Há relação entre o grau de disfunção ventricular esquerda e a intensidade da disautonomia cardíaca avaliada pela turbulência da frequência cardíaca em pacientes com doença de Chagas? / Is there a relationship between the degree of left ventricular dysfunction and the intensity of cardiac dysautonomia assessed by heart rate turbulence in patients with Chagas disease?
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo
; 29(Suppl. 2b): 148-148, Jun. 2019.
Article
em Pt
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RESUMO
INTRODUÇÃO:
A baixa fração de ejeção de ventrículo esquerdo (FEVE) é a principal determinante de mau prognóstico em pacientes com doença de Chagas (DC). A disautonomia cardíaca é outra complicação que ocorre em todas as formas da DC. Os pacientes chagásicos com baixa FEVE podem apresentar maior grau de disautonomia e essa associação poderia determinar pior prognóstico nessa população. A turbulência da frequência cardíaca (TFC) é uma técnica que avalia atividade autonômica cardíaca pela análise de flutuações da frequência sinusal após uma extrassístole ventricular por meio dos componentes turbulence onset (TO) e turbulence slope (TS), sendo utilizada para estratificação do risco de morte súbita e de morte cardíaca.OBJETIVO:
Avaliar se, em pacientes com DC, a queda da FEVE associa-se a alterações dos resultados da TFC.METODOLOGIA:
74 pacientes com DC (29 homens, idade 61±11 anos), consecutivos submetidos a Holter 24 h foram divididos em 2 grupos de acordo com a FEVE reduzida (Grupo A, n = 18) e preservada (Grupo B, n = 56). Os valores da FEVE dos dois grupos foram correlacionados com os achados da TFC (maior TO e menor TS indicam TFC alterada) além de categorias de TFC 0 indicando TO e TS normais; categorias 1 e 2 apenas uma ou as duas variáveis alteradas.RESULTADOS:
Observou-se diferença significativa entre os grupos A e B quanto a FEVE (39±9 vs 65±5 %, p < 0,001). Comparados aos pacientes do grupo B, os do grupo A apresentavam maior quantidade de ectopias ventriculares (2.956±2.339 [mediana de 2.875] vs 1.485±1.985, [mediana de 815] p = 0,005) , maiores valores de TO (0,1556±1,9 vs -1,04±2,5 %, p = 0,032) e menores valores de TS (3,39±3,5 vs 5,59±5 ms/RR, p = 0,044 para os grupos A e B respectivamente). Entre os pacientes do grupo A, 77,8 % apresentavam categoria 1 (TO ou TS alterados) e/ou 2 (TO e TS alterados) de TFC, enquanto entre os pacientes do grupo B, 35,7 % apresentavam categoria 1 e/ou 2 de TFC (p = 0,002). Pela análise de regressão linear, quanto menor a FEVE maior a TO (r=0,26; p=0.023) e menor a TS (r=0,26; p=0,016).CONCLUSÕES:
1) Em pacientes com DC, quanto mais baixa a FEVE maior o grau de disautonomia; 2) Essa população apresenta maior quantidade de ectopias ventriculares, menor FEVE e maior disautonomia, confirmando serem pacientes de maior risco para morte súbita ou de morte por causas cardíacas. (AU)
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Coleções:
06-national
/
BR
Base de dados:
SES-SP
/
SESSP-IDPCPROD
Assunto principal:
Disfunção Ventricular Esquerda
/
Disautonomias Primárias
Tipo de estudo:
Prognostic_studies
/
Screening_studies
Limite:
Humans
Idioma:
Pt
Revista:
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo
Ano de publicação:
2019
Tipo de documento:
Article
/
Congress and conference