RESUMO
Foram comparados os efeitos de halotano e enflurano sobre a variaçäo do produto FC x PAS durante a reversäo do bloqueio neuromuscular com atropina/prostigmina, em 20 pacientes adultos sem patologia cardiovascular, submetidos a cirurgias eletivas. A técnica anestésica foi padronizada: induçäo com tiopental e manutençäo com óxido nitroso/oxigênio halotano 0,5 -%50% + halotano 0,5 -% halotano 0,5 - 1,0% no grupo I (10 pacientes) ou óxido nitroso/oxigênio halotano 0,5 -%50% + halotano 0,5 -% + enflurano 1,0 - 2,0% no grupo II (10 pacientes); relaxamento muscular pelo brometo de pancurônio nas doses usuais, intubaçäo traqueal e ventilaçäo controlada mecânica em todos os casos. Ao final do procedimento, o bloqueio neuromuscular foi revertido com atropina 1,0 mg seguida um misto após de prostigmina 2,0 mg, por via venosa. O produto FC x PAS doi determinado minuto a minuto, desde o tempo zero (final da cirurgia, antes da injeçäo de drogas) até o 8§ minuto após a injeçäo de atropina. A administraçäo de óxido nitroso + halotano/enflurano, bem como a ventilaçäo controlada mecânica, foram mantidas até a última medida. Os valores médios obtidos para o produto no tempo zero foram similares nos dois grupos. Um minuto após a administraçäo da atropina, o produto FC x PAS elevou-se de maneira similar em ambos os grupos (23,4% no grupo I e 25,8% no grupo II), em relaçäo aos valores-controle. A partir da injeçäo de prostigmina evidenciou-se queda progressiva do produto, mais acentuada no grupo do halotano do que no enflurano, de tal modo que no 8§ minuto a queda foi em média de 27,7% no grupo I e 13,7% no grupo II. Conclui-se que as flutuaçöes do produto FC x PAS durante a reversäo do bloqueio neuromuscular säo similares nos seus limites superiores com ambos os anestésicos, e säo mais pronunciados nos limites inferiores com o halotano do que com o enflurano
