Prevalência de Flebite em uma Unidade de Internação Clínica de um Hospital Universitário Brasileiro de Alta Complexidade / Prevalence of Phlebitis in a Clinical Inpatient Unit of a High-complexity Brazilian University Hospital

RESUMO

Objetivo: Analisar a prevalência de flebite e os fatores relacionados ao seu surgimento em uma unidade de internação clínica de um hospital universitário de alta complexidade. Material e métodos: pesquisa exploratório e descritiva, da qual foram amostrados 144 pacientes. Foram coletados e associados os dados referentes à presença de flebite, local de inserção do cateter, tempo da punção e classificação do grau da flebite. Resultados: A prevalência de flebite foi 23,6%; sendo o grau 2 de flebite o predominante (64,7%), o local com maior prevalência de flebite foi a fossa cubital (36,8%) e antebraço (25,4%) que não diferiram entre si e apresentaram valor maior que o dorso da mão (10,6%). Quanto ao tempo de punção, as flebites foram mais prevalentes em pacientes com 4 dias de punção (42,8%) e 3 dias (40,6%). A prevalência de flebite cresceu 10,57% a cada dia após a punção. O grau de flebite não foi associado ao local de punção, mas foi associado ao tempo de punção. Conclusões: A prevalência de flebite foi alta para um hospital de alta complexidade; sendo que foi possível relacionar a prevalência geral de flebite com o local de inserção do cateter e ao tempo de inserção do mesmo. O acompanhamento diário dos acessos periféricos é essencial pelo acréscimo elevado da prevalência de flebite ao decorrer do tempo da punção. (AU)

ABSTRACT

Objective: Analyze the prevalence of phlebitis and the factors related to its appearance in a clinical unit of a high complexity University Hospital. Material and methods: The research was exploratory and descriptive, where 144 patients were sampled. The data was collected and associated regarding the presence of phlebitis, catheter insertion site, time of puncture and classification of grade of phlebitis. Results: the prevalence of phlebitis was 23.6%; being grade 2 phlebitis more predominant (64.7%), the location of higher frequency the cubital fossa (36.8%) and forearm (25.4%), which did not differ with each other and presented higher incidence than the back of the hand (10,6%). In relation to puncture time, phlebitis was more prevalent in patients with 4 days (42.8%) and 3 days (40.6%). The prevalence of phlebitis grew 10.57% every day after the puncture. The grade of phlebitis was not associated with the puncture location, but was associated with the time of puncture. Conclusions: the prevalence of phlebitis was high for a high complexity hospital; being that it was possible to relate the general prevalence of phlebitis with the insertion site and catheter insertion time. The daily evaluation of access is essential based on the high prevalence of phlebitis over time after the puncture. (AU)