RESUMO
1. The actions of the alpha1-adrenoceptor antagonist indoramin have been examined against the contractions induced by noradrenaline in the rat vas deferens and aorta taking into account a putative neuronal uptake blocking activity of this antagonist which could result in self-cancelling actions. 2. Indoramin behaved as a simple competitive antagonist of the contractions induced by noradrenaline in the vas deferens and aorta yielding pA2 values of 7.38+/-0.05 (slope=0.98+/-0.03) and 6.78+/-0.14 (slope=1.08+/-0.06), respectively. 3. When the experiments were repeated in the presence of cocaine (6 microM) the potency (pA2) of indoramin in antagonizing the contractions of the vas deferens to noradrenaline was increased to 8.72+/-0.07 (slope=1.10+/-0.05) while its potency remained unchanged in the aorta (pA2=6.69+/-0.12; slope=1.04+/-0.05). 4. In denervated vas deferens, indoramin antagonized the contractions to noradrenaline with a potency similar to that found in the presence of cocaine (8.79+/-0.07; slope=1.09+/-0.06). 5. It is suggested that indoramin blocks alpha1-adrenoceptors and neuronal uptake in rat vas deferens resulting in Schild plots with slopes not different from unity even in the absence of selective inhibition of neuronal uptake. As a major consequence of this double mechanism of action, the pA2 values for this antagonist are underestimated when calculated in situations where the neuronal uptake is active, yielding spurious pKB values.
Assuntos
Antagonistas de Receptores Adrenérgicos alfa 1 , Antagonistas Adrenérgicos alfa/farmacologia , Aorta/efeitos dos fármacos , Indoramina/farmacologia , Ducto Deferente/efeitos dos fármacos , Vasoconstritores/farmacologia , Animais , Cocaína/farmacologia , Masculino , Norepinefrina/antagonistas & inibidores , Norepinefrina/farmacologia , Ratos , Ratos WistarAssuntos
Agonistas alfa-Adrenérgicos/farmacologia , Antagonistas Adrenérgicos alfa/farmacologia , Íleo/metabolismo , Modelos Biológicos , Receptores Adrenérgicos alfa/metabolismo , Agonistas alfa-Adrenérgicos/administração & dosagem , Antagonistas Adrenérgicos alfa/administração & dosagem , Animais , Dioxanos , Epinefrina/administração & dosagem , Epinefrina/farmacologia , Cobaias , Íleo/efeitos dos fármacos , Indoramina/administração & dosagem , Indoramina/farmacologia , Contração Muscular/efeitos dos fármacos , Norepinefrina/administração & dosagem , Norepinefrina/farmacologia , Fenilefrina/administração & dosagem , Fenilefrina/farmacologia , Piperoxano/administração & dosagem , Piperoxano/farmacologia , Prazosina/administração & dosagem , Prazosina/farmacologia , Receptores Adrenérgicos alfa/efeitos dos fármacosRESUMO
No presente estudo 21 pacientes hipertensos portadores de diabetes mellitus do tipo II (DMH) e 11 pacientes hipertensos essenciais (HE) foram submetidos ao tratamento com indoramina, agente anti-hipertensivo bloqueador dos receptores adrenérgicos alfa, por um período de 28 semanas, no sentido de se avaliar os efeitos da droga sobre os níveis pressóricos e sobre o metabolismo da glicose. Os pacientes dos dois grupos eram portadores de hipertensäo arterial leve e moderada, com pressäo arterial diastólica (PAD) variando entre 95 e 12mmHg. Os pacientes diabéticos encontravam-se sob controle metabólico satisfatório, sendo que sob tratamento dietético associado ou näo a hipoglicemiante oral apresentavam níveis de hemoglobina glicosilada (HbA1) inferiores 11% (valores normais variando entre 6,3 e 8,6%). No grupo DMH oito dos 14 pacientes com hipertensäo leve (PAD < 105mmHg) obtiveram controle pressórico definido com PAD < ou = 90mmHg com uma dose média de indoramina de 69 ñ 26 mg diários. Seis pacientes näo obtiveram controle pressórico apesar da administraçäo da dose máxima de indoramina de 200mg e sete pacientes foram excluídos por efeitos colaterais, sendo que cinco deles encontravam-se recebendo doses de indoramina superiores a 100mg. No grupo HE apenas três pacientes obtiveram controle pressórico. O teste oral de tolerância à glicose realizado antes e após 12 semanas de terapia näo mostrou nos níveis de glicemia e insulinemia nos dois grupos estudados. Também näo foram observadas diferenças significantes nos níveis de HbA1, ácido úrico, creatinina, sódio, potássio, triglicérides e colesterol. Durante o tratamento, concluímos que a administraçäo de doses baixas de indoramina pode ser tentada para o tratamento da hipertensäo arterial leve em pacientes diabéticos uma vez que a droga näo parece afetar o metabolismo da glicose, do potássio ou dos lípides
Assuntos
Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , Diabetes Mellitus Tipo 2/tratamento farmacológico , Hipertensão/tratamento farmacológico , Indoramina/uso terapêutico , Glicemia/análise , Colesterol/sangue , Creatinina/sangue , Teste de Tolerância a Glucose , Hemoglobinas Glicadas/sangue , Indoramina/administração & dosagem , Indoramina/efeitos adversos , Insulina/sangue , Potássio/sangue , Triglicerídeos/sangueRESUMO
Foram estudados os efeitos hemodinâmicos e humorais decorrentes da administraçäo isolada de indoramina (75-200mg/dia) durante 10 semanas em 13 pacientes com formas leve e moderada de hipertensäo arterial essencial. Reduçöes significativas da pressäo arterial ocorreram a partir da 6ª semana de tratamento. Normalizaçäo dos níveis pressóricos foi observada em 54% dos pacientes e reduçäo de pressäo arterial média > 10mmHg ocorreu em 69%. A freqüência cardíaca näo sofreu alteraçöes significativas. Os incrementos da pressäo arterial induzidos pelo exercício isométrico foram significantemente atenuados pela indoramina. Os parâmetros hemodinâmicos (fluxo plasmático renal, clearance de creatinina, volume plasmático) e humorais (atividade plasmática de renina e excreçäo urinária de eletrólitos) apresentaram apenas discretas alteraçöes durante o tratamento. Conclui-se que a indoramina é relativamente eficaz no controle pressórico em repouso e durante o exercício de hipertensos leves e moderados, sem alterar significativamente os parâmetros hemodinâmicos e humorais
Assuntos
Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , Hemodinâmica/efeitos dos fármacos , Hipertensão/tratamento farmacológico , Indoramina/uso terapêuticoRESUMO
Estudou-se a açäo hipotensora da indoramina, comparando-a com a de um agente beta-bloqueador, o propranolol. A freqüência cardíaca e as alteraçöes dos intervalos sistólicos foram observadas notando-se, em relaçäo ao alfa-bloqueador, uma discreta queda da freqüência cardíaca e um pequeno aumento da fraçäo de ejeçäo, efeitos diferentes daqueles teoricamente esperados, isto é um aumento da freqüência, por reflexo adrenérgico, e um maior aumento da fraçäo de ejeçäo, pela diminuiçäo da pós-carga, resultado do efeito hipotensor comprovado para a droga. Assim, aventamos a hipótese de que a indoramina impede a resposta hemodinâmica esperada, por uma açäo primária cárdio-inibidora
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Frequência Cardíaca/efeitos dos fármacos , Hipertensão/tratamento farmacológico , Indoramina/uso terapêutico , Propranolol/uso terapêuticoRESUMO
Em trabalho anterior apresentamos resultados da influência sobre os perfis tipo e apoproteicos do tratamento para hipertensäo com indoramina por período de 12 semanas, tendo sido observadas variaçöes significativas de incremento de HDL colesterol e apoproteína A. Os demais parâmetros estudados tais como colesterol, triglicerídeos, LDL colesterol, apoproteína B e índices de Castelli I e II näo apresentaram diferenças estatisticamente significantes. Na presente investigaçäo foi repetido o mesmo protocolo em 17 pacientes por período de 20 semanas. Näo foi observada nenhuma alteraçäo significativa. Notou-se uma tendência a elevaçäo de triglicérides, HDL colesterol, VLDL colesterol e apo A, porém näo alcançando significância estatítica, enquanto que o colesterol e apo B näo apresentaram diferenças significantes. Os riscos de Castelli apresentaram tendências a diminuir, porém sem serem estatisticamente diferentes na 2ª e 20ª semanas
Assuntos
Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , Apoproteínas/sangue , Hipertensão/tratamento farmacológico , Indoramina/uso terapêutico , Lipoproteínas/sangueRESUMO
Avaliou-se durante 20 semanas, num estudo aberto näo comparativo, 31 pacientes portadores de hipertensäo arterial essencial leve ou moderada. Na fase placebo, os pacientes receberam um comprimido de placebo ao dia, durante 14 dias; a seguir, na fase diurético, foram medicados com clortalidona, 1 comprimido de 50 mg de manhä junto com o placebo. Näo havendo normalizaçäo da pressäo arterial após duas semanas, iniciou-se a fase indoramina + diurético, em que o paciente recebia 50 mg de indoramina por dia, além dos 50 mg de clortalidona. Os níveis de eficácia e segurança observados neste ensaio sugerem ser a indoramina uma alternativa adequada no tratamento da hipertensäo arterial leve ou moderada
Assuntos
Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , Clortalidona/uso terapêutico , Hipertensão/tratamento farmacológico , Indoramina/uso terapêuticoRESUMO
Foram estudados 30 pacientes idosos, portadores de hipertensäo arterial que, após um período de no mínimo duas semanas com placebo, iniciaram o tratamento de 12 semanas com indoramina. A dose média empregada ao final do tratamento foi de 70,0 mg diários, e determinou uma queda marcante dos níveis pressóricos, com resultados estatisticamente significantes já a partir da segunda semana de tratamento. Houve uma melhora nos sintomas subjetivos do quadro geriátrico, com resultados estatisticamente significantes nos parâmetros "ansiedade" e "diminuiçäo da memória recente". Reaçöes adversas ocorreram somente em três pacientes, näo obrigando a interrupçäo do tratamento
Assuntos
Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Masculino , Feminino , Hipertensão/tratamento farmacológico , Indoramina/uso terapêuticoRESUMO
Foram avaliados durante 20 semanas 23 hipertensos essenciais, leves ou moderados. Administrou-se placebo durante duas semanas e a seguir indoramina 50 mg/dia, com ajustes posológicos, quando necessários, a cada duas semanas, mediante incremento de 25 mg na dose diária, sempre dividindo em duas tomadas. Observou-se uma significante reduçäo das cifras tensionais sistólicas e diastólicas, tanto em decúbito como na posiçäo ortostática, a partir da quarta semana de tratamento. Näo foram observadas diferenças significantes do pulso, durante o tratamento. Reaçöes adversas ocorreram em 12 pacientes, sendo na maioria das vezes sonolência devida à droga