Resistência primária do "M. tuberculosis" num serviço ambulatorial de referência em Säo Paulo: evoluçäo por três décadas e comparaçäo com outros estudos nacionais / Primary resistance to Mycobacterium tuberculosis in an ambulatorial reference service in Säo Paulo city: evolution for three decades and comparison with other national studies
J. pneumol
; 22(1): 3-8, jan.-fev. 1996. tab
Article
em Pt
| LILACS, SES-SP
| ID: lil-189321
Biblioteca responsável:
BR674.1
RESUMO
Estudos sobre a resistência primária (RP) do Mycobacterium tuberculosis permitem dimensionar as possibilidades dos esquemas de tratamento em uso. Este trabalho revê a RP na década de 80 e como evoluiu desde a década de 60 e 70, em clientes do Instituto Clemente Ferreira (ICF), referência ambulatorial para TB na Grande Säo Paulo. Pacientes e métodos - O perfil da RP do M. tuberculosis às principais drogas em uso no páis foi revisto em cepas isoladas no escarro de pacientes portadores de TB pulmonar sem tratamento anterior, maiores de 14 anos, excluídos os HIV-positivos, matriculados no ICF no triênio de 87, 88 e 89. Para acompanhar a evoluçäo, os achados foram comparados à RP de 406 doentes revistos nos anos de 64, 65 e 66 e de 387 de 76, 77 e 78, destacados de estudos anteriores realizados no ICF com a mesma metodologia. Resultados - Do total de 458 pacientes revistos nos anos de 87/88/89, 34 (7,4 por cento) apresentavam RP, sendo a uma única droga em 27 (5,9 por cento) e múltipla em 7 (1,5 por cento), esta assim distribuída 4 a RH, 1 à HS,1 à SE e 1 à RHS. A RP global acumulada por droga foi de 3,9 por cento para a H, 3,7 por cento para a S, 1,1 por cento para a R e 0,4 por cento para o E. Comparando estes achados aos da décadas de 60 e 70, observa-se um decréscimo progressivo da RP. A RP total caiu de 17,2 por cento (70/406) em 60, para 9,6 por cento (37/387) em 70 e 7,4 por cento (34/458) em 80 (p < o,oo1). A reduçäo foi mais expressiva de 60 para 70 (p = 0,002) do que de 70 para 80 (p = 0,32). Esta reduçäo foi significante (p < 0,001) tanto para a RP a uma única droga, que caiu de 12,6 por cento (51/406) para 8,3 por cento (32/387) e 5,6 por cento (27/458) como para a RP múltipla, que passou de 4,7 por cento (19/406) para 1,3 por cento (7/458). Quanto a RP global acumulada, foi significante o decréscimo para as drogas tradicionais, H e S, que caiu de 11,1 por cento e 10,8 por cento na década de 60, para 6,5 por cento e 5,4 por cento na de 70, para 3,9 por cento e 3,7 por cento na década de 80, respectivamente (p < 0,001). A RP global acumulada à R e E, testadas apenas em 70 e 80, foi baixa, com aumento estatisticamente significante para a R, que passou de 0,3 para 1,1 por cento (p = 0,02). Os estudos de cada década foram confrontados a estudos semelhantes em outros estados, sendo discutidos os achados.
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Coleções:
01-internacional
Base de dados:
LILACS
/
SES-SP
Assunto principal:
Tuberculose Pulmonar
/
Resistência a Múltiplos Medicamentos
/
Instituições de Assistência Ambulatorial
/
Mycobacterium tuberculosis
Limite:
Adolescent
/
Adult
/
Female
/
Humans
/
Male
Idioma:
Pt
Revista:
J. pneumol
Assunto da revista:
PNEUMOLOGIA
Ano de publicação:
1996
Tipo de documento:
Article
País de publicação:
Brasil