RESUMO
[RESUMO]. Objetivos. Fazer um levantamento da literatura existente acerca das doenças sensíveis ao clima (DSC) e dos impactos das alterações climáticas sobre a saúde. Método. A revisão sistemática foi conduzida conforme a metodologia PRISMA. As buscas foram realizadas nas bases LILACS, PubMed, Scopus e SciELO em julho de 2017, sem restrição temporal. Em todas as bases utilizou-se a seguinte estratégia de busca: (climate) AND (disease) AND (sensitive). As buscas foram realizadas em inglês, espanhol e português. Resultados. Foram selecionadas 106 publicações. As doenças mais estudadas foram dengue, malária e doenças respiratórias e cardiovasculares. As variáveis climáticas mais estudadas foram temperatura e precipitação. Os estudos mostraram uma relação entre a incidência de determinadas de doenças, principalmente doenças cardiovasculares e respiratórias, dengue, malária e arboviroses, e as condições climáticas em diferentes regiões do mundo. Essa relação foi analisada considerando tanto dados pretéritos de incidência de doenças e variáveis climáticas como pela projeção futura de incidência de doenças de acordo com variações previstas do clima. Identificou-se um número maior de estudos realizados por autores oriundos de países desenvolvidos. Os locais estudados com maior frequência foram China, Estados Unidos, Austrália e Brasil. Conclusões. Apesar do aumento no número de artigos publicados sobre o tema, é preciso enfocar um número maior de variáveis climáticas e ambientais e expandir os estudos para outras regiões do globo.
[ABSTRACT]. Objective. To survey the literature regarding climate-sensitive diseases (CSD) and the impacts of climate changes on health. Method. This systematic review was conducted according to the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). The Lilacs, SciELO, Scopus, and PubMed databases were searched in July 2017 without temporal restrictions for articles published in in Portuguese, English and Spanish. The following search strategy was used in all databases: (climate) AND (disease) AND (sensitive). Results. The systematic review included 106 articles, most of which focused on dengue, malaria, and respiratory and cardiovascular diseases. The most commonly studied climate variables were temperature and precipitation. The studies revealed a relationship between the incidence of certain diseases, especially cardiovascular and respiratory diseases, dengue, malaria, and arboviral diseases, and climate conditions in different regions of the world. This relationship was analyzed considering both past data on the incidence of diseases and climate variables and projections regarding the future incidence of diseases according to expected climate variations. A greater number of studies was performed by authors originating from developed countries. The world regions most often studied were China, the United States, Australia, and Brazil. Conclusions. Despite the increase in the number of published articles on this theme, a greater number of climate and environmental variables must be studied, with expansion of studies to additional regions in the world.
[RESUMEN]. Objetivos. Hacer un examen de las publicaciones sobre las enfermedades sensibles al clima y los efectos de las alteraciones climáticas sobre la salud Método. La revisión sistemática se efectuó de conformidad con el método basado en elementos de notificación preferidos para revisiones sistemáticas y metanálisis (PRISMA, por su sigla en inglés). Las búsquedas se realizaron en las bases LILACS, PubMed, Scopus y SciELO en julio del 2017, sin limitaciones de tiempo. En todas las bases se utilizó la siguiente estrategia de búsqueda: (climate) AND (disease) AND (sensitive). Las búsquedas se realizaron en inglés, español y portugués. Resultados. Se seleccionaron 106 publicaciones. Las enfermedades más estudiadas fueron el dengue, la malaria y las enfermedades cardiovasculares y respiratorias. Las variables climáticas más estudiadas fueron la temperatura y las precipitaciones. Los estudios mostraron una relación entre la incidencia de determinadas de enfermedades, principalmente de las enfermedades cardiovasculares y respiratorias, el dengue, la malaria y las enfermedades arbovirales, y las condiciones climáticas en diferentes regiones del mundo. Esa relación se analizó tanto con datos pasados de incidencia de enfermedades y variables climáticas como con una proyección de la incidencia futura de enfermedades, de acuerdo con las variaciones previstas del clima. Se encontró un mayor número de estudios realizados por autores oriundos de países desarrollados. Los lugares estudiados con mayor frecuencia fueron Australia, Brasil, China y Estados Unidos. Conclusiones. A pesar del aumento del número de artículos publicados sobre el tema, es preciso enfocarse en un mayor número de variables climáticas y ambientales, y ampliar los estudios a otras regiones del mundo.
Assuntos
Mudança Climática , Dengue , Malária , Mudança Climática , Efeitos do Clima , Malária , Doenças Respiratórias , Doenças Cardiovasculares , Brasil , Mudança Climática , Efeitos do Clima , Doenças Respiratórias , Doenças Cardiovasculares , Efeitos do Clima , Doenças Respiratórias , Doenças Cardiovasculares , BrasilRESUMO
RESUMO Objetivos. Fazer um levantamento da literatura existente acerca das doenças sensíveis ao clima (DSC) e dos impactos das alterações climáticas sobre a saúde. Método. A revisão sistemática foi conduzida conforme a metodologia PRISMA. As buscas foram realizadas nas bases LILACS, PubMed, Scopus e SciELO em julho de 2017, sem restrição temporal. Em todas as bases utilizou-se a seguinte estratégia de busca: (climate) AND (disease) AND (sensitive). As buscas foram realizadas em inglês, espanhol e português. Resultados. Foram selecionadas 106 publicações. As doenças mais estudadas foram dengue, malária e doenças respiratórias e cardiovasculares. As variáveis climáticas mais estudadas foram temperatura e precipitação. Os estudos mostraram uma relação entre a incidência de determinadas de doenças, principalmente doenças cardiovasculares e respiratórias, dengue, malária e arboviroses, e as condições climáticas em diferentes regiões do mundo. Essa relação foi analisada considerando tanto dados pretéritos de incidência de doenças e variáveis climáticas como pela projeção futura de incidência de doenças de acordo com variações previstas do clima. Identificou-se um número maior de estudos realizados por autores oriundos de países desenvolvidos. Os locais estudados com maior frequência foram China, Estados Unidos, Austrália e Brasil. Conclusões. Apesar do aumento no número de artigos publicados sobre o tema, é preciso enfocar um número maior de variáveis climáticas e ambientais e expandir os estudos para outras regiões do globo.
ABSTRACT Objective. To survey the literature regarding climate-sensitive diseases (CSD) and the impacts of climate changes on health. Method. This systematic review was conducted according to the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). The Lilacs, SciELO, Scopus, and PubMed databases were searched in July 2017 without temporal restrictions for articles published in in Portuguese, English and Spanish. The following search strategy was used in all databases: (climate) AND (disease) AND (sensitive). Results. The systematic review included 106 articles, most of which focused on dengue, malaria, and respiratory and cardiovascular diseases. The most commonly studied climate variables were temperature and precipitation. The studies revealed a relationship between the incidence of certain diseases, especially cardiovascular and respiratory diseases, dengue, malaria, and arboviral diseases, and climate conditions in different regions of the world. This relationship was analyzed considering both past data on the incidence of diseases and climate variables and projections regarding the future incidence of diseases according to expected climate variations. A greater number of studies was performed by authors originating from developed countries. The world regions most often studied were China, the United States, Australia, and Brazil. Conclusions. Despite the increase in the number of published articles on this theme, a greater number of climate and environmental variables must be studied, with expansion of studies to additional regions in the world.
RESUMEN Objetivos. Hacer un examen de las publicaciones sobre las enfermedades sensibles al clima y los efectos de las alteraciones climáticas sobre la salud Método. La revisión sistemática se efectuó de conformidad con el método basado en elementos de notificación preferidos para revisiones sistemáticas y metanálisis (PRISMA, por su sigla en inglés). Las búsquedas se realizaron en las bases LILACS, PubMed, Scopus y SciELO en julio del 2017, sin limitaciones de tiempo. En todas las bases se utilizó la siguiente estrategia de búsqueda: (climate) AND (disease) AND (sensitive). Las búsquedas se realizaron en inglés, español y portugués. Resultados. Se seleccionaron 106 publicaciones. Las enfermedades más estudiadas fueron el dengue, la malaria y las enfermedades cardiovasculares y respiratorias. Las variables climáticas más estudiadas fueron la temperatura y las precipitaciones. Los estudios mostraron una relación entre la incidencia de determinadas de enfermedades, principalmente de las enfermedades cardiovasculares y respiratorias, el dengue, la malaria y las enfermedades arbovirales, y las condiciones climáticas en diferentes regiones del mundo. Esa relación se analizó tanto con datos pasados de incidencia de enfermedades y variables climáticas como con una proyección de la incidencia futura de enfermedades, de acuerdo con las variaciones previstas del clima. Se encontró un mayor número de estudios realizados por autores oriundos de países desarrollados. Los lugares estudiados con mayor frecuencia fueron Australia, Brasil, China y Estados Unidos. Conclusiones. A pesar del aumento del número de artículos publicados sobre el tema, es preciso enfocarse en un mayor número de variables climáticas y ambientales, y ampliar los estudios a otras regiones del mundo.
Assuntos
Humanos , Doenças Respiratórias/prevenção & controle , Mudança Climática , Doenças Cardiovasculares , Efeitos do Clima , Brasil , Dengue/transmissão , Malária/transmissãoRESUMO
Introdução: A Carga Global de Doença é a métrica adotada pela Organização Mundial de Saúde e por diversos países como suporte para a tomada de decisão em saúde pública baseada em evidências. O estudo dos fatores de risco ambientais e seus impactos na saúde da população mundial integram esta metodologia, em particular, o fator de risco saneamento, água e higiene inseguros devido ao seu impacto na saúde da população mundial, principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil.Objetivo: Estimar a Carga Global da Diarreia em crianças menores de 05 anos atribuível ao fator de risco saneamento, água e higiene inseguros no Brasil e suas macrorregiões para o ano de 1998. Metodologia: A Carga Global da Diarreia em crianças menores de 05 anos no Brasil e macrorregiões foi estimada a partir da Fração Populacional Atribuível para três cenários distintos de exposição ao fator de risco saneamento, qualidade da água e higiene inseguros (I acesso à rede geral de esgoto, mas ausência de acesso à rede de abastecimento de água; II acesso à rede geral de abastecimento de água mas ausência do acesso à rede geral de esgoto e III ausência de acesso à rede geral de esgoto e à rede geral de abastecimento de água). Os dados de prevalência e risco relativo para estimação da FPA foram obtidos, respectivamente, através do Censo 2000 (IBGE, 2000) e publicação identificada através da realização de uma revisão sistemática. (...) Discussão: Os resultados obtidos permitiram identificar lacunas no conhecimento brasileiro relacionadas à ausência de estudos longitudinais e dados de morbidade associados à diarreia. A comparação da estimação brasileira com estudos semelhantes realizados em outros países está comprometida em virtude da diferença entre os pressupostos metodológicos assumidos em todos os estudos, alterando, deste modo, os resultados obtidos. A estimação da Carga Ambiental da Diarreia no Brasil permite avaliar o alcance das metas assumidas pelo Brasil nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, especificamente os Objetivos IV e VII que se referem à redução da mortalidade infantil e à promoção da sustentabilidade. Conclusão: A Carga Global da Diarreia no Brasil foi de 15,2% em 1998, principalmente devido a ausência de acesso à rede geral de esgoto no Brasil e nas macrorregiões. Os resultados obtidos indicam que a oferta de estruturas sanitárias no Brasil ainda ocorre de maneira distinta, com maior carência nas regiões com maiores áreas rurais (Norte e Nordeste) e, consequente, aumento na Carga Global da Diarreia.