Perfil de comorbidades e polifarmácia em nonagenários no ambulatório de cardiogeriatria de hospital terciário do Estado de São Paulo / Profile of comorbidities and polypharmacy in nonagenarians in the cardiogeriatrics outpatient clinic of a tertiary hospital in the State of São Paulo
Arq. bras. cardiol
; 117(5 supl. 1): 135-135, nov., 2021.
Article
em Pt
| CONASS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP
| ID: biblio-1348658
Biblioteca responsável:
BR79.1
RESUMO
INTRODUÇÃO:
A população idosa cresce de maneira expressiva nas últimas décadas, com destaque para os nonagenários. Nos Estados Unidos, correspondem a 4,7% dos idosos, e serão > 10% em 2050. No Brasil, os nonagenários correspondem a 2% dos idosos. A prevalência de doenças cardiovasculares (DCV) aumenta progressivamente com a idade. Entre idosos brasileiros em 2013, 29,1% declararam ter 3 ou mais comorbidades, com predomínio de DCV. Apesar disso, ainda é uma população sub-representada nos estudos.OBJETIVO:
Avaliar o perfil de comorbidades e polifarmácia em nonagenários acompanhados no ambulatório de cardiogeriatria de serviço terciário do Estado de São Paulo.MÉTODO:
Estudo transversal e retrospectivo, incluindo pacientes de 90 anos ou mais, acompanhados em ambulatório, no período de janeiro a agosto de 2021. Foram avaliadas comorbidades e medicações em uso. As variáveis quantitativas foram apresentadas em forma de média e desvio padrão.RESULTADOS:
Foram avaliados 120 pacientes, com idade média de 94 anos (+- 2,43), sendo 63% mulheres. Apresentavam, em média, 6 comorbidades (+- 2,2), sendo as mais prevalentes hipertensão arterial sistêmica (HAS) (91%), dislipidemia (DLP) (65%), fibrilação atrial (32%), sendo 47% sob anticoagulação oral (ACO), doença renal crônica e diabetes (31% cada), doença arterial coronária (29%), com síndrome coronariana prévia em 51% destes, insuficiência cardíaca (27%), doença carotídea (22%), acidente vascular cerebral e demência (7% cada). Tabagismo atual não foi descrito, porém 26% eram ex-tabagistas. Polifarmácia estava presente em 54% dos casos, com média de 5 medicações (+- 1,8), sendo as mais utilizadas estatina (67%), diurético (54%), beta-bloqueador (BB) (50%), ácido acetilsalicílico, bloqueador do receptor de angiotensina e bloqueador de bomba de prótons (40% cada), inibidor da enzina conversora de angiotensina (34%), bloqueador do canal de cálcio (25%). Dos 17% de pacientes em ACO, 55% usavam varfarina e 45%, ACO direto.CONCLUSÃO:
Ao avaliar nonagenários, observou-se predomínio de mulheres, múltiplas comorbidades (em média, 6), destaque para DCV, em especial HAS e DLP, alta prevalência de polifarmácia (54%), sendo estatina, diuréticos e BB > 50%, o que incrementa o risco de queda destes pacientes, em especial quando associado a ácido acetilsalicílico e ACO. Estudar o perfil de nonagenários é de extrema importância para ampliar os conhecimentos sobre esta população e melhorar o manejo clínico.
Texto completo:
1
Coleções:
06-national
/
BR
Base de dados:
CONASS
/
SES-SP
/
SESSP-IDPCPROD
Assunto principal:
Comorbidade
/
Polimedicação
Tipo de estudo:
Observational_studies
/
Prevalence_studies
/
Risk_factors_studies
Limite:
Aged
/
Aged80
Idioma:
Pt
Revista:
Arq. bras. cardiol
Ano de publicação:
2021
Tipo de documento:
Article
/
Congress and conference