Tempo como categoria analítica da subjetividade / Time as analytical category of subjectivity

RESUMO

O tempo, seguidamente, é alvo de discussões filosóficas e psicológicas; no entanto não se chegou a uma concepção homogênea sobretudo no que se refere ao tempo subjetivo. Este trabalho procura fazer um percorrido nas diferentes concepções acerca do tempo construídas pela mitologia, religião e ciências humanas. Seus aspectos subjetivos são revistos a partir de filósofos como Kant, Bérgson e Bachelard e do diálogo que eles estabelecem com a teoria psicanalítica e a psicologia social. Para além do tempo cronológico, enfatiza-se o tempo vivido subjetivamente por processos conscientes e inconscientes. Em seguida, o texto busca fazer uma apreciação de como as mudanças nas relações de trabalho advindas da Revolução Industrial influenciaram a maneira de o homem ocupar seu tempo, bem como as concepções sobre o tema. Na tentativa de ilustrar a utilização do tempo como categoria de análise da subjetividade, apresentam-se alguns depoimentos de funcionários demitidos dos pólos petroquímicos de Camaçari e Triunfo, em função do processo de privatização. O trabalho aponta a existência de uma lógica reguladora do tempo subjetivo diferente da marcação objetiva e linear, mas alicerçada na plenitude e significação, concluindo que o tempo subjetivo exerce grande influência sobre a psique humana(AU)