Implantes osseointegrados em tecidos orais irradiados / Osseointegrated implants in irradiated oral tissue

RESUMO

A combinação de cirurgia e radioterapia é comum para o tratamento de tumores malignos de cabeça e pescoço, determinando alterações teciduais como: mucosa fragilizada, xerostomia, anatomia inadequada e distúrbios miodinâmicos, dificultando a reabilitação oral convencional do paciente. Felizmente, implantes osseointegrados são empregados para a reabilitação protética em pacientes oncológicos, com altas taxas de sucesso, mesmo em tecidos previamente irradiados. Estes pacientes representam um grande desafio aos implantodontistas. Além de possuírem defeitos anatômicos resultantes das cirurgias para remoção dos tumores, possuem suprimento sangüíneo comprometido nas áreas afetadas como resultado da radioterapia. No tratamento desses indivíduos há um alto potencial de complicações, tais como: redução da velocidade de cicatrização, recidiva do tumor, desenvolvimento de necrose dos tecidos duros e moles, aumentando consideravelmente as chances de insucesso da osseointegração. Porém, a cuidadosa seleção dos pacientes e o emprego de técnica cirúrgica e reabilitações protéticas adequadas podem resultar em terapias bem sucedidas