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O plano de parto como mecanismo de proteção do direito à autodeterminação da mulher em contexto obstétrico em Portugal / El pla de part com a mecanisme de protecció el dret a l'autodeterminació de la dona en context obstètric a Portugal / El plan de parto como mecanismo de proteccion el derecho a la autodeterminación de la mujer en contexto obstétrico en Portugal / The birth plan as a safeguard mechanism the right to self-determination of women in obstetric context in Portugal
Macedo, João Carlos; António, Isa; Macedo, Ermelinda; Lopes, Maria de Fátima.
Afiliação
  • Macedo, João Carlos; University of Minho. Escuela de Enfermería. Unidad de Investigación en Ciencias de la Salud: Enfermería (UICISA:E). Braga. Portugal
  • António, Isa; Universidad de Minho. Facultad de Derecho. Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo. Braga. Portugal
  • Macedo, Ermelinda; Universidad de Minho. Escuela de Enfermería. Unidad de Investigación en Ciencias de la Salud: Enfermería (UICISA:E). Braga. Portugal
  • Lopes, Maria de Fátima; Ministerio de Salud. Unidad de Cuidados Comunitarios "Coração do Minho". Póvoa de Lanhoso. Portugal
Rev. bioét. derecho ; (58): 223-242, Jul. 2023.
Article em Pt | IBECS | ID: ibc-222837
Biblioteca responsável: ES1.1
Localização: ES15.1 - BNCS
RESUMO
A violência obstétrica constitui uma das formas de violência contra a mulhere seusdireitosà saúde, segurança, integridade físicaepsíquica, e, nos casos mais extremos, o direito à própria vida. Abordaremosa violência ocorrida no parto, através de insultos, falta de informação, desrespeito pela autonomia e autodeterminação da mulher e da violação do consentimento informado. A prática de procedimentos médicos como a episiotomia, excesso de medicação, privação de movimentos, manobras de Kristeller,entre outras, são potenciadoras de risco para a saúde e vida do próprio feto/criança. Afirmamos que a violência obstétrica é, em muitos casos, não apenas uma violência contra a mulher, mas também contra a criança. Os casos em que a criança venha a nascer com malformações ou doenças resultantes dos maus-tratos que a mãe sofreu no parto, geram responsabilidade médica. Recorremosa obras e a estudos na área do Direito, Bioética e Saúde Reprodutiva assim como, procedemos à análise exaustiva de diplomas legais internacionais e nacionais. Concluímos que a violência exercida contra a mulher no contexto obstétrico atenta frontalmente contra as leges artis medicinaee constitui uma forma de discriminação de género severa que merece censura legal por parte dosEstados e por parte da própria classe médica. Afirmamosque a episiotomia é atualmente qualificada como uma espécie de mutilação genital feminina, criminalmente punível. Defendemos que o direito a acompanhamento no parto e ao cumprimento do plano de parto elaborado pela mulher ou casal são dois mecanismos essenciais a atenuar ou a eliminar a violência obstétrica.(AU)
RESUMEN
La violencia obstétrica es una formade violencia contra las mujeres, vulnerando derechoscomo la salud, seguridad, integridad físicaypsicológica, y, en los casos más extremos, el derecho a la vida.Abordaremos la violencia que se produce en el partoa través de insultos, falta de información, falta de respeto a la autonomía y autodeterminación de la mujer y violación del consentimiento informado. La práctica de procedimientos médicos como la episiotomía, medicación excesiva, privación de movimiento, maniobras de Kristeller, entre otros, son factores potenciales de riesgo para la salud y la vida del feto/niño. Afirmamos que la violencia obstétrica es, en muchos casos, no sólo violencia contra la mujer, sino también contra el niño. Los casos en que el niño nace con malformaciones o enfermedades resultantes del maltrato que la madre sufrió en el parto, generan responsabilidad médica. Recurrimos a trabajos en el área del Derecho, la Bioética y la Salud Reproductivay textos jurídicos internacionales y nacionales. Concluimos que este tipo deviolencia contra la mujer atenta directamente contra las leges artis medicinaey constituye una forma de grave discriminación de género que merece la censura jurídica de los Estados y de la propia profesión médica. Afirmamos que la episiotomía está calificada actualmente como un tipo de mutilación genital femenina, sancionable penalmente. Sostenemos que el derecho a estar acompañada durante el parto y a cumplir con el plan de parto elaborado por la mujer o la pareja son dos mecanismos esenciales para mitigar o eliminar la violencia obstétrica.(AU)
ABSTRACT
Obstetric violence is a form of violence against women, infringingrights such as health, safety, physical and psychological integrity, and, in the most extreme cases, the right to life. We will address violence during childbirth through insults, lack of information, lack of respect for women's autonomy and self-determination, and violation of informed consent. The practice of medical procedures such as episiotomy, excessive medication, deprivation of movement, Kristeller maneuvers, among others, are potential risk factors forthe health and life of the fetus/child. We affirm that obstetric violence is, in many cases, not only violence against the woman, but also against the child. Cases in which the child is born with malformations or diseases resulting from the mistreatment suffered by the mother during childbirth, generate medical responsibility. We refer to works in the area of Law, Bioethics and Reproductive Health and international and national legal texts. We conclude that this type of violence against women is a direct violation of leges artis medicinaeand constitutes a form of serious gender discrimination that deserves legal censure by States and the medical profession itself. We affirm that episiotomy is currently classified as a type of female genital mutilation, punishable under criminal law. We maintain that the rightto be accompanied during childbirth and to comply with the birth plan drawn up by the woman or partner are two essential mechanisms for mitigating or eliminating obstetric violence.(AU)
Assuntos
Palavras-chave

Texto completo: 1 Coleções: 06-national / ES Base de dados: IBECS Assunto principal: Defesa da Criança e do Adolescente / Temas Bioéticos / Parto Humanizado / Parto / Violência contra a Mulher / Respeito Limite: Female / Humans País/Região como assunto: Europa Idioma: Pt Revista: Rev. bioét. derecho Ano de publicação: 2023 Tipo de documento: Article

Texto completo: 1 Coleções: 06-national / ES Base de dados: IBECS Assunto principal: Defesa da Criança e do Adolescente / Temas Bioéticos / Parto Humanizado / Parto / Violência contra a Mulher / Respeito Limite: Female / Humans País/Região como assunto: Europa Idioma: Pt Revista: Rev. bioét. derecho Ano de publicação: 2023 Tipo de documento: Article