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Desigualdades socioeconômicas nos gastos e comprometimento da renda com medicamentos no Sul do Brasil / Socioeconomic inequalities in expenditures and income committed to the purchase of medicines in Southern Brazil / Desigualdades socioeconómicas en los gastos y comprometimiento de la renta con medicamentos en el Sur de Brasil
Boing, Alexandra Crispim; Bertoldi, Andréa Dâmaso; Peres, Karen Glazer.
Afiliação
  • Boing, Alexandra Crispim; Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Florianópolis. BR
  • Bertoldi, Andréa Dâmaso; Universidade Federal de Pelotas. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. Departamento de Medicina Social. Pelotas. BR
  • Peres, Karen Glazer; UFSC. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Departamento de Saúde Pública. Florianópolis. BR
Rev. saúde pública ; 45(5): 897-905, out. 2011.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-601135
Biblioteca responsável: BR1.1
RESUMO

OBJETIVO:

Descrever as desigualdades socioeconômicas referentes ao uso, gastos e comprometimento de renda com a compra de medicamentos.

MÉTODOS:

Estudo transversal de base populacional com 1.720 adultos de área urbana de Florianópolis, SC, em 2009. Realizou-se a seleção da amostra por conglomerados e as unidades primárias foram os setores censitários. Investigou-se o uso de medicamentos e os gastos com sua compra nos 30 dias anteriores, por meio de entrevista. Uso, gasto e comprometimento de renda devido a medicamentos foram analisados segundo a renda familiar per capita, a cor da pele auto-referida, idade e o sexo dos indivíduos, ajustado para amostra complexa.

RESULTADOS:

A prevalência de uso de medicamentos foi de 76,5 por cento (IC95 por cento 73,8;79,3), maior entre as mulheres e naqueles com maior idade. A média de gastos com medicamentos foi igual a R$ 46,70, com valores mais elevados entre as mulheres, os brancos, os com idade mais elevada e entre os mais ricos. Enquanto 3,1 por cento dos mais ricos comprometeram mais de 15 por cento de seus rendimentos na compra de medicamentos, esse valor chegou a 9,6 por cento nos mais pobres. A proporção de pessoas que tiveram de comprar medicamentos após tentativa fracassada de obtenção pelo Sistema Único de Saúde foi maior entre os mais pobres (11,0 por cento), mulheres (10,2 por cento) e naqueles com maior idade (11,1 por cento). Grande parte dos adultos comprou medicamentos contidos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (19,9 por cento) ou na Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (28,6 por cento), com diferenças significativas segundo sexo, idade e renda.

CONCLUSÕES:

Existe desigualdade socioeconômica, de idade e de gênero no comprometimento de renda com a compra de medicamentos, com piores condições para os mais pobres, os de maior idade e para as mulheres.
ABSTRACT

OBJECTIVE:

To describe socioeconomic inequalities regarding the use, expenditures and the income committed to the purchase of medicines.

METHODS:

A cross-sectional population-based study was carried out with 1,720 adults living in the urban area of Florianópolis, Southern Brazil, in 2009. Cluster sampling was adopted and census tracts were the primary sampling units. Use of medicines and the expenditures incurred in their purchase in the past 30 days were investigated through interviews. Use, expenditures and the income committed concerning medicines were analyzed according to per capita family income, self-reported skin color, age and sex, adjusting for the complex sample.

RESULTS:

The prevalence of medicine use was 76.5 percent (95 percentCI 73.8; 79.3), higher among women and in older individuals. The mean expenditure on medicine was R$ 46.70, with higher values among women, whites, older individuals and among richer people. While 3.1 percent of the richest committed more than 15 percent of their income to purchasing medicine, that figure reached 9.6 percent in the poorest group. The proportion of people that had to buy medicines after an unsuccessful attempt to obtain them in the public health system was higher among the poor (11.0 percent), women (10.2 percent) and the elderly (11.1 percent). A large part of the adults bought medicines contained in the National List of Essential Medicines (19.9 percent) or in the Municipal List of Essential Medicines (28.6 percent), with significant differences according to gender, age and income.

CONCLUSIONS:

There is socioeconomic, age and gender inequality in the income committed to the purchase of medicines, with worse conditions for the poor, older individuals and women.
RESUMEN

OBJETIVO:

Describir las desigualdades socioeconómicas relacionadas con el uso, gastos y comprometimiento de la renta con la compra de medicamentos.

MÉTODOS:

Estudio transversal de base poblacional con 1.720 adultos de área urbana de Florianópolis, Sur de Brasil en 2009. Se realizó la selección de la muestra por conglomerados y las unidades primarias fueron los sectores censitarios. Se investigó el uso de medicamentos y los gastos con su compra en los 30 días anteriores, por medio de entrevista. Uso, gasto y comprometimiento de renta debido a medicamentos fueron analizados según la renta familiar per capita, el color de la piel auto-referida, edad y el sexo de los individuos, ajustado para muestra compleja.

RESULTADOS:

La prevalencia del uso de medicamentos fue de 76,5 por ciento (IC95 por ciento73,8;79,3), mayor entre las mujeres y en aquellos con edad avanzada. El promedio de gastos con medicamentos fue igual a R$ 46,70, con valores más elevados entre las mujeres, los blancos, los de edad más elevada y entre los más ricos. Mientras que 3,1 por ciento de los más ricos comprometieron más de 15 por ciento de sus rendimientos en la compra de medicamentos, ese valor llegó a 9,6 por ciento en los más pobres. La proporción de personas que tuvieron que comprar medicamentos posterior al intento fracasado de obtenerlos por el Sistema Único de Salud fue mayor entre los más pobres (11,0 por ciento), mujeres (10,2 por ciento) y en aquellos con edad avanzada (11,1 por ciento). Gran parte de los adultos compró medicamentos ubicados en la Relación Nacional de Medicamentos Esenciales (19,9 por ciento) o en la Relación Municipal de Medicamentos Esenciales (28,6 por ciento), con diferencias significativas según sexo, edad y renta.

CONCLUSIONES:

Existe desigualdad socioeconómica, de edad y de género en el comprometimiento de renta con la compra de medicamentos, con peores condiciones para los más pobres, los de edad avanzada y para las mujeres.
Assuntos


Texto completo: Disponível Coleções: Bases de dados internacionais Contexto em Saúde: Agenda de Saúde Sustentável para as Américas / ODS3 - Saúde e Bem-Estar Problema de saúde: Objetivo 1: Acesso equitativo aos serviços de saúde / Objetivo 11 Desigualdades e iniquidades na saúde / Objetivo 4: Financiamento para a saúde / Meta 3.8 Atingir a cobertura universal de saúde Base de dados: LILACS Assunto principal: Preparações Farmacêuticas / Gastos em Saúde / Honorários Farmacêuticos Tipo de estudo: Avaliação econômica em saúde / Estudo observacional / Estudo de prevalência / Fatores de risco Aspecto: Determinantes sociais da saúde / Equidade e iniquidade Limite: Adulto / Feminino / Humanos / Masculino País/Região como assunto: América do Sul / Brasil Idioma: Português Revista: Rev. saúde pública Assunto da revista: Saúde Pública Ano de publicação: 2011 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: UFSC/BR / Universidade Federal de Pelotas/BR / Universidade Federal de Santa Catarina/BR

Texto completo: Disponível Coleções: Bases de dados internacionais Contexto em Saúde: Agenda de Saúde Sustentável para as Américas / ODS3 - Saúde e Bem-Estar Problema de saúde: Objetivo 1: Acesso equitativo aos serviços de saúde / Objetivo 11 Desigualdades e iniquidades na saúde / Objetivo 4: Financiamento para a saúde / Meta 3.8 Atingir a cobertura universal de saúde Base de dados: LILACS Assunto principal: Preparações Farmacêuticas / Gastos em Saúde / Honorários Farmacêuticos Tipo de estudo: Avaliação econômica em saúde / Estudo observacional / Estudo de prevalência / Fatores de risco Aspecto: Determinantes sociais da saúde / Equidade e iniquidade Limite: Adulto / Feminino / Humanos / Masculino País/Região como assunto: América do Sul / Brasil Idioma: Português Revista: Rev. saúde pública Assunto da revista: Saúde Pública Ano de publicação: 2011 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: UFSC/BR / Universidade Federal de Pelotas/BR / Universidade Federal de Santa Catarina/BR
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