RESUMO
O objetivo deste trabalho é analisar o processo de regulação das terapias alternativas do tipo nova era no âmbito da psicologia, ao longo dos anos 90. Para isso, diferenciam-se três momentos específicos na forma como o campo da psicologia, através dos seus órgãos representativos, se posicionou em relação às práticas alternativas. Os resultados desse processo, embora tenham consolidado os limites do conhecimento psicológico legítimo, revelam ambigüidades no tratamento do alternativo entre os psicólogos. A aceitação crescente das terapêuticas alternativas do tipo nova era por setores cada vez mais amplos da sociedade é um fenômeno que tem repercussão enorme no campo psi, mas não se limita a ele, ancorando-se nas experimentações contemporâneas em que o terapêutico e o religioso imbricam-se de formas variadas.Palavras-chave: Terapias alternativas; nova era; psicologia.
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Brasil , Terapias Complementares , PsicologiaRESUMO
Analisa o processo de regulaçäo das terapias alternativas do tipo nova era no âmbito da psicologia, ao longo dos anos 90. Para isso, diferenciam-se três momentos específicos na forma como o campo da psicologia, através dos seus órgäos representativos, se posicionou em relaçäo às práticas alternativas. (AU)
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Terapias Complementares , Psicologia/tendências , Brasil , Terapias Complementares/tendênciasRESUMO
O objetivo do trabalho é discutir as diferentes concepções de práticas terapêuticas que emergem das noções difusas de cura holística e equilíbrio energético, características da terapêutica alternativa do tipo "nova era". São analisadas duas experiências terapêuticas singulares e contrastivas, que ex-pressam a diferenciação interna do que designamos rede terapêutica alternativa. Os casos apresentados são indicativos das terapêutica alternativa, assinalando os possíveis espaços de articulação entre o referencial da nova era e a cultura religiosa-terapêutica local
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Terapias Complementares , ReligiãoRESUMO
Pretende mostrar o processo de formação e consolidação de uma rede profissional que se origina no bojo do movimento de proliferação das terapias alternativas. Nos anos 80, boom do movimento esotérico, iremos assistir a uma valorização da questão terapêutica no conjunto das diferentes práticas e vivências dos adeptos desse universo. A consolidação dessa tendência, verificada ao longo da década de 90, aponta para uma autonomização da terapêutica alternativa em relação ao seu universo de origem ( esotérico alternativo) e sua interação com outros saberes terapêuticos inscritos na nossa tradição cultural
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Terapias Complementares , Cura Mental , ReligiãoRESUMO
Pretende mostrar o processo de formaçäo e consolidaçäo de uma rede profissional que se origina no bojo do movimento de proliferaçäo das terapias alternativas. Nos anos 80, boom do movimento esotérico, iremos assistir a uma valorizaçäo da questäo terapêutica no conjunto das diferentes práticas e vivências dos adeptos desse universo. A consolidaçäo dessa tendência, verificada ao longo da década de 90, aponta para uma autonomizaçäo da terapêutica alternativa em relaçäo ao seu universo de origem (esotérico-alternativo) e sua interaçäo com outros saberes terapêuticos inscritos na nossa tradiçäo cultural. (AU)
Assuntos
Terapias Complementares , Brasil , Terapias Complementares/tendências , História da MedicinaRESUMO
Análise das representaçöes, práticas terapêuticas e da rede dos terapeutas näo-médicos da regiäo metropolitana do Rio de Janeiro. Constata a existência de fronteiras internas, critérios e justificaçöes de distinçöes, constantemente ocasionados por profissionais que, articulados a diferentes formas de entrada na rede, evidenciam variadas concepçöes de trabalho terapêutico. Trata-se de um conjunto heterogêneo de profissionais, informado por representaçöes fluidas e difusas, que säo recombinadas diferentemente na prática terapêutica, promovendo uma reelaboraçäo dinâmica na concepçäo de "espiritualidade" e de "terapêutica", tal como aparecem na "nebulosa místico-esotérica". A partir dos anos 80, verifica-se um movimento de especializaçäo terapêutica no interior dessa "nebulosa", alargando as fronteiras de sua "linguagem" e promovendo uma autonomizaçäo de dimensäo propriamente terapêutica, nos anos 90, que passa a transcender os limites da nebulosa.(AU)