Mortalidade e o tempo de internação em uma unidade de terapia intensiva cirúrgica / Mortality and length of stay in a surgical intensive care unit
Rev. bras. anestesiol
; 56(1): 34-45, jan.-fev. 2006. tab
Artigo
em Inglês, Português
| LILACS
| ID: lil-426142
Biblioteca responsável:
BR1.1
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
Em cuidados intensivos os resultados podem ser relacionados aos índices de mortalidade ou morbidade. Quando avaliada de forma isolada, a mortalidade é uma medida insuficiente do resultado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI); o tempo de internação pode ser uma medida indireta do resultado relacionado com a morbidade. O objetivo do presente estudo foi avaliar a incidência e os fatores preditivos para mortalidade e tempo de internação dos pacientes admitidos numa UTI cirúrgica.MÉTODO:
Participaram deste estudo prospectivo, realizado, entre abril e julho de 2004, todos os 185 pacientes submetidos a procedimentos programados ou de emergência, admitidos numa UTI cirúrgica. Foram registrados os seguintes parâmetros idade, sexo, altura e peso, temperatura central estado físico segundo a ASA, tipo de intervenção cirúrgica, porte cirúrgico, técnica anestésica, quantidade e qualidade de fluídos administrados durante a anestesia, monitorização da temperatura ou de técnica de aquecimento corporal peri-operatório, duração da anestesia, tempo de permanência na UTI e no hospital e escore SAPS II.RESULTADOS:
O tempo médio de internação na UTI foi de 4,09 ± 10,23 dias. Fatores de risco significativos para permanências mais prolongadas na UTI foram o valor do escore SAPS II, estado físico ASA, quantidade administrada, durante a intervenção cirúrgica, de colóides, unidades de plasma fresco e unidades de concentrados de hemáceas. Quatorze pacientes (7,60 por cento) morreram durante a internação na UTI e 29 (15,70 por cento) morreram durante a internação hospitalar. Fatores de risco independentes de mortalidade com diferença estatística significativa foram intervenções cirúrgicas de emergência, de grande porte, escores altos SAPS II, permanência prolongada na UTI e no hospital. Fatores protetores com diferença estatística significativa para risco de morte hospitalar foram baixo peso corporal e baixo índice de massa corporal (IMC).CONCLUSÕES:
As internações prolongadas em UTI são mais freqüentes nos pacientes mais graves à admissão e estão associadas às maiores mortalidades hospitalares. A mortalidade hospitalar é também mais freqüente em pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas de emergência ou de grande porte.
Texto completo:
Disponível
Coleções:
Bases de dados internacionais
Base de dados:
LILACS
Assunto principal:
Período Pós-Operatório
/
Procedimentos Cirúrgicos Operatórios
/
Unidades de Terapia Intensiva
/
Anestesia
/
Tempo de Internação
Tipo de estudo:
Estudo observacional
/
Estudo prognóstico
/
Fatores de risco
Limite:
Humanos
Idioma:
Inglês
/
Português
Revista:
Rev. bras. anestesiol
Assunto da revista:
Anestesiologia
Ano de publicação:
2006
Tipo de documento:
Artigo
País de afiliação:
Portugal
Instituição/País de afiliação:
University of Porto/PT