Flutter perinatal atípico de difícil controle clínico em lactente nascido pequeno para idade gestacional / Atypical perinatal flutter difficult to control clinically in small gestational age infant
Arq. bras. cardiol
; 113(1 supl.2): 24-24, jul., 2019.
Article
em Pt
| SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP
| ID: biblio-1015772
Biblioteca responsável:
BR79.1
RESUMO
INTRODUÇÃO:
Episódios de flutter atrial (FLA) no período perinatal habitualmente apresentam boa evolução no primeiro ano de vida e quase nunca necessitam de intervenções medicamentosas prolongadas ou percutâneas. A queda da PA pulmonar e a maturação do miocárdio garantem a evolução favorável da arritmia já no primeiro ano de vida em pacientes com coração normal. Apesar da alta taxa de sucesso da ablação por radiofrequência do FLA, as complicações vasculares e a pouca adaptação pediátrica do material podem forçar o clinico ao controle medicamentoso do ritmo ou da FC nos episódios recorrentes. APRESENTAÇÃO DO CASO Paciente de 8 meses, feminino, admitida no serviço de eletrofisiologia por taquicardia. Foi RNT, PIG com taquicardia com FC de 300 bpm e episódios de PCR após infusão de amiodarona em altas doses. Recebeu associação de fármacos com difícil controle dos eventos arrítmicos e queda da função ventricular. Na avaliação especializada apresentava como comorbidades atraso do DNPM e muito baixo peso (5 kg). O ECG e o Holter evidenciavam FLA 11 com FC próxima a 300 bpm. Ecocardiograma com FEVE 49% e hiperrefringência dos papilares da valva mitral. Recebeu amiodarona, metoprolol e magnésio e enoxaparina 2mg/kg/dia, com conversão do FLA persistente para forma paroxística e resposta ventricular preservada nas crises. Observamos FLA com ondas F positivas na parede inferior e V1 o que pode sugerir FLA esquerdo. DISCUSSÃO FLA perinatal refratário ao tratamento clínico constitui excessão em pacientes sem macro alterações na estrutura cardíaca. Habitualmente giram ao redor do istmo cavotricuspídeo (ICT) e têm discordância entre a polaridade da parede inferior e de V1 a depender do sentido de rotação. Padrões atípicos podem sugerir FLA não dependente do ICT com maior refratariedade ao tratamento clínico e grandes dificuldades técnicas para abordagem invasiva. O controle parcial dos eventos e da frequência cardíaca intra evento é aceitável gerando estabilização do quadro e postergando o procedimento invasivo para aumentar as taxas de sucesso e minimizar os riscos. COMENTÁRIOS FINAIS 1) FLA persistente e refratário ao tratamento clínico no período perinatal constitui a excessão dos quadros e pode estar associado a anormalidades estruturais mesmo que discretas. 2) O controle da resposta ventricular nos paroxismos pode ser uma alternativa em pacientes onde a abordagem invasiva das câmaras esquerdas e do sistema vascular é de maior risco. (AU)
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Assunto principal:
Flutter Atrial
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Lactente
Limite:
Humans
Idioma:
Pt
Revista:
Arq. bras. cardiol
Ano de publicação:
2019
Tipo de documento:
Article
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