RESUMO
O desempenho de atributos profissionais de integralidade do atendimento de mulheres em situação de violência depende de como os cirurgiões-dentistas (CDs)estruturam suas práticas de cuidado e como compreendem a violência. Por isso, o objetivo desta revisão foi acumular evidências da responsabilidade profissional e obrigações sociais do CDe sua imprescindibilidade no enfrentamento da violência contra a mulher. Foram selecionados artigos nas bases de dados PubMed, SciELOe LILACS, a partir de Descritores emCiências da Saúde, para fundamentar e aprofundar as perspectivas sobre a integralidade do atendimento odontológico, considerando os conflitos sociais subentendidos na queixa principal. Constatou-se que a violência contra a mulher é resultante de processoshistóricos-sociais de desigualdade entre os gêneros; a agressão física sobressai-se entre as principais queixas e mulheres agredidas por seu parceiro têm alta prevalência de sofrer injúrias na cabeça e na face. As sequelas da violência vão além dos vestígios físicos e difundem-se a inúmeros problemas orais. Verificou-se pouca aptidão dos cirurgiões-dentistas para identificar, conduzir e propor alternativas de tratamento global à paciente, mesmo com protocolos para naturalização da investigação por meio da anamnese. A ampliação do conhecimento e discussão das políticas de ensino são oportunidades para consolidar a humanização e a integralidade de saúde, evitando exames e tratamentos mecânicos, sem afeto ou respeito. Essa estratégia faz parte da construção coletiva para o estabelecimento e manutenção do compromisso ético e social do Ensino em Odontologia, em que o CD compreende a magnitude de sua profissão e presta seus serviços articulado com a realidade social (AU).
Improving integrality on dental care for women in a violent situation depends on how the dentist conducts the care practices and how to comprehend the violence. For that reason, the goal of this review was to gather evidence and concerns about the role of dentists in addressing violence against women, professional responsibilities, and social obligation. At PubMed, SciELO, and LILACS were selected research and studies to substantiate and deepen perspectives about integrality on dental care attendance considering the social conflicts implied in the main complaint. Violence against women is produced in gender inequality arising from historical and social processes. Physical aggression is the main complaint. Women assaulted by their partners have a high prevalence of suffering head and face injuries. The violence's sequelae spread to countless problems beyond the physical traces. Dentists do not be able to identify, conduct, and purpose alternatives of global treatment even though with protocols of investigationthrough the anamnesis. Multiprofessional discussion expands the knowledge and it is an opportunity to reinforce oral health inclusive criteria avoiding mechanicaltreatment with no respect or affect. Thus, this is a collective construction strategy to establish and maintenance of the ethical and social commitment of Dentistry, on what dentists improve the dental care screening, intervening, and changing behavior according to the real demand of our society (AU).
Assuntos
Assistência Odontológica Integral/ética , Relações Dentista-Paciente/ética , Odontólogos , Violência contra a Mulher , Humanização da Assistência , AcolhimentoAssuntos
Children's Health Insurance Program , Odontólogos , Seguro Odontológico , Medicaid , Adulto , Idoso , Agendamento de Consultas , Atitude do Pessoal de Saúde , California , Criança , Assistência Odontológica Integral/ética , Auditoria Odontológica , Relações Dentista-Paciente , Odontólogos/psicologia , Odontólogos/estatística & dados numéricos , Ética Odontológica , Feminino , Odontologia Geral/estatística & dados numéricos , Humanos , Formulário de Reclamação de Seguro , Relações Interprofissionais , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Cooperação do Paciente , Mecanismo de Reembolso , Estados UnidosRESUMO
When examining solutions to mitigate dental disease and the crisis involving access to care, a question is frequently raised: "Is some care better than no care?" However, the question generally lingers unanswered. The purpose of this paper was to perform an ethical analysis of the question "is some care better than no care?" in order to ascertain whether solutions that provide "some care" are ethically justifiable.