strain showed a gradient through the groups: higher among N, followed by CH and RH patients (p = .015). LA contraction strain was higher among CH than in N and RH patients (p = .02). Maximum indexed, pre-A, and minimum atrial volumes obtained by 3D ECHO showed differences between N and the others (p < .001), but not between CH and RH. N patients showed a higher fraction of passive emptying of the LA than the others (p = .02), with no difference between CH and RH. Total emptying of the LA only differed between N and RH patients, while active emptying of the LA showed no difference between the groups (p = .82). CONCLUSION: The left atrium may present early functional changes in response to HTN, which are detectable by AETs. AETs, especially S-LA, allowed to identify markers of atrial myocardial damage in both RH and CH patients.


Assuntos
Fibrilação Atrial , Ecocardiografia Tridimensional , Hipertensão , Humanos , Ecocardiografia/métodos , Hipertensão/complicações , Hipertensão/diagnóstico por imagem , Átrios do Coração/diagnóstico por imagem
11.
Echocardiography ; 40(8)jul.2023.
Artigo em Inglês | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1443679

RESUMO

AIMS: Resistant hypertension (RH) is a challenging phenotype within the hypertension (HTN) spectrum, requiring careful assessment and follow-up. Evaluation of left atrial function may be clinically informative, but is usually neglected. Advanced Echocardiography Techniques (AETs), such as Strain Analysis and three-dimensional echocardiography (3D ECHO) may be useful complementary tools to assess atrial function in patients with RH. METHODS AND RESULTS: Ninety-six eligible adult patients were categorized into three groups: resistant hypertensive (RH), controlled hypertensive (CH), and normotensive (N), and underwent AETs to identify morphofunctional changes in the left atrium (LA) across different HTN phenotypes. The LA reservoir strain was significantly lower among RH than in N and CH patients (p < .001). Accordingly, LA conduit strain showed a gradient through the groups: higher among N, followed by CH and RH patients (p = .015). LA contraction strain was higher among CH than in N and RH patients (p = .02). Maximum indexed, pre-A, and minimum atrial volumes obtained by 3D ECHO showed differences between N and the others (p < .001), but not between CH and RH. N patients showed a higher fraction of passive emptying of the LA than the others (p = .02), with no difference between CH and RH. Total emptying of the LA only differed between N and RH patients, while active emptying of the LA showed no difference between the groups (p = .82). CONCLUSION: The left atrium may present early functional changes in response to HTN, which are detectable by AETs. AETs, especially S-LA, allowed to identify markers of atrial myocardial damage in both RH and CH patients.

12.
J. hypertens ; 41(Suppl. 3): e48-e48, June, 2023. graf
Artigo em Inglês | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1537913

RESUMO

OBJECTIVE: Resistant hypertension is a challenging phenotype within the hypertension (HTN) spectrum, requiring careful assessment and follow-up. Evaluation of left atrial function may be clinically informative, but is commonly neglected. Strain and three-dimensional echocardiography (3D ECHO) may be useful complementary tools for assessing atrial function among hypertensive patients. DESIGN AND METHOD: 96 eligible adult patients were categorized into three groups: resistant hypertensive (RH), controlled hypertensive (CH), and normotensive (N), and underwent advanced echocardiography techniques to identify specific morphofunctional changes in the left atrium (LA) throughout different HTN phenotypes. RESULTS: As shown in Figure 1, LA reservoir strain was significantly lower among RH than N and CH patients (p < 0.001). Accordingly, LA conduit strain showed a gradient through the groups: higher among N, followed by CH and RH (p = 0.015). LA contraction strain was higher among CH than N and RH (p = 0.02). Maximum indexed, pre-A, and minimum atrial volumes obtained by 3D ECHO showed differences between N and the others (p < 0.001), but not between CH and RH. N showed higher fraction of passive emptying of the LA than the others (p = 0.02), with no difference between CH and RH. Total emptying of the LA only differed between the extreme groups N and RH, being lower in the latter, while active emptying of the LA showed no difference between the groups (p = 0.82). CONCLUSIONS: Advanced echocardiography measures, especially LA strain, proved to be early markers of atrial myocardial damage in both RH and CH. We demonstrated for the first time that morphofunctional changes in the LA due to resistant hypertension may occur concomitantly and even independently from those observed in the left ventricle.


Assuntos
Função do Átrio Esquerdo
13.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 135-135, abr. 2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1437959

RESUMO

INTRODUÇÃO: Alterações estruturais e funcionais do ventrículo esquerdo decorrentes da hipertensão arterial são bem caracterizadas e constituem valiosos marcadores prognósticos. Embora a análise estrutural do átrio esquerdo (AE) pelo cálculo do volume atrial seja parte da avaliação ecocardiográfica de rotina, sua avaliação funcional é menos usual. O estudo da deformação do AE por meio do strain longitudinal e o cálculo da rigidez atrial esquerda podem permitir caracterizar suas alterações funcionais adaptativas ao longo do espectro pressórico. OBJETIVO: Avaliar a função atrial esquerda em diferentes fenótipos de hipertensos. METODOLOGIA: Hipertensos Resistentes (HR); Hipertensos Controlados (HC) e Normotensos (N), assim categorizados a partir da monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas, foram submetidos a avaliação ecocardiográfica transtorácica avançada, incluindo a análise de deformação miocárdica pelo strain e o cálculo da rigidez atrial esquerda. Os grupos foram comparados entre si quanto a parâmetros estruturais e funcionais do AE. RESULTADOS: 96 pacientes foram considerados elegíveis para o estudo, sendo 32 indivíduos alocados em cada grupo. O volume indexado do AE foi semelhante entre HC (30 ± 7 mL/m2 ) e HR (33 ± 10 mL/m2 ) e menor nos N (25 ± 4 mL/m2 ) ­ p < 0,05. O índice de massa ventricular esquerda foi maior nos HR (102,0 ± 24,2 g/m2 ), seguido dos HC (83,2 ± 16,8 g/m2 ) e N (67,1 ± 10,9 g/m2 ) ­ p < 0,05. Nenhum paciente do grupo N apresentou disfunção diastólica, enquanto a disfunção diastólica grau I foi observada em 32% dos HC e 52% dos HR. O strain longitudinal global do VE foi semelhante entre N (20 ± 2%) e HC (20 ± 3%), mas reduzido nos HR (17 ± 3%). A avaliação funcional do AE incluiu o strain atrial em suas 3 fases: reservatório, conduto e contração. O strain de reservatório foi semelhante entre N (34% ± 6) e HC (33% ± 6), mas reduzido nos HR (27% ± 7; p < 0,001). O strain de conduto foi maior no grupo N (19% ± 6), seguido em ordem decrescente pelo HC (16% ± 5) e HR (12% ± 5; p = 0,015). O strain de contração foi maior no grupo HC (17% ± 4), diferindo dos grupos N (15% ± 3) e HR (12% ± 5; p < 0,02). O grupo HR apresentou os maiores índices de rigidez do átrio esquerdo, seguido em ordem decrescente pelos grupos HC e N (p < 0,001). CONCLUSÃO: A função do AE apresentou diferenças significativas de acordo com o fenótipo dos hipertensos. Enquanto nos HR o AE se apresenta mais rígido e com menores índices de deformação que os HC, estes apresentam função contrátil mais intensa, mesmo quando comparados aos normotensos.


Assuntos
Átrios do Coração , Hipertensão , Ecocardiografia
14.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 137-137, abr. 2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1437964

RESUMO

INTRODUÇÃO: O tratamento da hipertensão arterial (HA) se fundamenta na indicação de 3 classes terapêuticas de primeira linha: IECA/BRA; BCC; e tiazídicos (TZD). Atualmente os betabloqueadores (BB) constituem opção de primeira escolha apenas em situações clínicas específicas. Há controvérsia em relação ao impacto dos BB na redução do risco CV fora desses contextos, em parte em função da heterogeneidade da classe. O objetivo do presente estudo foi avaliar o uso dos BB como parte da terapia tripla na prática clínica de um centro de referência, estudando seu impacto no controle pressórico. MÉTODOS: Selecionamos 113 pacientes em uso de 3 classes de anti-hipertensivos consecutivamente atendidos em serviço ambulatorial público de referência no tratamento da HA. Avaliamos a taxa de uso de BB e suas principais associações, identificando as classes mais frequentemente substituídas pelos BB dentro da terapia tripla. Em modelo de regressão logística identificamos as variáveis associadas a prescrição da classe. Finalmente, estudamos o impacto do uso dos BB como parte da terapia tripla no controle pressórico em MAPA de 24h. RESULTADOS: Dos 113 pacientes em terapia tripla, 61% (N=69) estava em uso concomitante das 3 classes de primeira linha (IECA/ BRA + BCC + TZD). No restante, uma das classes era substituída por um BB (29%; 33/113), pela espironolactona (7%; 8/113), ou por outra classe anti-hipertensiva (3%; 3/113). Os BB foram a principal alternativa as classes de primeira linha, integrando a terapia tripla em 75% (33/44) dos esquemas alternativos. Em 55% dos casos (18/33) o BB foi prescrito no lugar do BCC; em 24% (8/33) no lugar do TZD; e em 6% (2/33) no lugar do IECA/BRA. Os BB mais prescritos foram o atenolol (66,7%; 22/33); o metoprolol (15,1%; 5/33); e o carvedilol (12,1%; 4/33). Foram preditores de indicação de BB: sexo feminino (OR: 4,67; IC: 1,64-16,9; p=0,008); insuficiência coronariana (OR: 3,28; IC: 1,17-9,36; p=0,023); e hipertrofia do ventrículo esquerdo (OR: 3,17; IC: 1,06-10,9; p=0,048). Os pacientes em terapia tripla com BB apresentaram frequência cardíaca média menor que aqueles sob terapia tripla sem BB (67±9 bpm versus 73±12 bpm; p=0,013). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos no controle pressórico pela MAPA de 24h (PATotal: 116±10 /72±9 mmHg versus 121±11 /72±9 mmHg; p=0,3/0,9). CONCLUSÕES: Na população estudada os BB constituíram a principal alternativa as classes de primeira linha como parte da terapia anti-hipertensiva tripla, mantendo equivalente controle pressórico de 24h.


Assuntos
Atenolol
15.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 137-137, abr. 2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1437967

RESUMO

INTRODUÇÃO: O impacto da reeducação alimentar no controle da pressão arterial (PA) pode equivaler ao de uma ou mais classes de anti-hipertensivos. Apesar disso, a avaliação alimentar é comumente negligenciada na prática médica. A falta de instrumentos de mensuração clinicamente aplicáveis em ambiente de consultório é uma das possíveis explicações. Elaboramos o Índice de Alerta Alimentar (IAA) como ferramenta de triagem alimentar para o cardiologista. O objetivo do presente estudo foi avaliar uma população de hipertensos resistentes por meio do IAA e comparar o grau de concordância inter-avaliadores. MÉTODOS: O IAA é um escore que inclui 7 dimensões: aporte calórico; consumo de frutas; verduras e legumes; gordura saturada; sal; ultraprocessados; e preparo dos alimentos. A avaliação é realizada a partir de registro alimentar fotográfico (RAF) de 3 dias que o paciente encaminha por meio de aplicativo. Cada dimensão recebe uma pontuação de 0 (ótimo); 1 (intermediário); ou 2 (péssimo). A pontuação total do IAA varia de 0 a 14. Recrutamos 30 hipertensos resistentes. O RAF dos 30 pacientes foi avaliado de forma cega e independente por cardiologista sênior (S); médico residente (J); e nutricionista (N). Estudamos o grau de concordância inter-avaliadores por meio do coeficiente de concordância Kappa de Cohen; do coeficiente de correlação linear de Pearson; e de gráficos de dispersão e de Bland-Altman. Foi aceita uma margem de discordância de até 1 ponto para cada dimensão e de até 3 pontos na pontuação total. RESULTADOS. A idade média dos 30 pacientes avaliados foi 63.9 ± 9.2 anos (83,3% mulheres; IMC médio 33.1 ± 6.1; raça parda ou preta: 57,1%; anti-hipertensivos em uso: 3.9 ± 1.6; PAS média: 137.0 ± 17.4 mmHg). Foram avaliadas uma média de 11,2 fotografias por paciente. As dimensões de maior alerta (Escore 1 + 2) foram: consumo excessivo de sal (87%); excesso calórico (86,7%); e consumo de ultraprocessados (75,5%). Apenas 58,9% apresentou consumo adequado (Escore 0) de verduras e 46,7% de frutas. O Coeficiente de Correlação de Pearson entre S e N foi 0,816. Aceitando-se margem de diferença ≤3 pontos a concordância inter-avaliadores foi de 100%. O grau de concordância entre J e S/N foi significativamente menor (Correlação de Pearson: 0,455; após ajuste: 83,3% de concordância). CONCLUSÕES: O IAA apresentou alto grau de concordância inter-avaliadores, constituindo uma ferramenta promissora na prática clínica. 2/3 dos hipertensos resistentes apresentaram altos índices de alerta, sendo candidatos a acompanhamento nutricional especializado.


Assuntos
Ciências da Nutrição , Comportamento Alimentar , Hipertensão
16.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 138-138, abr. 2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1437986

RESUMO

INTRODUÇÃO: A terapia de denervação renal (TDR) é uma opção terapêutica na hipertensão arterial resistente (HAR), mas sua eficácia no controle pressórico é modesta e seu impacto na redução do risco cardiovascular é motivo de controvérsia. Faltam estudos de longo prazo avaliando desfechos cardiovasculares em pacientes submetidos ao procedimento. OBJETIVO: Avaliar a incidência de desfechos cardiovasculares e renais a longo prazo em pacientes submetidos à TDR em comparação a um grupo controle pareado de portadores de HAR. MÉTODOS: Acompanhamos 20 pacientes com HAR submetidos à TDR entre 2012 e 2014, com uma média de seguimento de 7,3 anos, comparados a um grupo controle de 8 pacientes com média de seguimento de 4,2 anos, sendo a ocorrência de eventos ajustada para o tempo de seguimento. O desfecho primário composto incluiu: morte por todas as causas, infarto não fatal, AVC não fatal e terapia renal substitutiva. Avaliamos como desfechos secundários a incidência isolada de cada elemento do desfecho composto, além do controle pressórico avaliado pela MAPA no 1º, 3º, 6º e 12º mês e, então, anualmente até o 10º ano. A diferença na incidência dos desfechos foi aferida em modelo de regressão linear de Poisson com ligação logarítmica pelo tempo de seguimento. RESULTADOS: O grupo de pacientes submetidos à TDR (N=20; idade média: 50,9 anos; 75% do sexo feminino) apresentava tempo médio de doença de 18,4 anos, com carga significativa de fatores de risco cardiovascular (diabetes mellitus: 25%; dislipidemia: 60%; tabagismo: 15%; IAM prévio: 15%; AVC prévio: 10%). O perfil do grupo controle foi semelhante, exceto pelo tabagismo, que foi significativamente maior (75% vs 15%; p=0,005). O desfecho primário ocorreu em 8 pacientes do grupo TDR vs 3 do grupo controle. Não houve diferença entre os grupos: 1) no controle pressórico ao longo do tempo; 2) no desfecho primário composto (5,4% versus 9% pacientes/ano; p=0,642); 3) nos desfechos secundários (morte por todas as causas, p=0,36; infarto não fatal, p=0,07; AVC não fatal, p=0,28). No grupo TDR, IAM prévio foi preditor independente do desfecho primário (p=0.049), enquanto AVC prévio foi preditor de morte por todas as causas (p=0.032). CONCLUSÃO: Nesta análise de pacientes submetidos à TDR por HAR não observamos benefício de controle pressórico nem de redução do risco cardiovascular em comparação ao grupo que recebeu tratamento clínico habitual.


Assuntos
Denervação , Hipertensão , Fatores de Risco de Doenças Cardíacas
17.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(supl. 2B): 193-193, abr. 2023. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1438139

RESUMO

INTRODUÇÃO: Estima-se que cerca de 5% dos pacientes com sarcoidose pulmonar/sistêmica possam evoluir com manifestações cardíacas da doença, tais como distúrbios de condução, arritmias ventriculares e insuficiência cardíaca. No entanto, a verdadeira prevalência da sarcoidose cardíaca (SC) é incerta e provavelmente subestimada, uma vez que muitos indivíduos apresentam sintomas inespecíficos ou doença subclínica. RELATO DE CASO: Paciente de sexo feminino, 47 anos, abriu o quadro com artrite simétrica dos tornozelos, piorando progressivamente ao longo do tempo. Após 6 meses, notou aparecimento de nódulos subcutâneos eritematosos em membros inferiores e alterações oftalmológicas caracterizadas como uveíte. Com 18 meses de evolução e ainda sem diagnóstico, apresentou dispnéia progressiva e sintomas constitucionais. Nesse momento, a paciente foi internada. A tomografia de tórax revelou adenopatia hilar bilateral e a biópsia por vídeotoracoscopia evidenciou processo granulomatoso não caseoso. Com diagnóstico de sarcoidose, iniciou-se então tratamento com metotrexato, obtendo-se remissão do quadro ao longo de 2 anos. No entanto, 2 meses após a suspensão da medicação, a paciente passou a referir dor torácica, palpitações e episódios de bradicardia não melhor caracterizada. Ecocardiograma e Holter de 24 horas sem alterações. Ressonância magnética (RM) do coração evidenciou realce tardio mesocárdico linear em parede inferolateral e médioapical do VE. Frente a esses achados e a elevação dos níveis de Enzima Conversora da Angiotensina (ECA), optou-se por reinstituir o tratamento com metotrexato, seguido de nova remissão da doença. DISCUSSÃO: A Síndrome de Löfgren, caracterizada por adenopatia hilar bilateral, eritema nodoso e artrite, é a manifestação clínica clássica da sarcoidose.Apesar da exuberância do quadro clínico, o diagnóstico ainda é um desafio, assim como evidenciado pela longa jornada de 18 meses desta paciente até o diagnóstico. A incidência de sarcoidose cardíaca vem aumentando em função da maior disponibilidade de RM e PET Scan, chegando a ser detectada em 20-25% dos casos. A maioria dos casos atualmente são subclínicos ou oligossintomáticos, mas alguns pacientes podem desenvolver um padrão de inflamação extensa, cicatrizes miocárdicas, disfunção ventricular, bloqueio atrioventricular total e arritmias ventriculares malignas. CONCLUSÃO: A incidência de SC vem aumentando em função do diagnóstico precoce de formas mais leves. Acompanhar estes pacientes a partir da fase pré-clínica pode prevenir a evolução para estágios mais graves da doença.


Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Arritmias Cardíacas , Doença do Sistema de Condução Cardíaco , Insuficiência Cardíaca
18.
Echocardiography ; 39(11): 1412-1419, 2022 11.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36217302

RESUMO

AIMS: Individuals with resistant arterial hypertension are particularly at risk of developing target organ damage and cardiovascular events. The advanced echocardiography technique called myocardial work (MW), through the analysis of the left ventricular pressure-strain loop, is among the possibilities for evaluating these individuals. Our study was designed to describe the behavior of MW indices in individuals with resistant arterial hypertension (RH), controlled hypertension (CH), and normal arterial pressure (N). METHODS AND RESULTS: Seventy-one patients underwent Ambulatory Blood Pressure Monitoring (ABPM) and were characterized into three groups after a medical consult: RH (subjects with hypertension on four or more antihypertensive medications despite having controlled blood pressure); CH (subjects with hypertension on up to two antihypertensive medications); and N (individuals with normal ABPM; not using any medications). Echocardiographic analysis was performed using the Vivid E95 ultrasound system and blood pressure was measured at the time of the examination and subsequently used to determine myocardial work indices. RH demonstrated lower global work efficiency (GWE, mean = .95%; p = .005) and higher global wasted work (GWW, mean = 114 mm Hg%; p = .011) compared to other groups. Left ventricular mass measured by three-dimensional echocardiography, systolic wall stress, relative wall thickness and peak systolic dispersion were inversely correlated to GWE. No difference was observed between CH and N groups regarding MW indices. On multivariate analysis, only systolic wall stress remained as an independent predictor of GWE, when controlled by 3D mass index, relative wall thickness, peak systolic dispersion, and the hypertension group. CONCLUSION: Individuals with resistant hypertension have lower global work efficiency and higher global wasted work, compared to individuals with controlled hypertension and without arterial hypertension.


Assuntos
Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial , Hipertensão , Humanos , Anti-Hipertensivos/uso terapêutico , Hipertensão/complicações , Hipertensão/diagnóstico por imagem , Hipertensão/tratamento farmacológico , Pressão Sanguínea/fisiologia , Ecocardiografia/métodos , Função Ventricular Esquerda/fisiologia , Volume Sistólico
19.
Echocardiography ; 39(11)Oct. 2022.
Artigo em Inglês | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1400053

RESUMO

AIMS: Individuals with resistant arterial hypertension are particularly at risk of developing target organ damage and cardiovascular events. The advanced echocardiography technique called myocardial work (MW), through the analysis of the left ventricular pressure-strain loop, is among the possibilities for evaluating these individuals. Our study was designed to describe the behavior of MW indices in individuals with resistant arterial hypertension (RH), controlled hypertension (CH), and normal arterial pressure (N). METHODS AND RESULTS: Seventy-one patients underwent Ambulatory Blood Pressure Monitoring (ABPM) and were characterized into three groups after a medical consult: RH (subjects with hypertension on four or more antihypertensive medications despite having controlled blood pressure); CH (subjects with hypertension on up to two antihypertensive medications); and N (individuals with normal ABPM; not using any medications). Echocardiographic analysis was performed using the Vivid E95 ultrasound system and blood pressure was measured at the time of the examination and subsequently used to determine myocardial work indices. RH demonstrated lower global work efficiency (GWE, mean = .95%; p = .005) and higher global wasted work (GWW, mean = 114 mm Hg%; p = .011) compared to other groups. Left ventricular mass measured by three-dimensional echocardiography, systolic wall stress, relative wall thickness and peak systolic dispersion were inversely correlated to GWE. No difference was observed between CH and N groups regarding MW indices. On multivariate analysis, only systolic wall stress remained as an independent predictor of GWE, when controlled by 3D mass index, relative wall thickness, peak systolic dispersion, and the hypertension group. CONCLUSION: Individuals with resistant hypertension have lower global work efficiency and higher global wasted work, compared to individuals with controlled hypertension and without arterial hypertension.


Assuntos
Ecocardiografia , Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial , Ecocardiografia Tridimensional , Anti-Hipertensivos
20.
Arq. bras. cardiol ; 119(4 supl.1): 121-121, Oct, 2022.
Artigo em Inglês | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1397297

RESUMO

INTRODUCTION: Out-of-Office Measurement of Blood Pressure (BP) is recommended in addition to office BP for the diagnosis and follow-up of hypertensive patients. Ambulatory Blood Pressure Monitoring (ABPM); Home Blood Pressure Monitoring (HBPM); and Self-Monitoring of BP (SMBP) are the currently available options and their indication may vary according to the context. The aim of the present study was to assess how Out-of-Office Measurement of BP takes place in clinical practice and its impact on BP control in a public tertiary outpatient clinic. METHODS: We evaluated 225 consecutive patients seen at a high-complexity public outpatient facility (mean age: 66.7 ± 11.9 years; female: 62.7%). All patients were routinely requested to perform SMBP according to a prespecified institutional protocol. ABPM and HBPM were indicated for selected cases at the discretion of the attending physician. Patient Adherence to Out-of-Office Measurement of BP was labeled into 5 possible categories: a) No Measurement; b) ABPM; c) HBPM; d) Adequate SMBP e) Inadequate SMBP. Patient Adherence was also stratified according to sex, age, number of antihypertensive drugs, schooling, length of follow-up at the facility, comorbidities and availability of BP monitor at home. Rates of BP control were related with Patient Adherence, as well as with the aforementioned variables. RESULTS: 87.5% of the study population reported having a BP monitor at home. However, adding up the 5 possible categories, adequate Out-of-Office Measurement of BP was available in only 46.7% of the sample (40.9% of the patients did not bring any measurement; 13.8% underwent ABPM; 32.9% adequate SMBP; 12.4% inadequate SMBP; 0% HBPM). Availability of a BP monitor at home (p<0.001) and the number of antihypertensive drugs in use (p=0.019) were strongly associated with adherence to SMBP. Prevalence of smoking was 2 folds higher (7.5% vs 3.4%) in those who returned without SMBP. Rate of BP control based on office BP was 42.6% (79.5% of the sample was under ≥3 classes of antihypertensive drugs). Out-of-office BP measurements were not associated with higher rates of BP control (p=0.377), but allowed to identify a White Coat Effect (WCE) in 1 out of 3 patients with uncontrolled BP according to office BP (WCE prevalence: 29 % among uncontrolled patients vs 3.9% among controlled ones. CONCLUSIONS: Outof-Office Measurement of BP is still an unmet need in the treatment of hypertension.


Assuntos
Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial , Hipertensão , Anti-Hipertensivos
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA