Reconstruções pelveperineais com uso de retalhos cutâneos baseados em vasos perfurantes: experiência clínica com 22 casos / Reconstruction of pelviperineal injuries with perforator flaps: clinical experience with 22 cases
Rev. bras. cir. plást
; 26(4): 680-684, out.-dez. 2011. ilus, tab
Article
em Pt
| LILACS
| ID: lil-618252
Biblioteca responsável:
BR32.1
RESUMO
INTRODUÇÃO:
As lesões pelveperineais representam grande parcela das interconsultas para o cirurgião plástico em hospitais gerais. O objetivo do presente trabalho é apresentar a experiência obtida no tratamento de pacientes com lesões perineais, sacrais e de quadril com o uso de retalhos com vasos perfurantes.MÉTODO:
Foram estudados, retrospectivamente, os pacientes submetidos a avaliação pela equipe da Divisão de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, nos meses de fevereiro a maio de 2009, que apresentavam feridas em região pelveperineal e no quadril. No total, 22 pacientes foram submetidos a reconstrução com retalhos cutâneos e fasciocutâneos baseados em vasos perfurantes, de acordo com os critérios de inclusão. O período de seguimento médio foi de 6 meses.RESULTADOS:
A lesão pelveperineal foi úlcera por pressão em 20 (91 por cento) casos, infecção profunda em 1 (4,5 por cento), e hidradenite perineal em 1 (4,5 por cento). A opção dos retalhos foi previamente estabelecida, dependendo do local da ferida úlceras sacrais, retalho baseado nas perfurantes da artéria glútea superior em 15 (68,2 por cento) casos; úlceras isquiáticas, retalho baseado nos vasos perfurantes da artéria glútea inferior em 3 (13,6 por cento) casos; e úlceras trocantéricas, retalho tensor da fascia lata perfurante em 2 (9,1 por cento) casos. Retalho fasciocutâneo inervado gluteofemoral foi a opção para a reconstrução pós-síndrome de Fournier em um paciente e após ressecção de hidradenite perineal em outro. Houve necessidade de nova sutura para fechamento primário tardio em deiscência < 10 por cento do perímetro da lesão em 3 (13,6 por cento) casos, durante os primeiros 15 dias de pós-operatório. Não houve casos de necrose > 3 por cento da superfície do retalho. Os resultados foram mantidos no período de seguimento avaliado.CONCLUSÕES:
Os resultados obtidos no presente estudo foram satisfatórios e ficou demonstrada a utilidade de retalhos cirúrgicos sem incorporação de músculo para reconstruções pelveperineais. Essa alternativa para tratamento é menos mórbida para as áreas doadoras e preserva o tecido muscular para possível intervenção futura.ABSTRACT
INTRODUCTION:
Plastic surgery consultation is commonly sought for the treatment of pelviperineal injuries in general hospitals. The objective of this study was to present the experience acquired in the treatment of perineal, sacral, and hip injuries with the use of perforator flaps.METHODS:
Patients referred to the Plastic Surgery Division of the Clinical Hospital of Medicine College of Universidade de São Paulo for evaluation of pelviperineal and hip wounds from February to May 2009 were retrospectively evaluated. A total of 22 patients underwent reconstruction with skin and fasciocutaneous flaps based on the perforator vessels, according to the inclusion criteria. The average follow-up period was 6 months.RESULTS:
Pelviperineal injuries consisted of pressure ulcers in 20 cases (91 percent), deep infection in 1 case (45 percent), and perineal hidradenitis in 1 case (4.5 percent). The choice of flap for reconstruction was dependent on the local wound 15 cases (68.2 percent) of sacral ulcers were repaired with a superior gluteal artery perforator flap; 3 cases (13.6 percent) of ischial ulcers were repaired with an inferior gluteal artery perforator flap; and 2 cases (9.1 percent) of trochanteric ulcers were repaired using a tensor fascia lata perforator flap. A fasciocutaneous gluteofemoral flap was selected for reconstruction of post Fournier' syndrome in 1 patient and was used after resection of perineal hidradenitis in 1 patient. A new suture for late primary closure was necessary in 3 (13.6 percent) cases in which the suture line dehiscence was < 10 percent of the injury perimeter during the first 15 post-operative days. There were no cases of > 3 percent necrosis of the flap surface. These results were maintained during the follow-up evaluation period.CONCLUSIONS:
The results of the study were satisfactory, and the utility of surgical flaps without the incorporation of muscle for pelviperineal reconstruction was demonstrated. This treatment alternative decreases donor site morbidity and preserves the muscular tissue for future interventions.Palavras-chave
Texto completo:
1
Coleções:
01-internacional
Base de dados:
LILACS
Assunto principal:
Períneo
/
Cirurgia Plástica
/
Retalhos Cirúrgicos
/
Ferimentos e Lesões
/
Úlcera por Pressão
Tipo de estudo:
Evaluation_studies
Limite:
Humans
Idioma:
Pt
Revista:
Rev. bras. cir. plást
Assunto da revista:
CIRURGIA GERAL
Ano de publicação:
2011
Tipo de documento:
Article
País de publicação:
Brasil