RESUMO
BACKGROUND: Few studies on autoimmune hepatitis have enrolled non-Caucasian groups. AIMS: To evaluate Brazilian children with type 1 and 2 autoimmune hepatitis regarding outcome and clinical and biochemical parameters. PATIENTS AND METHODS: Thirty-six patients were submitted to a protocol that evaluated the clinical history, physical and biochemical data, and the course of the disease. Twenty-four children had type 1 autoimmune hepatitis, seven had type 2 and five had unclassified autoimmune hepatitis. Most patients were females (77%), with a median age at diagnosis of 11 years, and the median duration of symptoms was 5.5 and 8 months for types 1 and 2, respectively. Jaundice and choluria were the most common clinical manifestations. RESULTS: Treatment with azathioprine and prednisone was successful in patients with type 1 and 2 autoimmune hepatitis. AST and ALT decreased after 4 to 8 weeks of treatment compared to pretreatment levels in type 1 autoimmune hepatitis. Increased GGT values returned to pretreatment levels after 1 year in the two types. Three patients died and three other patients underwent liver transplantation. CONCLUSIONS: Non-Caucasian children had a similar disease when compared to Caucasian ones with autoimmune hepatitis. Increased levels of GGT during the first year of treatment should not be the only parameter for the indication of cholangiopathy.
Assuntos
Hepatite Autoimune , Adolescente , Alanina Transaminase/sangue , Aspartato Aminotransferases/sangue , Azatioprina/uso terapêutico , Biomarcadores/sangue , Criança , Pré-Escolar , Feminino , Hepatite Autoimune/enzimologia , Hepatite Autoimune/etnologia , Hepatite Autoimune/terapia , Humanos , Imunossupressores/uso terapêutico , Lactente , Transplante de Fígado , Masculino , Prednisona/uso terapêutico , gama-Glutamiltransferase/sangueRESUMO
RACIONAL: Poucos estudos sobre hepatite autoimune têm sido conduzidos em pacientes não-caucasianos. OBJETIVOS: Avaliar crianças brasileiras com hepatite autoimune tipos 1 e 2 em relação à evolução clínica e parâmetros clínicos e bioquímicos. MÉTODOS: Trinta e seis pacientes foram incluídos em um protocolo que registrou os dados da história clínica, exame físico, dados bioquímicos e evolução da doença. Vinte e quatro crianças tinham hepatite autoimune tipo 1, sete pacientes hepatite autoimune tipo 2 e em cinco casos, a hepatite autoimune não pôde ser classificada. A maioria dos pacientes pertencia ao sexo feminino (77%), a mediana de idade ao diagnóstico foi de 11 anos e a mediana de duração dos sintomas foi de 5,5 e 8 meses, para os tipos 1 e 2, respectivamente. Icterícia e colúria foram as manifestações clínicas mais freqüentes. RESULTADOS: A terapia com azatioprina e prednisona foi eficaz para os pacientes com os tipos 1 ou 2 de hepatite. As enzimas AST e ALT apresentaram decréscimo em relação aos valores no diagnóstico, após 4 a 8 semanas de tratamento, nos pacientes com hepatite autoimune do tipo 1. Os valores de GGT tornaram-se mais elevados após o início da terapia e retornaram aos níveis pré-tratamento após 1 ano, nos dois tipos de hepatite. Três pacientes foram a óbito e outros três realizaram transplante hepático. CONCLUSÕES: Crianças não-caucasianas apresentaram doença semelhante a pacientes caucasianos com hepatite autoimune. Níveis elevados de GGT no primeiro ano de tratamento não devem ser o único marcador da existência de colangiopatia.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Alanina Transaminase/sangue , Aspartato Aminotransferases/sangue , Hepatite Autoimune/enzimologia , gama-Glutamiltransferase/sangue , Alanina Transaminase/efeitos dos fármacos , Aspartato Aminotransferases/efeitos dos fármacos , Azatioprina/uso terapêutico , Biomarcadores/sangue , Hepatite Autoimune/tratamento farmacológico , Hepatite Autoimune/cirurgia , Imunossupressores/uso terapêutico , Transplante de Fígado , Prednisona/uso terapêutico , gama-Glutamiltransferase/efeitos dos fármacosRESUMO
RACIONAL: Em razão dos riscos relacionados ao tratamento prolongado com prednisona e azatioprina, tenta-se a retirada dessas drogas em pacientes com hepatite auto-imune em remissão. Como há alta taxa de recidiva, a maioria dos pacientes recebe tratamento por tempo indefinido. OBJETIVO: Avaliar a segurança e a eficácia do tratamento de manutenção com cloroquina na prevenção de recidiva da hepatite auto-imune. MÉTODOS: O tratamento convencional foi suspenso após obtenção de remissão bioquímica e histológica. Difosfato de cloroquina foi administrado, 250 mg diariamente, por pelo menos 12 meses ou até a ocorrência de recidiva, definida pela elevação dos níveis de aminotransferases em, pelo menos, duas vezes acima dos valores normais. RESULTADOS: Quatorze pacientes foram consecutivamente tratados e comparados com 18 controles históricos. Houve chance de 6,49 vezes maior de recidiva nos pacientes do grupo de controles históricos, quando comparados com os pacientes do grupo tratado com o difosfato de cloroquina. (72,2% versus 23,5%; P = 0.031). CONCLUSÕES: O grupo tratado com cloroquina teve menor freqüência de recidivas da hepatite auto-imune. Difosfato de cloroquina foi seguro em pacientes com hepatite auto-imune e cirrose hepática sem descompensação clínica, na dose de 250 mg diariamente e até 2 anos de uso. Esses resultados preliminares estimulam a realização de estudos controlados, comparando cloroquina com placebo ou com o tratamento de manutenção.
Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Anti-Inflamatórios não Esteroides/uso terapêutico , Cloroquina/análogos & derivados , Hepatite Autoimune/tratamento farmacológico , Estudos de Casos e Controles , Cloroquina/uso terapêutico , Hepatite Autoimune/enzimologia , Projetos Piloto , Indução de Remissão , Recidiva/prevenção & controle , Resultado do TratamentoRESUMO
BACKGROUND: Due to the risks related to long-term treatment with prednisone and azathioprine, most clinicians try to withdraw these drugs when patients with autoimmune hepatitis are in remission. However, there is a high probability of relapse, and most patients end up receiving maintenance treatment. AIM: To evaluate the safety and efficacy of maintenance treatment with chloroquine in the prevention of autoimmune hepatitis relapses. METHODS: Classical treatment was stopped after achievement of biochemical and histological remission of autoimmune hepatitis. Chloroquine diphosphate, 250 mg daily, was given for at least 12 months or until the occurrence of relapses defined by levels of aminotransferases at least twice the upper normal values. RESULTS: Fourteen patients were consecutively treated and compared with 18 historical controls. There was a 6.49 (1.38-30.30) greater chance of relapse in the historical controls when compared with patients treated with chloroquine (72.2% x 23.5%; 0.031). CONCLUSIONS: The group treated with chloroquine had a lower frequency of relapses. Chloroquine was safe in patients with autoimmune hepatitis and hepatic cirrhosis without decompensation, on 250 mg daily up to 2 years. These preliminary results provide a basis for upcoming controlled studies comparing chloroquine with placebo or for maintenance treatment with prednisone and/or azathioprine for the prevention of autoimmune hepatitis relapses.