Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 16 de 16
Filtrar
1.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 45(1): 11-20, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1431614

RESUMO

Abstract Objective Systemic lupus erythematosus (SLE) may cause irreversible organ damage. Pregnancy with SLE may have severe life-threatening risks. The present study aimed to determine the prevalence of severe maternal morbidity (SMM) in patients with SLE and analyze the parameters that contributed to cases of greater severity. Methods This is a cross-sectional retrospective study from analysis of data retrieved from medical records of pregnant women with SLE treated at a University Hospital in Brazil. The pregnant women were divided in a control group without complications, a group with potentially life-threatening conditions (PLTC), and a group with maternal near miss (MNM). Results The maternal near miss rate was 112.9 per 1,000 live births. The majority of PLTC (83.9%) and MNM (92.9%) cases had preterm deliveries with statistically significant increased risk compared with the control group (p = 0.0042; odds ratio [OR]: 12.05; 95% confidence interval [CI]: 1.5-96.6 for the MNM group and p = 0.0001; OR: 4.84; 95%CI: 2.2-10.8 for the PLTC group). Severe maternal morbidity increases the risk of longer hospitalization (p < 0.0001; OR: 18.8; 95%CI: 7.0-50.6 and p < 0.0001; OR: 158.17; 95%CI: 17.6-1424,2 for the PLTC and MNM groups, respectively), newborns with low birthweight (p = 0.0006; OR: 3.67; 95%CI: 1.7-7.9 and p = 0.0009; OR: 17.68; 95%CI: 2-153.6) for the PLTC and MNM groups, respectively] as well as renal diseases (PLTC [8.9%; 33/56; p = 0.0069] and MNM [78.6%; 11/14; p = 0.0026]). Maternal near miss cases presented increased risk for neonatal death (p = 0.0128; OR: 38.4; 95%CI: 3.3-440.3]), and stillbirth and miscarriage (p = 0.0011; OR: 7.68; 95%CI: 2.2-26.3]). Conclusion Systemic lupus erythematosus was significantly associated with severe maternal morbidity, longer hospitalizations, and increased risk of poor obstetric and neonatal outcomes.


Resumo Objetivo Lúpus eritematoso sistêmico (LES) pode causar danos irreversíveis aos órgãos. A gravidez com LES pode ter riscos para condições ameaçadoras à vida. O presente estudo teve como objetivo determinar a prevalência de MMG em pacientes com LES e analisar os parâmetros que contribuíram para os casos de maior gravidade. Métodos Trata-se de um estudo transversal retrospectivo a partir da análise de dados obtidos de prontuários de gestantes com LES atendidas em um Hospital Universitário no Brasil. As gestantes foram divididas em grupo controle sem intercorrências, grupo com condições potencialmente ameaçadoras a vida (CPAV) e grupo com near miss materno (NMM). Resultados A taxa de NMM foi de 112,9 por 1.000 nascidos vivos. A maioria dos casos de CPAV (83,9%) e NMM (92,9%) teve partos prematuros com risco aumentado estatisticamente significativo em comparação com o grupo controle (p = 0,0042; odds ratio [OR]: 12,05; intervalo de confiança [IC]: 1,5-96,6 para o grupo NMM e p = 0,0001; OR: 4,84; IC95%: 2,2-10,8 para o grupo CPAV). MMG aumenta o risco de maior tempo de internação (p < 0,0001; OR: 18,8; IC95%: 7,0-50,6 e p < 0,0001; OR: 158,17; IC95%: 17,6-1424,2 para os grupos CPAV e NMM, respectivamente), recémnascidos com baixo peso (p = 0,0006; OR: 3,67; IC95%: 1,7-7,9 e p = 0,0009; OR: 17,68; IC95%: 2-153,6 para os grupos CPAV e NMM, respectivamente), bem como doenças renais (CPAV: 58,9%; 33/56; p = 0,0069 e NMM: 78,6%; 11/14; p = 0,0026)]. Os casos de NMM apresentaram risco aumentado para óbito neonatal (p = 0,0128; OR: 38,4; IC95%: 3,3-440,3), natimorto e aborto espontâneo (p = 0,0011; OR: 7,68; IC95%: 2,2-26,3). Conclusão Lúpus eritematoso sistêmico foi significativamente associado à morbidade materna grave, internações mais longas e risco aumentado de desfechos obstétricos e neonatais ruins.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Gravidez de Alto Risco , Evento Inexplicável Breve Resolvido , Morte Materna , Lúpus Eritematoso Sistêmico
2.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 43(9): 662-668, Sept. 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1351777

RESUMO

Abstract Objective To determine the profile of maternal deaths occurred in the period between 2000 and 2019 in the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA, in the Portuguese acronym) and to compare it with maternal deaths between 1980 and 1999 in the same institution. Methods Retrospective study that analyzed 2,481 medical records of women between 10 and 49 years old who died between 2000 and 2018. The present study was approved by the Ethics Committee (CAAE 78021417600005327). Results After reviewing 2,481 medical records of women who died in reproductive age, 43 deaths had occurred during pregnancy or in the postpartum period. Of these, 28 were considered maternal deaths. The maternal mortality ratio was 37.6 per 100,000 live births. Regarding causes, 16 deaths (57.1%) were directly associated with pregnancy, 10 (35.1%) were indirectly associated, and 2 (7.1%) were unrelated. The main cause of death was hypertension during pregnancy (31.2%) followed by acute liver steatosis during pregnancy (25%). In the previous study, published in 2003 in the same institution4, the mortality rate was 129 per 100,000 live births, and most deaths were related to direct obstetric causes (62%). The main causes of death in this period were due to hypertensive complications (17.2%), followed by postcesarean infection (16%). Conclusion Compared with data before the decade of 2000, there was an important reduction in maternal deaths due to infectious causes.


Resumo Objetivo Determinar o perfil dos óbitos maternos ocorridos no período de 2000 a 2019 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e comparar com os óbitos maternos entre 1980 e 1999 na mesma instituição. Métodos Estudo retrospectivo que analisou 2.400 prontuários de mulheres entre 10 e 49 anos que morreram entre 2000 e 2019. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE 78021417600005327). Resultados Após revisão de 2.481 prontuários de mulheres que morreram em idade reprodutiva, 43 mortes ocorreram durante a gravidez ou no período pós-parto. Destas, 28 foram considerados óbitos maternos. A taxa de mortalidade materna foi de 37.6 por 100.000 nascidos vivos. Em relação às causas, 16 óbitos (57.1%) estiveram diretamente associados à gravidez, 10 (35.1%) estiveram indiretamente associados e 2 (7.1%) não estiveram relacionados. A principal causa de morte foi hipertensão na gravidez (31.2%) seguida de esteatose hepática aguda da gravidez (25%). No estudo anterior, publicado em 2003 na mesma instituição4, a taxa de mortalidade foi de 129 por 100.000 nascidos vivos, e a maioria dos óbitos estava relacionada a causas obstétricas diretas (62%). As principais causas de óbito neste período foram por complicações hipertensivas (17.2%), seguidas de infecção pós-cesárea (16%). Conclusão Em comparação com os dados anteriores à década de 2000, houve uma redução importante das mortes maternas por causas infecciosas.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Criança , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Complicações na Gravidez/epidemiologia , Morte Materna/etiologia , Mortalidade Materna , Estudos Retrospectivos , Causas de Morte , Período Pós-Parto , Nascido Vivo , Pessoa de Meia-Idade
3.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 42(3): 124-132, Mar. 2020. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1098861

RESUMO

Abstract Objective To assess the use of the intensive care unit (ICU) and its effect on maternal mortality (MM) among women with severe maternal morbidity (SMM). Materials and Methods A secondary analysis of a cross-sectional study on surveillance of SMM in 27 Brazilian obstetric referral centers. The analysis focused on the association between ICU use and maternal death according to individual characteristics and disease severity. Two multivariate regressions considering use of the ICU, age, ethnicity, adequacy of care and the human development index were performed to identify the factors associated to maternal death and maternal near-miss. Results Out of 82,388 deliveries during the period, there were 9,555 (11.6%) women with SMM, and the MM ratio was of 170.4/100 thousand live births. In total, 8,135 (85.1%) patients were managed in facilities in which ICUs were available; however, only 2,059 (25.3%) had been admitted to the ICU. On the multivariate analysis, when the severity of the maternal disease was measured by the maternal severity score (MMS), the strength of the association between the use of the ICU and maternal death was greatly reduced, along with inadequate care and non-availability of the ICU at the facility. On the assessment of only the more critical cases (SMO, severe maternal outcome), the same pattern of association between ICU and MM was observed. In the models used, only inadequate care and MSS were significantly associated with MM. Conclusion The current study indicates that the main variables associated with maternal death are the severity and adequacy of the case management, which is more frequent in ICU admissions. The use of the ICU without the stratification of the patients by severity may not produce the expected benefits for part of the women.


Resumo Objetivo Avaliar o efeito da utilização de unidades de terapia intensiva (UTIs) na mortalidade materna (MM) entre mulheres com morbidade materna grave (MMG). Materiais e Métodos Foi realizada uma análise secundária de um estudo transversal de vigilância de morbidade materna grave em 27 centros de referência obstétrica no Brasil. O foco desta análise foi a associação entre a utilização de UTI e morte materna segundo características individuais e condições de gravidade. Análises múltiplas considerando as variáveis uso de UTI, idade, etnia, adequação do cuidado e índice de desenvolvimento humano foram realizadas para identificar os fatores associados à morte materna e near-miss materno. Resultados Dos 82.388 partos ocorridos durante o período de estudo, 9.555 (11,6%) mulheres apresentaram MMG, e a razão de MM foi de 170,4/100 mil nascidos vivos. Neste grupo, 8.135 (85,1%) pacientes foram atendidas em instituições com disponibilidade de leitos de UTI, mas apenas 2.059 (25,3%) foram de fato admitidas em leitos de UTI. Na análise de regressão multivariada, quando se considerou a gravidade do caso pelo maternal severity score (pontuação de severidade materna, MMS, na sigla em inglês), houve uma grande redução da força de associação entre utilização de UTI e morte materna, além da inadequação do cuidado e não disponibilidade de UTI na instituição. Na avaliação considerando apenas os casos de maior gravidade (desfecho materno grave, DMG), observou-se o mesmo padrão de associação entre UTI e MM. Nos modelos utilizados, apenas a inadequação do cuidado e o MSS apresentam associação significativa com a MM. Conclusão O presente estudo aponta que as principais variáveis associadas à morte materna são a gravidade e a adequação do manejo do caso, mais frequentes nas internações em UTI. A utilização dos leitos de UTI sem a estratificação da gravidade da paciente pode não trazer benefícios esperados para uma parte das mulheres.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Criança , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Complicações na Gravidez/mortalidade , Cuidado Pré-Natal , Aceitação pelo Paciente de Cuidados de Saúde , Unidades de Terapia Intensiva/estatística & dados numéricos , Índice de Gravidade de Doença , Brasil , Mortalidade Materna , Análise de Regressão , Pessoa de Meia-Idade
4.
Rev. bras. crescimento desenvolv. hum ; 28(2): 165-174, Jan.-Mar. 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-958521

RESUMO

This article investigates the association between intimate partner violence (IPV) during a current pregnancy and severe maternal morbidity severe maternal morbidity among pregnant and postpartum women cared for in public maternity centers located in São Paulo, Brazil. A total of 109 women who developed Severe maternal morbidity were selected according to criteria adopted by the World Health Organization (WHO). Another 337 women who did not experience any clinical, laboratory or management intercurrences during a current pregnancy and postpartum were selected for the control group. The participants were submitted to a retrospective investigation of IPV using an instrument adapted from the WHO Multi-country Study on Women's Health and Domestic Violence against Women, applied between November 2010 and June 2011. The relationship between the response variable severe maternal morbidity and the exposure variable (IPV) adjusted for the remaining independent variables was assessed through proportions, a chi-square test, a Fisher's exact test, and multiple logistic regression. A prevalence of 12.6% (CI:9.5-15.7) for psychological violence, 7.6% (CI:5.1-10.1) for physical violence and 1.6% (CI:0.4-2.8) for sexual violence were observed during a current pregnancy in both the case and control groups. Although no statistical significance was found between IPV exposure during a current pregnancy and the occurrence of Severe maternal morbidity (p>0.264), we identified factors associated with unfavorable socio-demographic and reproductive conditions in both the women exposed to IPV and those who developed Severe maternal morbidity. Systematic monitoring of Severe maternal morbidity and routine screening of IPV among pregnant women are important measures to reduce maternal morbidity and mortality and to qualify reproductive health care.


Este artigo investigou a associação entre violência por parceiro íntimo (IPV) durante a gravidez atual e morbidade materna grave entre gestantes e puérperas atendidas em maternidades públicas na Grande São Paulo, Brasil. Um total de 109 mulheres que desenvolveram Morbidade materna grave foi selecionado de acordo com os critérios adotados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Outras 337 mulheres que não apresentaram nenhuma intercorrência clínica, laboratorial ou de manejo durante a gestação atual e puerpério, foram selecionadas para o grupo controle. As participantes foram submetidas à investigação retrospectiva de IPV utilizando-se um instrumento adaptado do WHO Multi-country Study on Women's Health and Domestic Violence against Women, aplicado entre Novembro 2010 e Junho 2011. A relação entre a variável resposta (Morbidade materna grave) e a variável exposição (IPV) ajustadas para as demais variáveis independentes, foram avaliadas através de proporções, teste chi-quadrado, teste exato de Fischer e regressão logística múltipla. A prevalência de 12.6% (IC:9,5-15,7) para violência psicológica, 7.6% (IC:5,1-10,1) para violência física e 1.6% (IC:0,4-2,8) para violência sexual foi observada durante a gravidez atual em ambos os grupos de casos e controles. Embora não tenha sido identificada significância estatística entre exposição a IPV durante a gravidez atual e ocorrência de Morbidade materna grave (p>0,264), foram verificados fatores associados com condições sociodemográficas e reprodutivas desfavoráveis entre as mulheres expostas a IPV e entre aquelas que desenvolveram Morbidade materna grave. O monitoramento sistemático da Morbidade materna grave e o rastreamento rotineiro para IPV entre gestantes são importantes medidas para reduzir a morbimortalidade materna e para qualificar os serviços de atenção à saúde reprodutiva.

5.
Ribeirão Preto; s.n; 2018. 100 p. tab.
Tese em Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-1437798

RESUMO

Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da morbidade materna grave na saúde sexual e reprodutiva de mulheres seis meses após o evento. Estudo observacional, transversal, realizado em dois hospitais na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo Brasil: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto onde ficam internadas as puéperas que tiveram algum tipo de complicação na gestação (Grupo 1) e Centro de Referência em Saúde da Mulher, onde ficam internadas as puérperas de baixo risco gestacional (Grupo 2), totalizando 110 participantes, no período de maio de 2015 a agosto de 2016. A coleta de dados, a qual aconteceu da mesma forma nos dois hospitais, foi realizada em duas fases: a primeira correspondeu ao recrutamento das participantes enquanto ainda estavam internadas após o parto, onde foram obtidos os dados obstétricos, neonatais, sociodemográficos e reprodutivos diretamente do prontuário médico; a segunda ocorreu seis meses após a alta hospitalar das participantes, as quais foram contatadas via telefone para agendamento das visitas domiciliares, onde foram colhidos os dados sociodemográficos, econômicos, ginecológicos, obstétrico e os relacionados à saúde sexual, através do instrumento Female Sexual Function Index. Os dados foram analisados através do software Statistical Package for the Social Sciences e R versão 3.1.2. Foram utilizadas análises univariada e bivariada com distribuição de frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central, variabilidade dos dados, testes Mann-Whitney, Qui-quadrado e Exato de Fisher, regressão beta inflacionada. No Grupo 1, a média de idade das mulheres foi de 30 anos, com prevalência da cor branca e a maioria solteira com relação ao estado civil, mas vivia junto com o companheiro há mais de 10 anos, enquanto no Grupo 2, a idade média foi de 27,1 anos com prevalência de cor parda, casada e com tempo de relacionamento entre dois e cinco anos. A escolaridade foi praticamente a mesma nos dois grupos, com uma média de 9,5 anos de estudo. Tanto no Grupo 1 quanto no Grupo 2, a maioria não fumava, nem fazia uso de drogas ilícitas ou bebidas alcoólicas. Enquanto no Grupo 1 a maioria havia feito cesárea, sendo 36,6% dos bebês nascidos prematuros, no Grupo 2, a maioria teve parto vaginal com apenas 7,2% dos bebês nascidos antes de 37 semanas. Das mulheres do Grupo 1, as morbidades materna grave mais frequentes foram as relacionadas aos distúrbios hipertensivos. Não houveram associações entre a ocorrência de morbidade materna grave e a predisposição à disfunção sexual, no entanto, em todos os domínios relacionados à função sexual (desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor), as mulheres do Grupo 2 tiveram melhores pontuações, no entanto com a regressão Beta inflacionada, foram encontradas associações entre os domínos orgasmo e a variável cor, domínio satisfação e a variável tempo de relacionamento e entre o domínio dor e a morbidade materna grave, demonstrando que esse grupo de mulheres sofre com dispareunia quando comparadas com as mulheres que não tiveram complicações na gestação


The objective of this study was to to evaluate the effects of severe maternal morbidity on sexual and reproductive health of women six months after the event. Cross-sectional observational study carried out in two hospitals in the city of Ribeirão Preto, São Paulo Brazil: Hospital of the Clinics of the Medical School of Ribeirão Preto, where the patients who had some kind of complication during pregnancy (Group 1) and Reference Center for Women's Health, where low-risk pregnancies (Group 2) are hospitalized, totaling 110 participants, from May 2015 to August 2016. Data collection, which occurred in the same way in both hospitals, was performed in two phases: the first corresponded to the recruitment of the participants while they were still hospitalized after delivery, where the obstetric, neonatal, sociodemographic and reproductive data were obtained directly from the medical record; the second occurred six months after the patients were discharged from the hospital, who were contacted by telephone to schedule home visits, where socio-demographic, economic, gynecological, obstetrical and sexual health data were collected through the Female Sexual Function Index . The data were analyzed through the software Statistical Package for the Social Sciences and R version 3.1.2. Univariate and bivariate analyzes were used with absolute and relative frequency distributions, central tendency measures, data variability, Mann-Whitney, Chi-square and Fisher Exact tests, inflated beta regression. In Group 1, the average age of the women was 30 years, with white prevalence and the majority single in relation to the marital status, but lived with the partner for more than 10 years, while in Group 2, the average age was 27.1 years old, with a prevalence of brown, married and with a relationship between two and five years. Schooling was practically the same in both groups, with an average of 9.5 years of study. In both Group 1 and Group 2, most did not smoke, nor did they use illicit drugs or alcoholic beverages. While in Group 1 the majority had delivered cesarean, with 36.6% of babies born preterm in Group 2, the majority had vaginal delivery with only 7.2% of babies born before 37 weeks. Of the women in Group 1, the most frequent severe maternal morbidities were those related to hypertensive disorders. However, in all domains related to sexual function (desire, arousal, lubrication, orgasm, satisfaction and pain), there were no associations between the occurrence of severe maternal morbidity and the predisposition to sexual dysfunction, the women in Group 2 had better scores However, with inflated beta regression, associations were found between domains orgasm and color variable, satisfaction domain and time relationship variable, and between pain domain and severe maternal morbidity, demonstrating that this group of women suffers from dyspareunia when compared with women who had no complications during pregnancy


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Morbidade , Sexualidade , Saúde Reprodutiva
6.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 39(5): 209-216, May 2017. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-898856

RESUMO

Abstract Purpose In 2013, it was estimated that 289,000 maternal deaths occurred worldwide. The maternal mortality ratio has decreased in many countries in the past decades, due to early identification and treatment of obstetric complications, despite the dissimilarities observed in diverse locations and populations. Black women, for instance, have always been more susceptible to the occurrence of maternal mortality and severe morbidity. Therefore, the objective of this study is to assess skin color as a predictive factor for maternal near miss (MNM) in a sample of Brazilian women interviewed in the Brazilian National Demographic and Health Survey (DHS) of 2006. Method A secondary analysis of the DHS database, a population-based crosssectional nationally representative study was conducted. This database is of public domain. The risk of maternal complications according to ethnic group and the associated sociodemographic characteristics were evaluated. For the data analysis, the odds ratios and respective 95% confidence intervals were calculated. Results In the sample interviewed, 59% of women were black or brown (mixed-race). Approximately 23% of women had some complication, and 2% of these women had at least one MNM pragmatic criterion. The MNM rate was 31 per 1,000 live births, and its occurrence was not statistically different among the ethnic groups. The only factors identified that were considered to be associated with the occurrence of MNM were maternal age above 40 and women not currently attending school, but only among white women. Conclusion The 2006 DHS results did not show a higher occurrence of maternal complications, and specifically of MNM associated with black/brown skin color.


Resumo Objetivo Estima-se que em 2013 tenham ocorrido 289.000 mortes maternas no mundo. Observou-se uma redução na razão de mortalidade materna em muitos países nas últimas décadas, e isso se deveu à identificação e tratamento precoce das complicações obstétricas, embora de forma não similar entre os diversos locais e populações. As mulheres negras, por exemplo, sempre estiveram mais sujeitas à ocorrência de mortalidade materna e de morbidade grave. Então, o objetivo desse estudo foi avaliar a cor da pele como fator preditor de Near Miss materno (NMM) em uma amostra de mulheres brasileiras entrevistadas na Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) de 2006. Método Análise secundária do banco de dados da PNDS, um estudo transversal de base populacional e com representatividade nacional, sendo este banco de dados de domínio público. Avaliou-se o risco de complicações maternas por grupo de cor da pele e as características sociodemográficas associadas. Para a análise dos dados, as razões de possibilidades e os respectivos intervalos de confiança de 95% foram calculados. Resultados Na amostra entrevistada, 59% das mulheres eram negras ou pardas. Aproximadamente 23% das mulheres apresentaram alguma complicação, e 2% delas, pelo menos um critério pragmático de NMM. A taxa de NMM foi de 31 por 1.000 nascidos vivos, e sua ocorrência não foi estatisticamente diferente entre os grupos de cor da pele. Os únicos fatores identificados como associados à ocorrência de NMM foram a idade materna acima de 40 anos e não estar atualmente estudando, mas apenas entre as mulheres brancas. Conclusão Os resultados da PNDS 2006 não mostraram uma maior ocorrência de complicações maternas e especificamente de NMM associadas à cor da pele negra/ parda.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Inquéritos Epidemiológicos , População Negra , População Branca , Near Miss/estatística & dados numéricos , Serviços de Saúde Materna/estatística & dados numéricos , Brasil , Estudos Transversais , Pessoa de Meia-Idade
7.
Rev. méd. Paraná ; 75(1): 9-18, 2017.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1344111

RESUMO

Objetivo: Investigação dos casos de near miss materno em mulheres no ciclo grávido-puerperal internadas no serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba - HUEC, identificando o(s) critério(s) em que cada gestante se enquadra dentro dos definidos de near miss materno pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, além de quantificar de acordo com faixa etária, realização e local do pré-natal. Metodologia: Estudo transversal observacional retrospectivo e prospectivo entre 10 de julho de 2014 até 10 de dezembro de 2014, com coleta de dados a partir do registro de internações do HUEC e identificação dos casos a partir do caderno de registro de atendimentos, sem contato direto com as pacientes. Identificação das hospitalizações maiores que sete dias através do relatório de internamentos do Setor de Obstetrícia do HUEC. Dados de pré-natal coletados no Sistema E-Saúde/Curitiba. Classificação como pré-natal completo aqueles com oito ou mais consultas e incompleto aqueles que tiveram entre um e sete atendimentos. Foram incluídas mulheres durante a gestação, parto ou nos primeiros 42 dias de puerpério que apresentaram quadro compatível de near miss com base nos critérios da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. Resultados: Entre as 1450 internações analisadas, 200 se encaixaram em pelo menos um dos critérios adotados, sendo uma eliminada por resultar em óbito, totalizando 199 pacientes incluídas no trabalho. Foram identificados 26 critérios, sendo que algumas gestantes se enquadraram em apenas um e outras em até seis critérios. O mais prevalente foi a pré-eclâmpsia, estando presente em 111 pacientes, seguido pelo uso de sulfato de magnésio e internamento prolongado (37 pacientes cada). Na faixa etária de 18 a 35 anos se apresentam a maioria das pacientes (77%). No que se diz respeito ao pré-natal, aproximadamente 78% não o realizaram ou realizaram de forma incompleta. A média de consultas de pré-natal por gestante foi de 4,55. Na avaliação da frequência de critérios houve diferença significativa entre os diferentes grupos de pré- -natal. Conclusão: O estudo da morbidade materna grave/near miss no HUEC pode contribuir para destacar a relevância desse evento, além de identificar as características e condições clínicas mais constantes, notando- -se expressiva importância da realização de um pré-natal adequado em gestantes classificadas como de risco gestacional. Ademais, é notável por possibilitar ações preventivas direcionadas, assim como diminuir as taxas de mortalidade materna


Objective: Investigation of maternal near miss occurrence in women during their pregnancy-puerperal cycle, admitted in the Gynecology and Obstetrics service at the Evangelical University Hospital of Curitiba - EUHC, by identifying the criterion (a) in which each woman fits within the defined as maternal near miss by the Municipal Health Department of Curitiba, in addition to quantifying according to age group, realization and location of prenatal care. Methodology: Retrospective and prospective observational cross-sectional study between July 10, 2014 until December 10, 2014. Data was collected from the record of hospitalizations of EUHC and identificated the cases from the attendance record books, without direct contact with patients. Identification of hospitalization longer than seven days through the report of hospitalizations in the Obstetrics Sector of EUHC. Prenatal data was collected from the E-Health System/Curitiba. Complete pre-natal routine was considered in the patients with eight or more queries and incomplete in those who has between one and seven attendances. Were included women during pregnancy, childbirth or in the first 42 days postpartum who presented symptoms compatible with near miss, based on the criteria of the Municipal Health Department of Curitiba. Results: Among the 1450 hospitalizations analyzed, 200 are embedded in at least one of the criteria adopted, with one being eliminated for resulting in death, totalizing 199 patients included in the study. 26 criteria were identified, being that some pregnant women fit in only one and another in up to six criteria. The most prevalent was preeclampsia, being present in 111 patients, followed by the use of Magnesium Sulfate and prolonged internment (37 patients each). Most of the patients were in the age group of 18-35 years (77%). Concerning the prenatal, approximately 78% did not perform it or performed it incompletely. The average number of prenatal attendance by pregnant woman was 4.55. When compared the frequency of criteria, there was significant difference between the different prenatal groups. Conclusion: the study of severe maternal morbidity / near miss in EUHC can contribute to the knowledge of the importance of this event, in addition to identifying the features and more constant medical conditions, noting significant. importance of conducting adequate prenatal care in pregnant women classified as gestational risk. Moreover, it is notable for enabling targeted preventive actions, as well as for reducing maternal mortality rates

8.
Saúde Soc ; 25(3): 573-588, jul.-set. 2016. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-830853

RESUMO

Resumo Introdução: A mortalidade materna apresenta grande diferença entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento e espelha a qualidade da assistência prestada à saúde da mulher. Para evidenciar melhor essa assistência, novos métodos de estudo vêm sendo utilizados, entre eles a investigação das morbidades maternas graves - near misses. Objetivo: Analisar os fatores de risco para ocorrência de near miss nas diferentes raças/cores das mulheres residentes em três municípios da Região Metropolitana de Curitiba. Método: Estudo descritivo. Resultados: Na análise multivariada, identificou-se ser as variáveis idade (p=0,0321 com OR 3,08 e IC 95% 1,10-8,65), doenças associadas (p=0,0018 com OR 4,06 e IC 95% 1,61-10,24) e causa de internação (p=<0,0001 com OR 8,75 e IC 95% 3,36-22,75) os fatores de risco para near miss; o OR foi estimado com base no modelo multivariado. Já a variável cor não foi identificada como sendo fator de risco para near miss (p=0,8964) na presença das demais variáveis. Conclusões: Evidenciou-se, no estudo, a necessidade de aprofundar a análise em pesquisas sobre ocorrência de near miss e cor da variável idade e outras causas de internação para mulheres brancas, e a paridade/número de gestações e presença de doenças crônicas ou associadas para as mulheres negras, assim como a instituição de outros parâmetros de análise como as transferências e reinternações.


Abstract Introduction: Maternal mortality shows big difference between developed and developing countries and reflects the quality of care provided to women's health. To better demonstrate this, new service study methods have been used, including the investigation of serious maternal morbidity - near misses. Objective: To analyze the risk factors for the occurrence of near miss in different race/color, women living in three municipalities of the Metropolitan Region of Curitiba. Method: A descriptive study. Results: In multivariate analysis, we identified the variables age (p=0.0321 with OR 3.08 and CI 95% 1.10 to 8.65), associated diseases (p=0.0018 with OR 4.06 and 95% CI 1.61 to 10.24 ) and cause of hospitalization (p=<0.0001 with OR 8.75 and 95% CI 3.36 to 22.75) as risk factors for near miss; OR estimated based on the multivariate model. The color variable was not identified as a risk factor for near miss (p=0.8964) in the presence of other variables. Conclusions: The study showed the need for further analysis in studies on the occurrence of near miss and color of the variable age and other causes of hospitalization for white women and the rate/number of pregnancies and the presence of chronic or associated diseases for black women as well as the imposition of other analysis parameters such as transfers and readmissions.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Gravidez , Mortalidade Materna , Doença Crônica , Fatores de Risco , Saúde da Mulher , População Negra , Near Miss , Política de Saúde , Complicações na Gravidez , Cuidado Pré-Natal , Qualidade da Assistência à Saúde
9.
Rev. méd. Paraná ; 74(2): 8-17, 2016.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1348983

RESUMO

Objetivo: Investigação dos casos de near miss materno em mulheres no ciclo grávido-puerperal internadas no serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba - HUEC, identificando o(s) critério(s) em que cada gestante se enquadra dentro dos definidos de near miss materno pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, além de quantificar de acordo com faixa etária, realização e local do pré-natal. Metodologia: Estudo transversal observacional retrospectivo e prospectivo entre 10 de julho de 2014 até 10 de dezembro de 2014, com coleta de dados a partir do registro de internações do HUEC e identificação dos casos a partir do caderno de registro de atendimentos, sem contato direto com as pacientes. Identificação das hospitalizações maiores que sete dias através do relatório de internamentos do Setor de Obstetrícia do HUEC. Dados de pré-natal coletados no Sistema E-Saúde/Curitiba. Classificação como pré-natal completo aqueles com oito ou mais consultas e incompleto aqueles que tiveram entre um e sete atendimentos. Foram incluídas mulheres durante a gestação, parto ou nos primeiros 42 dias de puerpério que apresentaram quadro compatível de near miss com base nos critérios da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. Resultados: Entre as 1450 internações analisadas, 200 se encaixaram em pelo menos um dos critérios adotados, sendo uma eliminada por resultar em óbito, totalizando 199 pacientes incluídas no trabalho. Foram identificados 26 critérios, sendo que algumas gestantes se enquadraram em apenas um e outras em até seis critérios. O mais prevalente foi a pré-eclâmpsia, estando presente em 111 pacientes, seguido pelo uso de sulfato de magnésio e internamento prolongado (37 pacientes cada). Na faixa etária de 18 a 35 anos se apresentam a maioria das pacientes (77%). No que se diz respeito ao pré-natal, aproximadamente 78% não o realizaram ou realizaram de forma incompleta. A média de consultas de pré-natal por gestante foi de 4,55. Na avaliação da frequência de critérios houve diferença significativa entre os diferentes grupos de pré- -natal. Conclusão: O estudo da morbidade materna grave/near miss no HUEC pode contribuir para destacar a relevância desse evento, além de identificar as características e condições clínicas mais constantes, notando- -se expressiva importância da realização de um pré-natal adequado em gestantes classificadas como de risco gestacional. Ademais, é notável por possibilitar ações preventivas direcionadas, assim como diminuir as taxas de mortalidade materna


Objective: Investigation of maternal near miss occurrence in women during their pregnancy-puerperal cycle, admitted in the Gynecology and Obstetrics service at the Evangelical University Hospital of Curitiba - EUHC, by identifying the criterion (a) in which each woman fits within the defined as maternal near miss by the Municipal Health Department of Curitiba, in addition to quantifying according to age group, realization and location of prenatal care. Methodology: Retrospective and prospective observational cross-sectional study between July 10, 2014 until December 10, 2014. Data was collected from the record of hospitalizations of EUHC and identificated the cases from the attendance record books, without direct contact with patients. Identification of hospitalization longer than seven days through the report of hospitalizations in the Obstetrics Sector of EUHC. Prenatal data was collected from the E-Health System/Curitiba. Complete pre-natal routine was considered in the patients with eight or more queries and incomplete in those who has between one and seven attendances. Were included women during pregnancy, childbirth or in the first 42 days postpartum who presented symptoms compatible with near miss, based on the criteria of the Municipal Health Department of Curitiba. Results: Among the 1450 hospitalizations analyzed, 200 are embedded in at least one of the criteria adopted, with one being eliminated for resulting in death, totalizing 199 patients included in the study. 26 criteria were identified, being that some pregnant women fit in only one and another in up to six criteria. The most prevalent was preeclampsia, being present in 111 patients, followed by the use of Magnesium Sulfate and prolonged internment (37 patients each). Most of the patients were in the age group of 18-35 years (77%). Concerning the prenatal, approximately 78% did not perform it or performed it incompletely. The average number of prenatal attendance by pregnant woman was 4.55. When compared the frequency of criteria, there was significant difference between the different prenatal groups. Conclusion: the study of severe maternal morbidity / near miss in EUHC can contribute to the knowledge of the importance of this event, in addition to identifying the features and more constant medical conditions, noting significant. importance of conducting adequate prenatal care in pregnant women classified as gestational risk. Moreover, it is notable for enabling targeted preventive actions, as well as for reducing maternal mortality rates

10.
Salvador; s.n; 2014. 142 p. ilus, graf, tab.
Tese em Português | RDSM | ID: biblio-832536

RESUMO

Morbidade Materna Grave (MMG) é um quadro clínico observado em mulheres no ciclo gravídico-puerperal, composto por condições graves a extremamente graves, que ao sobreviverem são conhecidos por near miss materno; estes últimos são identificados por sinais de disfunção orgânica subsequentes a condições ameaçadoras da vida. As evidências vêm mostrando a carga da pandemia do HIV/AIDS sobre as condições clínicas de pacientes portadoras de outras doenças. Objetivos: estimar a incidência da razão de resultado materno grave e investigar os fatores associados à MMG em Maputo. Métodos: estudo caso-controle realizado na Cidade de Maputo, Moçambique, no período de Março a Novembro de 2012. As participantes elegíveis para o grupo de casos foram mulheres residentes em Maputo com MMG, segundo a definição da OMS. Os controles foram pacientes admitidas nos mesmos hospitais e no mesmo período, seguindo os mesmos critérios para a seleção dos casos, à excepção da condição clínica exigida para estes. Para o cálculo do tamanho da amostra utilizou-se o programa Epi Info, considerando-se um poder do estudo de 80%, um alfa=0,05, nível de confiança=0,95, relação caso/controle 1:2 e Odds Ratio (OR) esperada de 1,5, obtendo-se uma amostra com 485 casos e 970 controles. A exposição foi a infeção pelo HIV/AIDS, sendo utilizadas variáveis sócio-demográficas, clínico-assistenciais e comportamentais, como o uso de álcool e fumo. Os dados coletados de morbidade materna grave e near miss materno foram extrapolados para o período de doze meses por Regressão Linear Simples, utilizando-se termos quadrático e cúbico e calculados os indicadores. Para a diferença entre proporções utilizou-se o teste 2 de Pearson. A medida de associação entre HIV/AIDS e MMG (desfecho) foi a OR e seus intervalos de confiança a 95% por Regressão Logistica não condicional. Nas análises foi utilizado o pacote estatístico STATA versão 10.0. Resultados: A Razão de Resultado Materno Grave foi de 1,7/1.000 NV, Razão de NMM 0,4/1.000 NV, Razão near miss/morte materna de 28:100, Indice de Mortalidade de 78,3% e Razão de mortalidade materna de 133/100.000 NV. As principais causas de MMG foram as doenças hipertensivas (69,7%) seguidas das hemorrágicas (19,0%); entre as near miss materno foram as hemorrágicas (64,3%) e entre as mortes maternas foi a AIDS (50,0%). Foram fatores associados a um maior risco da gravidade o antecedente de aborto (OR=2,2; IC=1,4 -3,7),; HIV positivo (OR=2,5; IC=1,9 ­ 3,3), puérpera (OR=2,7; IC=2,1 ­ 3,6), parto cesáreo (OR=14,9; IC=7,3 ­ 30,4) e tempo de trajeto entre casa e hospital superior a 30 minutos (OR=2,1; IC=1,4 ­ 3,2). A procura direta do hospital de referência atuou como fator protetor OR=0,6; IC=0,5 ­ 0,8. A associação entre a infeção por HIV e morbidade materna grave foi de OR=2,7 (IC=2,1 ­ 3,5). A Fração Atribuível Populacional ao HIV foi de 21,3% Conclusões: A morbidade materna grave é cerca de três vezes maior nas grávidas ou puérperas infectadas pelo vírus do HIV/AIDS do que nas não infectadas. A Razão de Resultado Materno Grave em Maputo é relativamente elevada, sendo as principais causas as doenças hemorrágicas e a infeção pelo HIV/AIDS. Os fatores associados estão relacionados sobretudo aos antecedentes reprodutivos das mulheres, orientando para uma maior atenção ao grupo de maior risco, pelo uso de normas e procedimentos padronizados.


Assuntos
Gravidez , Complicações na Gravidez/mortalidade , Mortalidade Materna , Saúde da Mulher , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/complicações , HIV , Causalidade , Moçambique
11.
Salvador; s.n; 2014. 142 p. ilus, tab.
Tese em Português | RDSM | ID: biblio-1007402

RESUMO

Introdução: Morbidade Materna Grave (MMG) é um quadro clínico observado em mulheres no ciclo gravídico-puerperal, composto por condições graves a extremamente graves, que ao sobreviverem são conhecidos por near miss materno; estes últimos são identificados por sinais de disfunção orgânica subsequentes a condições ameaçadoras da vida. As evidências vêm mostrando a carga da pandemia do HIV/AIDS sobre as condições clínicas de pacientes portadoras de outras doenças. Objetivos: estimar a incidência da razão de resultado materno grave e investigar os fatores associados à MMG em Maputo. Métodos: estudo caso-controle realizado na Cidade de Maputo, Moçambique, no período de Março a Novembro de 2012. As participantes elegíveis para o grupo de casos foram mulheres residentes em Maputo com MMG, segundo a definição da OMS. Os controles foram pacientes admitidas nos mesmos hospitais e no mesmo período, seguindo os mesmos critérios para a seleção dos casos, à excepção da condição clínica exigida para estes. Para o cálculo do tamanho da amostra utilizou-se o programa Epi Info, considerando-se um poder do estudo de 80%, um alfa=0,05, nível de confiança=0,95, relação caso/controle 1:2 e Odds Ratio (OR) esperada de 1,5, obtendo-se uma amostra com 485 casos e 970 controles. A exposição foi a infeção pelo HIV/AIDS, sendo utilizadas variáveis sócio-demográficas, clínico-assistenciais e comportamentais, como o uso de álcool e fumo. Os dados coletados de morbidade materna grave e near miss materno foram extrapolados para o período de doze meses por Regressão Linear Simples, utilizando-se termos quadrático e cúbico e calculados os indicadores. Para a diferença entre proporções utilizou-se o teste χ2 de Pearson. A medida de associação entre HIV/AIDS e MMG (desfecho) foi a OR e seus intervalos de confiança a 95% por Regressão Logistica não condicional. Nas análises foi utilizado o pacote estatístico STATA versão 10.0. Resultados: A Razão de Resultado Materno Grave foi de 1,7/1.000 NV, Razão de NMM 0,4/1.000 NV, Razão near miss/morte materna de 28:100, Indice de Mortalidade de 78,3% e Razão de mortalidade materna de 133/100.000 NV. As principais causas de MMG foram as doenças hipertensivas (69,7%) seguidas das hemorrágicas (19,0%); entre as near miss materno foram as hemorrágicas (64,3%) e entre as mortes maternas foi a AIDS (50,0%). Foram fatores associados a um maior risco da gravidade o antecedente de aborto (OR=2,2; IC=1,4 -3,7),; HIV positivo (OR=2,5; IC=1,9 ­ 3,3), puérpera (OR=2,7; IC=2,1 ­ 3,6), parto cesáreo (OR=14,9; IC=7,3 ­ 30,4) e tempo de trajeto entre casa e hospital superior a 30 minutos (OR=2,1; IC=1,4 ­ 3,2). A procura direta do hospital de referência atuou como fator protetor OR=0,6; IC=0,5 ­ 0,8. A associação entre a infeção por HIV e morbidade materna grave foi de OR=2,7 (IC=2,1 ­ 3,5). A Fração Atribuível Populacional ao HIV foi de 21,3% Conclusões: A morbidade materna grave é cerca de três vezes maior nas grávidas ou puérperas infectadas pelo vírus do HIV/AIDS do que nas não infectadas. A Razão de Resultado Materno Grave em Maputo é relativamente elevada, sendo as principais causas as doenças hemorrágicas e a infeção pelo HIV/AIDS. Os fatores associados estão relacionados sobretudo aos antecedentes reprodutivos das mulheres, orientando para uma maior atenção ao grupo de maior risco, pelo uso de normas e procedimentos padronizados.


Introduction: Severe Maternal Morbidity (SMM) is a clinical condition of women in their pregnancy and childbirth, composed of conditions ranging from severe to extreme severity, which are known when survive by maternal near miss (MNM); these cases are identified by signs of organ dysfunction subsequent to life-threatening conditions. Furthermore, surveys have shown evidence of the burden of the HIV / AIDS pandemic on the clinical condition of patients with other diseases. Objectives: To estimate the incidence of Severe Maternal Outcome Ratio (SMOR) and investigate factors associated with SMM in Maputo. Methods: case-control study conducted in Maputo, Mozambique, from March to November 2012. Eligible participants for the group of cases were resident women living with SMM, according to the WHO definition. Controls were patients admitted to the same hospitals during the same period, using the same criteria for selection of cases, with the exception of the clinical condition for these. To calculate the sample size we used the Epi Info program, considering a study power of 80%, an alpha = 0.05, confidence level = 0.95, compared case / control 1:2 and an expected odds ratio (OR) of 1.5. 485 cases and 970 controls were obtained. The exposure was the infection with HIV / AIDS; socio-demographic, clinical, healthcare and behaviour variables such as smoking e alcool utilization being used. The data for SMM and MNM were extrapolated to the period of twelve months by Simple Linear Regression with quadratic and cubic terms and calculated indicators. For the difference between proportions used the χ2 test of Pearson. The measure of association between HIV / AIDS and SMM (outcome) was the OR and confidence intervals at 95% by unconditional Logistic Regression. For the analysis STATA version 10.0 was used. Results: SMOR was 1,7/1.000 LB, MNM Ratio 0,4/1.000 LB, maternal near miss/maternal death ratio of 28:100, mortality index of 78.3% and maternal mortality ratio of 133/100.000 LB. The main causes of SMM were hypertensive disorders (69,7%) followed by bleeding disorders (19.0%); among maternal near miss were bleeding (64.3%) and among maternal deaths were AIDS (50,0%). Factors associated with an increased risk of severity were history of abortion (OR = 2.2, CI = 1.4 - 3.7), HIV positive (OR = 2,5, CI = 1.9 to 3.3), pospartum period (OR = 2.7, CI = 2.1 to 3.6), caesarean delivery (OR = 14.9, CI = 7.3 to 30.4) and time between home and hospital exceeding 30 minutes (OR = 2.1, CI = 1.4 to 3.2) .The association between HIV infection and severe maternal morbidity was OR = 2.7 CI =( 2.1 to 3.5). The direct search of the reference hospital acted as a protective factor OR = 0.6; CI = 0.5 to 0.8. The Population Attributable Fraction of HIV was 21.3%. Conclusions: Severe maternal morbidity is about three times higher in pregnant or postpartum HIV / AIDS infected women than in uninfected. SMOR is high in Maputo and the main causes are bleeding disorders and infection by HIV / AIDS. Associated factors are mainly related to reproductive history of women, requiring greater attention to the high risk group, by the use of standards and standardized procedures.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Saúde da Mulher , HIV , Morte Materna , Morbidade , Moçambique
12.
Rev Assoc Med Bras (1992) ; 59(5): 487-94, 2013.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-24080346

RESUMO

OBJECTIVE: To determine the prevalence of fetal and neonatal deaths among patients with maternal near miss and the factors associated with this fatal outcome. METHODS: The authors conducted a descriptive, cross-sectional, analyzing medical records of patients admitted to the ICU of a tertiary obstetric Recife (Brazil), between January 2007 and December 2010, who had at least one criterion of near miss defined by WHO. Statistical analysis was performed with Epi-Info 3.3.2, using chi-square and Fisher's exact test, considering a significance level of 5%. For multivariate analysis was constructed as a hierarchical model with the response variable fetal and neonatal deaths. RESULTS: We included 246 cases of maternal near miss. Among women in the study, hypertensive disorders occurred in 62.7% to 41.2% in HELLP syndrome and the laboratory criteria for near miss in 59.6%. There were 48 (19.5%) stillbirths and 19 (7.7%) neonatal deaths. After analyzing the variables that remained statistically associated with fetal and neonatal deaths were: severe preeclampsia, placental abruption, endometritis, cesarean delivery, prematurity and the laboratory criteria for maternal near miss. CONCLUSION: The high incidence of fetal and neonatal deaths among patients with maternal near miss. Among these women there is an overlap of factors contributing to this fatal outcome, in our study, those who had severe preeclampsia, placental abruption, endometritis, premature birth or laboratory criteria positively associated with deaths.


Assuntos
Morte Fetal/epidemiologia , Mortalidade Infantil , Complicações na Gravidez , Descolamento Prematuro da Placenta/epidemiologia , Adolescente , Adulto , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Endometrite/epidemiologia , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Modelos Logísticos , Pessoa de Meia-Idade , Mortalidade Perinatal , Pré-Eclâmpsia/epidemiologia , Gravidez , Nascimento Prematuro/epidemiologia , Estudos Retrospectivos , Fatores de Risco , Sobreviventes , Adulto Jovem
13.
Rev. Assoc. Med. Bras. (1992) ; 59(5): 487-494, set.-out. 2013. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-695289

RESUMO

OBJETIVO: Determinar a prevalência dos óbitos fetais e neonatais entre as pacientes com near miss materno e os fatores associados a esse desfecho fatal. MÉTODOS: Realizou-seumestudo descritivo, tipo corte transversal, analisando-se prontuários das pacientes admitidas na UTI obstétrica de um hospital terciário do Recife (Brasil), entre janeiro de 2007 e dezembro de 2010, que apresentavam pelo menos um critério de near miss definido pela OMS. A análise estatística foi realizada com o programa Epi-Info 3.3.2, usando os testes Qui-quadrado de associação e exato de Fisher, considerando-se o nível de significância de 5%. Para análise multivariada foi construído um modelo hierarquizado tendo como variável resposta os óbitos fetais e neonatais. RESULTADOS: Foram incluídos 246 casos de near miss. Entre as mulheres do estudo, os distúrbios hipertensivos ocorreram em 62,7%, a síndrome HELLP em 41,2% e os critérios laboratoriais de near miss em 59,6%. Ocorreram 48 (19,5%) óbitos fetais e 19 (7,7%) óbitos neonatais. Após a análise estatística as variáveis que permaneceram associadas aos óbitos fetais e neonatais foram: pré-eclâmpsia grave, DPP, endometrite, cesariana, prematuridade e os critérios laboratoriais de near miss materno. CONCLUSÃO: É elevada a ocorrência de óbitos fetais e neonatais entre as pacientes com near miss materno. Entre essas mulheres há uma sobreposição de fatores que contribuem para esse desfecho fatal, em nosso estudo aquelas que apresentaram pré-eclâmpsia grave, DPP, endometrite, parto prematuro ou critérios laboratoriais apresentam associação positiva com os óbitos.


OBJECTIVE: To determine the prevalence of fetal and neonatal deaths among patients with maternal near miss and the factors associated with this fatal outcome. METHODS: The authors conducted a descriptive, cross-sectional, analyzing medical records of patients admitted to the ICU of a tertiary obstetric Recife (Brazil), between January 2007 and December 2010, who had at least one criterion of near miss defined by WHO. Statistical analysis was performed with Epi-Info 3.3.2, using chi-square and Fisher's exact test, considering a significance level of 5%. For multivariate analysis was constructed as a hierarchical model with the response variable fetal and neonatal deaths. RESULTS: We included 246 cases of maternal near miss. Among women in the study, hypertensive disorders occurred in 62.7% to 41.2% in HELLP syndrome and the laboratory criteria for near miss in 59.6%. There were 48 (19.5%) stillbirths and 19 (7.7%) neonatal deaths. After analyzing the variables that remained statistically associated with fetal and neonatal deaths were: severe preeclampsia, placental abruption, endometritis, cesarean delivery, prematurity and the laboratory criteria for maternal near miss. CONCLUSION: The high incidence of fetal and neonatal deaths among patients with maternal near miss. Among these women there is an overlap of factors contributing to this fatal outcome, in our study, those who had severe preeclampsia, placental abruption, endometritis, premature birth or laboratory criteria positively associated with deaths.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Lactente , Recém-Nascido , Pessoa de Meia-Idade , Gravidez , Adulto Jovem , Morte Fetal/epidemiologia , Mortalidade Infantil , Complicações na Gravidez , Descolamento Prematuro da Placenta/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Endometrite/epidemiologia , Modelos Logísticos , Mortalidade Perinatal , Pré-Eclâmpsia/epidemiologia , Nascimento Prematuro/epidemiologia , Estudos Retrospectivos , Fatores de Risco , Sobreviventes
14.
Rev. bras. epidemiol ; 14(2): 310-322, jun. 2011. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-608236

RESUMO

OBJETIVO: Analisar perfil epidemiológico da morbidade materna grave/near miss em uma maternidade pública de referência regional, utilizando diferentes critérios identificadores. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal dos casos de morbidade materna grave/near miss realizado em Hospital de referência regional entre junho e outubro de 2009, identificados a partir dos livros de registro de internação da maternidade e análise dos prontuários clínicos. Foram estudadas mulheres que, durante a gestação, parto ou puerpério, apresentaram qualquer quadro clínico compatível com os critérios definidores de morbidade materna grave/near miss de Waterstone et al., Mantel et al. e Organização Mundial de Saúde. RESULTADOS: Entre as 1.544 internações foram identificadas 89 mulheres com morbidade materna grave, considerando os critérios adotados. As razões de morbidade materna grave/near miss variaram entre 81,4 a 9,4 por 1.000 NV, dependendo do critério utilizado. O índice de Mortalidade foi de 3,2 por cento, chegando a 23 por cento no critério da OMS. Das 89 mulheres, apenas 40 por cento fizeram mais de seis consultas de pré-natal e 10 por cento não realizaram qualquer consulta. Os marcadores mais encontrados foram a pré-eclâmpsia grave seguida de hemorragia grave, internação em UTI, Síndrome HELLP e eclâmpsia. Ocorreram três mortes maternas por causas obstétricas com RMM de 280/100.000 NV e uma morte tardia. O critério da OMS se mostrou mais específico, identificando os casos mais graves, enquanto o de Waterstone foi mais sensível. CONCLUSÃO: O estudo da morbidade materna grave/near miss em um hospital de referência regional pode contribuir para o conhecimento da magnitude deste evento, como também identificar suas características e condições clínicas mais frequentes, sendo extremamente importante para o enfrentamento da morbi-mortalidade materna.


OBJECTIVE: To investigate severe maternal morbidity/near misses in a tertiary public maternity in the state of Rio de Janeiro, using different identification criteria. METHODS: This is a cross-sectional study, performed in a regional reference hospital between June and October 2009, on severe maternal morbidity/near miss cases identified from the log books of the maternity hospital and review of medical records. This study focused on women who, during pregnancy, delivery, or the postpartum period, showed no clinical symptoms compatible with the defining criteria for severe maternal morbidity/near miss of Waterstone et al, Mantel et al. and the World Health Organization (WHO). RESULTS: Among the 1,544 admissions during the period studied, 89 women with severe maternal morbidity were identified, considering all criteria. The occurrence of severe maternal morbidity/near misses ranged from 81.4 to 9.4 per 1,000 live births (LB), depending on the criterion used. The mortality rate was 3.2 percent, reaching 23 percent in the WHO criteria. Only 40 percent of these women had more than six prenatal visits and 10 percent did not have any visit at all. The most common markers found were severe preeclampsia, followed by severe hemorrhage, ICU admissions, HELLP syndrome, and eclampsia. There were three maternal deaths with a MMR = 280/100.000 LB and one late death. The WHO criterion showed greater specificity, identifying more severe cases, while the Waterstone criterion was more sensitive. CONCLUSIONS: The study of severe maternal morbidity/near misses in a regional reference hospital can contribute to the knowledge of this event's magnitude, as well as to identify its most frequent characteristics and clinical conditions, being essential for dealing with maternal morbidity and mortality.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Criança , Feminino , Humanos , Gravidez , Adulto Jovem , Complicações na Gravidez/epidemiologia , Estudos Transversais , Estudos Prospectivos , Índice de Gravidade de Doença
15.
Physis (Rio J.) ; 21(3): 1139-1160, 2011.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-602107

RESUMO

A mortalidade materna é uma questão complexa e permanece sendo um grave problema de saúde pública. Este artigo se propõe a olhar esse fenômeno sob a ótica do direito à saúde, destacando que a opção por trazer a discussão para o campo dos direitos humanos proporcionou a ampliação de sua explicação e uma apresentação mais clara à sociedade. É apresentada breve trajetória da inserção desse tema na agenda política global, explorando algumas iniciativas internacionais e nacionais. O quadro atual da mortalidade materna no Brasil é apenas a face mais visível da precariedade da atenção à saúde das mulheres. A situação se agrava quando são considerados os casos de morbidade materna grave, que afeta um expressivo número de mulheres. Apesar das iniciativas para a efetivação do direito à maternidade segura, ainda são poucos os avanços, e a sociedade deve exigir que o Estado reverta o quadro de injustiça contra as mulheres.


Maternal mortality is a complex issue and remains a serious public health problem. This paper aims to look at this phenomenon from the perspective of the right to health, noting that the option for bringing the discussion to the field of human rights provided an extension of its explanation and a clearer presentation to society. It presents brief history of the insertion of this theme in the global policy agenda, exploring national and international initiatives. The current situation of maternal mortality in Brazil is just the most visible face of the precariousness of the health care of women. The situation worsens when cases of severe maternal morbidity are considered, which affects a significant number of women. Despite the initiatives for the realization of the right to safe motherhood, there are few advances, and society must require the State to reverse the injustice against women.


Assuntos
Feminino , Direitos Humanos , Mortalidade Materna , Morbidade , Direito à Saúde , Brasil , Sistema Único de Saúde , Saúde da Mulher
16.
Rev. bras. ter. intensiva ; 18(1): 59-62, jan.-mar. 2006. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-485148

RESUMO

BACKGROUND AND OBJECTIVES: The assessment of illness severity and prognosis of obstetric patients by scoring systems is still a controversial issue. Preeclampsia is a leading cause of severe maternal morbidity and mortality, and a major cause of obstetric admission to intensive care unit. There is paucity of data regarding the predictability of critically ill preeclamptic women and the application of scoring systems to this population. This study aimed to evaluate and compare the application of APACHE II, SAPS II and MPM II scoring systems between a preeclamptic population and a non obstetric female population. METHODS: A case-control study was conducted on 28 preeclamptic women and 56 non obstetric female patients, admitted to a general intensive care unit over a period of 10 years. The predictive accuracy of the prognostic evaluation systems was estimated by the area under the receiver operator characteristic curve. RESULTS: The mortality rate was 21.4 percent (6:28) for the study group and 35.7 percent (20:56) for the control group, with an OR = 0.49 (95 percentCI = 0.17-1.41). The main causes of ICU admission of preeclamptic women were HELLP syndrome, coma and pulmonary edema. In the preeclamptic population, only the MPM II score showed an area under the ROC curve statistically different from 0.500, while in the control group, all scoring systems had their areas under the ROC curves statistically different from 0.500. CONCLUSIONS: The application of APACHE II and SAPS II to evaluate critically ill preeclamptic women may be not appropriate.


JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A avaliação de gravidade e do prognóstico de pacientes obstétricas através de escores é ainda tema controverso, sendo escassa a informação sobre mulheres com pré-eclâmpsia. Esta é uma das maiores causas de morbidade materna grave e de mortalidade materna, além de ser também uma das principais causas de internação obstétrica em UTI. Os objetivos deste estudo foram avaliar e comparar a aplicação do APACHE II, SAPS II e MPM II em população de mulheres com pré-eclâmpsia e em população feminina não-obstétrica. MÉTODO: Foi realizado um estudo caso-controle com 28 mulheres pré-eclâmpticas e 56 pacientes femininas não-obstétricas admitidas em unidade de terapia intensiva geral, num período de 10 anos. A acurácia preditiva dos sistemas de avaliação prognóstica foi estimado através da área sob a curva ROC. RESULTADOS: A taxa de mortalidade no grupo de estudo foi de 21,4 por cento (6:28) e 35,7 por cento (20:56) no grupo controle, com OR = 0,49 (95 por centoCI = 0,17-1,41). As principais causas de admissão à UTI de mulheres com pré-eclâmpsia foram: síndrome HELLP, coma e edema pulmonar agudo. Na população com pré-eclâmpsia, apenas o escore MPM II mostrou uma área sob a curva ROC estatisticamente diferente de 0,500, enquanto que no grupo controle, todos os sistemas de escore apresentaram uma área estatisticamente diferente de 0,500. CONCLUSÕES: De acordo com os achados do presente estudo, concluímos que a aplicação do sistema APACHE II e SAPS II para avaliar mulheres com pré-eclâmpsia em estado grave de saúde é possivelmente inapropriado.


Assuntos
Humanos , Feminino , Pré-Eclâmpsia/mortalidade
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...