Resposta da polpa ao condicionamento ácido das paredes de dentina de cavidades restauradas com Isopast / Pulpal response to Isopast restorations in etched or unetched cavities

RESUMO

Após profilaxia e aplicação de solução do ácido fosfórico a 50 por cento no esmalte vestibular de 45 dentes permanentes hígidos de cães, foram preparadas cavidades tipo classe V, com ponta diamantada e refrigeração a spray de água. Onze espécimes tiveram suas cavidades forradas com parafina e restauradas com resina composta e serviram como controle; em 18 dentes, as cavidades foram restauradas com uma resina composta de micropartículas (Isopast) e as demais 16, antes de receberem o Isopast, tiveram suas paredes de dentina submetidas à ação de uma solução de ácido fosfórico a 50 por cento durante 2 minutos. Após 65 dias da realização das restaurações, os dentes foram extraídos e preparados para análise histológica. A espessura de dentina remanescente variou entre 128 e 1.408 micrômetros. As polpas dos dentes do grupo controle exibiram quadro morfológico de tecido normal. Nos espécimes restaurados com Isopast, verificou-se a presença de células inflamatórias do tipo crônico em 28 por cento dos casos, enquanto naqueles em que as paredes de dentina sofreram a ação do ácido, esse percentual foi de 75 por cento. Em ambos os casos, nos demais dentes as polpas apresentavam-se isentas de células inflamatórias. De acordo com a metodologia empregada, os resultados obtidos sugerem que a aplicação de uma solução de ácido fosfórico a 50 por cento sobre a dentina não é uma conduta clínica correta, e que as cavidades devem receber um protetor pulpar adequado previamente à realização de restaurações com Isopast.