RESUMO
El síndrome antifosfolípido es considerado un trastorno del colágeno asociado a presentaciones clínicas a edades intermedias con incidencias no mayores de 5 casos por cada 100.000 personas. Su espectro clínico oscila en la presencia de manifestaciones trombóticas multisistémicas de origen vascular. Sin embargo, las manifestaciones no vasculares tienen un espectro raro en su presentación habitual. Se presenta el caso de un varón de 64 años con manifestaciones oculares relacionadas a amaurosis fugaz asociado a alteraciones estructurales retinianas. Los hallazgos de tamizajes realizados fueron fuertemente sugestivos de trombofilias primarias. Se aplicó perfil para síndrome antifosfolípido el cual fue positivo, por lo que se instauró anticoagulación plena.
Antiphospholipid syndrome is considered a collagen disorder associated with clinical presentations at intermediate ages with incidences of no more than 5 cases per 100,000 people. Its clinical spectrum ranges from the presence of multisystem thrombotic manifestations of vascular origin. However, non-vascular manifestations have a rare spectrum in their usual presentation. The case of a 64-year-old man with ocular manifestations related to amaurosis fugax associated with retinal structural alterations is presented. The findings of screening performed were strongly suggestive of primary thrombophilia. A profile for antiphospholipid syndrome was applied, which was positive and therefore, full anticoagulation was initiated.
RESUMO
ABSTRACT A 51-year-old non-obese woman presented with a one-week history of progressive blurry vision within the inferior visual field of her left eye. Her only relevant past medical history was long-standing hypothyroidism and recent vaccination against Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) with an mRNA vaccine 12 days before the onset of symptoms. At examination, the anterior segment was unremarkable, but the retinal fundus revealed a central retinal vein occlusion associated with a branch retinal artery occlusion of the superior temporal branch in her left eye. Ancillary tests to rule out thrombophilia, hyperviscosity, hypercoagulability, or inflammation were negative. Ultrasound tests were also negative for a cardiac or carotid origin of the branch retinal artery occlusion. At two-month follow-up, no new retinal vascular occlusive events were observed. Although the best-corrected visual acuity at presentation was 8/10 in the left eye, the final best-corrected visual acuity remained 3/10.
RESUMO Uma mulher de 51 anos, não obesa, apresentou história de uma semana de visão embaçada progressiva no campo visual inferior do olho esquerdo. Seu único histórico médico anterior relevante era hipotireoidismo de longa data e uma recente vacinação contra a Doença de Coronavírus 2019 (COVID-19), com vacina de mRNA, 12 dias antes do início dos sintomas. O exame mostrou segmento anterior normal, mas o fundo da retina revelou uma oclusão da veia central da retina associada a uma oclusão de ramo arterial da retina do ramo temporal superior no olho esquerdo. Testes auxiliares para descartar trombofilia, hiperviscosidade, hipercoagulabilidade ou inflamação apresentaram resultados negativos. Testes de ultrassom também foram negativos quanto a uma origem cardíaca ou da carótida da oclusão do ramo da artéria da retina. Após dois meses de acompanhamento, nenhum novo evento vascular oclusivo retiniano foi observado. Embora, a acuidade visual melhor corrigida na apresentação tenha sido de 8/10 no olho esquerdo, a acuidade visual final melhor corrigida permaneceu em 3/10.
RESUMO
ABSTRACT Purpose: To evaluate early changes after the first antivascular endothelial growth factor injection for macular edema secondary to diabetic retinopathy and retinal vein occlusion and the relationship between longterm outcomes. Methods: The study enrolled patients who received anti-vascular endothelial growth factor injections for treatment-naive macular edema due to retinal vein occlusion and diabetic retinopathy. The central macular thickness was measured at baseline, post-injection day 1, week 2, and month 1, and at the last visit using spectral-domain optical coherence tomography. A good response was defined as a central macular thickness reduction of ≥10% on post-injection day 1. Patients were reassessed at the last visit with regard to treatment response on post-injection day 1 based on the favorable anatomic outcome defined as a central macular thickness <350 µm. Results: In total, 26 (44.8%) patients had macular edema-retinal vein occlusion and 32 (55.2%) had macular edema-diabetic retinopathy. The mean follow-up time was 24.0 (SD 8.5) months. A statistically significant decrease in the central macular thickness was observed in both patients with macular edema-retinal vein occlusion and macular edema-diabetic retinopathy after antivascular endothelial growth factor injection therapy (p<0.001 for both). All patients with macular edema-retinal vein occlusion were good responders at post-injection day 1. All nongood responders at post-injection day 1 belong to the macular edema-diabetic retinopathy group (n=16.50%). The rate of hyperreflective spots was higher in nongood responders than in good responders of the macular edema-diabetic retinopathy group (p=0.03). Of 42 (2.4%) total good responders, one had a central macular thickness >350 µm, whereas 5 (31.2%) of 16 total nongood responders had a central macular thickness >350 µm at the last visit (p=0.003). Conclusion: The longterm anatomical outcomes of macular edema secondary to retinal vein occlusion and diabetic retinopathy may be predicted by treatment response 1 day after antivascular endothelial growth factor injection.
RESUMO Objetivo: Avaliar as alterações precoces após a primeira injeção de anticorpos antifator de crescimento endotelial vascular (anti-VEGF) em casos de edema macular secundário à retinopatia diabética e oclusão da veia da retina e a relação entre essas alterações e o resultado a longo prazo. Métodos: Foram incluídos no estudo pacientes que receberam uma injeção de antifator de crescimento endotelial vascular para edema macular, virgem de tratamento e devido à oclusão da veia retiniana ou a retinopatia diabética. A espessura macular central foi medida no início do tratamento e no 1º dia, 2ª semana e 1º mês após a injeção, bem como na última visita, através de tomografia de coerência óptica de domínio espectral. Definiu-se uma "boa resposta" como uma redução ≥10% na espessura macular central no 1º dia após a injeção. Os pacientes foram reavaliados na última visita com relação à resposta ao tratamento no 1º dia após a injeção, com base em um resultado anatômico favorável, definido como uma espessura macular central <350 µm. Resultado: Foram registrados 26 (44,8%) pacientes com edema macular e oclusão da veia da retina e 32 (55,2%) com edema macular e retinopatia diabética. O tempo médio de acompanhamento foi de 24,0 meses (desvio-padrão de 8,5 meses). Foi observada uma diminuição estatisticamente significativa da espessura macular central após o tratamento antifator de crescimento endotelial vascular tanto em pacientes com edema macular e oclusão da veia retiniana quanto naqueles com edema macular e retinopatia diabética (p<0,001 para ambos). Todos os pacientes com edema macular e oclusão da veia retiniana responderam bem no 1º dia pós-injeção. Todos os que responderam mal no 1º dia pós-injeção pertenciam ao grupo com edema macular e retinopatia diabética (n=16,50%). A presença de manchas hiperrefletivas foi maior nos pacientes que responderam mal do que naqueles que tiveram boa resposta no grupo com edema macular e retinopatia diabética (p=0,03). Um dos 42 (2,4%) pacientes com boa resposta total teve espessura macular central >350 um, enquanto 5 (31,2%) do total de 16 pacientes com resposta ruim apresentaram espessura macular central >350 µm na última visita (p=0,003). Conclusão: O resultado anatômico de longo prazo do edema macular secundário à oclusão da veia retiniana e à retinopatia diabética pode ser previsto pela resposta ao tratamento no 1º dia após a injeção de antifator de crescimento endotelial vascular.
RESUMO
ABSTRACT Antiphospholipid syndrome is an acquired autoimmune disease characterized by hypercoagulability associated with recurrent venous and arterial thromboembolism in the presence of antiphospholipid antibodies. Herein, we report a case of rapid sequential retinal vein and artery occlusion as the first manifestation of a primary antiphospholipid syndrome triggered by an acute Mycoplasma infection in a previously healthy 11-year-old patient. On day 1, ophthalmoscopy revealed a central retinal vein occlusion. The patient developed temporal branch retinal artery occlusion the next day. On day 3, a central retinal artery occlusion was observed. Serum lupus anticoagulant, immunoglobulin (Ig) G anticardiolipin, IgG anti-β2-glycoprotein 1 antibody, and Mycoplasma pneumoniae IgM antibody levels were increased. Thus, retinal vascular occlusions can be the first manifestation of primary antiphospholipid syndrome. Although it may not improve visual prognosis, prompt diagnosis and treatment are essential to avoid further significant morbidity.
RESUMO A síndrome antifosfolipide é uma doença autoimune adquirida caracterizada por hipercoagulabilidade associada a tromboembolismo venoso e arterial recorrente na presença de anticorpos antifosfolipídicos. Aqui, relatamos um caso clínico de oclusão sequencial de veia e artéria da retina como primeira manifestação de uma síndrome antifosfolipíde primária desencadeada por uma infeção aguda por Mycoplasma num paciente de 11 anos previamente saudável. No primeiro dia, a oftalmoscopia revelou uma oclusão da veia central da retina. No dia seguinte, o paciente desenvolveu uma oclusão do ramo temporal da artéria central da retina. No terceiro dia, uma oclusão da artéria central da retina foi diagnosticada. Os níveis de anticoagulante lúpico sérico, anticorpos IgG anticardiolipina e IgG anti-β2-glicoproteína 1 e anticorpos IgM para Mycoplasma pneumoniae estavam aumentados. As oclusões vasculares retinianas podem ser a primeira manifestação da síndrome antifosfolipíde primária. Apesar do prognóstico visual ser reservado, o seu diagnóstico e o tratamento imediatos são essenciais para evitar outras morbilidades associadas.
RESUMO
Objectives: To identify risk factors for loss to follow-up in periodic intravitreal anti-vascular endothelial growth factor injections for the treatment patients with diabetic macular edema, subretinal neovascularization, age-related macular degeneration, and retinal vein occlusion in a single eye center in São Paulo, Brazil. Methods: This was a retrospective longitudinal study that gathered information from 992 patients who required intravitreal anti-vascular endothelial growth factor drugs over 6 months. The authors included age, eye disease, laterality, monthly income, distance, and payment mode as risk factors. Results: Two hundred and seventy patients (29.93%) were lost to follow-up. Multivariate analysis showed age, monthly income, eye involvement, and type of medical assistance independently associated with loss to follow-up. The odds of loss to follow-up were greater among older patients than those less than 50 years (reference), p < 0.001. The odds of loss to follow-up were greater among patients who received unilateral treatment than those who received bilateral injections (p = 0.013). Concerning gross monthly income, there were no differences in the odds of the four salary strata; the data also indicate an absence of difference in the three strata of patients' distance to the clinic. Considering the diagnosis, only age-related macular degeneration showed greater odds of loss to follow-up (p = 0.016). Finally, the data suggest greater odds of loss to follow-up in private patients than in those on a health care plan (p < 0.001). Conclusion: Loss to follow-up is paramount because many patients may remain unassisted concerning their eye diseases. Identifying the risk factors is crucial to enforcing measures to increase adherence and the long-term success of the treatment.
RESUMO
ABSTRACT Purpose: To evaluate the effectiveness of intravitreal bevacizumab injections following a single dexamethasone implant in the treatment of macular edema secondary to branch and central retinal vein occlusion. Methods: This was a prospective interventional non-comparative study, 44 eyes of patients with naïve macular edema related to branch and central retinal vein occlusion were treated with a dexamethasone implant. Patients were followed-up at four-week intervals from the second to the sixth month. If persistent or recurrent macular edema occurred during this period, the patient was treated with intravitreal bevacizumab injections on an as-needed basis. The outcome measures were best-corrected visual acuity and central macular thickness changes. Results: The mean best-corrected visual acuity changed from 0.97 ± 0.33 LogMAR at baseline to 0.54 ± 0.40 at the six-month post-implant examination (p<0.00001). Improvement ≥3 Snellen lines were seen in 20 eyes (45.54%). The mean central macular thickness at baseline was 670.25 ± 209.9 microns. This had decreased to 317.43 ± 112.68 microns at the six-month follow-up (p<0.00001). The mean number of intravitreal bevacizumab injections received in the six months post-implant was 2.32. The mean time from dexamethasone implant to first anti-VEGF injection was 3.45 months. Conclusions: Intravitreal bevacizumab injections following a single dexamethasone implant were found to improve best-corrected visual acuity and central macular thickness in patients with macular edema due to branch and central retinal vein occlusion at six months, with few intravitreal injections required.
RESUMO Objetivo: Avaliar a eficácia da combinação de injeções intravítreas de bevacizumabe em olhos com edema macular secundário à oclusão de ramo e da veia central da retina após um único implante de dexametasona. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo intervencionista não comparativo com 44 olhos de pacientes com edema macular relacionado à oclusão de ramo e veia central da retina, sem tratamento prévio e tratados com um único implante de dexametasona, que foram acompanhados em intervalos de quatro semanas do segundo ao sexto mês. Se fosse constatado edema macular persistente ou recorrente durante esse período, os pacientes eram tratados com injeções intravítreas de bevacizumabe em um regime ajustado conforme a necessidade. Foram estudadas a melhor acuidade visual corrigida e alterações da espessura macular central. Resultados: A média da melhor acuidade visual corrigida mudou de 0,97 ± 0,33 LogMAR iniciais para 0,54 ± 0,40 no exame de 6 meses (p<0,00001). Vinte olhos (45,54%) melhoraram 3 linhas de Snellen ou mais. A média da espessura macular central inicial foi de 670,25 ± 209,9 μm e diminuiu para 317,43 ± 112,68 μm na visita de 6 meses (p<0,00001). O número médio de injeções intravítreas de bevacizumabe em 6 meses foi de 2,32 e o tempo médio entre o implante de dexametasona e a primeira injeção de anti-VEGF foi de 3,45 meses. Conclusão: Injeções intravítreas de bevacizumabe após um único implante de dexametasona podem proporcionar um aumento da melhor acuidade visual corrigida e diminuição da espessura macular central aos 6 meses em pacientes com edema macular devido à oclusão de ramo e da veia central da retina, com poucas injeções intravítreas.
RESUMO
ABSTRACT The aim of this case report is to present the case of a patient diagnosed as having coronavirus disease (COVID-19) who developed branch retinal vein occlusion in both eyes at different time points. A 48-year-old male patient was admitted to our hospital with symptoms of mild COVID-19 and was diagnosed as having severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) infection after polymerase chain reaction testing. Two months after the diagnosis, branch retinal vein occlusion was found in his left eye on fundoscopic examination, with a visual acuity of 20/100. In the third month of therapy, the same symptoms developed in the right eye and was diagnosed as branch retinal vein occlusion. The visual acuity was 10/100 in his right eye, which increased to 40/100 in the right eye and 30/100 in the left eye after treatment. The development of branch retinal vein occlusion can be observed during the mild stage of COVID-19, which triggers viral microangiopathy and hypercoagulation. Physicians should be strictly vigilant for retinal assessment in patients with vision loss due to a mild history of COVID-19.
RESUMO Este relato apresenta o caso de um paciente com diagnóstico de doença por coronavírus de 2019 (COVID-19) que, em diferentes momentos, desenvolveu oclusão de ramos da veia retiniana em ambos os olhos. Um paciente do sexo masculino de 48 anos foi admitido no hospital com sintomas de COVID-19 leve e a presença do coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2) foi constatada através de um teste de reação em cadeia de polimerase. Dois meses após o diagnóstico, uma fundoscopia revelou a oclusão de um ramo da veia retiniana em seu olho esquerdo e constatou-se uma acuidade visual de 20/100 no mesmo olho. No terceiro mês de tratamento, os mesmos sintomas desenvolveram-se no olho direito e foi diagnosticada a oclusão de um ramo da veia retiniana. Constatou-se uma acuidade de 10/100 no olho direito. Após o tratamento, a acuidade visual aumentou para 40/100 no olho direito e 30/100 no olho esquerdo. O desenvolvimento de oclusões de ramos da veia retiniana pode ser observado em casos leves de COVID-19, que desencadeia microangiopatia viral e hipercoagulação. Os médicos devem estar altamente vigilantes para uma avaliação da retina em pacientes com perda de visão devido a uma história de COVID-19 leve.
RESUMO
Introduction: To report a cases series of retinal vascular occlusions with telangiectatic capillaries (TelCaps) seen on indocyanine green angiography (ICGA) and multimodal imaging. Methods: In this case series, a new finding (TelCaps) was seen on clinical examination, fundus evaluation, fluorescein angiography, ICGA, and optical coherence tomography (OCT). Results: This series comprised 3 patients with TelCaps findings on ICGA after retinal vascular occlusions. The patients' ages ranged from 52 years to 71 years and the best-corrected visual acuity in the affected eye, from 20/25 to 20/80. Fundus evaluation showed small, hard exudates in the vascular termination close to the macula with a reduction of the foveal reflex. The OCT images showed marginal hyperreflectivity and inner hyporeflectivity that were suggestive of a TelCaps lesion, which was confirmed by hyperfluorescence in the late phase of ICGA. Conclusions: This study highlights the importance of performing multimodal imaging evaluation, including ICGA, in eyes with retinal vein occlusions for early identification and management of the associated lesions.
RESUMO
ABSTRACT Purpose: To evaluate the effectiveness of intravitreal aflibercept treatment for macular edema with and without serous retinal detachment due to branch retinal vein occlusion. Methods: Thirty-seven eyes with branch retinal vein occlusion treated with intravitreal aflibercept injection for macular edema were evaluated retrospectively. The patients were divided into two groups according to whether they showed serous retinal detachment on spectral domain optical coherence tomography. Pro re nata regimen was applied after 1 dose of intravitreal aflibercept injection. After the initial injection, control treatments were administered at months 1, 2, 3, 6, and 12. The best-corrected visual acuity and central macular thickness were measured. Results: Fifteen patients had serous retinal detachment, and 22 with macular edema only (non-serous retinal detachment). The central macular thickness was significantly greater in the group with than in the group without serous retinal detachment (811.73 ± 220.68 µm and 667.90 ± 220.68 µm, respectively, p=0.04). The difference between the groups disappeared from the third month. The central macular thickness was similar between the two groups at the last control treatment (407.27 ± 99.08 µm and 376.66 ± 74.71 µm, p=0.66). The best-corrected visual acuity increased significantly in both groups. No significant difference was found between the two groups in terms of the best-corrected visual acuities at baseline and the final control. Conclusion: The intravitreal aflibercept treatment was highly effective in improving best-corrected visual acuity and central macular thickness in patients with branch retinal vein occlusion-induced macular edema independent of serous retinal detachment.
RESUMO Objetivo: Avaliar a eficácia do tratamento com aflibercepte intravítreo para edema macular devido à oclusão de um ramo da veia retiniana, com e sem descolamento seroso da retina. Métodos: Foram analisados retrospectivamente 37 olhos com oclusão de um ramo da veia retiniana, tratados com injeção intravítrea de aflibercepte para edema macular. Os pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com a presença ou ausência de um descolamento seroso de retina na tomografia de coerência óptica (SD-OCT). Um regime pro re nata foi seguido após 1 injeção intravítrea de aflibercepte. Após a injeção, foram realizadas consultas de acompanhamento nos meses 1, 2, 3, 6 e 12. Foram medidas a melhor acuidade visual corrigida e a espessura macular central. Resultados: Houve 15 pacientes com descolamento seroso de retina e 22 pacientes com apenas edema macular (descolamento não seroso de retina). A espessura macular central foi significativamente maior no grupo com descolamento seroso de retina do que no grupo com descolamento não seroso de retina (respectivamente, 811,73 ± 220,68 µm e 667,90 ± 220,68 µm; p=0,04). A diferença desapareceu a partir do terceiro mês. A espessura macular central foi semelhante nos dois grupos na última consulta (407,27 ± 99,08 µm e 376,66 ± 74,71 µm, p=0,66). A melhor acuidade visual corrigida aumentou significativamente em ambos os grupos. Não houve diferença entre os dois grupos quanto à melhor acuidade visual corrigida inicial e final. Conclusão: O tratamento com aflibercepte intravítreo foi altamente eficaz em melhorar a acuidade visual corrigida e a espessura macular central no edema macular induzido pela oclusão de um ramo da veia retiniana, independentemente da presença ou não de um descolamento seroso da retina.
Assuntos
Humanos , Oclusão da Veia Retiniana , Descolamento Retiniano , Edema Macular , Oclusão da Veia Retiniana/complicações , Oclusão da Veia Retiniana/tratamento farmacológico , Descolamento Retiniano/etiologia , Descolamento Retiniano/tratamento farmacológico , Edema Macular/etiologia , Edema Macular/tratamento farmacológico , Estudos RetrospectivosRESUMO
ABSTRACT Purpose: To investigate the effects of epiretinal membrane formation on the clinical outcomes of intravitreal dexamethasone implantation for macular edema secondary to branch retinal vein occlusion. Methods: This retrospective interventional case series includes the treatment of naive patients with macular edema secondary to non-ischemic branch retinal vein occlusion who underwent intravitreal dexamethasone implantation. The patients were divided into two groups as follows: Group 1 (n=25), comprised of patients with macular edema secondary to branch retinal vein occlusion without epiretinal membrane, and Group 2 (n=16), comprised of patients with macular edema secondary to branch retinal vein occlusion with an epiretinal membrane. Corrected visual acuity, central macular thickness, and central macular volume values were measured before and after treatment. The clinical outcomes of the groups were compared. Results: Mean age and male-to-female ratio were similar between the two groups (p>0.05, for both). The baseline and final corrected visual acuity values, central macular thickness, and central macular volumes of the groups were similar (p>0.05, for all). All the parameters were significantly improved after intravitreal dexamethasone implantation treatment (p<0.001, for all). The changes in central macular thickness and volume were also similar (p>0.05, for both). The mean number of intravitreal dexamethasone implantations was 2.1 ± 1.0 (range, 1-4) in Group 1 and 3.0 ± 1.2 (range, 1-5) in Group 2 (p=0.043). Conclusion: Epiretinal membrane formation had no effects on the baseline and final clinical parameters, including corrected visual acuity and central macular thickness and volume. The only parameter affected by the presence of epiretinal membrane formation is the number of intravitreal dexamethasone implantations, a greater number of which is needed for macular edema secondary to branch retinal vein occlusion with an epiretinal membrane.
RESUMO Objetivo: Investigar os efeitos da formação de uma membrana epirretiniana nos resultados clínicos da implantação intravítrea de dexametasona para edema macular secundário à oclusão de um ramo da veia retiniana. Métodos: Esta série retrospectiva de casos intervencionais inclui o tratamento de indivíduos com edema macular secundário à oclusão não isquêmica de um ramo da veia retiniana, sem tratamento prévio e que foram submetidos a implantação intravítrea de dexametasona. Os indivíduos foram divididos em dois grupos: Grupo 1 (n=25), composto por indivíduos com edema macular secundário à oclusão de um ramo da veia retiniana sem a presença de uma membrana epirretiniana, e Grupo 2 (n=16), composto por indivíduos com edema macular secundário à oclusão de um ramo da veia retiniana com a presença de uma membrana epirretiniana. Os valores da acuidade visual corrigida, espessura macular central e volume macular central foram obtidos antes e após o tratamento. Os resultados clínicos dos grupos foram comparados. Resultados: A média de idade e a proporção entre homens e mulheres foram semelhantes nos dois grupos (p>0,05 para ambos os valores). Os valores iniciais e finais da acuidade visual corrigida, espessura macular central e volume macular central foram semelhantes nos dois grupos (p>0,05 para todos os valores). Todos os parâmetros melhoraram significativamente após o tratamento com implante de dexametasona intravítrea (p<0,001 para todos os parâmetros) e as alterações na espessura macular central e no volume macular central também foram semelhantes (p>0,05 para ambos os valores). O número médio de implantações intravítreas de dexametasona foi 2,1 ± 1,0 (faixa de 1-4) no Grupo 1 e 3,0 ± 1,2 (faixa de 1-5) no Grupo 2 (p=0,043). Conclusão: A formação de uma membrana epirretiniana não tem efeitos sobre os parâmetros clínicos iniciais e finais, incluindo a acuidade visual corrigida, a espessura macular central e o volume macular central. O único parâmetro afetado pela formação de uma membrana epirretiniana é o número de implantações intravítreas de dexametasona, sendo necessário um número maior de implantações em casos de edema macular secundário à oclusão de um ramo da veia retiniana com a presença de uma membrana epirretiniana.
Assuntos
Humanos , Feminino , Masculino , Oclusão da Veia Retiniana , Edema Macular , Membrana Epirretiniana , Oclusão da Veia Retiniana/complicações , Oclusão da Veia Retiniana/tratamento farmacológico , Dexametasona , Edema Macular/etiologia , Edema Macular/tratamento farmacológico , Estudos Retrospectivos , Membrana Epirretiniana/complicaçõesRESUMO
INTRODUCTION: We describe characteristic findings on multimodal evaluation and the features of hemorrhage within a foveal cystoid space in a patient presenting cystoid macular edema secondary to Branch Retinal Vein Occlusion (BRVO). CASE DESCRIPTION: We report a case of a 64-year-old diabetic male patient presenting gradual blurry vision in the left eye. Fundoscopic findings were suggestive of BRVO, such as hard exudates and mild venous engorgement superotemporally and diffuse macular intraretinal hemorrhages. In the foveal area, there was cystoid edema with blood-fluid level (BFL) inside one of the cystoid spaces. Retina multimodal evaluation, including color, blue filter, and red-free fundus photography, fluorescein angiography, fundus autofluorescence, and spectral-domain optical coherence tomography (SD-OCT) B and C scan imaging, confirmed blood within foveal cystoid space. The patient underwent antiangiogenic therapy with significant improvement of macular edema and reduction of the cystoid space after 3 months. In addition, there was a resolution of visual symptoms. The cystoid space previously partially filled with blood, persisted, despite presenting smaller volume and medium reflectivity in the SD-OCT. CONCLUSIONS: Multimodal evaluation of blood-fluid level within foveal cystoid space in patients with BRVO has not been described previously. Identification of this sign may support the diagnosis of retinal vein occlusion in doubtful cases and further studies must be carried out to establish if the presence of BFL correlates with visual outcomes.
Assuntos
Edema Macular , Oclusão da Veia Retiniana , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Retina , Edema Macular/diagnóstico , Edema Macular/tratamento farmacológico , Edema Macular/etiologia , Oclusão da Veia Retiniana/complicações , Oclusão da Veia Retiniana/diagnóstico , Oclusão da Veia Retiniana/tratamento farmacológico , Tomografia de Coerência Óptica/métodos , Hemorragia Retiniana/diagnóstico , Hemorragia Retiniana/tratamento farmacológico , Hemorragia Retiniana/etiologia , Angiofluoresceinografia/métodos , Metilcelulose , Estudos RetrospectivosRESUMO
PURPOSE: Evaluate optical coherence tomography angiography (OCT-A) features in retinal vein occlusions (RVO) associated with visual outcomes after anti-VEGF. METHODS: Analytical observational study performed in eyes with macular edema secondary to RVO treated with anti-VEGF, with at least 6 months of follow-up. Bradley et al. classification of macular ischemia was used. Logistic regression analysis was used to investigate associations between final best-corrected visual acuity (BCVA) and OCT-A. RESULTS: A total of 62 eyes, 61 subjects, mean age of 70 ± 12,6 years were included. Median follow up time 21,2 months (IQR 24.8), 53,2% had central retinal vein occlusion (CRVO) and 46,8% branch retinal vein occlusion (BRVO). Median BCVA pre-treatment was 0,84 logMAR (IQR 0,83) and post-treatment 0,47 logMAR (IQR 0,52). BCVA improved at the end of follow-up (p = 0,01), as well as central retinal thickness (CRT) (p = 0,02). Regarding capillary densities (CD), there was a decrease for both plexus, Superficial CD (p = 0,01) and Deep CD (p = 0,01), being more involved the superficial plexus. The lower the capillary density in both plexus, the worse BCVA, Superficial CD (r - 0,27, p = 0,03) and Deep CD (r - 0,29, p = 0,02). Media FAZ pre-treatment was 0,30â mm2 (IQR 0,23), with enlargement to 0,37â mm2 (IQR 0,32) (p = 0,01) post-treatment. Preservation of External Limiting Membrane/ Ellipsoid Zone (ELM/EZ) was seen in 60% of subjects (n = 37). The majority had grade 3 macular ischemia. Variables that best explain visual results were, baseline visual acuity (p = 0,01), pre-treatment CRT (p = 0,02) and pretreatment foveal superficial CD (p = 0,02). CONCLUSIONS: Variables that best explain final vision after anti-VEGF were baseline visual acuity, CRT and foveal superficial CD.
Assuntos
Doenças Retinianas , Oclusão da Veia Retiniana , Humanos , Oclusão da Veia Retiniana/diagnóstico , Oclusão da Veia Retiniana/tratamento farmacológico , Tomografia de Coerência Óptica/métodos , Angiofluoresceinografia/métodos , Retina , Isquemia/diagnóstico , Isquemia/tratamento farmacológico , Vasos Retinianos , Estudos RetrospectivosRESUMO
ABSTRACT Purpose: The aim of this study was to evaluate the effect of serous macular detachment observed during retinal vein occlusion on treatment results. Methods: A total of 117 eyes from 115 patients who had been treated with intravitreal injections for macular edema secondary to retinal vein occlusion were retrospectively reviewed. Visual acuity, optical coherence tomography, and fundus fluorescein angiography findings were evaluated according to the status of serous macular detachment. Results: In the branch retinal vein occlusion group, a statistically significant increase was detected in the mean visual acuity compared to the baseline value at each visit in the absence of serous macular detachment, whereas the increase in the mean visual acuity was significant only at the 3- and 6-month visits in the presence of serous macular detachment. In the central retinal vein occlusion group, there was an increase in the mean visual acuity compared to the baseline value at every visit in the absence of serous macular detachment, whereas the mean visual acuity decreased compared to the baseline value at every visit except at the 3-month visit in the presence of serous macular detachment. The ellipsoid zone defect was more prominent in the presence of serous macular detachment in eyes with branch retinal vein occlusion, whereas there was no significant difference in the ellipsoid zone in the absence or presence of serous macular detachment in eyes with central retinal vein occlusion. Conclusions: In the group with macular edema due to retinal vein occlusion, the initial mean visual acuity increase observed in the first year was maintained in cases without serous macular detachment but not in those with serous macular detachment. Serous macular detachment could be a negative factor in eyes with retinal vein occlusion.
RESUMO Objetivo: Avaliar o efeito do descolamento macular seroso observado durante oclusões de veias retinianas nos resultados do tratamento. Métodos: Um total de 117 olhos de 115 pacientes que foram tratados com injeções intravítreas para edema macular secundário à oclusão de veia retiniana foram revistos retrospectivamente. A acuidade visual, tomografia de coerência óptica e os resultados da angiofluoresceinografia foram avaliados de acordo com a presença ou ausência de descolamento macular seroso. Resultados: No grupo com oclusão de um ramo da veia retiniana, foi detectado um aumento estatisticamente significativo na acuidade visual média em comparação com o valor inicial em cada consulta de acompanhamento do descolamento macular seroso, enquanto que o aumento na acuidade visual média só foi significativo nas consultas aos 3 e 6 meses na presença de descolamento macular seroso. No grupo com oclusão da veia central da retina, houve um aumento na acuidade visual média em comparação com a acuidade inicial em cada consulta na ausência de descolamento macular seroso, enquanto a acuidade visual média diminuiu em comparação com a acuidade inicial em todas as consultas, exceto na consulta aos 3 meses. O defeito da zona elipsoide era mais proeminente na presença de descolamento macular seroso nos olhos com oclusão de um ramo da veia retiniana, enquanto que não havia diferença significativa na zona elipsoide com a presença ou ausência de descolamento macular seroso em olhos com oclusão central da veia retiniana. Conclusões: No grupo com edema macular devido à oclusão de veias retinianas, o aumento médio inicial da acuidade visual observado no primeiro ano foi mantido nos casos sem descolamento macular seroso, mas não naqueles com presença de descolamento macular seroso. O descolamento macular seroso pode ser um fator negativo em olhos com oclusão de veias retinianas.
RESUMO
Introducción: El uso del medicamento ranibizumab intravítreo favorece la reducción del edema macular generador de las oclusiones vasculares retinianas causantes de la pérdida visual. Objetivo: Evaluar la eficacia y seguridad de la administración intravítreo de ranibizumab en el cambio de espesor macular central en las oclusiones vasculares retinianas analizado mediante tomografía de coherencia óptica. Material y métodos: Se desarrolló un estudio de tipo retrospectivo, analítico, correlacional y observacional de campo con diseño no experimental en 125 pacientes mayores de 30 años con oclusión vascular retiniana diagnosticados en la consulta de oftalmología del Hospital "Teodoro Maldonado Carbó" durante enero de 2017 a junio de 2018. La técnica ANOVA compara las medias para determinar mediante el proceso de contraste de hipótesis si existen diferencias estadísticamente significativas entre estas. Resultados: El análisis de la agudeza visual con escala logMAR demostró diferencias estadísticamente significativas entre los promedios obtenidos 3 meses antes y después de la aplicación del tratamiento (p=0,0001). Se encontró 28,8 por ciento de efectos adversos. Con frecuencia en aumento de presión intraocular (4 por ciento), sequedad ocular (16 por ciento) y hemorragia conjuntival (11,2 por ciento). Conclusiones: El ranibizumab en oclusiones vasculares retinianas proporciona una mejor agudeza visual corregida en relación con el grosor macular, favorece el desarrollo de nuevos vasos sanguíneos a partir de vasos preexistentes desde migración de células endoteliales(AU)
Introduction: The use of the intravitreal ranibizumab favors the reduction of the macular edema that generates retinal vascular occlusions that cause visual loss. Objective: To evaluate the efficacy and safety of the intravitreal administration of ranibizumab in the change in central macular thickness in retinal vascular occlusions analyzed by optical coherence tomography. Material and methods: A retrospective, analytical, correlational and observational field study with a non-experimental design was carried out on 125 patients over 30 years of age diagnosed with retinal vascular occlusion in the Ophthalmology Service of "Teodoro Maldonado Carbó" Hospital during the period between January 2017 and June 2018. The ANOVA technique was used to compare means in order to determine, through the hypothesis contrast process, if there are statistically significant differences between them. Results: Visual acuity analysis using the logMAR scale showed statistically significant differences between the averages obtained 3 months before and after the application of the treatment (p =0.0001). In addition, 28,8 percent of adverse effects were found. The most frequent ones included increased intraocular pressure (4 percent), dry eyes (16 percent), and conjunctival hemorrhage (11,2 percent). Conclusions: In retinal vascular occlusions, Ranibizumab provides a better corrected visual acuity in relation to macular thickness, favors the development of new blood vessels from pre-existing vessels from endothelial cell migration(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Corpo Vítreo , Oclusão da Veia Retiniana/terapia , Inibidores da Angiogênese/uso terapêutico , Tomografia de Coerência Óptica , Ranibizumab/uso terapêutico , Acuidade Visual , Edema Macular/terapia , Estudos Retrospectivos , Resultado do TratamentoRESUMO
PURPOSE: The purpose of this study was to report the 5-year outcomes of treatment-naive eyes with cystoid macular edema secondary to central retinal vein occlusion treated with intravitreal bevacizumab in routine clinical practice. METHODS: We conducted multicenter retrospective non-comparative case series of 102 eyes. The main outcome measured was the change in best-corrected visual acuity (BCVA) at 5 years. Secondary outcomes included the number of injections and the change in CMT at 5 years. RESULTS: At 5 years, the mean BCVA improved from 1.22 ± 0.58 (Snellen 20/428) at baseline to 1.00 ± 0.68 logMAR (Snellen 20/200; p < 0.0001). At 5 years, 48 (47%) eyes had a gain of ≥ 3 lines, 41 (40.2%) eyes remained within 3 lines and 13 (12.7%) eyes had a loss of ≥ 3 lines of BCVA. The CMT improved from 740 ± 243 to 322 ± 179 µm (p < 0.0001). At 5 years, 59 (57.8%) eyes had a completely dry SD-OCT. Patients received a total of 10.6 ± 6.1 (range 6-27) injections. Baseline BCVA (p < 0.0001) and the duration of symptoms prior to initial anti-VEGF injection (p = 0.0274) were the only predictive factors for BCVA at 5 years. CONCLUSIONS: After 5 years with an average of 10.6 injections, there was a mean gain of 0.22 logMAR. In addition, more eyes achieved a BCVA of ≥ 20/40, gained ≥ 3 lines and less patients had a BCVA ≤ 20/200. Eyes with a better baseline BCVA and a shorter duration of symptoms were more likely to achieve better BCVA at 5 years.
Assuntos
Edema Macular , Oclusão da Veia Retiniana , Inibidores da Angiogênese , Bevacizumab/uso terapêutico , Humanos , Injeções Intravítreas , Edema Macular/diagnóstico , Edema Macular/tratamento farmacológico , Edema Macular/etiologia , Retina , Oclusão da Veia Retiniana/complicações , Oclusão da Veia Retiniana/diagnóstico , Oclusão da Veia Retiniana/tratamento farmacológico , Estudos Retrospectivos , Tomografia de Coerência Óptica , Resultado do Tratamento , Fator A de Crescimento do Endotélio VascularRESUMO
ABSTRACT The objective of this article was to review the disorganization of inner retinal layers as a biomarker in diabetic macular edema. A systematic search was conducted in PubMed®/MEDLINE®, Cochrane and Embase until August 2021. The keywords used were: "disorganization of inner retinal layers (DRIL)", "diabetic macular edema (DME)" and "biomarkers". No restrictions were imposed on the types of study to be included. The studies selected for eligibility were those that included the diagnosis of diabetic macular edema (center involved, resolved), that were well documented with spectral domain optical coherence tomography, that included disorganization of inner retinal layers as one of the reported alterations, with a follow-up of at least 3 months, and those in which the best corrected visual acuity was evaluated pre and post. There were no limitations regarding the type of treatment established. References of identified studies were searched for additional relevant articles. Articles not published in peer review journals were excluded. All studies were evaluated by two investigators independently. When one of them was in doubt, it was assessed by a third evaluator. A total of seven studies were included. Four were retrospective, longitudinal cohort study and three cross-sectional observational. Regarding the population studied, 61.5% were men and 38.4% were women, most of them had diabetes mellitus type 2 (85.8%). Regarding the stage of diabetes, the percentage of patients with mild nonproliferative diabetic retinopathy was 28.2%, with moderate nonproliferative diabetic retinopathy was 28.5%, with severe nonproliferative diabetic retinopathy was 15.9% and with nonproliferative diabetic retinopathy was 27.4%. In 100% of the studies, the diagnosis of diabetic macular edema in the center involved was included by spectral domain optical coherence tomography (Heidelberg). In all the studies, the presence of disorganization of inner retinal layers was recorded and its association with best corrected visual acuity was evaluated. The measurement was carried out using the LogMAR scale. In all the studies, the presence or absence of disorganization of inner retinal layers was associated with the best corrected worse/better final visual acuity using p <0.05 as a statical significance. The disorganization of inner retinal layers as a biomarker and their presence have shown to be important predictors of visual acuity in the future in patients with diabetic macular edema. Histopathological studies are required to understand its mechanism of action.
RESUMO O objetivo deste artigo foi revisar sobre a desorganização das camadas internas da retina como biomarcador no edema macular diabético. Uma busca sistemática foi realizada no PubMed®/MEDLINE®, Cochrane e Embase até agosto de 2021. As palavras-chave utilizadas foram "disorganization of inner retinal layers (DRIL)", "diabetic macular edema (DME)" e "biomarkers". Não foram impostas restrições quanto aos tipos de estudo a serem incluídos. Os estudos selecionados para elegibilidade foram aqueles que incluíram o diagnóstico de edema macular diabético (centro envolvido, resolvido), que foram bem documentados com tomografia de coerência óptica de domínio espectral, que incluíram a desorganização das camadas internas da retina como uma das alterações relatadas, com acompanhamento de pelo menos 3 meses, e aqueles em que a melhor acuidade visual corrigida foi avaliada pré e pós. Não houve limitações quanto ao tipo de tratamento estabelecido. Referências de estudos identificados foram pesquisadas para artigos relevantes adicionais. Foram excluídos os artigos não publicados em revistas de revisão por pares. Todos os estudos foram avaliados por dois investigadores de forma independente. Quando havia dúvida com algum deles, a mesma era avaliada por um terceiro avaliador. Um total de sete estudos foram incluídos. Quatro eram estudos de coorte retrospectivos longitudinais e três eram observacionais transversais. Em relação à população estudada, a proporção de homens foi de 61,5% e de mulheres, 38,4%, a maioria com diabetes mellitus tipo 2 (85,8%). Em relação ao estágio do diabetes, o percentual de pacientes com retinopatia diabética não proliferativa leve foi de 28,2%, retinopatia diabética não proliferativa moderada foi de 28,5%, de retinopatia diabética não proliferativa grave foi de 15,9% e de retinopatia diabética não proliferativa foi de 27,4%. Em 100% dos estudos, o diagnóstico de edema macular diabético no centro envolvido foi incluído pela tomografia de coerência óptica de domínio espectral (Heidelberg). Em todos os estudos, foi registrada a presença de desorganização das camadas internas da retina e avaliada sua associação com a melhor acuidade visual corrigida. A medição foi realizada usando a escala LogMAR. Em todos os estudos, a presença ou ausência de desorganização das camadas internas da retina foi associada a pior/melhor acuidade visual final melhor corrigida usando p<0,05 como significância estática. A desorganização das camadas internas da retina como biomarcador e sua presença têm se mostrado importantes como preditor da acuidade visual no futuro em pacientes com edema macular diabético. Estudos histopatológicos são necessários para entender seu mecanismo de ação.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Retina/patologia , Biomarcadores , Edema Macular/fisiopatologia , Tomografia de Coerência Óptica , Diabetes Mellitus Tipo 2/complicações , Retinopatia Diabética/fisiopatologia , Transtornos da Visão/fisiopatologia , Oclusão da Veia Retiniana/fisiopatologia , Acuidade Visual/fisiologia , Complicações do Diabetes , Revisão SistemáticaRESUMO
ABSTRACT Ophthalmologic complications of nonocular surgeries are rare events, but can lead to irreversible conditions of low visual acuity. They are often associated with spine, heart and neck surgery, however they can occur after procedures on other systems. The main local causes are ischemic optic neuropathies, vascular occlusions, cortical lesions, and acute angle-closure glaucoma. We report two cases of sudden low visual acuity secondary to vascular occlusions after gastrointestinal procedures. In the first case, a 57-year-old patient electively admitted for colon reconstruction after Hartmann's colostomy, progressed with intra- and postoperative complications and required subsequent complementary surgeries. Once month later he presented with sudden bilateral low visual acuity, painless and non-altitudinal, and was diagnosed as papillophlebitis, which resolved spontaneously with the progression of the condition. The second case, a 69-year-old patient with no comorbidities underwent rectal resection due to suspected malignant tumor, and progressed on the third postoperative day, with pain and bilateral low visual acuity secondary to acute angle-closure glaucoma, and branch retinal artery occlusion in right eye; treated with iridotomy and ocular hypotensive eye drops, with only slight recovery of vision. The article aims to discuss the etiological mechanisms of the reported conditions and present a literature review.
RESUMO Complicações oftalmológicas de cirurgias não oculares são raras, mas podem levar a condições irreversíveis de baixa acuidade visual. Em geral são associadas à cirurgia de coluna, coração ou pescoço, mas podem ocorrer após procedimentos em outros sistemas. As principais causas são neuropatias ópticas isquêmicas, oclusões vasculares, lesões corticais, e glaucoma agudo de ângulo fechado. Relatamos dois casos de baixa acuidade visual súbita, secundária a oclusões vasculares, após procedimentos cirúrgicos gastrointestinais. No primeiro caso, um paciente de 57 anos foi internado de forma eletiva para reconstrução do cólon após colostomia de Hartmann. Evoluiu com complicações nos períodos intra- e pós-operatório, e necessitou de outras cirurgias complementares. Um mês depois apresentou baixa acuidade visual bilateral súbita, indolor e não altitudinal, e foi diagnosticado como papiloflebite, com resolução espontânea na evolução. O segundo caso, uma paciente de 69 anos, sem comorbidades, foi submetida à ressecção do reto por suspeita de tumor maligno e, no terceiro dia de pós-operatório, evoluiu com dor e baixa acuidade visual bilateral, secundária a glaucoma agudo de ângulo fechado, e oclusão de ramo da artéria retiniana no olho direito; tratada com iridotomia e colírios hipotensores, com recuperação parcial da visão. O objetivo do artigo é discutir os mecanismos etiológicos das doenças relatadas, e apresentar uma revisão da literatura.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Procedimentos Cirúrgicos do Sistema Digestório/efeitos adversos , Oclusão da Veia Retiniana/etiologia , Oclusão da Artéria Retiniana/etiologia , Complicações Pós-Operatórias , Oclusão da Veia Retiniana/diagnóstico , Oclusão da Artéria Retiniana/diagnóstico , Acuidade Visual , Pressão IntraocularRESUMO
The use of intra-oral local anaesthetics for dental procedures is a widely extended practice that may cause side effects. As such, in rare cases it may cause ocular complications such as diplopia, ptosis, blurry vision, miosis, vision loss, or amaurosis. (Most of them are transient, recovering after several hours or days). A case is presented of a 26 year-old male patient who had visual impairment in the right eye 2 days after a dental procedure was performed. Six months later he had a complete restoration of the previous visual acuity, despite the fact that he had not received any treatment. Several ways have been proposed in the literature that may explain the appearance of ocular complications following these kinds of procedures. In this case, inadvertent intravenous injection is believed to have been the cause.
Assuntos
Anestesia Local , Transtornos da Visão , Adulto , Anestésicos Locais/efeitos adversos , Cegueira , Diplopia/etiologia , Humanos , Masculino , Transtornos da Visão/etiologiaRESUMO
The use of intra-oral local anaesthetics for dental procedures is a widely extended practice that may cause side effects. As such, in rare cases it may cause ocular complications such as diplopia, ptosis, blurry vision, miosis, vision loss, or amaurosis. (Most of them are transient, recovering after several hours or days). A case is presented of a 26 year-old male patient who had visual impairment in the right eye 2 days after a dental procedure was performed. Six months later he had a complete restoration of the previous visual acuity, despite the fact that he had not received any treatment. Several ways have been proposed in the literature that may explain the appearance of ocular complications following these kinds of procedures. In this case, inadvertent intravenous injection is believed to have been the cause.
RESUMO
ABSTRACT Purpose: To determine the correlation between the extent of disorganization of the retinal inner layers (a parameter of spectral domain optical coherence tomography) and optical coherence tomography angiography parameters in eyes with center-involved macular edema associated with retinal vein occlusion. Methods: This retrospective observational study included 34 eyes of 34 patients with newly diagnosed macular edema associated with retinal vein occlusion and evidence of center-involved macular edema. Optical coherence tomography angiography and spectral domain optical coherence tomography were evaluated after resolution of the macular edema. Disorganization of the retinal inner layers was determined via spectral domain optical coherence tomography and optical coherence tomography angiography parameters, including foveal avascular zone area in the superficial capillary plexus and capillary nonperfusion areas, foveal avascular zone area in full retinal vasculature, foveal avascular zone perimeter, acircularity index of the foveal avascular zone, and foveal density. Results: The mean disorganization of the retinal inner layers extent was 512.72 ± 238.47 microns, and the mean capillary nonperfusion area was 4.98 ± 2.85 mm2. There was a positive correlation between the extent of disorganization of the retinal inner layers and capillary nonperfusion area (p<0.001, r=0.901). Greater extent of disorganization of the retinal inner layers and the capillary nonperfusion area was correlated with wider foveal avascular zone area (p=0.014 and p=0.036, respectively) in the superficial capillary plexus and decreased foveal density (vessel density in 300 microns around the foveal avascular zone) (p=0.031 and p=0.022, respectively). These parameters were also correlated with decreased vessel density in both the superficial capillary plexus and deep capillary plexus in the parafoveal and perifoveal regions (p<0.05 for all). Conclusions: Disorganization of the retinal inner layers appears to be a correlated biomarker of capillary ischemia in retinal vein occlusion. The extent of disorganization of the retinal inner layers was strongly correlated with the capillary nonperfusion area. This may support the notion that the extent of disorganization of the retinal inner layers can be used as an easily obtainable and crucial surrogate marker of capillary ischemia.
RESUMO Objetivo: Determinar a correlação entre a extensão da desorganização das camadas internas da retina, que constitui um parâmetro da tomografia de coerência óptica de domínio espectral, e os parâmetros da angiografia por tomografia de coerência óptica em olhos com edema macular com envolvimento central associado à oclusão da veia retiniana. Métodos: Este estudo retrospectivo observacional incluiu 34 olhos de 34 pacientes com edema macular recém-diagnosticado associado à oclusão da veia retiniana e com evidência de edema macular com envolvimento central. Após a resolução do edema macular, foram avaliadas a tomografia de coerência óptica de domínio espectral e a angiografia por tomografia de coerência óptica. A desorganização das camadas internas da retina foi determinada através de parâmetros da tomografia de coerência óptica de domínio espectral e da angiografia por tomografia de coerência óptica, incluindo a área da zona avascular foveal no plexo capilar superficial e nas regiões sem perfusão capilar, a área da zona avascular foveal na vascularização total da retina, o perímetro da zona avascular foveal, o índice de não circularidade da zona avascular foveal e a densidade foveal. Resultados: A extensão média da desorganização das camadas internas da retina foi de 512,72 ± 238,47 mm e a área média da região sem perfusão capilar foi de 4,98 ± 2,85 mm2. Houve uma correlação positiva entre a extensão da desorganização das camadas internas da retina e a área da região sem perfusão capilar (p<0,001, r=0,901). Maior extensão da desorganização das camadas internas da retina e da região sem perfusão capilar correlacionaram-se a uma área maior da zona avascular foveal (respectivamente, p=0,014 e p=0,036) no plexo capilar superficial e a uma menor densidade foveal (a densidade vascular nos 300 μm à volta da zona avascular foveal; respectivamente, p=0,031 e p=0,022), e também se correlacionaram a uma menor densidade vascular tanto no plexo capilar superficial como no profundo, nas regiões parafoveal e perifoveal (p<0,05 em todas as correlações). Conclusão: A desorganização das camadas internas da retina parece ser um biomarcador correlacionado com a isquemia capilar na oclusão da veia retiniana. O fato de que a extensão dessa desorganização se correlacionou fortemente com a área sem perfusão capilar sugere o uso da extensão da desorganização das camadas internas da retina como um marcador substituto de isquemia capilar, sendo este um marcador importante e facilmente obtido.