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1.
J. bras. psiquiatr ; 71(1): 50-55, jan.-mar. 2022. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1365057

RESUMO

OBJECTIVE: São Paulo's Crackland is the biggest and oldest open drug use scene in Brazil, yet little is known about the profile of crack cocaine treatment-seeking individuals living in this region. The aim of this crossectional study was to describe the demographics and clinical characteristics of treatment-seeking crack users living in the Crackland region. METHODS: A sample of nighty eight individuals were screened for DSM-V substance use disorders, including substance use, impulsiveness, and psychiatric symptoms. Recent crack cocaine use was also tested using biologic specimens. RESULTS: Results indicated severe social vulnerability, as participants experienced high rates of homelessness (46.9%), unstable housing (50%), unemployment (60.4%) and early school drop-out (27.5%). The average age of crack use onset was 20 years (SD = 6.9) and the mean duration of continuous crack use was 15 years (SD = 9.7). Most participants presented with concomitant mental health disorders, particularly alcohol use disorder (87.8%), as well high rates of psychiatric symptomatology and impulsiveness. More than half of the sample reported at least one previous inpatient (73.5%) and outpatient (65.3%) addiction treatment attempt. CONCLUSION: This population profile should inform mental healthcare services, promoting the provision of tailored assistance by targeting specific demands at all levels of treatment.


OBJETIVO: Localizada em São Paulo, a Cracolândia é o maior e mais antigo cenário aberto de uso de drogas do Brasil. Ainda assim, pouco se sabe sobre o perfil dos indivíduos que vivem nessa região e buscam tratamento para crack. O objetivo deste estudo transversal foi descrever características demográficas e clínicas de usuários de crack vivendo na região da Cracolândia que estão em busca de tratamento. MÉTODOS: Noventa e oito indivíduos foram avaliados para transtornos por uso de substâncias do DSM-V, padrão de uso de substâncias, impulsividade e sintomatologia psiquiátrica. O uso recente de crack também foi determinado por meio de coleta de amostras toxicológicas. RESULTADOS: Os resultados indicaram grave vulnerabilidade social, com significativas prevalências de falta de moradia (46,9%), moradia instável (50%), desemprego (60,4%) e abandono escolar precoce (27,5%). A idade média de início do uso de crack foi de 20 anos (DP = 6,9) e a duração média do uso contínuo do crack foi de 15 anos (DP = 9,7). A maioria dos participantes apresentou alguma comorbidade psiquiátrica, particularmente transtorno por uso de álcool (87,8%), bem como altas taxas de sintomatologia psiquiátrica e impulsividade. Mais da metade da amostra relatou pelo menos uma tentativa anterior de tratamento por internação (73,5%) e ambulatorial (65,3%). CONCLUSÃO: Os achados desse estudo permitem um maior entendimento do perfil e das necessidades de usuários de crack vivendo na região da Cracolândia e podem ajudar serviços de saúde especializados em dependência química a promoverem uma assistência mais direcionada às demandas específicas dessa população.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Aceitação pelo Paciente de Cuidados de Saúde/psicologia , Cocaína Crack/efeitos adversos , Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias/diagnóstico , Transtornos Relacionados ao Uso de Cocaína/terapia , Transtornos Relacionados ao Uso de Cocaína/epidemiologia , Usuários de Drogas/psicologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Pessoas Mal Alojadas/estatística & dados numéricos , Prevalência , Estudos Transversais
2.
Psicol. clín ; 30(2): 249-264, 2018.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-955656

RESUMO

Este artigo é fruto da primeira fase de uma pesquisa que busca conhecer a visão da população do entorno de uma região de uso público de drogas conhecida como "Carrapateiro", em Divinópolis, MG. Tal pesquisa se justifica pela falta de dados que embasem intervenções em locais chamados de cracolândias. Para isso, realizaram-se entrevistas semiestruturadas com 35 moradores/comerciantes do entorno do Carrapateiro, visando a confirmar ou refutar nossas hipóteses iniciais de preconceito, conflito e medo. Como método de análise foi utilizada a perspectiva Bardin da Análise de Conteúdo. Os resultados confirmaram as hipóteses, apresentado uma relação conflituosa entre os moradores/comerciantes do entorno do Carrapateiro e os usuários que viviam e/ou consumiam drogas no local. O medo da criminalidade e o preconceito para com os usuários também foram confirmados. Foi observado ainda o tipo de intervenção que mais representa o pensamento da população do entorno, girando entre os polos da saúde pública e da segurança pública. Por fim, ponderamos sobre a falta de responsabilização da sociedade civil em tal situação, e a apresentamos como uma forma de xenofobia.


This article is the result of the first stage of a research seeking to know the view of the neighboring population in an area where public use of drugs takes place, known as "Carrapateiro", in Divinópolis, MG. Such research is warranted by the lack of data to back intervention in places called "cracklands". To this purpose, semi-structured interviews were held with 35 residents/shopkeepers from the vicinity of Carrapateiro, aiming to confirm or refute our initial hypotheses of prejudice, conflict and fear. The Bardin view of Content Analysis was employed as the method of analysis. The results have confirmed our hypotheses, revealing an antagonistic relationship between the residents/shopkeepers from around Carrapateiro and the people who lived and/or used drugs there. The fear of crime and the prejudice towards drug users were also substantiated. Additionally, the kind of intervention mostly favored by the neighboring population was shown to revolve around public health and public safety. Finally, we considered the lack of accountability of civil society in this context, and we deem it an instance of xenophobia.


Este artículo es el resultado de la primera fase de un estudio que busca comprender la visión de una población de los alrededores de una zona de uso público de droga conocida como "Carrapateiro", en Divinópolis, MG. Esta investigación se justifica por la falta de datos que podrían apoyar una intervención en lugares conocidos como "cracolândias". Para este propósito, consistió en entrevistas semiestructuradas realizadas con 35 habitantes/vendedores de los alrededores del Carrapateiro, con el objetivo de confirmar o refutar nuestras hipótesis iniciales de prejuicios, conflictos y miedo. El método de análisis se utilizó fue la perspectiva Bardin de análisis de contenido. Los resultados confirmaron nuestras hipótesis, presentando una relación de confrontación entre los habitantes/vendedores de los alrededores del Carrapateiro y los usuarios que vivían y/o consumían drogas en el lugar. El miedo al crimen y los prejuicios hacia los usuarios también se confirmaron. También se observó el tipo de intervención que más representa el pensamiento de la población de los alrededores, circundando a los polos de la salud pública y la seguridad pública. Por último, reflexionamos sobre la falta de responsabilización de la sociedad civil en una situación de este tipo, y la presentamos como una forma de xenofobia.

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