RESUMO
Na iminência de uma nova era na terapêutica psiquiátrica com a redescoberta da clozapina e a introduçäo dos novos antipsicóticos atípicos, é tempo de um inventário das substâncias desenvolvidas nos últimos cinqüenta anos. É feito um breve histórico dos antecedentes dos antipsicóticos tradicionais na era que se encerra. As substâncias introduzidas até o presente poderiam ser reunidas nos grupos tradicionais - fenotiazinas (alifáticas, piperazínicas e piperidínicas), tioxantenos, butirofenonas, difenilbutilpiperidinas, benzaminas, indóis, dibenzoxazepinas - e nos grupos químicos mais recentes - diidroindolonas, dbenzodiazepinas, benzisoxazólicos -, além de compostos ainda em desenvolvimento. Neste artigo, o terceiro de uma série concebida com esta finalidade, säo examinados os derivados fenotiazínicos com cadeia lateral piperidínica que tenham demonstrado utilidade na prática clínica e ou guardem importância histórica: mepazina, mesoridazina, nortioridazina, piperacetazina, propericiazina, sulforidazina e toridazina. Com base em bibliografia básica específica, säo discutidos aspectos técnicos e revisado o conhecimento científico acumulado através da experimentaçäo e utilizaçäo clínica destes compostos, desde seu lançamento até a presente data, com informaçöes sistemáticas sobre fórmula estrutural, fórmula molecular, nomes químicos, nomes de fantasia e códigos de cada composto, além de dados sobre eventual comercializaçäo no país