Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 3 de 3
Filtrar
Mais filtros










Intervalo de ano de publicação
1.
Saúde Soc ; 32(2): e220589pt, 2023.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1450434

RESUMO

Resumo Este artigo propõe conhecer alguns fatores no processo de hormonização de pessoas transmasculinas a partir da ideia de agenciamentos e de cuidado. Inicialmente, resgatam-se produções que tratam sobre como as diferenciações do corpo e de gênero, elevadas a categorias de natural e biológico, legitimam e reconhecem a cisgeneridade como norma. Em seguida, analisam-se as portarias do Processo Transexualizador referentes ao processo de hormonização voltado a pessoas transmasculinas no Sistema Único de Saúde (SUS). Finalmente, traz-se a experiência do trabalho etnográfico acompanhando duas pessoas transmasculinas na cidade de São Paulo entre os meses de março de 2019 e novembro de 2020, além de discursos do uso de hormônios/testosterona por homens cisgênero na internet. Observa-se a busca destas pessoas pelo acesso à hormonização por meio do Processo Transexualizador do SUS e os agenciamentos colocados em ato na produção de seus corpos, tendo seu acesso facilitado ou dificultado pelas normatividades de gênero e a cisnormatividade.


Abstract This article proposes to know some factors in the hormonization process of transmasculine people from the idea of agency and care. Initially, the article recovers productions that deal with how body and gender differences raised to natural and biological categories, legitimize and recognize cisgenderism as a norm, were recovered. Then, the ordinances of the Transsexualizing Process for the hormonization process aimed at transmasculine people in the Brazilian National Health System (SUS) were analyzed. Finally, we present the experience of ethnographic work accompanying two transmasculine people in the city of São Paulo between the months of March 2019 and November 2020, as well as discourses on the use of hormones/testosterone by cisgender men on the internet. It is observed that these people seek access to hormones through the Transsexualization Process of the SUS and the agencies put into action in the production of their bodies, with their access facilitated or hindered by gender norms and cisnormativity.


Assuntos
Transexualidade , Pessoas Transgênero
2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(10): 3901-3911, out. 2022.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1404126

RESUMO

Resumo O artigo traz os resultados de uma pesquisa sobre as estratégias, expectativas e desejos de 28 homens transexuais na construção das suas masculinidades e reconstrução de seus corpos por meio da hormonização cruzada. A pesquisa qualitativa foi realizada em um ambulatório do processo transexualizador de um município da região metropolitana do Rio de Janeiro. Para a construção dos dados, foram utilizadas a entrevista semiestruturada e a observação participante, empreendidas entre os meses de novembro de 2019 e janeiro de 2020. A análise de conteúdo orientou a análise das falas, das quais emergiram as categorias que foram discutidas à luz dos conceitos de gênero, transexualidade e masculinidades, além de referências de estudos sobre raça/cor em suas articulações com a saúde. Os dados revelaram desejos, contradições e ambiguidades no que diz respeito à construção da masculinidade e à (re)construção de corpos mais adequados a ela; evidenciaram o desejo pelo padrão corporal de masculinidade que seria conquistado por meio da hormonização e de cirurgias, e a cor negra surgiu como uma importante marca de desigualdade. Concluímos que, mesmo refutando muitos traços do modelo de masculinidade, esses homens desejam adentrar esse mundo e confundir-se na multidão como homens, vivenciando a masculinidade mais plena.


Abstract This paper presents the research results on the strategies, expectations, and desires of 28 transsexual men in building their masculinities and reconstructing their bodies through cross-hormonization. The qualitative research was carried out in an outpatient clinic of the transsexualization process in a city in the metropolitan region of Rio de Janeiro. We employed semi-structured interviews and participant observation from November 2019 to January 2020 to collect data. Content analysis guided the analysis of the statements from which the discussed categories emerged. The categories were discussed in the light of the concepts of gender, transsexuality, and masculinity, besides references from studies on ethnicity/skin color in their articulations with health. The data revealed desires, contradictions, and ambiguities regarding the construction of masculinity and the (re)construction of bodies more suited to it. They also evidenced the desire for the male bodily standard achieved through hormonization and surgeries, and black skin color emerged as a critical inequality mark. We concluded that, while refuting many male model features, these men want to enter this world and blend in with the crowd as men, thus experiencing fuller masculinity.

3.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 24(2): 259-280, jun. 2021.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, Index Psicologia - Periódicos | ID: biblio-1289797

RESUMO

Este artigo aborda o acolhimento em saúde mental a pessoas que estão no processo transexualizador a partir de pesquisa qualitativa e faz uso do método da autoetnografia relacional. Discutimos, a partir das narrativas dos participantes, o processo de chegada ao acolhimento, a complexa transformação do corpo e da identidade de gênero e a função do acolhimento nesse percurso. Destacamos a prática narrativa e o compartilhamento de histórias pessoais como modo de produzir sentidos novos para a experiência singular de transição de gênero, aproveitando as diferenças como uma maneira de buscar uma abertura do olhar e a possibilidade de coexistência de múltiplas perspectivas. Por fim, salientamos a abordagem psicossocial como estratégia fundamental para a construção de um cuidado compartilhado, integral, horizontal, que favoreça a autonomia dos usuários e atenda suas necessidades.


This article addresses the reception in mental health of people undergoing transsexualization; it is based on a qualitative research that was conducted by using the relational autoethnography method. The narratives of the participants are analyzed to discuss the process of arriving at the reception, the complex physical transformation of both body and gender identity, and the function of the reception in that process. We highlight the narrative practice and the sharing of personal stories as a way of producing new meanings for the unique experience of gender transition, taking advantage of differences as a way of seeking a broader vision and the possibility of coexistence of multiple perspectives. To conclude, we emphasize the psychosocial approach as a fundamental strategy for building shared, comprehensive, horizontal care that favors users' autonomy and meets their needs.


Cet article analyse l'accueil en santé mentale de personnes en processus de transsexualisation ayant pour base une recherche qualitative et en utilisant la méthode de l'auto-ethnographie relationnelle. À partir des récits des sujets, nous discutons le processus d'arrivée à la réception, la transformation complexe du corps et de l'identité de genre, ainsi que la fonction de la réception pendant ce processus. Nous soulignons la pratique narrative et le partage d'histoires personnelles comme moyen de produire de nouvelles significations pour l'expérience unique de la transition entre les sexes, en tirant parti des différences comme moyen de chercher une vision plus ample et la possibilité de coexistence de perspectives multiples. Enfin, nous soulignons l'approche psychosociale comme stratégie fondamentale pour la construction de soins partagés, complets et horizontaux qui favorisent l'autonomie des usagers et satisfont leurs besoins.


Este artículo aborda el acogimiento en salud mental de personas que se encuentran en el proceso de transexualización a través de una investigación cualitativa y hace uso del método de autoetnografía relacional. Discutimos, a partir de las narrativas de los participantes, el proceso de llegada al servicio de acogimiento, la compleja transformación del cuerpo y de la identidad de género, y la función del acogimiento en esta jornada. Destacamos la práctica narrativa y el intercambio de historias personales como una forma de producir nuevos significados para la experiencia única de la transición de género, aprovechando las diferencias para buscar una visión más amplia y la posibilidad de coexistencia de múltiples perspectivas. Finalmente, destacamos el enfoque psicosocial como estrategia fundamental para construir una atención compartida, integral, horizontal, que favorezca la autonomía de los usuarios y que satisfaga sus necesidades.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA
...