RESUMO
ABSTRACT OBJECTIVE To synthesize scientific evidence to characterize health care for transvestites and transsexuals in Brazil. METHODS This is a systematic review, conducted from July 2020 to January 2021 and updated in September 2021, whose protocol is registered in the International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) platform, under code CRD42020188719. The survey of evidence was carried out in four databases and eligible articles were evaluated for methodological quality, and those with a low risk of bias were included. RESULTS Fifteen articles were selected and the findings were grouped into six categories according to their thematic approaches: Possibilities to transform health care; Transvestiphobia and transphobia: violations inside and outside the Brazilian Unified Health System (SUS); Professional unpreparedness to care for transvestites and transsexuals; Search for health care alternatives; Right to health for transvestites and transsexuals: utopia or reality?; The Transsexualization Process: advances and challenges. CONCLUSIONS There is evidence that health care for transvestites and transsexuals in Brazil is still exclusive, fragmented, centered on specialized care and guided by curative actions, resembling the care models that preceded the SUS and which have been heavily criticized since the Brazilian Sanitary Reform.
RESUMO OBJETIVO Sintetizar evidências científicas para caracterizar a atenção à saúde para travestis e transexuais no Brasil. MÉTODOS Trata-se de uma revisão sistemática, conduzida de julho de 2020 a janeiro de 2021 e atualizada em setembro de 2021, cujo protocolo está registrado na plataforma International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), sob o código CRD42020188719. O levantamento das evidências foi realizado em quatro bases de dados e os artigos elegíveis foram avaliados perante a qualidade metodológica, sendo incluídos aqueles com baixo risco de viés. RESULTADOS 15 artigos foram selecionados e os achados, de acordo com as suas aproximações temáticas, foram agrupados em seis categorias: Possibilidades para transformar a atenção à saúde; Travestifobia e transfobia: violações dentro e fora do Sistema Único de Saúde (SUS); Despreparo profissional para a atenção às travestis e transexuais; Busca por alternativas para a atenção à saúde; Direito à saúde para travestis e transexuais: utopia ou realidade?; O Processo Transexualizador: avanços e desafios. CONCLUSÕES As evidências revelam que a atenção à saúde para travestis e transexuais no Brasil ainda é excludente, fragmentada, centralizada no cuidado especializado e pautada por ações curativas, assemelhando-se aos modelos de atenção que antecedem o SUS e que são fortemente criticados desde a Reforma Sanitária Brasileira.
Assuntos
Humanos , Transexualidade , Travestilidade , Sistema Único de Saúde , Atenção à Saúde , Saúde das Minorias , Revisão SistemáticaRESUMO
Este trabalho visa discutir desafios e proposições relacionados à avaliação psicológica e pesquisa com grupos minorizados no Brasil. Para tanto, o conteúdo da seção Participantes de todos os artigos publicados na Revista Avaliação Psicológica entre 2011 e 2021 foi agregado, gerando um corpus analisado pelo software Iramuteq. Os resultados da Classificação Hierárquica Descendente indicaram a existência de quatro classes, que enfatizam informações de gênero e idade (Classe 1), regional e educacional (Classe 2), dados interseccionais (Classe 3) e ênfase nosológica (Classe 4). Foram visibilizados os estudos que apresentaram maior detalhamento nos dados sociodemográficos. Conclui-se que existe a necessidade de ampliar as informações divulgadas de forma a visibilizar grupos minorizados socialmente. Para tanto, são apresentadas propostas que visam contribuir com a visibilização desses grupos, de acordo com a legislação vigente do Conselho Federal de Psicologia, e com o cruzamento de informações relevantes para a construção de um conhecimento interseccional na área. (AU)
This work aims to discuss challenges and propositions related to psychological assessment and research with minority groups in Brazil. For this, the content of the Participants section of all articles published in the Revista Avaliação Psicológica between 2011 and 2021 generated a corpus for analysis using the IRaMuTeQ software. Results of the Descending Hierarchical Classification indicated the existence of four classes, which emphasized information on gender and age (Class 1), regional and educational data (Class 2), intersectional data (Class 3) and nosological information (Class 4). Studies that presented more detailed sociodemographic data are discussed. The conclusion highlights the need to expand the information disclosed to make social minority groups visible. Accordingly, proposals are presented that aim to contribute to the visibility of these groups, in accordance with the current legislation of the Conselho Federal de Psicologia. Relevant information for the construction of intersectional knowledge in the area is also presented. (AU)
Este trabajo busca discutir desafíos y propuestas relacionadas con la evaluación psicológica de grupos minoritarios en Brasil. Para ello, se agregó el contenido de la sección Participantes de todos los artículos publicados en la Revista Avaliação Psicológica entre 2011 y 2021, generando un corpus analizado por el software Iramuteq. Los resultados de la Clasificación Jerárquica Descendente indicaron que existen cuatro clases, que enfatizan informaciones de género y edad (Clase 1), de regional y educativa (Clase 2), datos interseccionales (Clase 3) y énfasis nosológico (Clase 4). Se hacen visibles los estudios que presentaron datos sociodemográficos más detallados. Se concluyó que existe la necesidad de ampliar la información divulgada para visibilizar a grupos socialmente minoritarios. Para eso, se presentan propuestas que tienen como objetivo contribuir a la visibilidad de dichos grupos, en consonancia con las reglamentaciones actuales del Consejo Federal de Psicología, y con el cruce de información relevante para la construcción de un saber interseccional en el área de la evaluación psicológica. (AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoas com Deficiência/psicologia , Saúde das Minorias , Minorias Sexuais e de Gênero/psicologia , Distribuição de Qui-Quadrado , Análise Multivariada , Direitos Civis/psicologia , Pesquisa Empírica , Fatores SociodemográficosRESUMO
Na atenção à saúde brasileira, as questões relacionadas à identidade de gênero devem ser consideradas marcadores sociais e determinantes estruturais do processo saúde-doença. Todavia, pessoas em situação de vulnerabilidade, como travestis e transexuais, ainda enfrentam desafios para ter o direito à saúde de forma integral, visto que as suas necessidades de saúde e identitárias não são reconhecidas por completo. Diante disso, esta Tese de Doutorado em Saúde Coletiva objetiva caracterizar a atenção à saúde para pessoas travestis e transexuais no Sistema Único de Saúde. Para tanto, optou-se pela realização de um estudo envolvendo três desenhos metodológicos: análise bibliométrica, protocolo de revisão sistemática e revisão sistemática. Os achados da análise bibliométrica de teses e dissertações brasileiras revelam que os estudos sobre a tríade travestilidade, transexualidade e saúde estão em ascensão nos últimos vinte anos, com diminuição no enfoque sobre o adoecimento de travestis e transexuais e aumento do foco nos aspectos sociais, organizacionais e políticos que interferem no acesso dessas pessoas aos serviços de saúde. Apesar da existência do programa Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde, os artigos incluídos na revisão sistemática evidenciam que a atenção à saúde para pessoas travestis e transexuais é composta por uma série de violações, incluindo o despreparo de profissionais da saúde para acolher e cuidar de pessoas travestis e transexuais. Dentro das suas limitações, a tecitura dos resultados da Tese contribui para caracterizar a atenção à saúde para as pessoas travestis e transexuais no âmbito do sistema de saúde brasileiro como excludente, fragmentada, centrada no cuidado especializado e pautada por ações curativas, assemelhando-se aos modelos de atenção que antecedem o Sistema Único de Saúde e que são fortemente criticados desde o surgimento do Movimento da Reforma Sanitária Brasileira (AU).
Brazilian health, as attention to gender identity in the attention to issues related to social issues and determinations of the health-disease process. However, people in vulnerable situations, such as crossings and exuals, still do not face challenges for the right to health in an integral way, since their health needs are fully recognized. Therefore, this Doctoral Thesis in Public Health aims to characterize health care for transvestites and transsexuals in the Unified Health System. Therefore, it was decided to carry out a study on the methodological designs: bibliometrics, systematic and systematic review protocol. The bibliometric findings of the analysis and Brazilian dissertations of theses that studies on transvestism, transsexuality and health have been on the rise in recent years, with an increase in the focus on the illness of transvestites and transsexuals and an increase in the focus of social, organizational and policies that interfere in these people's access to health services. Despite the existence of the Transsexualizing Process program in the Unified Health System, the articles included in the systematic show that health care for transvestites and transsexuals is composed of a series of violations, including the lack of health preparation to welcome and care for transvestites and transsexuals. transsexuals. From their specific health, the weaving of the characterization results, the weaving of the characterization results to contribute to the attention to care for people as caregivers, within the Brazilian health system as fragmented, non-specialized and guided by curative actions, delimiting care Models of care that precede the Unified Health System that are selected by critics since the Brazilian Sanitary Reform Movement (AU).
Assuntos
Transexualidade , Travestilidade , Sistema Único de Saúde , Atenção à Saúde , Saúde das Minorias , Bibliometria , Pessoas Transgênero , Identidade de GêneroRESUMO
Pessoas trans são aquelas que não se identificam com o sexo biológico, ou seja, o gênero que foi atribuído ao nascimento. A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), instituída pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011, garante às pessoas trans o direito à saúde integral, humanizada e de qualidade no SUS, tanto na rede de atenção básica como nos serviços especializados. Esta revisão rápida objetivou levantar publicações que abordassem o acesso de pacientes transgêneros aos cuidados de saúde ginecológicos e urológicos, afim de informar a tomada de decisão e melhorar o acesso e a qualidade da prestação de serviços de saúde às pessoas trans no Município de Campo Grande- MS.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Urologia , Acolhimento , Serviços de Saúde para Pessoas Transgênero , Ginecologia , Saúde das Minorias , Pessoas Transgênero , Acessibilidade aos Serviços de SaúdeRESUMO
COVID-19 vaccination is being rapidly rolled out in the US and many other countries, and it is crucial to provide fast and accurate assessment of vaccination coverage and vaccination gaps to make strategic adjustments promoting vaccine coverage. We reported the effective use of real-time geospatial analysis to identify barriers and gaps in COVID-19 vaccination in a minority population living in South Texas on the US-Mexico Border, to inform vaccination campaign strategies. We developed 4 rank-based approaches to evaluate the vaccination gap at the census tract level, which considered both population vulnerability and vaccination priority and eligibility. We identified areas with the highest vaccination gaps using different assessment approaches. Real-time geospatial analysis to identify vaccination gaps is critical to rapidly increase vaccination uptake, and to reach herd immunity in the vulnerable and the vaccine hesitant groups. Our results assisted the City of Brownsville Public Health Department in adjusting real-time targeting of vaccination, gathering coverage assessment, and deploying services to areas identified as high vaccination gap. The analyses and responses can be adopted in other locations.
Assuntos
Vacinas contra COVID-19/imunologia , COVID-19/imunologia , Programas de Imunização/estatística & dados numéricos , SARS-CoV-2/imunologia , Cobertura Vacinal/estatística & dados numéricos , Vacinação/estatística & dados numéricos , COVID-19/prevenção & controle , COVID-19/virologia , Vacinas contra COVID-19/administração & dosagem , Geografia , Hispânico ou Latino/estatística & dados numéricos , Humanos , Programas de Imunização/métodos , México/etnologia , Grupos Minoritários/estatística & dados numéricos , Saúde das Minorias/estatística & dados numéricos , SARS-CoV-2/fisiologia , Fatores Socioeconômicos , Texas/etnologia , Vacinação/métodos , Cobertura Vacinal/métodos , Populações Vulneráveis/etnologia , Populações Vulneráveis/estatística & dados numéricosRESUMO
Resumo Este trabalho investiga como a saúde de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais (LGBTI) tem sido afetada no contexto da pandemia da covid-19, por meio da percepção de ativistas da sociedade civil organizada, no Estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil. Realizou-se uma análise qualitativa, que reporta dados preliminares de um estudo maior sobre a Política Nacional de Saúde LGBTI. O levantamento foi feito entre maio e julho de 2020, com a aplicação de entrevistas realizadas online. O enfoque se deu sobre as percepções, as experiências individuais e coletivas de ativistas sobre a temática da saúde LGBTI, em meio ao atravessamento da pandemia da covid-19. Constataram-se efeitos sobre a mobilização comunitária; o acesso aos serviços de saúde; a saúde mental; e as situações de violência e proteção social. Conclui-se que as intervenções coletivas de pessoas LGBTI são fundamentais em contextos de crise sanitária e dão suporte à garantia do direito à saúde e preservação de políticas públicas a esta população.
Abstract This study investigates how the health of lesbian, gay, bisexual, transvestite, transsexual, and intersex (LGBTI) people has been affected in the context of the covid-19 pandemic, by the perception of organized civil society activists in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. It is a qualitative analysis, which reports data from a larger study on the National Health Policy LGBTI. The survey was conducted between May and July 2020, with the application of online interviews. The focus was on the perceptions, individual and collective experiences of activists on the theme of LGBTI health, amidst the covid-19 pandemic. We found effects on community mobilization; access to health services; mental health; and situations of violence and social protection. The study concluded that the collective interventions of LGBTI people are fundamental in contexts of health crisis and support the guarantee of the right to health and the preservation of public policies for this population.
Assuntos
Humanos , Masculino , Política Pública , Adaptação Psicológica , Direito Sanitário , Saúde das Minorias , Minorias Sexuais e de Gênero , COVID-19RESUMO
Resumo Revisão sistemática da produção científica sobre a saúde de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) na América Latina de 2001 a 2018. Foram analisados 161 artigos, indexados nas bases de SciELO, LILACS, Pubmed e Web of Science. A análise apoiou-se nos conceitos de campo, agentes e capitais de Pierre Bourdieu e revelou que há um espaço emergente de produção sobre a temática, ocupado principalmente por agentes da Saúde Coletiva, Psicologia, Enfermagem e Psiquiatria. Nesse espaço, a questão da violência e discriminação e seus efeitos na saúde mental, no ensino e na atuação profissional tem sido principal objeto de interesse, ao lado das repercussões de modificações corporais para travestis e transexuais. Destaca-se que os subgrupos, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais são alvos de diferentes objetos de pesquisas, permanecendo a disputa central da categorização pela ciência de cada um desses grupos.
Abstract Systematic review of scientific production on the health of lesbians, gays, bisexuals, transvestites and transsexuals (LGBT) in Latin America from 2001 to 2018. We analyzed 161 articles indexed on the bases of SciELO, LILACS, Pubmed and Web of Science. The analysis was based on the concepts of field, agents and capital of Pierre Bourdieu and revealed that there is an emerging space of production on the theme, occupied mainly by agents of Public Health, Psychology, Nursing and Psychiatry. In this space, the issue of violence and discrimination and its effects on mental health, education and professional performance has been the main object of interest, along with the repercussions of body changes for transvestites and transsexuals. It is noteworthy that the subgroups, lesbians, gays, bisexuals, transvestites and transsexuals are targets of different research objects, the central dispute of categorization by science of each of these groups remaining.
Assuntos
Humanos , Bissexualidade , Homossexualidade , Saúde das Minorias , Pessoas Transgênero , Minorias Sexuais e de Gênero , Revisões Sistemáticas como Assunto , Saúde Mental , Vulnerabilidade em Saúde , América LatinaRESUMO
Resumo O trabalho analisa os limites e desafios para o acesso da população prisional feminina e egressa do sistema prisional nos serviços da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Trata-se de estudo qualitativo, exploratório e descritivo realizado com dez trabalhadores de uma Equipe de Atenção Básica prisional de um presídio feminino na Região Sul do Brasil. Realizaram-se sessões de grupo focal e os dados foram analisados tematicamente, resultando em dois eixos: (a) Barreiras para inclusão das reclusas na RAS; e (b) Barreiras para inclusão das egressas na RAS. Apesar de a unidade básica de saúde prisional ser considerada a principal porta de entrada da população carcerária no sistema de saúde, ainda precisa ser organizada para tornar-se ordenadora do cuidado à saúde da mulher. As dificuldades para o acesso das egressas nos serviços de saúde extramuros contribuem para a descontinuidade do tratamento, haja vista a falta de acompanhamento desta população pelos componentes da RAS, especialmente pelos serviços de saúde mental. Faz-se necessário avançar na ampliação e otimização de serviços mais equitativas e integrais, estimulando a integração na gestão de fluxos entre a atenção básica prisional e os demais dispositivos da RAS.
Abstract The work analyzes the limits and challenges for the access of the female prison population released from the prison system in the services of the Health Care Network (RAS). This is a qualitative, exploratory and descriptive study conducted with ten workers from a prison primary care team in a female prison in the South Region of Brazil. Focus group sessions were held and the data were analyzed thematically, resulting in two axes: (a) Barriers for the inclusion of prisoners in the RAS; and (b) Barriers to the inclusion of graduates in the RAS. Even though the basic prison health unit is considered the main gateway for the prison population to the health system, it still needs to be organized to become the ordering of women's health care. Difficulties in accessing these women in extramural health services contribute to the discontinuity of treatment, given the lack of monitoring of this population by the components of the HCN, especially by mental health services. It is necessary to advance in the expansion and optimization of more equitable and comprehensive services, stimulating the integration in the flow management between the primary prison care and the other RAS devices.
Assuntos
Humanos , Feminino , Atenção Primária à Saúde , Prisões , Mulheres , Saúde da Mulher , Assistência à Saúde Mental , Acessibilidade aos Serviços de Saúde , Sistema Único de Saúde , Brasil , Saúde das Minorias , Integralidade em SaúdeRESUMO
Tem-se por objetivo compreender o conceito de sauÌde dos imigrantes haitianos e suas possibilidades para promover sauÌde diante das vulnerabilidades que vivenciam. Pesquisa qualitativa, tipo açaÌo participante, fundamentada no ItineraÌrio de Pesquisa de Paulo Freire, constituiÌdo de treÌs fases: investigaçaÌo temaÌtica; codificaçaÌo e descodificaçaÌo; desvelamento criÌtico. Contou-se com a participaçaÌo de 10 imigrantes haitianos, estudantes de uma universidade federal do sul do Brasil. AtraveÌs do ciÌrculo de cultura resultou-se que o conceito de sauÌde para os haitianos eÌ heterogeÌneo, constituindo-se em auseÌncia de doença, bem-estar, felicidade, famiÌlia, espiritualidade, alimento e trabalho. Os haitianos motivaram-se a promover sauÌde por meio da alimentaçaÌo saudaÌvel, exerciÌcios fiÌsicos, aprimoramento do idioma e organizaçaÌo do tempo para possibilitar o lazer. Conclui-se que os participantes refletiram sobre seu contexto, buscando estrateÌgias para promover sauÌde, empoderando-se mutuamente. Isto ocorreu pela possibilidade de transformar suas realidades com novos significados sobre sauÌde, desejando promover a qualidade de vida.
This study sought to understand the concept of health of Haitian immigrants and their possibilities to promote health in the face of the vulnerabilities they experience. Qualitative, participatory action research, based on Paulo Freire's Research Itinerary, consisting of three phases: thematic investigation; coding and decoding; critical unveiling. It included 10 Haitian immigrants, students at a federal university in the south of Brazil. Through Culture Circles, it was found that the concept of health is heterogeneous for Haitians, constituting an absence of disease, well-being, happiness, family, spirituality, food and work. Haitians were motivated to promote health through healthy eating, physical exercise, language improvement and organization of time to enable leisure. It is concluded that the participants reflected on their context, seeking strategies to promote health, mutually empowering each other. This was driven by the possibility of transforming their realities through new meanings about health, seeking to promote quality of life.
Assuntos
Humanos , Emigrantes e Imigrantes , Saúde das Minorias , Qualidade de VidaRESUMO
Introducción: Las comunidades nativas forman uno de los grupos humanos más olvidados donde se reagudizan las inequidades y desigualdades en salud oral. Objetivo: Determinar el perfil clínico epidemiológico de salud oral en pobladores de las comunidades nativas de Potsoteni, Boca Sanibeni y Unión Puerto Ashaninka del distrito de Mazamari, provincia de Satipo, departamento de Junín, Perú. Material y Métodos: Se realizó un estudio observacional descriptivo de corte transversal. La muestra estuvo integrada por 169 adultos de las comunidades nativas, se tomaron en cuenta criterios de inclusión y exclusión, y se siguieron las normas éticas en investigación científica. Se evaluó la salud oral mediante una ficha epidemiológica con los indicadores: Índice CPOD, índice de significancia de caries dental (SIC), índice de higiene oral simplificado (IHO-S), índice de necesidad de prótesis dentales de la OMS, clasificación de maloclusión de Angle, índice de consecuencias clínicas de caries no tratadas (PUFA), la evaluación fue realizada con luz natural por observadores calibrados. Los datos se analizaron en el programa STATA v 14 mediante tablas de distribución de frecuencias y figura. Resultados: El 100 por ciento de los pacientes estudiados tenía caries dental (CPO-D = 13,23; SIC=19,01), IHO-S: 5,02 (DS=0,51), la mayoría presentó un tipo de maloclusión y consecuencias clínicas de caries no tratadas 116 (68,63 por ciento ) y 115 (68 por ciento ) respectivamente, la prótesis dental unitaria fue la que más se necesitó en ambos maxilares. Conclusiones: El estado de salud bucal fue preocupante, es necesario fomentar políticas que permitan un mejor acceso a los servicios de salud a fin de revertir estos indicadores(AU)
Introduction: Native communities are one of the most forgotten human groups where inequities and inequalities in oral health are exacerbated. Objective: To determine the epidemiological and clinical profile of oral health in residents of the native communities of Potsoteni, Boca Sanibeni and Union Puerto Ashaninka of Mazamari district, Satipo province, Junín department, Peru. Material and Methods: A cross-sectional descriptive observational study was conducted. The sample consisted of 169 adults from native communities who fulfilled inclusion and exclusion criteria, following the ethical norms in scientific research. Oral health was evaluated through an epidemiological fact sheet with the following indicators: DMFT index, Significant Caries Index (SCI), simplified oral hygiene index (OHI-S), prosthetic need WHO index, classification of Angle malocclusion, and index of clinical consequences of untreated dental caries (PUFA). The evaluation was made with natural light by calibrated observers. The data was analyzed in the STATA v 14 program by means of frequency and figure distribution tables. Results: It was determined that 100 percent of the patients studied had dental caries (DMFT = 13.23, SCI = 19.01), OHI-S: 5.02 (SD = 0.51), the majority of them presented a type of malocclusion and clinical consequences of untreated caries; 116 (68.63 percent) and 115 (68 percent), respectively. The unitary dental prosthesis was the most needed in both jaws. Conclusions: The state of oral health was worrisome; it is necessary to promote policies that allow better access to health services in order to revert these indicators(AU)
Assuntos
Humanos , Saúde Bucal/etnologia , Cárie Dentária/etnologia , Saúde das Minorias/etnologia , Povos Indígenas , Peru , Epidemiologia Descritiva , Estudos Transversais , Cárie Dentária/epidemiologia , Estudo ObservacionalRESUMO
BACKGROUND: There is scant information on sexually transmitted infection (STI) prevalence and risk factors among Latin American indigenous populations. We investigated STI prevalence and risk factors among adolescents of the Comarca Ngäbe-Buglé indigenous region of Panama. METHODS: A population-based cross-sectional study was conducted among school-going adolescents aged 14 to 19 years. Eligible consenting participants self-completed a questionnaire and provided blood and urine samples. Female participants provided additional self-administered genital swabs. Seroprevalences of human immunodeficiency virus (HIV), syphilis, hepatitis B (HBsAg, anti-HBc), and herpes simplex virus type 2 (HSV-2) were determined in all participants; genital Chlamydia trachomatis (CT) and Neisseria gonorrhoeae (NG) by PCR among participants who reported sexual experience or were seropositive for HIV/syphilis/HSV2/HBsAg; high-risk human papillomavirus (HPV) by qualitative DNA assay and bacterial vaginosis (BV) by Gram-stain among female participants. Risk factors were identified by estimating adjusted odds ratios (AOR) using random-effects logistic regression. RESULTS: We enrolled 700 participants (median age, 17 years [female participants]; 18 years [male participants]) from 20 schools. Sexual experience was reported by 536 participants (76.6%). The HIV/STI prevalences among females and males were: HIV 0.4% and 1.0%, high-titer active syphilis 1.3% and 6.6%, HSV-2 16.1% and 16.1%, HBsAg 1.3% and 1.4%, anti-HBc 3.2% and 1.4%, NG 1.8% and 1.7%, CT 17.5% and 10.7%; among females: BV 42.9% and HPV 33.2%. CT was independently associated with being female (AOR, 2.02; 95% confidence interval [CI], 1.20-3.41); high-titer active syphilis with being male (AOR, 4.51; 95% CI, 1.17-17.40). Bacterial vaginosis was associated with sexual behavior (≥3 lifetime sex partners: AOR, 3.81; 95% CI, 1.29-11.26), HPV with sexual experience (AOR, 4.05; 95% CI, 1.62-10.09). CONCLUSIONS: School-going indigenous adolescents in rural Panama have substantial STI burden. Targeted STI screening is required.
Assuntos
Saúde do Adolescente , Povos Indígenas/estatística & dados numéricos , Saúde das Minorias , Comportamento Sexual/estatística & dados numéricos , Infecções Sexualmente Transmissíveis/epidemiologia , Adolescente , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Masculino , Panamá/epidemiologia , Prevalência , Fatores de Risco , Instituições Acadêmicas , Comportamento Sexual/etnologia , Infecções Sexualmente Transmissíveis/diagnóstico , Infecções Sexualmente Transmissíveis/etnologia , Adulto JovemRESUMO
Objetivou-se avaliar os aspectos socioeconômicos, de saneamento básico e da qualidade microbiológica de água estuarina em uma comunidade quilombola. Foi aplicada entrevista semiestruturada e realizada coleta de amostras da água em cinco pontos, nos períodos seco e chuvoso, com aferição dos parâmetros abióticos. A qualidade microbiológica da água foi verificada empregando a Técnica de Fermentação em Tubos Múltiplos. Observou que o saneamento básico foi considerado precário sem coleta de lixo e o esgotamento sanitário a céu aberto. A densidade de coliformes totais e termotolerantes variou entre os períodos estando acima do permitido na legislação no período chuvoso nos pontos 1, 2 e 3 para coliformes termotolerantes. Infere-se risco a garantia da Segurança Alimentar e Nutricional, com fortes indícios de Insegurança Alimentar e Nutricional.
Assuntos
Humanos , Fatores Socioeconômicos , Grupos Populacionais , Saneamento Básico , Abastecimento de Alimentos , Técnicas Microbiológicas/etnologia , Saúde das MinoriasRESUMO
Objetivou-se avaliar os aspectos socioeconômicos, de saneamento básico e da qualidade microbiológica de água estuarina em uma comunidade quilombola. Foi aplicada entrevista semiestruturada e realizada coleta de amostras da água em cinco pontos, nos períodos seco e chuvoso, com aferição dos parâmetros abióticos. A qualidade microbiológica da água foi verificada empregando a Técnica de Fermentação em Tubos Múltiplos. Observou que o saneamento básico foi considerado precário sem coleta de lixo e o esgotamento sanitário a céu aberto. A densidade de coliformes totais e termotolerantes variou entre os períodos estando acima do permitido na legislação no período chuvoso nos pontos 1, 2 e 3 para coliformes termotolerantes. Infere-se risco a garantia da Segurança Alimentar e Nutricional, com fortes indícios de Insegurança Alimentar e Nutricional.(AU)
Assuntos
Humanos , Segurança Alimentar , Fatores Socioeconômicos , Saneamento Básico , Técnicas Microbiológicas/etnologia , Grupos Populacionais , Saúde das MinoriasRESUMO
Objetivo: compreender como os movimentos sociais trans* do Distrito Federal entendem o direito à saúde. Método: tratou-se de uma pesquisa qualitativa realizada com líderes de movimentos sociais trans* do Distrito Federal em que foram realizadas entrevistas semiestruturadas e os dados foram analisados por intermédio da técnica de análise de conteúdo e agrupados em unidades temáticas. Resultado: foi possível compreender que os movimentos sociais trans* compreendem o direito à saúde como o direito de existir e o direito à equidade. Além disso, entendem também que a implementação do ambulatório trans* no Distrito Federal é uma conquista de direito à saúde. Conclusão: as pessoas trans* estão buscando serem reconhecidas como sujeitos de direito, tanto à saúde como ao direito humano mais básico, o direito de existir. (AU)
Objective: to understand how the social movements trans* of Federal District, Brazil understand the right to health. Method: This was a qualitative research carried out with leaders of social movements trans* of Federal District, Brazil, in which semi-structured interviews were conducted and the data were analyzed through the technique of content analysis and grouped into thematic units. Results: it was possible to understand that trans* social movements include the right to health as the right to exist and the right to equity. In addition, they also understand that the implementation of the trans* ambulatory in Federal District, Brazil, is an achievement of the right to health. Conclusion: trans* people are seeking to be recognized as subjects of right, both to health and to the most basic human right, the right to exist. (AU)
Objetivo: comprender cómo los movimientos sociales del Distrito Federal, Brasil, entienden el derecho a la salud. Método: se trató de una investigación cualitativa realizada con líderes de movimientos sociales trans* del Distrito Federal, Brasil, en que se realizaron entrevistas semiestructuradas y los datos fueron analizados por intermedio de la técnica de análisis de contenido y agrupados en unidades temáticas. Resultado: fue posible comprender que los movimientos sociales trans* comprenden el derecho a la salud como el derecho de existir y el derecho a la equidad. Además, entienden también que la implementación del ambulatorio trans en Distrito Federal, Brasil, es una conquista de derecho a la salud. Conclusión: las personas trans* están buscando ser reconocidas como sujetos de derecho, tanto a la salud y al derecho humano más básico, el derecho de existir. (AU)
Assuntos
Saúde das Minorias , Pessoas Transgênero , Minorias Sexuais e de GêneroRESUMO
Introdução: A saúde da população LGBT+ apresenta particularidades e vulnerabilidades que requerem atenção diferenciada. Sensibilizar e qualificar profissionais de saúde para as necessidades dessa população é fundamental para garanti-la o direito à saúde. Os currículos das graduações em saúde, que em geral não incorporam tais questões, têm sido interrogados pelo alunado com denúncias de LGBTfobia no curso médico e reivindicação de capacitação prática. Nesse contexto, o Internato Integrado de Medicina de Família e Comunidade e Saúde Mental da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro organizou oficina sobre Saúde da População LGBT, apresentada neste artigo. Métodos: Realizada em maio de 2018, teve como público alvo internos em estágio curricular na Atenção Primária em Saúde (APS), no município do Rio de Janeiro. Sensibilizar para o tema e apresentar ferramentas úteis para o cuidado na APS, e em outros cenários, foram os objetivos. Graduandos de medicina autodeclarados LGBT+ foram convidados a assumir a condução da atividade, preparada sob orientação de professoras do internato. O protagonismo dado a esses alunos permitiu articular à expertise científica, promovida nos estudos regulares sobre o tema, a expertise experiencial. A oficina ocorreu em 4 tempos: i) sensibilização; ii) discussão de casos; iii) informação e exposição de orientações para boas práticas em saúde; iv) dúvidas e avaliação. A duração total foi de 4 horas, com metodologias ativas e participativas. Resultados: Os objetivos foram alcançados e a atividade bem avaliada em sua organização e execução. Avaliação narrativa foi realizada com alunos e professores organizadores. Os internos participantes responderam questionário online com perguntas abertas e fechadas e também avaliaram positivamente a atividade nos quesitos metodologia e conteúdo. Conclusão/Desdobramentos: A oficina foi incluída nas atividades regulares do internato. Estão em construção, com vistas a difundir esses conhecimentos a outros estudantes do curso médico e a profissionais da rede de saúde municipal, disciplina eletiva e projeto de extensão. A inclusão longitudinal do tema no currículo permanece como desafio.
Introduction: The LGBT+ healthcare is marked with particularities and vulnerabilities that require differenced attention. Sensitizing and qualifying healthcare professionals to these population's needs is fundamental to guarantee the right to health. The curriculum from health degrees, that usually does not address this issue, have been questioned by students along with LGBTphobia reports among the medical education and revindication for practical capacitation. In this context, the Integrated Family & Community Medicine (MFC) and Mental Health Internship at Faculty of Medicine of the Federal University of Rio de Janeiro, prepared a workshop on LGBT Health, presented in this article. Methods: A workshop took place in May of 2018, having a target audience of interns of MFC. It aimed to sensitize medical students regarding the referred theme and to give practical tools to be used in primary medicine and other healthcare environments. Medical undergrads who identify themselves as LGBT+ were invited to conduct the activity under the orientation of tutors from the internship. Given that those medical students were protagonists in this activity, it was possible to articulate the scientific knowledge, accomplished with regular studies on the theme, and the experiential expertise. The workshop was divided in four acts: i) sensitization; ii) case discussion; iii) information and orientations on good practice; iv) questions and feedback. The workshop lasted 4 hours, using active and participatory learning methods. Results: The objectives were achieved with a highly good evaluation as to the workshop's organization and performance. The students and professors that coordinated the activity prepared a narrative evaluation. The workshop's subjects, the MFC interns, took later an online feedback questionnaire, in which they positively evaluated the methods and acquired knowledge. Conclusion/Future works: The workshop, firstly implemented as an experimental activity, is now part of the regular medical internship curriculum. An optative course and an extension project are being planned, aiming to reach other medical students and public healthcare providers. Including the subject in the medical curriculum as a longitudinal discussion remains a challenge.
Introducción: La atención médica LGBT + está señalada con particularidades y vulnerabilidades que requieren una atención diferenciada. Sensibilizar y calificar a los profesionales de la salud de las necesidades de esta población es fundamental para garantizar su derecho a la salud. El plan de estudios de las carreras de salud, que en general no abordan este tema, ha sido cuestionado por los estudiantes junto con los informes de LGBTphobia entre la educación médica y la reivindicación de la capacitación práctica. En este contexto, la Pasantía Integrada de la Medicina de la Família y la Comunidad y Salud Mental de la graduación en medicina de la Universidad Federal de Rio de Janeiro elaboró un taller sobre salud LGBT+, presentado en este artículo. Métodos: Realizado en mayo de 2018 con los internos en pasantía curricular en la APS como el público-objetivo. Los objetivos eran sensibilizar a los estudiantes de medicina sobre el tema presentado y ofrecer herramientas prácticas para que las utilicen en la medicina primaria y en otros entornos de atención médica. Se invitó a los estudiantes de medicina que se identifican a sí mismos como LGBT+, para realizar la actividad bajo la orientación de tutores de la pasantía. Como los estudiantes de medicina fueron los protagonistas de esta actividad, fue posible articular el conocimiento científico, realizado con estudios regulares sobre el tema y la vivencia experiencial. El taller se dividió en cuatro partes: i) sensibilización; ii) discusión del caso; iii) información y orientaciones sobre buenas prácticas; iv) preguntas y comentarios. El taller tuvo una duración de cuatro horas, utilizando métodos de aprendizaje activo y participativo. Resultados: Los objetivos se lograron con una evaluación muy buena de la organización y el desempeño del taller. Los estudiantes y profesores que coordinaron la actividad realizaron una evaluación narrativa. Los pasantes presentes contestaron a un cuestionario en línea con preguntas objetivas y abiertas y evaluaron positivamente la actividad tanto por su metodología como por el contenido. Conclusión/Desarrollo: El taller, implementado como una actividad experimental, ahora forma parte del plan de estudios de prácticas médicas regulares. Se está planificando un curso optativo y un proyecto de extensión, con el objetivo de llevar eses conocimientos a otros estudiantes de medicina y proveedores de la salud pública. Incluir el tema en los planes de estudios médicos como una discusión longitudinal sigue siendo un desafío.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Atenção Primária à Saúde , Educação Médica , Saúde das Minorias , Medicina de Família e Comunidade , Minorias Sexuais e de GêneroRESUMO
There has been growing recognition of the importance of diversity and inclusion of underrepresented minority populations, including immigrants, in genomic research and precision medicine. Achieving diversity has been difficult and has led some scholars to question whether the law is a help or a threat to the inclusion of underserved and underrepresented immigrant populations. In this commentary, I provide an overview of some of the many relevant legal issues affecting the inclusion of immigrants in genomic research and precision health initiatives, such as the All of UsSM Research Program. Development of research recruitment, retention, and data collection plans without also considering the legal and sociopolitical context within which such efforts are to be carried out is risky. Advancing health policy with a goal of eliminating health disparities (or, at a minimum, ensuring that health disparities are not exacerbated by genomic or precision health technologies) requires us to acknowledge the negative effects that immigration policy and criminal justice policy have on the involvement of immigrants in such research and on their health directly. I conclude that it is not a question of whether the law is a help or a threat but, rather, whether we collectively will prioritize authentic diversity and inclusion policies and also insist on compliance with the laws intended to ensure the human right of every individual - regardless of immigration status or national origin - to share in the advancement of science.
Assuntos
Emigrantes e Imigrantes , Pesquisa em Genética , Saúde das Minorias , Medicina de Precisão , Populações Vulneráveis/etnologia , Pesquisa em Genética/ética , Pesquisa em Genética/legislação & jurisprudência , Política de Saúde , Disparidades nos Níveis de Saúde , Direitos Humanos , Humanos , Saúde das Minorias/etnologia , Saúde das Minorias/legislação & jurisprudência , Seleção de Pacientes/ética , Medicina de Precisão/ética , Medicina de Precisão/normas , Estados UnidosRESUMO
Este artigo discute a prática da implantação da Política Nacional de Saúde Integral para a População Negra por parte dos gestores da educação dos profissionais de Saúde, problematizando a presença da temática "equidade racial em Saúde" no cotidiano das instituições de ensino superior (IESs). Esta pesquisa, composta por entrevistas em profundidade com 12 coordenadores de cursos da área da Saúde de três universidades do Estado de São Paulo, identificou que o novo marco normativo teve efeito positivo no que tange à recepção do tema nas grades curriculares observadas, mas que os coordenadores, no entanto, ainda demonstram desconhecimento ou discordância em relação à sua necessidade.(AU)
Este artículo discute la práctica de la implantación de la Política Nacional de Salud Integral para la Población Negra por parte de los gestores de la educación de los profesionales de Salud, problematizando la presencia del tema "equidad racial en Salud" en el cotidiano de las instituciones de enseñanza superior (IESs). Esta investigación, compuesta por entrevistas en profundidad con 12 coordinadores de cursos del área de la Salud de tres universidades del Estado de São Paulo, Brasil, identificó que el nuevo marco normativo tuvo efecto positivo en lo que se refiere a la recepción del tema en los cuadros curriculares observados, pero que los coordinadores, no obstante, todavía demuestran desconocimiento o discordancia en relación a su necesidad.(AU)
This article discusses the current implementation of the National Policy of Comprehensive Health for the Black Population, by the managers of health professionals' education, with the aim of proposing enhanced presence of the subject "racial equity in Health" in the day to day of higher education institutions (HEI). This research work contains in-depth interviews with 12 different coordinators of Healthcare courses from three universities in the State of São Paulo, Brazil and it has identified that the aforementioned normative frameworks have positively influenced the inclusion of such matters in the observed syllabuses. Nonetheless, those coordinators, in turn, still seem to show lack of knowledge or even disagreement with the mentioned policy.(AU)
Assuntos
Humanos , Pessoal de Saúde/educação , Racismo , Saúde das Minorias Étnicas , Saúde das Minorias/educaçãoRESUMO
A comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e outras identidades (LGBT+) tem vivenciado aumento das taxas de homicídio, independentemente da região do globo. Tal indicador não considera as múltiplas violências cotidianas que não possuem noticiabilidade, apesar de impactarem na saúde desses indivíduos. Ainda assim as pessoas LGBT+ existem e resistem, por meio de ações e práticas que visam lidar com esse ambiente violento, as chamadas estratégias de enfrentamento. Desse modo, o objetivo da pesquisa foi identificar e analisar as violências experienciadas e as estratégias de enfrentamento desenvolvidas pela comunidade universitária LGBT+. Compreender como as pessoas LGBT+ significam as violências de gênero e/ou orientação sexual e as formas de lidar com tais eventos é importante para o fortalecimento dessas vidas na (sobre)vivência. Foi uma pesquisa qualitativa exploratória e descritivo-interpretativa com nove participantes reunidos pela técnica Bola de Neve, com os quais foi feita entrevista individual com roteiro semiestruturado. A análise das entrevistas foi baseada na Teoria Social do Discurso, que busca oferecer suporte científico para pesquisas sobre o funcionamento dos discursos na instauração, manutenção e/ou superação de problemas socialmente construídos. O procedimento metodológico pela Teoria Social do Discurso possui três dimensões: análise do texto (descrição), análise da prática discursiva (interpretação) e da prática social (explanação crítica). Para auxiliar na análise textual, foi utilizado o software brasileiro Kitconc versão 4.0. Os resultados denotam que as concepções de violência construídas pelas(os) participantes estão ligadas, majoritariamente, a itens lexicais dos produtos de cenas violentas (morte, agressão, violação de direitos) e, com menos frequência, a características de quem agride ou da pessoa que é agredida. Tal diversidade de conceitos de violência está ligada a diferentes práticas discursivas, como institucionalista, subjetivista ou legalista. Ao adentrar nas entrevistas, percebemos que definir violência é utilizar de elementos de sua própria constituição, como experiências escolares e formação acadêmica, em que ordens do discurso bélicas como "violência é prisão" ou "violência é ser bombardeada por olhares agressores" foram frequentes. A violência, portanto, conforma o sujeito LGBT+ a um corpo-limite, que é restringido simbólica, geográfica e fisicamente do tecido social. As cenas violentas narradas pelas(os) participantes permeiam toda a vida social, começando na escola, pelo bullying, e se reproduzindo no trabalho, na rua, na vizinhança, na família. A performatividade LGBT+ é mirada violentamente pela sociedade, uma vez que esta tem se baseado em valores e crenças anacrônicos. O objetivo, portanto, é a eliminação das contradições evidenciadas pelos corpos LGBT+ e a naturalização da cis-heteronormatividade, notadamente atravessada por outros marcadores, como racismo e xenofobia. A sobrevivência das(os) participantes a essas cenas violentas perpassa a formação de redes de amizades que, segundo um participante, "se você não tem, você não sobrevive não". Outras redes de apoio também foram importantes nessa resistência, como a religião (espiritismo, principalmente), família e ambiente universitário. No entanto também foi marcante a ausência de apoio contra as violências direcionadas à população LGBT+, já que instituições pretensamente de proteção agem de forma negligente frente a crimes de ódio, como polícia e escola. A internet e os movimentos sociais aparecem, com menos frequência, como espaços de empoderamento e circulação de discursos contra-hegemônicos. Conclusões provisórias indicam a produção de uma vida vigilante: nunca se sabe quando a pessoa LGBT+ receberá uma lâmpada na cara, será apedrejada ou mesmo servirá de subsídio para piadas. Todas as cenas violentas narradas parecem estar potencialmente presentes onde quer que a heteronorma aquela norma do outro, inalcançável, porém aparentemente obrigatória seja perceptível ou esteja apenas latente. Pela constante presença de algo que te impeça de ser, a contra-hegemonia também precisa ser constante, vigilante, seja para transformar a cena, seja para conformar-se. A transformação nessa vida vigilante ocorre na defesa, a todo instante, de um modo de viver legítimo, que precisa ser respeitado em suas características. Já a conformação serve para o corpo resistir, assim força-se uma externalização de atos-padrão, facilmente aceitos e aprovados, já que estão dentro da norma. Caso não seja, sua exclusão física ou simbólica é certa. Metaforizando, vida vigilante de conformação aponta suas câmeras de monitoramento para dentro, e a de transformação as direciona para fora. Sabemos que a direção das câmeras indica onde está o perigo.
The community of lesbian, gay, bisexual, travesti, transsexual and other identities (LGBT+) has experienced an increase in homicide rates worldwide. This indicator does not consider the daily violence unannounced in news reports, despite having an impact on health of these individuals. Yet, LGBT+ people exist and resist through actions and practices directed against this violent environment, the so-called coping strategies. Thus, this paper identifies and analyzes the violence experienced by the LGBT+ university community and their coping strategies. Understanding how LGBT+ people signify gender-based violence and/or sexual orientation and the manner this population deals with such events are important for strengthening their survival/experience. This is a qualitative exploratory and descriptive-interpretive study with nine participants gathered by the Snowball technique who underwent individual semi-structured interview. Analysis was based on the Social Theory of Discourse, which provides scientific support for research on how discourses function in the establishment, maintenance and/or overcoming of socially constructed matters. The methodological procedure of Social Theory of Discourse has three dimensions: text analysis (description), analysis of discursive practice (interpretation) and social practice (critical explanation). To support textual analysis, we used the Brazilian application software Kitconc version 4.0. The results show that the conceptions of violence developed by the participants are mostly related to lexical items of violent scenarios (death, aggression, violation of rights) and, less frequently, to characteristics of the person who attacks or the person who suffers the attack. Such diversity of concepts of violence is associated with different discursive practices such as the institutionalist, subjectivist or legalistic. The interviews show that defining violence means using elements of one's own constitution, such as school experiences and academic formation, in which war-based orders of discourse such as "violence is prison" or "violence is being bombarded by aggressive looks" were frequent. Violence, therefore, subjects the LGBT+ individual to limitation-by-body, referring to a body which is symbolically, geographically and physically restricted from their social environment. The violent scenes narrated by the participants permeate all of social life, starting at school, bullying, and being reproduced at work, on the streets, in the neighborhood, in the family. LGBT+ performativity is viewed as violent by society, since it has been based on anachronistic values and beliefs. This paper serves to eliminate the contradictions evidenced by LGBT+ persons and the naturalization of cis-heteronormativity, notably affected by other markers such as racism and xenophobia. The survival of the participants in these violent scenarios permeates the formation of friendship networks that, according to one participant, "if you do not have it, you cannot survive". Other support networks were also important in this resistance, such as religious (mainly spiritism), familiar and university environments. However, the absence of support against violence targetting the LGBT+ population was also notable, since supposedly protective institutions act negligently in the face of hate crimes by the police and in school. The Internet and social movements appear less frequently as spaces for the empowerment and circulation of counter-hegemonic discourses. Interim conclusions indicate the production of a vigilant life: it is never possible to know when the LGBT+ person will receive a light bulb in their face, be stoned by others or even serve as a jokes scapegoat. All violent scenes mentioned by participants seem to be potentially present wherever the heteronorm the norms of the others, unreachable, but apparently obligatory is perceptible or even just latent. Due to the constant presence of something that prevents the individual of being themselves, counter-hegemony also needs to be constant, vigilant, either to transform the scene or to conform oneself to it. The transformation in this vigilant life occurs in defense of a legitimate way of living, which must be respected in its characteristics at all times. The conformation serves for the body to resist, thus it forces an externalization of standard acts, easily accepted and approved, as they are within the norm. If it is not, its physical or symbolic exclusion is certain. Turning this into a metaphor, a life wary of conformation points its monitoring cameras inwards, and a life of transformation directs them out. We know that the direction of the cameras indicates where the danger lies.
Se ha experimentado un aumento en las tasas de homicidio de la comunidad de lesbianas, gays, bisexuales, travestis, transexuales y otras identidades (LGBT+) independiente de la región del globo. Pero este indicador no considera las múltiples violencias cotidianas que no tienen noticiabilidad, a pesar de su impacto a la salud. Las personas LGBT+ existen y resisten, por medio de acciones y prácticas que tratan de lidiar con ese ambiente violento las llamadas estrategias de enfrentamiento. El objetivo de la investigación fue identificar y analizar las violencias experimentadas y las estrategias de enfrentamiento desarrolladas por la comunidad universitaria LGBT+. Es importante para el fortalecimiento de la (super)vivencia de las personas LGBT+ comprender cómo significan las violencias de género y/u orientación sexual y las formas de lidiar con estos eventos. Este estudio es cualitativo, exploratorio y descriptivo-interpretativo, realizado con nueve participantes reunidos por la técnica Bola de Nieve, con los que se realizó una entrevista individual semiestructurada. Para el análisis de las entrevistas se utilizó la Teoría Social del Discurso, que busca ofrecer soporte científico para investigaciones sobre el funcionamiento de los discursos en la instauración, mantenimiento y/o superación de problemas socialmente construidos. El procedimiento metodológico por la Teoría Social del Discurso tiene tres dimensiones: análisis del texto (descripción), análisis de la práctica discursiva (interpretación) y análisis de la práctica social (explicación crítica). Para auxiliar en el análisis textual, se utilizó el software brasileño Kitconc versión 4.0. Los resultados apuntan que las concepciones de violencia construidas por las/los participantes se vinculan mayoritariamente a elementos léxicos de los productos de escenas violentas (muerte, agresión, violación de derechos) y, con menos frecuencia, a las características de quien ataca o de la persona agredida. Esta diversidad de concepciones de violencia está relacionada con diferentes prácticas discursivas, como institucionales, subjetivas o legales. Desde las entrevistas, percibimos que al definir violencia se utilizan elementos propios construidos, como experiencias escolares y formación académica, en que fueron frecuentes órdenes del discurso bélicas como "violencia es prisión" o "violencia es ser bombardeada por miradas agresoras". La violencia, por lo tanto, conforma al sujeto LGBT+ a un cuerpo límite, que se restringe simbólica, geográfica y físicamente del tejido social. Las escenas violentas relatadas por los/las participantes atraviesan toda la vida social, empieza en la escuela por el acoso escolar y se reproduce en el trabajo, en la calle, en la vecindad, en la familia. La sociedad mira de forma violenta la performatividad LGBT+, ya que se ha basado en valores y creencias anacrónicas. Su objetivo, por lo tanto, es eliminar las contradicciones evidenciadas por los cuerpos LGBT + y la naturalización de la cisheteronormatividad, especialmente atravesada por otros marcadores como el racismo y la xenofobia. La supervivencia de los/las participantes en esas escenas violentas atravesó la formación de redes de amistades que, según un participante, "si usted no tiene, no sobrevive". Otras redes de apoyo también fueron importantes para esa resistencia, como religión (espiritismo, principalmente), familia y ambiente universitario. Sin embargo, el apoyo fue ausente contra las violencias dirigidas a la población LGBT+, ya que las instituciones supuestamente de protección actúan de forma negligente frente a crímenes de odio, como la policía y la escuela. La Internet y los movimientos sociales aparecen, con menos frecuencia, como espacios de empoderamiento y circulación de discursos contrahegemónicos. Las conclusiones indican una vida vigilante: nunca se sabe cuándo la persona LGBT+ recibirá una lámpara en la cara, será apedreada o incluso servirá de subsidio para chistes. Todas las escenas violentas narradas parecen estar presentes dondequiera que la heteronorma la norma del otro, inalcanzable, pero aparentemente obligatoria sea perceptible o esté latente. Por la constante presencia de algo que impida ser, la contrahegemonía también necesita ser constante, vigilante, sea para transformar la escena, o conformarse. La transformación en esa vida vigilante se produce en la defensa a todo instante de un modo de vivir legítimo, que necesita ser respetado en sus características. La conformación sirve de resistencia al cuerpo, así se fuerza una externalización de actos estándares fácilmente aceptados y aprobados, ya que están dentro de la norma. Si no es así, su exclusión física o simbólica es cierta. Metaforizando, la vida vigilante de conformación apunta sus cámaras de monitoreo hacia adentro, y la de transformación las dirige hacia fuera. Sabemos que la dirección de las cámaras indica donde está el peligro.