Narcisismo e biopolítica: por uma sustentabilidade afetiva em tempos sombrios / NARCISISM and biopolitical: for an affective sustainability in gloomy times / NARCISISMO y biopolítica: por la sostenibilidad afectiva en tiempos oscuros

RESUMO

Estudos acerca dos riscos socioambientais são frequentes. Diante deles, cientistas alertam que, caso não sejam tomadas providências, é a própria vida no planeta que estará em perigo. Esta pesquisa objetivou identificar e analisar, sob o enfoque da Psicologia Social e da Filosofia da Diferença, experiências de sustentabilidade afetiva no espaço urbano diante da emergência da pandemia. Adotando a estratégia metodológica da história oral, buscou-se acompanhar o relato de participantes vinculados a uma Instituição de Ensino Superior que se dispuseram a compartilhar os impactos afetivos da relação com a cidade em estado pandêmico. Os relatos foram analiticamente organizados em dois eixos 1. Desterritorializações e medos; 2. Frustrações narcísicas e restrições biopolíticas. Os resultados mostraram que as percepções iniciais diante do contato com a pandemia foram marcadas por afetos de surpresa, angústia e medo. Concluiu-se que sustentar afetivamente esta experiência comportou desafios relacionais colocados à coletividade em sua interface com as cidades.

ABSTRACT

Studies on the socio-environmental risks are frequents. Scientists warn that if no immediate action is taken, it is life itself on the planet that will be in danger. This research aimed to identify and analyze, under the focus of Social Psychology and the Philosophy of Difference, experiences of affective sustainability in the urban space. Adopting a methodology strategy of oral history, we sought to follow the reports of participants linked a Superior Institution of Studies who were willing to share the affective impacts resulting from your urban relation in pandemic station. The reports were analytically organized in two axes 1. Deterritorialization and fears; 2. Narcissistic frustrations and biopolitical restrictions. The results show that the first perceptions were marked by surprise, anguish and fear. It concluded that affectively sustaining this experience is still a challenge posed for collectivity in its interface with the cities.

RESUMEN

Son frecuentes los estudios sobre los riesgos socio ambientales. Ante ellos, científicos advierten que, si no se toman medidas inmediatas, es la vida del planeta la que estará en peligro. Esta investigación tuvo como objetivo identificar y analizar, bajo el enfoque de la Psicología Social y la Filosofía de la Diferencia, experiencias de sostenibilidad afectiva en el espacio urbano ante la emergencia de la pandemia. Adoptando una estrategia metodológica de la historia oral, se buscó seguir los informes de participantes vinculados a un Instituto de Enseñanza Superior que estaban dispuestos a compartir los impactos afectivos de la relación con la ciudad en estado de pandemia. Los relatos fueran organizados en dos ejes 1 Deterritorialization e miedo; 2. Frustraciones narcisos e restricciones biopolíticas. Los resultados muestran que las primeras percepciones del contacto con la pandemia fueron marcadas por la sorpresa, la angustia y el miedo. Se concluye que sostener afectivamente esta experiencia comporto desafíos a la colectividad en su interface con la ciudad.