RESUMO
Este relato resulta do estágio de Psicologia requerido aos alunos do Curso de Psicologia Clínica de uma faculdade angolana, realizado dentro de um lar da terceira idade, com vista a contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos idosos institucionalizados. Nele discutimos, a partir do relato de um estágio, a produção de estratégias de resistência dentro de uma instituição de longa permanência angolana. Nesta, a capacidade de resistir transforma-se num mecanismo de preservação acionado pelo próprio sujeito, que ao se enxergar diante de uma situação que o ameaça, reage como pode, resistindo e reexistindo, por meio de estratégias que permitem a afirmação da potência de vida da pessoa institucionalizada, preservando-a física, psicológica e fundamentalmente.(AU)
This article is the result of a Psychology internship required for students of the Clinical Psychology of an Angolan university, held in a nursing home, to contribute to the improvement of the quality of life of institutionalized elderly. Based on the report of an internship, we discuss resistance strategies within a long-term Angolan institution, where the capacity to resist becomes a preservation mechanism, triggered by the subject, who is faced with a situation that threatens him. He reacts as he can by resisting and preexisting, through strategies that allow the affirmation of the institutionalized person's life power, preserving him physically and fundamentally psychologically.(AU)
Assuntos
Idoso , Existencialismo , AngolaRESUMO
Este artigo tem como objetivo discutir a reinvençaÌo de territoÌrios das infaÌncias e juventudes perifeÌricas a partir de fotografias e poemas produzidos pelo fotoÌgrafo Leo Silva e pelo poeta Talles Azigon (identificados após a aprovação do artigo) como modo de re-existeÌncia em Fortaleza. SaÌo problematizaçoÌes advindas da realizaçaÌo de uma pesquisa-inter(in)vençaÌo de ethos cartograÌfico, junto a esses jovens, em que as imagens e os poemas emergem como dispositivos luÌdicos na produçaÌo de movimentos contra-hegemoÌnicos frente aÌs "imagens oficiais" historicamente impostas sobre as periferias. Por meio dessas fotografias e poemas, e, portanto, da arte, a reivindicaçaÌo dos territoÌrios retrata e narra infaÌncias e juventudes de periferias de Fortaleza a partir de suas poteÌncias e naÌo de suas precarizaçoÌes. Como experimentaçaÌo, o artigo foi produzido a partir desses poemas e fotografias, aleÌm de contar com as participaçoÌes de (a ser identificado, caso o artigo seja aceito, pois atua como participante da escrita do artigo) e (a ser identificado, caso o artigo seja aceito, pois atua como participante da escrita do artigo) na elaboraçaÌo do texto como um movimento decolonial de (des)habitar a escrita acadeÌmica.
This article aims to discuss the reinvention of territories of peripheral childhoods and youths based on photographs and poems produced by photographer Leo Silva and poet Talles Azigon (identified after acceptance of the article) as a way of re-existing in Fortaleza. These are problematizations arising from the realization of an inter(in)vention research of cartographic ethos, with these young people, in which images and poems emerge as playful devices in the production of counter-hegemonic movements against the "official images" historically imposed on the peripheries. Through these photographs and poems, and, therefore, through art, the claim of territories portrays and narrates childhoods and youths on the outskirts of Fortaleza from their strengths and not from their precariousness. As an experiment, the article was produced from these poems and photographs, in addition to counting on the participation of (to be identified if the article is accepted, as it acts as a participant in the writing of the article) and (to be identified if the article is accepted, as it acts as a participant in the writing of the article) in the elaboration of the text as a decolonial movement (dis)inhabiting academic writing.
Assuntos
Fatores Socioeconômicos , Áreas de Pobreza , Pneumonia em Organização , Arte , Recursos Audiovisuais , Características de Residência , AdolescenteRESUMO
Resumen (analítico) El artículo analiza las modalidades de resistencia y re-existencia producidas en el contexto del levantamiento popular de 2021, en sus relaciones con el juvenicidio. Metodológicamente, se optó por el análisis de narrativas de experiencias de jóvenes de tres ciudades, así como el análisis de un corpus de imágenes relacionado con estos acontecimientos. En resultados, la categoría salir del cerco evidenció que el levantamiento está imbricado con el juvenicidio, desde la precarización y la violencia estatal en pandemia y la existencia de opresiones cruzadas. En la categoría subvertir, se observó la presencia de estrategias de confrontación y deslegitimación simbólica al sistema dominante. En la categoría estéticas populares sobresalen la autorrepresentación y la curación simbólica. La categoría educación popular evidenció la implementación de prácticas fomentadoras del interaprendizaje y la cocreación para buenos vivires.
Abstract (analytical) This article analyzes the modalities of resistance and re-existence that occurred in the context of the Colombian popular uprising in 2021 and relates them with the practice of youthcide. At a methodological level, the article analyses narratives of experiences of young people from three cities, as well as a corpus of images related to the popular uprising. The results identify a category of getting off the fence, which shows that the uprising is related to acts of youthcide. The protests were a response to precariousness and state violence during pandemic, as well as the existence of multiple forms of oppression of the youth population. In the subversion category, confrontation strategies and symbolic delegitimization of the dominant system were observed. In the popular aesthetic category, self-representation and symbolic healing were evident. In the popular education category, the implementation of practices that promote mutual learning and co-creation for good living were identified.
Resumo (analítico) O artigo analisa as modalidades de resistência e reexistência ocorridas durante a revolta popular de 2021, em suas relações com a juvenilicídio. Metodologicamente, utilizou-se a análise de narrativas de experiências de jovens de três cidades, bem como a análise de imagens relacionadas a esses eventos. Nos resultados, a categoria de sair da cerca mostrou que a revolta está entrelaçada com a juvenilicídio, a partir do aprofundamento da precariedade e da violência estatal e para-estatal. Na categoria subverter, observou-se a implementação de estratégias de enfrentamento e deslegitimação simbólica do sistema dominante. Na categoria estética popular, destacam-se a autorrepresentação e a cura simbólica. E na categoria educação popular foram desveladas práticas que promovem o aprendizado mútuo para o bem viver.
RESUMO
Os modos de vida originários pautam-se em relações ética e politicamente comprometidas com uma cultura de vida, fundamentada na complementaridade e convivência profunda com tudo o que existe. Disso, derivam estratégias de (re)existência que se contrapõem à concepção ocidental e garantem a preservação da identidade indígena. Objetivamos discutir as categorias afetividade e bem viver como propostas de (re)existência dos povos originários, em contextos de desigualdade social. Inspiradas na Psicologia social de base histórico- cultural, aproximamo-nos do povo Pitaguary, no Ceará, guiadas pela etnografia, de onde resultaram o diário de campo e relatos de história de vida de lideranças, submetidos à análise de conteúdo temática. Nossos resultados apontam o bem viver e a afetividade como modos de (re)existir indígena, embasados na cultura de promoção da vida. Consideramos que a proposta indígena viabiliza o equilíbrio cósmico e se coloca como alternativa à cultura ocidental, diante dos riscos derivados da exacerbada exploração da natureza.
The original ways of life are based on ethically and politically committed relationships with a culture of life, based on complementarity and deep coexistence with everything that exists. From this, strategies of (re) existence derive that are opposed to the western conception and guarantee the preservation of the indigenous identity. We aim to discuss the categories of affection and good living as proposals for the (re) existence of native peoples, in contexts of social inequality. Inspired by social psychology with a historical-cultural basis, we approached the Pitaguary people in Ceará, guided by ethnography, which resulted in the field diary and life history reports of leaders, submitted to thematic content analysis. Our results point to well-being and affection as ways of (re) existing indigenous people, based on the culture of promoting life. We consider that the indigenous proposal makes the cosmic balance viable and presents itself as an alternative to Western culture, given the risks derived from the exacerbated exploitation of nature.
Las formas de vida originales se basan en relaciones éticas y políticamente comprometidas con una cultura de la vida, basadas en la complementariedad y la profunda convivencia con todo lo que existe. De esto, se derivan estrategias de (re) existencia que se oponen a la concepción occidental y garantizan la preservación de la identidad indígena. Nuestro objetivo es discutir las categorías de afectividad y bien vivir como propuestas para la (re) existencia de los pueblos nativos, en contextos de desigualdad social. Inspirados en la psicología social con una base histórico-cultural, nos acercamos a la realidad del pueblo Pitaguary, guiados por la etnografía, que resultó en el diario de campo y la grabación de informes de historia de vida de liderazgos, sometidos a análisis de contenido temático. Nuestros resultados apuntan al buen vivir y el afecto como formas de (re) existencia de los pueblos indígenas existentes, basados en la cultura de promoción de la vida. Consideramos que la propuesta indígena hace viable el equilibrio cósmico y se presenta como una alternativa a la cultura occidental, dados los riesgos derivados de la explotación exacerbada de la naturaleza.
RESUMO
O presente artigo trata do sentido do Ser, questão central da obra de Martin Heidegger, Ser e Tempo. Compreender o sentido do Ser por ele mesmo, sem que seja por referência a um ente específico é o objetivo de sua Ontologia Fundamental. Para tanto, Heidegger inicia sua investigação pelo sentido do Ser em geral através da busca pelo sentido do Ser do Dasein. Esse método pode levar à compreensão de que o sentido do Ser em geral é "retirado" do sentido do Ser do Dasein, o que impossibilitaria o estabelecimento da Ontologia Fundamental enquanto compreensão do Ser sem relação ao ente. Sendo assim, nosso objetivo é esclarecer que a temporalidade (Zeitlichkeit) é o sentido do Ser do Dasein, que é transcendente a ele, e que ao entendermos autenticamente a nossa existência já estamos lançando mão da temporalidade e não o contrário. Outrossim, veremos que há diferença entre a temporalidade (Zeitlichkeit) e a temporialidade (Temporalität) e que essa diferença será determinante para o entendimento da investigação diretriz da Ontologia Fundamental.
This article deals with the meaning of Being, a central issue in the work of Martin Heidegger: Being and Time. Understanding the meaning of Being by itself, without reference to a specific being, is the objective of his Fundamental Ontology. For this, Heidegger begins his investigation of the meaning of Being in general through the search for the meaning of Being of Dasein. This method can lead to the understanding that the meaning of Being in general is "taken away from" the meaning of Being of Dasein, what would make impossible the establishment of Fundamental Ontology as an understanding of the Being without relation to the being. Therefore, our aim is to clarify that temporality (Zeitlichkeit) is the meaning of the Dasein's being, that it is transcendent to him, and that, when we authentically understand our existence, we are already using temporality and not the contrary. Furthermore, we will see that there is a difference between temporality (Zeitlichkeit) and temporality (Temporalität) and that this difference will be decisive for the understanding of the investigation of Fundamental Ontology.
RESUMO
Resumen 11. Freud no criticó los fundamentos de la ética ni prescribió deberes, prohibiciones, aspiraciones o respuestas alternativas a problemas tradicionales, sino entregó una nueva manera de formular problemas morales. Existen tres áreas en que Freud insinuó una ética que sostiene una dirección diferente a la actual bioética.1. El carácter no ético del psicoanálisis no está incluido entre las técnicas de dominación o adoctrinamiento sino en las de veracidad, en lo que importa es el auto-reconocimiento, la mala comprensión es la ruta necesaria para la comprensión. 2. La postura final de Freud mismo hacia su propia muerte se puede llamar apropiación de su finitud, cuando él asumió su ser-referido-a-la-muerte, no como estar-en-su-final, indicando con ello que comprendió que el final siempre penetró en su vida. 3. En la auténtica comprensión de sí mismo, Freud entendió que la última potencialidad de su existencia fue abandonarse a sí, reveló su potencialidad para su no-potencialidad, haciéndose libre para su propio fin, aceptó su existencia en su finitud.
Abstract 15. Freud did not make a critique of foundations of ethics nor prescribed duties, prohibitions, aspirations or alternative answers to unchanged questions, but he gave a new manner of asking moral questions. There are three areas in which Freud implied an ethic that maintains a different direction from current bioethics.1. The fundamentally nonethical character of Freud´s psychoanalysis is not included in the techniques of domination or indoctrination but of veracity, what is at stake is selfrecognition, misunderstanding is the necessary path to understanding. 2. The final position of Freud himself to his own death can be called appropriation of his finitude, when he assumed his being-unto-death, not as a being-at-his-end, indicating thereby that he understood that the end always penetrated his whole existence. 3. In the authentic comprehension of his self, Freud understood that the ultimate potentiality of his existence was to relinquish his self, he revealed to his self his potentiality for non-potentiality, becoming free for his own end, he accepted his existence in its finitude.
Resumo 19. Freud não criticou os fundamentos da ética nem prescreveu deveres, proibições, aspirações ou respostas alternativas a problemas tradicionais, e sim apresentou uma nova maneira de formular problemas morais. Existem três áreas nas quais Freud insinuou uma ética que indica uma direção diferente da atual bioética. 1. O caráter não ético da psicanálise não está incluído entre as técnicas de dominação ou doutrinamento e sim nas de veracidade, onde o que importa é o auto-reconhecimento, a má compreensão é o caminho necessário para a compreensão. 2. A postura final de Freud, mesmo até sua morte, pode se chamar de "apropriação de sua finitude", quando ele assumiu seu ser-referido-à- morte, não como estar-em-seu-final, indicando com isto que compreendeu que o final sempre infiltrou sua vida. 3. Na autêntica compreensão de si mesmo, Freud entendeu que a última potencialidade de sua existência foi abandonar-se a si, revelou sua potencialidade para sua não-potencialidade, libertando-se para seu próprio fim, aceitou sua existência em sua finitude.
Assuntos
Psicanálise/ética , Bioética , Atitude Frente a Morte , CulpaRESUMO
Esse artigo apresenta reflexões a partir da vivência da Tenda do Conto, metodologia aplicada em uma dissertação de mestrado que objetivou compreender como trabalhadores da saúde constroem cuidados de si. Através da pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, técnicas de enfermagem participaram da experiência. Apresentaram-se como resultados: singularidade dos processos existenciais, descrição das experiências com o sofrimento no trabalho, relatos de si para além do campo discursivo institucional, ampliação da capacidade de expressão do corpo sensível. Espera-se contribuir com a Tenda do Conto como ferramenta metodológica para diferentes pesquisas, por fazer emergir diferentes narrativas sobre o vivido, dando centralidade à constituição de si como uma rede viva de existência. Além disso, este estudo teve um efeito a mais que foi facilitar aos participantes uma ampliação da sua compreensão do sofrimento vivido no cotidiano do trabalhador e a possibilidade de uma nova visão do que seja o cuidado de si nesse campo.
This article presents reflections based on the Tent of the Tale experience, a methodology applied in a Master's dissertation that aimed to understand how health workers build care of themselves. Through descriptive research, with a qualitative approach, nursing techniques participated in the experiment.The following results were presented: singularity of existential processes, description of experiences with suffering at work, reports of themselves beyond the institutional discursive field, expansion of the sensitive body's capacity of expression. It is hoped to contribute with the Tent of the Tale as a methodological tool for different researches from making different narratives emerge about the lived, giving centrality to the constitution of oneself as a living network of existence. Moreover, this study had the additional effect of facilitating to the participants an amplification of their understanding of the suffering lived in the daily life of the worker as well as the possibility of a new vision of what is the care of oneself in that area.
Este articulo apresenta reflexiones a partir de la vivencia de la Tienda del Cuento, metodología aplicada en una disertación de maestría, que propuso comprender como trabajadores de la salud construyen cuidados de sí. A través de la investigación descriptiva, con abordaje cualitativo, técnicas de enfermería participaron de la experiencia. Se presentó como resultados: singularidad de los procesos existenciales, descripción de las experiencias con el sufrimiento en el trabajo, relatos de sí más allá del campo discursivo institucional, ampliación de la capacidad de expresión del cuerpo sensible. Se espera contribuir con la Tienda del Cuento como herramienta metodológica para diferentes tipos de investigaciones, por hacer emerger diferentes narrativas sobre lo vivido, dando centralidad a la constitución de sí como una red viva de existencia. Además, este estudio tuvo otro efecto, facilitar a los participantes una ampliación de su comprensión del sufrimiento vivido en el cotidiano del trabajador y la posibilidad de una nueva visión de lo que sea el cuidado de sí en ese campo.
Cet article présente des réflexions sur le vécu sur la Tente du Conte, méthodologie appliquée dans la dissertation de maîtrise ayant par but la compréhension de comment les travailleurs de la santé bâtissent les soins de soi. Parcourant la recherche descriptive, avec une approche qualitative, techniques de soin des malades prenant partie de l'expérience. Avec les résultats suivants : singularité des processus existentiels, description des expériences avec souffrance au travail, récit de soi au-delà du champ descriptif institutionnel, élargissement de la capacité d'expression du corps sensible. En espérant contribuer avec la Tente du Conte en tant qu'outil méthodologique pour différentes recherches, afin de faire émerger plusieurs récits sur le vécu, en donnant une place centrale à la constitution de soi comme un réseau vivant d'existence. En plus, cette étude a eu un effet supplémentaire, à savoir, faciliter aux participants un élargissement de leur compréhension de la souffrance vécue au quotidien du travailleur et la possibilité d'une nouvelle vision de ce que peut être le soin de soi dans ce domaine.
RESUMO
Resumen Martin Heidegger es uno de los filósofos más prominentes del siglo XX. Él padeció varias alteraciones emocionales a través de su excepcional vida productiva y se postula que su creatividad quizás aumentó o a lo menos se facilitó en relación con estos trastornos. El hombre público, la figura privada, su círculo generaron controversias y rechazo que ahora se entienden mejor gracias a material hasta hace poco inédito. Sus rasgos asténicos y esténicos probablemente fueron decisivos en el desencadenamiento de sus crisis unidos a medios estresantes y hostiles.
Martin Heidegger is one of the most outstanding philosophers of the XX century. He suffered from various emotional disturbances through his exceedingly productive life, and it is postulated that his creativeness perhaps was enhaced or at the very least facilitated in connection to his disorders. The public man, the private figure, his circle generated controversies and rejection that are now more comprehensible thanks to hitherto unpublished material. His asthenics and esthenics traits were probably decisive to trigger off his bouts linked to stressful and hostile environments.
Assuntos
História do Século XX , Filosofia , Criatividade , Sintomas Afetivos , EmoçõesRESUMO
Este artigo tem como objetivo discutir a medicalização da existência segundo a fenomenologia de Maurice Merleau-Ponty, considerando sua noção de corpo próprio. No contexto dos transtornos mentais e comportamentais, foco da pesquisa, a medicalização se manifesta pelo crescimento massivo de intervenções psicofarmacológicas. Deste modo, realiza-se uma investigação das noções vigentes de corpo, uma vez que, tais intervenções são administradas no mesmo. Este estudo se ancora nas duas primeiras grandes obras do autor: A estrutura do comportamento e Fenomenologia da percepção. O pensamento do filósofo revela uma noção de corpo e psiquismo, os quais não se reduzem ao entrecruzamento de causalidades físico-químicas. Ressalta-se a hipótese de que a medicalização da existência ignora o caráter fenomenal do corpo como expressão quando tem como único objetivo suprimir os sintomas em detrimento da possibilidade de compreensão dos mesmos
The medicalization of the existence according to Merleau-Ponty's phenomenology This article aims to discuss the medicalization of existence according to the phenomenology of Maurice Merleau-Ponty, considering his notion of the own body. In the context of mental and behavioral disorders, the focus of this research is manifested by the massive increase of psychopharmacological interventions. Thus, an investigation of the prevailing notions of body is carried out, as such interventions are administered in it. This study is anchored in the author's first two major works: The Structure of Behavior and The Phenomenology of Perception. The philosopher's thought reveals a notion of body and psychism, which are not reduced to the intersection of physical-chemical causalities. It is emphasized that the medicalization of the existence ignores the phenomenal character of the body as an expression when it has as its sole objective the suppression of symptoms to the detriment of the possibility of understanding them
Este artículo tiene como objetivo discutir la medicalización de la existencia según la fenomenología de Maurice Merleau-Ponty, considerando su noción de cuerpo propio. En el contexto de los trastornos mentales y comportamentales, foco de la investigación, la medicalización se manifiesta por el crecimiento masivo de intervenciones psicofarmacológicas. Así, se realiza una investigación de las nociones vigentes de cuerpo, ya que tales intervenciones se gestionan en el mismo. Este estudio se ancla en las dos primeras grandes obras del autor: La estructura del comportamiento y Fenomenología de la percepción. El pensamiento del filósofo revela una noción de cuerpo y psiquismo, los cuales no se reducen al entrecruzamiento de causalidades físico-químicas. Se resalta la hipótesis de que la medicalización de la existencia ignora el carácter fenomenal del cuerpo como expresión cuando tiene como único objetivo suprimir los síntomas en detrimento de la posibilidad de comprensión de los
Assuntos
Humanos , Filosofia , Psicopatologia , Tratamento Farmacológico , Medicalização/tendênciasRESUMO
Este texto procura investigar como a ambiguidade de Foucault com relação à psicanálise não se restringe a suas formulações de como a descoberta freudiana subverte as malhas do poder e também é envolvida pelas tramas do poder. Este texto, então, enfocará essa ambiguidade no modo como Foucault (sem qualquer recurso à experiência psicanalítica) se serve do que escreve para avançar em questões que, voltadas para a filosofia, a política, o saber, não deixam de se articular também ao que toca seu corpo e sua vida. Nesse contexto, as formulações de Lacan sobre o parlêtre ("falasser") e o sinthoma serão importantes para elucidar como Foucault aplicou à sua vida e à sua obra o que ele próprio chamou de "estética da existência".
This text investigates how Foucault's ambiguity with regard to psychoanalysis is not restricted to his formulations of how the Freudian discovery both subverts the nets of power and is involved by its plots. There is an ambiguity in the way Foucault uses his writing to advance in questions regarding not only philosophy, politics and knowledge, but also his body and his life, and this without any analytical experience. Lacan's formulation concerning the parlêtreand the sinthomewill be important to elucidate how Foucault applied to his life and his writings what he called "the aesthetics of existence".
Este texto busca investigar cómo la ambigüedad de Foucault con relación al psicoanálisis no debe ser restricta a sus formulaciones sobre los modos como la descubierta freudiana ha subvertido las redes de poder y se encuentra también involucrada en sus tramas. Entonces, el este texto busca focalizar esta ambigüedad en el modo como (sin ninguno recurso a la experiencia analítica) Foucault utiliza sus escritos para hacer avanzar cuestiones que, orientadas hacia la filosofía, la política y los saberes, son también articuladas a su cuerpo y a su vida. En este contexto, las formulaciones de Lacan a propósito del parlêtre y del sinthoma serón muy importantes para elucidar cómo Foucault aplicó, a su vida y a su obra, el que él mismo llamó de "estética de la existencia".
Assuntos
Psicanálise , ExistencialismoRESUMO
Resumen El mundo del sueño es una de las experiencias autónomas de la existencia humana. No tenemos sueños, somos nuestro soñar, existimos en las maneras en que nos conducimos hacia el mundo durante el sueño. Los fenómenos del sueño son tal como aparecen, ellos hablan directamente al soñador, no contienen necesariamente pistas que necesitan ser descifradas. Ellos son un des-cubrir, un de-velar la existencia humana, un des-ocultar su ser-en-el-mundo. Se analiza el sueño de un médico como un ejemplo para clarificar sus posibilidades para relaciones que abran el mundo y para señalar su espacialidad original en su relación a los fenómenos que se mostraban en sí mismos a la luz de su esencia.
The dream world is one of the autonomous experiences of man's existence. We have no dreams, we are our dreaming state, we exist in the ways of our dreamed behavior toward the world. The dream phenomena are as they shine forth, they speak directly to the dreamer, not necessary containclues that need to be deciphered. They are an un-covering, an un-veiling of man's existence, an unconcealing of his being-in-the-world. A doctor's dream is analized as anexampleto clarify his possibilities for world-disclosing relationship, and tomake known his original spaciality in its relation to the phenomena which show them selves in the light of its essence.
Assuntos
Humanos , Médicos , Sono , ExistencialismoRESUMO
El lenguaje médico, como todo lenguaje científico, no persigue fines estéticos, creativos, lúdicos ni recreativos como sería el caso del lenguaje literario, sino fines informativos, didácticos y comunicativos. Los epónimos, así como los diferentes tipos de abreviaciones (abreviaturas, siglas y símbolos), han formado parte del lenguaje de la humanidad desde más de una veintena de siglos y son especialmente abundantes en los lenguajes de las especialidades, tanto de la medicina como de otras ciencias. Así como del lenguaje común y popular, estos han formado parte del lenguaje desde tiempos inmemoriales, y son especialmente abundantes en los lenguajes médico-científicos. Normalmente se utilizan como recurso para honrar, ganar tiempo y ahorrar espacio, cuando esté en su contenido se percibe bien, su uso revela notoriamente un ahorro en la comunicación médica; de no emplearlos, en cada caso habría que hacer una exposición o descripción relativamente amplia de la enfermedad o el signo de que se trata. Sin embargo, pueden producir problemas de comunicación entre los profesionales de los diferentes niveles asistenciales, debido a su imprecisión y a su carencia de equivalencia internacional, lo que puede llevar a confundir la realidad que tratan de describir, ya que un mismo término o abreviatura puede tener diferentes significados, lo que puede suscitar interpretaciones erróneas con posibles consecuencias graves. En este artículo se revisan las razones de su existencia que definen su construcción y uso, se describen los problemas de su utilización en la comunicación medico científica en la actualidad.
Medical language, like all scientific language, does not pursue aesthetic, creative, leisure and recreational purposes as would be the case in literary language, but informative, educational and communication purposes. Eponyms and the different types of abbreviations (abbreviations, acronyms, and symbols) have been part of the language of humanity for over twenty centuries and are especially abundant in the languages for both specialties in medicine, and other sciences. On the common and popular language, these elements have been part of the language since ancient times, and are especially abundant in the medical-scientific languages. Normally are used as a resource to honor, to save time and save space, when its content is perceived well, notoriously it reveals a saving in medical communication; not to use them, in each case would have to make a relatively large exposure or description of the disease or of the sign in question. However, they can cause communication problems between professionals of different levels of care, due to their imprecision and their lack of international equivalence, which may lead to confusing the reality they are trying to describe since the same term or abbreviation could have different meanings, which can lead to misinterpretations with potentially serious consequences. This article discusses the reasons for their existence which define their construction and uses, problems of its use in medical scientific communication at present are also described.
RESUMO
Partindo da temática Exílios e repatriações, a autora irá considerar as rupturas precoces no psiquismo e a defesa self falso, que pela cisão mantém o self verdadeiro em exílio. Indaga se a busca do verdadeiro self, objetivo da análise, segundo Winnicott, pode ser considerada uma forma de repatriação, e examina então os significados de self, exílio e pátria. Aborda também as possíveis formas de sutura promovidas pela experiência analítica e suas extensões.
Partiendo de la temática Exilios y repatriaciones, la autora considerará las rupturas tempranas en el psiquismo y la defensa self falso, que, a través de escisión, mantiene el self verdadero en exilio. Indaga si la búsqueda del verdadero self, objetivo del psicoanálisis, según Winnicott, podría ser considerada una forma de repatriación. Examina, entonces, los significados de self, exilio y patria. Aborda también las posibles formas de sutura promovidas por la experiencia analítica y sus extensiones.
Starting from the current issue's theme, that is Exiles and repatriations, the author will consider premature ruptures in the psyche and the defense of the false self a false self that keeps the true self in a state of exile through the ego defense mechanism of splitting. According to Winnicott, the pursuit of the true self is the purpose of psychoanalysis. This paper questions whether this pursuit may be considered a way of repatriation. As such, the author examines the meaning of self, exile, and homeland (or fatherland). This paper also studies possible sorts of sutures which may be provided by the psychoanalytic experience and its extensions.
RESUMO
Comment créer dans l'enfer de la prison ? Se basant sur l'expérience française, les auteurs défendent la nécessité de la création en prison en sept points: 1. La création est un moyen de survie pour échapper à l'effondrement psychique et tenter d'élaborer la souffrance de l'incarcération. 2. Créer amène une évasion par l'esprit et un espace de liberté pour résister à l'infantilisation et à l'abrutissement et ouvrir des horizons dans le temps carcéral mortifère. 3. La création a une fonction d'exorcisme de la haine, de la vengeance, de la violence, de la peur et un effet de catharsis sur la destructivité, évitant qu'elle se retourne contre soi-même et contre les autres. 4. Le travail de figuration, défiguration, reconfiguration de la matière artistique reflète l'ex-pression et l'im-pression de soi, c'est-à-dire les mouvements de transformation de l'être car le détenu est obligé de changer pour survivre et ne pas devenir fou dans sa nouvelle condition de prisonnier. 5. L›artiste qui initie à la création peut devenir un modèle, un passeur, un étayage précieux et la rencontre avec le monde de l›art permet de retrouver des émotions esthétiques qui relient à la communauté humaine. 6. Dans la création collective, la cohabitation forcée et la promiscuité parfois violentes avec les autres peut devenir une aventure collective instauratrice de communauté, voire parfois de fraternité. 7. La reconstruction de soi n'est obtenue qu'à condition de se confronter à sa prison intérieure : le chaos, le malheur, l'indicible, la répétition, les drames de l'enfance, etc. pour tenter de les symboliser et de les transformer. Ainsi, à condition d'être exigeante, la création peut apporter de la hauteur, de la beauté, de la distance, une nouvelle dignité au détenu dans une circonstance où il est en particulièrement privé.
Como ser criativo no inferno da prisão? Baseando-se na experiência francesa, defendemos a necessidade do processo criativo na prisão em sete pontos: 1. A criação é um meio de sobrevivência para escapar do abalo psíquico e tentar elaborar o sofrimento do encarceramento. 2. Criar leva a uma evasão pelo espirito e permite a abertura de um pequeno espaço de liberdade para resistir à infantilização, à brutalidade e abrir horizontes no período mortífero de prisão. 3. O processo criativo tem uma função de exorcismo da raiva, da vingança, da violência, do medo e um efeito de catarse sobre a destrutividade, evitando que ela se volte contra si mesmo e contra os outros. 4. O trabalho de figuração, desfiguração, reconfiguração da matéria artística reflete a ex-pressão e a im-pressão de si, ou seja, os movimentos de transformação do ser, pois o detento é obrigado a mudar para sobreviver e não enlouquecer na sua nova condição de prisioneiro. 5. O artista que começa a criar pode se tornar um modelo, um disseminador, uma base preciosa, e o encontro com o mundo da arte permite reencontrar as emoções estéticas que se conectam à comunidade humana. 6. Na criação coletiva a coabitação forçada e a promiscuidade, por vezes violenta, pode tornar o processo criativo uma aventura coletiva instauradora da comunidade, e mesmo talvez de fraternidade. 7. A reconstrução de si é obtida apenas na condição de se confrontar com sua prisão interior: o caos, a infelicidade, o indizível, a repetição, os dramas de infância, etc., na tentativa de simbolizá-los e de transformá-los. Assim, se for rigoroso, o processo criativo pode trazer altura, beleza, distância, uma nova dignidade ao detento em uma circunstância onde ele está particularmente, privado disso.
How to be creative in a prison's hellish environment? Based on the French experience, we advocate the importance of the creative process in prison by means of 7 points: 1. Creativity is a means of survival, which aims at escaping psychological damage and at mentally processing the imprisonment experience. 2. Creativity is conducive to spiritual evasion and allows for the opening of a small space of personal freedom in order to resist infantilizing effects, and brutality, as well as expanding horizons during deadly prison time. 3. The creative process serves the purpose of exorcizing anger, revengefulness, violence, fear and, also, it has a cathartic effect on one's destructive instinct, which prevents such instinct from harming oneself and others. 4. The work of figuration, disfiguration, and reconfiguration of artistic matter reflects one's own expression and impression, that is, the movements of self-transformation as an inmate is forced to change in order to survive and not go mad due to their new confined condition. 5. An artist who starts creating might turn into a role model, a disseminator, and a precious basis. This introduction into the art world brings out a rescue of esthetic emotions, which are connected to human community. 6. In collective creativity, forced coexistence, and promiscuity, which sometimes can be violent, might turn the creative process into a collective adventure that restores the senses of community as well as fraternity. 7. One's own reconstruction is obtained only by means of confronting one's own inner prison: chaos, unhappiness, the unspeakable, repetition, childhood drama, etc, in order to get those elements symbolized and transformed. Thus, the creative process, when rigorous, might produce redemption, beauty, self-possession and a new dignity for an inmate living in circumstances in which such person is particularly deprived of all those things.
¿Cómo ser creativo en el infierno de la prisión? Basados en la experiencia francesa, defendemos la necesidad del proceso creativo en la prisión en siete puntos: 1. La creación es un medio de supervivencia para escapar del choque psíquico e intentar elaborar el sufrimiento del encarcelamiento. 2. Crear conduce a una evasión por el espíritu y permite la apertura de un pequeño espacio de libertad para resistir a la infantilización y a la brutalidad, y para abrir horizontes en el período mortífero de la prisión. 3. El proceso creativo tiene una función de exorcismo de la rabia, de la venganza, de la violencia, del miedo y un efecto de catarsis de la destructividad, evitando que se vuelvan contra sí mismo y contra los otros. 4. El trabajo de dar forma, quitar la forma, y reconfigurar la materia artística refleja la expresión y la imagen de sí; es decir, los movimientos de transformación del ser, pues el detenido es obligado a cambiar para sobrevivir y no volverse loco en su nueva condición de prisionero. 5. El artista que empieza a crear puede volverse un modelo, un promotor, una base preciosa, y el encuentro con el mundo del arte permite volver a encontrar las emociones estéticas que se conectan con la comunidad humana. 6. En la creación colectiva, la convivencia forzada y la promiscuidad a veces violenta pueden hacer que el proceso creativo sea una aventura colectiva que instaure una comunidad, e incluso tal vez la fraternidad. 7. La reconstrucción de sí es obtenida sólo a condición de enfrentarse con su prisión interior: el caos, la infelicidad, lo indecible, la repetición, los dramas de la infancia, etc., en el intento de simbolizarlos y transformarlos. Por lo tanto, si es riguroso, el proceso creativo puede traer altura, belleza, distancia, una nueva dignidad al prisionero, en una circunstancia donde él está particularmente privado de eso.
Assuntos
Prisões , Criatividade , PsicanáliseRESUMO
Reflexionar sobre el concepto de dignidad humana constituye una ardua tarea para el jurista. Su abordaje filosófico resulta de gran utilidad para comprender su dimensión siendo referencia ineludible a la hora de procurar una definición del concepto. Su anclaje en materia jurídica reviste singularidades que arrojan matices complejos al momento que se hace referencia expresa al concepto mismo de la dignidad en las fuentes de Derecho Internacional de los Derechos Humanos y de la Bioética. A los efectos de abordar el tema en el plano jurídico y acotándonos al análisis normativo, se realiza una descripción sobre la inclusión de la dignidad humana en las diversas normas de Derecho Internacional de los Derechos Humanos para luego formular su entronque con el Derecho Internacional de la Bioética, disciplina que desafía los nuevos desarrollos jurídicos en el derecho comparado. Una vez constatada la forma en la cual se ha incorporado la dignidad humana en el ordenamiento jurídico de fuente internacional se realizan algunas reflexiones sobre las particularidades y carencias que ésta ofrece en materia de interpretación jurídica a la luz de las normas consagradas en las principales fuentes. El objetivo de esta reflexión radica en ofrecer a los operadores del derecho elementos que les permitan comprender las dificultades en materia interpretativa a los efectos de proyectar y asegurar la efectiva protección de los derechos humanos
To ponder on the concept of human dignity constitutes a daunting task for jurists. Its philosophical approach is extremely useful in order to understand its dimension, and it is an unavoidable reference to attempt a definition of this concept. Its fixation in the legal field presents peculiarities which shed complex nuances at the time in which explicit reference is made to the very concept of dignity within the sources of the International Law of Human Rights and Bioethics. For the purpose of approaching the subject in the legal field and bounded to a normative analysis, a description about the inclusion of human dignity in the diverse regulations on the International Law of Human Rights is drawn, in order to later formulate its junction with the International Law of Bioethics, a discipline which challenges the new legal developments in Comparative Law. Having noted, the way in which human dignity has been introduced in the legal order of international source, the article mentions some considerations regarding the peculiarities and eficiencies that it provides in the field of legal interpretation in light of the rules enshrined on the main sources. The aim of these thoughts is to provide legislators with elements that allow them to understand interpretation hardships for the purposes of the projection and assurance of the effective protection of human rights
Refletir sobre o conceito de dignidade humana constitui uma árdua tareia para o jurista. E necessária uma abordagem filosófica para compreender sua dimensão e inescusável para uma definição do mesmo. Seus fundamentos jurídicos têm aspectos singulares com nuances complexas na hora de ser referido o próprio conceito da dignidade nas fontes do Direito Internacional dos Direitos Humanos e da Bioética. Para a abordagem jurídica do assunto, e focando-nos na análise normativa, descreemos a inclusão da dignidade humana nas diferentes normas do Direito Internacional dos Direitos Humanos e depois estabelecemos a relação com a Bioética, disciplina que desafia os novos desenvolvimentos jurídicos no Direito Comparado. Após comprovada a forma de incorporação da dignidade humana na ordem jurídica de fonte internacional, refletimos sobre as particularidades e carências (deficiencias) de sua interpretação jurídica à luz das normas consagradas nas principais fontes. Esta reflexão tem por objetivo oferecer aos agentes elementos para compreender as dificuldades em matéria de interpretação para projetar e garantir a efetiva proteção dos Direitos Humanos
Assuntos
Humanos , Bioética , Pessoalidade , Direitos HumanosRESUMO
Este artigo estabelece um diálogo entre as ideias de Simondon e de Latour tomando como foco o modo de existência das técnicas. Através do rastreamento de material disponível na rede mundial de computadores por chaves de acesso, foram reunidas publicações dos dois autores e de alguns de seus comentadores a fim de buscar analogias e tensões entre os dois conjuntos de ideias em torno da temática da técnica. O artigo descreve as categorias que emergiram dessa organização. Apresentamos argumentos que justificam retomar hoje as ideias de Simondon, problematizamos os modos de existência e a lógica das preposições segundo os autores convocados por Latour e levantamos alguns conceitos chave na obra de Simondon. Identificamos a herança de Simondon no pensamento de Latour ao longo de todo este estudo e, na última parte, em especial, dedicamo-nos a tecer esse diálogo possível ainda que ficcional entre os autores no que concerne à maneira de conceber não apenas as técnicas como um dos modos de existência, mas na perspectiva de uma pluralidade ontológica preconizada por ambos. (AU)
This article seeks to establish a dialogue between the ideas of Simondon and Latour, focusing on the mode of existence of the techniques. By tracking material available on the World Wide Web by access keys, the two authors and some of their commentators' publications have been brought together so we could add elements to this construction through analogies and tensions between the two sets of ideas around the theme of the technique. The article describes the categories which emerged from that organization. We present arguments which justify Simondon ideas today, problematize the modes of existence and the logic of prepositions according the authors summoned by Latour and raise some key concepts in the work of Simondon. We identify the Simondon heritage in the thought of Latour throughout the study and, especially, in the last part, we dedicate ourselves to weave this possible dialogue, even if fictional, between authors, regarding how to conceive not only the technique, but also one of the modes of existence, but in the perspective of an ontological plurality advocated by both.(AU)
Assuntos
PsicologiaRESUMO
Este artigo estabelece um diálogo entre as ideias de Simondon e de Latour tomando como foco o modo de existência das técnicas. Através do rastreamento de material disponível na rede mundial de computadores por chaves de acesso, foram reunidas publicações dos dois autores e de alguns de seus comentadores a fim de buscar analogias e tensões entre os dois conjuntos de ideias em torno da temática da técnica. O artigo descreve as categorias que emergiram dessa organização. Apresentamos argumentos que justificam retomar hoje as ideias de Simondon, problematizamos os modos de existência e a lógica das preposições segundo os autores convocados por Latour e levantamos alguns conceitos chave na obra de Simondon. Identificamos a herança de Simondon no pensamento de Latour ao longo de todo este estudo e, na última parte, em especial,dedicamo-nos a tecer esse diálogo possível ainda que ficcional entre os autores no que concerne à maneira de conceber não apenas as técnicas como um dos modos de existência, mas na perspectiva de uma pluralidade ontológica preconizada por ambos.(AU)
This article seeks to establish a dialogue between the ideas of Simondon and Latour, focusing on the mode of existence of the techniques. By tracking material available on the World Wide Web by access keys, the two authors and some of their commentators publications have been brought together so we could add elements to this construction through analogies and tensions between the two sets of ideas around the theme of the technique. The article describes the categories which emerged from that organization. We present arguments which justify Simondon ideas today, problematize the modes of existence and the logic of prepositions according the authors summoned by Latour and raise some key concepts in the work of Simondon. We identify the Simondon heritage inthe thought of Latour through out the study and, especially, in the last part, we dedicate ourselves to weave this possible dialogue, even if fictional, between authors, regarding how to conceive not only the technique, but also one of the modes of existence, but in the perspective of an ontological plurality advocated by both.(AU)
Assuntos
PsicologiaRESUMO
Alucinação define-se como 'percepção sem estímulo' ou erro na percepção. Ela abarca a indagação sobre o que é existente e 'real' ou ilusão. Deste modo, neste trabalho são realizadas reflexões sobre o sentido do alucinar a partir da fenomenologia apoiando-se principalmente em Jaspers, Heidegger e Merleau-Ponty. A presença e a constância da alucinação indicam perturbação na experiência de realidade do alucinado, um fenômeno de interrupção das possibilidades, na qual se privilegia em excesso o mundo subjetivo. O alucinado constrói uma realidade que não possui a profundidade vivida ou experienciada encontrada nas relações com o mundo real compartilhado. Entretanto possui um sentido, pois é a expressão existencial de um vivido. A alucinação como patologia existencial auxilia a subverter a concepção clássica e cartesiana do ego, apontando para a comunhão pré-reflexiva entre o sujeito e o mundo. Assim, ela não se conforma a uma explicação causal, mas se configura como um modo de ser do sujeito no encontro com o mundo e, assim, possui o caráter da expressão de um sentido e de uma tomada de posição do sujeito diante da realidade, sendo fundamental investigar fenomenologicamente como se dá para uma consciência ser palco de um mundo onde a alucinação é possível.
Hallucination is defined as "perception without stimulation" or one fail in perception. It is related with what is "real" or illusion in the experience. Thus, this work makes reflections on the meaning of hallucinate in phenomenology basing primarily on Jaspers, Heidegger and Merleau-Ponty. The presence and constancy of hallucination indicate a disturbance in the reality's experience of subject than hallucinates. This is a phenomenon of interruption of possibilities, in which he privileges the subjective world. The person who hallucinates constructs a reality that has not the depth lived or experienced found in the relations on the shared real world. However has a sense because it is the existential expression of an lived. Hallucination as pathology helps to subvert classical and Cartesian conception of the self, pointing to the pre-reflective communion between subject and world. It does not conform to a causal explanation but is configured as a mode of being of the subject in the encounter with the world. It has the feature of the expression of a direction and a position of the person about the reality. It is fundamental to investigate the configuration of a conscience on the fact venue of one world where the hallucination is possible.
Alucinación se define como "percepción sin estimulación" o una falla en la percepción. Está relacionado con lo que es "real" o la ilusión de la experiencia. Por lo tanto, este trabajo hace reflexiones sobre el significado de alucinar en la fenomenología basando principalmente en Jaspers, Heidegger y Merleau -Ponty. La presencia y constancia de alucinación indican alteraciones en la experiencia de la realidad del sujeto que alucina. Este es un fenómeno de la interrupción de las posibilidades, en la que los privilegios del mundo subjetivo. la persona que alucina construye una realidad que no tiene la profundidad vivido o experimentado que se encuentra en las relaciones en el mundo real compartida. Sin embargo tiene un sentido, ya que es la expresión existencial de un vivido. Alucinación como patología ayuda a subvertir la concepción clásica y cartesiana del yo, que apunta a la comunión pre-reflexiva entre el sujeto y el mundo. No se ajusta a una explicación causal, sino que se configura como un modo de ser del sujeto en el encuentro con el mundo. Tiene la característica de la expresión de una dirección y una posición de la persona acerca de la realidad. Es fundamental para investigar la configuración de una conciencia sobre el lugar hecho de un mundo en el que es posible la alucinación.
Assuntos
Humanos , Alucinações/psicologia , ExistencialismoRESUMO
Alucinação define-se como 'percepção sem estímulo' ou erro na percepção. Ela abarca a indagação sobre o que é existente e 'real' ou ilusão. Deste modo, neste trabalho são realizadas reflexões sobre o sentido do alucinar a partir da fenomenologia apoiando-se principalmente em Jaspers, Heidegger e Merleau-Ponty. A presença e a constância da alucinação indicam perturbação na experiência de realidade do alucinado, um fenômeno de interrupção das possibilidades, na qual se privilegia em excesso o mundo subjetivo. O alucinado constrói uma realidade que não possui a profundidade vivida ou experienciada encontrada nas relações com o mundo real compartilhado. Entretanto possui um sentido, pois é a expressão existencial de um vivido. A alucinação como patologia existencial auxilia a subverter a concepção clássica e cartesiana do ego, apontando para a comunhão pré-reflexiva entre o sujeito e o mundo. Assim, ela não se conforma a uma explicação causal, mas se configura como um modo de ser do sujeito no encontro com o mundo e, assim, possui o caráter da expressão de um sentido e de uma tomada de posição do sujeito diante da realidade, sendo fundamental investigar fenomenologicamente como se dá para uma consciência ser palco de um mundo onde a alucinação é possível.(AU)
Hallucination is defined as "perception without stimulation" or one fail in perception. It is related with what is "real" or illusion in the experience. Thus, this work makes reflections on the meaning of hallucinate in phenomenology basing primarily on Jaspers, Heidegger and Merleau-Ponty. The presence and constancy of hallucination indicate a disturbance in the reality's experience of subject than hallucinates. This is a phenomenon of interruption of possibilities, in which he privileges the subjective world. The person who hallucinates constructs a reality that has not the depth lived or experienced found in the relations on the shared real world. However has a sense because it is the existential expression of an lived. Hallucination as pathology helps to subvert classical and Cartesian conception of the self, pointing to the pre-reflective communion between subject and world. It does not conform to a causal explanation but is configured as a mode of being of the subject in the encounter with the world. It has the feature of the expression of a direction and a position of the person about the reality. It is fundamental to investigate the configuration of a conscience on the fact venue of one world where the hallucination is possible.(AU)
Alucinación se define como "percepción sin estimulación" o una falla en la percepción. Está relacionado con lo que es "real" o la ilusión de la experiencia. Por lo tanto, este trabajo hace reflexiones sobre el significado de alucinar en la fenomenología basando principalmente en Jaspers, Heidegger y Merleau -Ponty. La presencia y constancia de alucinación indican alteraciones en la experiencia de la realidad del sujeto que alucina. Este es un fenómeno de la interrupción de las posibilidades, en la que los privilegios del mundo subjetivo. la persona que alucina construye una realidad que no tiene la profundidad vivido o experimentado que se encuentra en las relaciones en el mundo real compartida. Sin embargo tiene un sentido, ya que es la expresión existencial de un vivido. Alucinación como patología ayuda a subvertir la concepción clásica y cartesiana del yo, que apunta a la comunión pre-reflexiva entre el sujeto y el mundo. No se ajusta a una explicación causal, sino que se configura como un modo de ser del sujeto en el encuentro con el mundo. Tiene la característica de la expresión de una dirección y una posición de la persona acerca de la realidad. Es fundamental para investigar la configuración de una conciencia sobre el lugar hecho de un mundo en el que es posible la alucinación.(AU)
Assuntos
Alucinações/psicologia , ExistencialismoRESUMO
En el presente texto queremos examinar la experiencia del dolor en el espacio comunitario. Se examina aquí la escena de la tragedia Suplicantes de Eurípides, donde Teseo invita a Adrasto para que deje de llorar y comience a hablar, pues sólo en el habla todo llega a término. Esta escena nos permite mostrar cómo se articula la experiencia del sufrimiento humano con el fenómeno de la delegación como descarga del peso del dolor. Esto muestra también cómo la existencia humana está vinculada a una vulnerabilidad esencial que surge desde nuestra corporalidad. Así podemos tomar distancia de la ontología del cuidado desarrollada por Heidegger y complementar la analítica existencial con la antropología filosófica de Blumenberg.
In this text, we want to examine the experience of pain in the community space. We examine here the scene of the tragedy of Euripides Suppliant where Theseus invites Adrasto to stop mourn and start talking, because only in speech everything comes to an end. This scene allows us to show how the experience of human suffering with the phenomenon of the delegation as discharge burden of pain is articulated. This also shows how human existence is linked to a critical vulnerability that arises from our physicality. Therefore, we can take away from the ontology of care developed by Heidegger and complement the existential analysis with philosophical anthropology by Blumenberg.