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A experiencia interna do analista e a natureza da intersubjetividade: uma abordagem clinico-teorica
Rev. bras. psicanal ; 34(4): 633-653, 2000.
Artigo | Index Psicologia - Periódicos | ID: psi-16253
Biblioteca responsável: PUCCAMP
RESUMO
O autor, por meio de um caso clinico, examina a relacao entre a natureza do vinculo, a intersubjetividade e a arte de clinicar. Considera que o vinculo terapeutico e uma condicao imprescindivel para o desenvolvimento do tratamento. Acredita que a arte de clinicar teria sua origem na capacidade do terapeuta de encontrar uma forma de se vincular com o seu paciente para que o tratamento alcance resultados satisfatorios. Salienta que, muitas vezes, para atingir esses objetivos deve sacrificar o metodo que havia se proposto a seguir. Posteriormente, examina as principais modificacoes nos modelos psicanaliticos que alteraram a atividade de muitos analistas nos ultimos anos. Destaca, principalmente, a passagem do metodo determinista de Freud para o de Melanie Klein, cujo modelo tenta ser descritivo, mas acaba na interpretacao explicativa, e o modelo narrativo desenvolvido por Spence e Schafer que, entre outras caracteristicas, enfatiza mudancas na atividade do terapeuta frente as narrativas do paciente. Entre elas, privilegiam a relacao do 'aqui e agora' transferencial sobre o passado historico e, desse modo, se aproximam do modelo kleiniano. No entanto, o fato de preconizarem que a atividade do analista deveria realizar-se a partir da posicao de nao saber, os aproximam do modelo analitico de Bion, onde nao existe nada para explicar e ha muito que descrever sobre a realidade psiquica. Para Bion, a interpretacao descritiva convida ao pensar em comum, e paciente e terapeuta podem evoluir no sentido de buscar novas perguntas e novas narrativas que irao ampliar o campo da percepcao da realidade psiquica. O autor considera que estudos sobre a intersubjetividade desenvolvidos por Baranger, Ferro, Bollas, Ogden e os autores da Psicologia do Self contribuiram para articular esses conceitos e situar o analista neste novo contexto da pratica clinica, como tenta demonstrar a partir de uma revisao criteriosa de Dum sobre o conceito de intersubjetividade. Para finalizar, procura dar o seu entendimento sobre em que consiste a arte de clinicar. Para ele, a arte esta na capacidade do analista de estabelecer dialogos simultaneos com multiplas e contraditorias narrativas, sem invalidar nenhuma delas, tendo como objetivo encontrar sempre uma nova pergunta que abra espacos para novos questionamentos. Essas consideracoes sao ilustradas no desenvolvimento do caso clinico apresentado onde, alem dos conceitos desenvolvidos, sustenta que a principal funcao do analista e a de acentuar, ate onde sua capacidade imaginativa permita, o maximo possivel de diferencas no encontro analitico, o que tem como proposito ajudar o paciente a nascer, a se discriminar do analista e a se relacionar com ele como objeto individualizado.
Assuntos
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Coleções: Bases de dados nacionais / Brasil Base de dados: Index Psicologia - Periódicos Assunto principal: Processos Psicoterapêuticos Tipo de estudo: Estudo prognóstico Revista: Rev. bras. psicanal Ano de publicação: 2000 Tipo de documento: Artigo
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Coleções: Bases de dados nacionais / Brasil Base de dados: Index Psicologia - Periódicos Assunto principal: Processos Psicoterapêuticos Tipo de estudo: Estudo prognóstico Revista: Rev. bras. psicanal Ano de publicação: 2000 Tipo de documento: Artigo
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