RESUMO
O presente artigo trata-se de um ensaio que busca articular negritude, identidade e dança como elementos constituintes e propulsores de práticas emancipadoras no âmbito da educação social e do lazer. O intuito foi explicitar a potencialidade que o ensino de danças de matriz afrodiaspórica têm ao serem abordadas em projetos educacionais socioculturais como mecanismo de empoderamento, valorização e identidade cultural junto a comunidades periféricas, em situação de vulnerabilidade social e cujos membros, em sua maioria, são negros. O ensino de dança em projetos socioculturais cresceu de forma vertiginosa nos últimos vinte anos no Brasil. Há uma evidente carência de dados para uma análise desse fato, o que dificulta a percepção da ampliação, da diversificação e do fortalecimento dessas alternativas de espaço para ensino/aprendizagem de danças que possibilitam tecnologias de resistência, sobrevivência e transformação na luta antirracista.
This article is an essay that seeks to articulate blackness, identity and dance as constituent elements and drivers of emancipatory practices in the context of social education and leisure. The aim was to clarify the potential that the teaching of aphrodiasporic dances have when addressed in sociocultural educational projects as a mechanism for empowerment, appreciation and cultural identity with peripheral communities, in a situation of social vulnerability and whose members, in their majority, are black people. The teaching of dance in sociocultural projects has grown dramatically over the last twenty years in Brazil. There is an evident lack of data for an analysis of this fact, which makes it difficult to perceive the expansion, diversification and strengthening of these alternative spaces for teaching/learning dances that enable technologies of resistance, survival and transformation in the anti-racist struggle.
Assuntos
Humanos , Educação Física e Treinamento , Valores Sociais , Fatores Culturais , Dança/educação , População Negra/etnologia , Racismo/prevenção & controle , EmpoderamentoRESUMO
En marzo del 2020, la Organización Mundial de la Salud (OMS) declaró que el brote de la COVID-19, enfermedad causada por un nuevo coronavirus, era una pandemia en vista de la velocidad y la escala de la transmisión. La Región de las Américas se caracteriza por su riqueza multiétnica y multicultural. Sin embargo, los pueblos indígenas, los afrodescendientes y otros grupos étnicos se enfrentan en muchas ocasiones a la discriminación y la exclusión, lo que lleva a inequidades en el ámbito de la salud. El impacto de la COVID-19 podría ser mayor en ciertos grupos de la población, como los pueblos indígenas y la población afrodescendiente. En el 2017 los Estados Miembros de la Organización Panamericana de la Salud (OPS) aprobaron la primera Política sobre etnicidad y salud (documento CSP29/7, Rev.1), que se basa en el reconocimiento de las diferencias que existen entre los distintos grupos étnicos y en el reconocimiento de las diferencias en cuanto a sus retos, necesidades y respectivos contextos históricos. Además, promueve la necesidad de un enfoque intercultural desde un plano de igualdad y respeto mutuo que contribuya a mejorar los resultados en materia de salud y a avanzar hacia la salud universal. La OPS ha priorizado la etnicidad como un elemento transversal de la gestión de emergencias y desastres, lo que se ha reflejado en diversos mandatos como en el Plan de acción para la reducción del riesgo de desastres 2016-2021 y en diversas guías, lineamientos e iniciativas.
Assuntos
Humanos , Pneumonia Viral/prevenção & controle , Infecções por Coronavirus/prevenção & controle , População Negra/etnologia , Saúde de Populações Indígenas , Pandemias/prevenção & controle , Betacoronavirus , Saúde das Minorias Étnicas , Povos Indígenas , Disparidades nos Níveis de SaúdeRESUMO
Objetivo: estimar a prevalência de extrações dentárias autorrelatadas e analisar os fatores associados em comunidades quilombolas de Feira de Santana, Bahia, Brasil. Métodos: estudo transversal, com 864 quilombolas; a associação entre autorrelato de extrações dentárias (sem experiência de extração; ≤5 dentes extraídos; >5 dentes extraídos) e possíveis fatores associados foi estimada por meio da regressão logística multinomial, considerando-se 95% de intervalo de confiança (IC95%). Resultados: extrações dentárias foram autorrelatadas por 82,0% dos quilombolas, sendo 49,8% com ≤5 e 32,2% com >5 dentes extraídos; ser do sexo masculino (OR ajustada = 1,7 - IC95% 1,1;2,7), encontrar-se empregado sem carteira assinada (OR ajustada = 2,7 - IC95% 1,3;5,7), ter idade ≥60 anos (OR ajustada = 5,2 - IC95% 1,9;14,1) e ter tido cárie dentária (OR ajustada = 4,1 - IC95% 2,5;6,7) associaram-se a maiores chances de ter extraído dentes. Conclusão: extrações dentárias estão associadas a condições de vulnerabilidade social vivenciadas pelos quilombolas do Semiárido baiano.
Objetivo: estimar la prevalencia de extracciones dentales auto-relatadas y analizar los factores asociados en las comunidades quilombolas de Feira de Santana, Bahia, Brasil. Métodos: estudio transversal, con 864 quilombolas; la asociación entre auto-relato de extracciones dentales (sin experiencia de extracción, ≤5 dientes extraídos y >5 dientes extraídos) y los posibles factores asociados fue estimada a través de la regresión logística multinomial considerando el 95% de intervalo de confianza (IC95%). Resultados: extracciones dentales fueron auto-relatadas por el 82,0%, siendo 49,8% con ≤5 y 32,2% con >5 dientes extraídos; sexo masculino (Odds Ratio ajustado = 1,7 - IC95%1,1;2,7), trabajadores sin estar en planilla (OR ajustado = 2,7 - IC95%1,3;5,7), con edad ≥60 (OR ajustado = 5,2 - IC95%1,9;14,1) y que mencionaron haber tenido caries dentales (OR ajustado = 4,1 - IC95%2,5;6,7), se asociaron a más probabilidades de haber extraído los dientes. Conclusión: extracciones dentales parecen estar asociadas a condiciones de vulnerabilidades sociales vividas por los quilombolas del Semiárido bahiano.
Objective: to estimate the prevalence of self-reported tooth extractions and analyze associated factors in quilombola communities in Feira de Santana, Bahia, Brazil. Methods: this was a cross-sectional study, with 864 quilombolas; association between self-reported tooth extractions (no experience of extraction; ≤5 extracted teeth; >5 extracted teeth), and possible associated factors was estimated using multinomial logistic regression, with a 95% confidence interval (95%CI). Results: tooth extractions were self-reported by 82.0% of quilombolas, 49.8% of whom had ≤5 teeth extracted and 32.2% of whom had >5 teeth extracted; greater likelihood of tooth extraction was associated with being male (adjusted OR = 1.7 - 95%CI1.1;2.7), working as an unregistered worker (adjusted OR = 2.7 - 95%CI1.3;5.7), being ≥60 years old (adjusted OR = 5.2 - 95%CI1.9;14.1) and reporting having dental caries (adjusted OR = 4.1 - 95%CI2.5;6.7). Conclusion: tooth extractions are associated with social vulnerability conditions experienced by the quilombolas of the semi-arid region of Bahia state.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Extração Dentária/estatística & dados numéricos , Saúde Bucal/estatística & dados numéricos , População Negra/etnologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Etnicidade/estatística & dados numéricos , Saúde da População Rural/estatística & dados numéricos , Diagnóstico Bucal , Fatores RaciaisRESUMO
Em uma perspectiva sócio-histórica, o artigo discute a problematização da questão racial realizada pelo saber psiquiátrico pela análise da produção científica do Hospício do Juquery, e de sua forma de operação cotidiana pelo registro de suas práticas asilares. O período estudado, de 1898 a 1920, compreende a criação da instituição e gestão de Franco da Rocha, seu fundador, momento em que ganha corpo o debate sobre o homem livre e sua significação na formação nacional. As fontes do texto são os prontuários médicos da população internada, os registros e a produção científica da instituição no período enfocado.(AU)
Based on a socio-historical perspective, the present article discusses the problematization of the race issue in psychiatric knowledge by analyzing the scientific production developed by the Hospice of Juquery and its daily operations, through access to records of its asylum practices. The studied period, 1898 to 1920, includes the creation of the institution and its management under Franco da Rocha, its founder, a time when the debate about the free man and its significance to the nation's formation began to take shape. The source text was extracted from the clinical medical histories of inpatients, as well as the records and scientific production developed by the institution during the studied period.(AU)
En una perspectiva sociohistórica, el artículo discute la problematización de la cuestión racial realizada por el saber psiquiátrico por el análisis de la producción científica del manicomio de Juquery y de su forma de operación cotidiana por el registro de sus prácticas de asilo. El período estudiado, de 1898 a 1920, incluye la creación de la institución y gestión de Franco da Rocha, su fundador, momento en el que adquiere cuerpo el debate sobre el hombre libre y su significación en la formación nacional. Las fuentes de texto son las fichas médicas de la población internada, los registros y la producción científica de la institución en el período de estudio.(AU)
Assuntos
Humanos , Saúde Mental , População Negra/etnologia , Racismo/etnologia , Hospitais PsiquiátricosRESUMO
ABSTRACT Objective: Angola is a sub-Saharan African country where the population has scarce access to lipidlowering medication. We sought to determine the frequency of lipid disorders among Angolan nonusers of lipid-lowering medication. Material and methods: A cross-sectional descriptive study was carried out in a sample of 604 workers from the public sector. Blood pressure and anthropometric data were measured along with biochemical parameters including total cholesterol (TC), triglycerides (TG), low-density lipoprotein cholesterol (LDL-C) and high-density lipoprotein cholesterol (HDL-C). LDL-C to HDL-C ratio (LDL-C/HDL-C) was obtained from LDL-C and HDL-C levels. Results: High frequencies of elevated blood pressure (44.8%), metabolic syndrome (20.2%), increased TC (39.2%) and increased LDL-C (19.3%) were found. Low HDL-C was more frequent in women (62.4% vs. 36.1%, p < 0.001). Isolated hypercholesterolemia was more frequent in men (9.6% vs. 2.5%, p < 0.001). Among men TC, TG, LDL-C and LDL-C/HDL-C ratio were higher and HDL-C was lower in obese than in low-weight and normal-weight participants. Among women TC, TG, LDL-C and LDL-C/HDL-C ratio were higher in obese than in normal-weight participants. Significant linear trend of increasing TC and LDL-C levels as age increased was detected for both genders (p for trend < 0.05). Conclusion: The results of our study showed a high frequency of lipid disorders in Angolan non-users of lipid-lowering medication.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Adulto Jovem , População Negra/etnologia , Dislipidemias/etnologia , Triglicerídeos/sangue , Doenças Cardiovasculares/etiologia , Doenças Cardiovasculares/sangue , Antropometria , Colesterol/sangue , Estudos Transversais , Fatores de Risco , Fatores Etários , Distribuição por Idade , Dislipidemias/complicações , Dislipidemias/sangue , Hemodinâmica , Angola/etnologia , Obesidade/complicações , Obesidade/sangueRESUMO
En septiembre del 2017, los Estados Miembros de la OPS aprobaron por unanimidad la Política sobre etnicidad y salud en la 29.ª Conferencia Sanitaria Panamericana, 69.ª sesión del Comité Regional de la Organización Mundial de la Salud para las Américas. Con esta política, los Estados Miembros han acordado garantizar el enfoque intercultural en la salud y el tratamiento equitativo de los pueblos indígenas, los afrodescendientes, los romaníes y los miembros de otros grupos étnicos. Además, plantearon la necesidad de adoptar soluciones que sean inclusivas y promuevan la colaboración, a fin de cerrar las brechas en el acceso a los servicios de salud que afectan a estas poblaciones. Numerosos representantes de los pueblos indígenas, los afrodescendientes y los romaníes, los ministerios de salud y las organizaciones multilaterales participaron en la elaboración de esta política y se comprometieron a apoyar su aplicación. Con la aprobación de la Política sobre etnicidad y salud, la Región de las Américas se convierte en la primera región de la Organización Mundial de la Salud en reconocer la importancia de adoptar un enfoque intercultural para abordar las inequidades en la salud. Creo firmemente que esta política será una importante herramienta en los esfuerzos de toda la comunidad de la salud pública para avanzar hacia la cobertura universal de salud al reducir las desigualdades e inequidades en materia de salud de los distintos grupos étnicos.
Em setembro de 2017, na 29a Conferência Sanitária Pan-Americana (69a Sessão do Comitê Regional da Organização Mundial da Saúde para as Américas), os Estados Membros da OPAS aprovaram por unanimidade a Política sobre etnia e saúde. Com esta política, os Estados Membros concordaram em garantir o enfoque intercultural em saúde e a paridade de tratamento dos povos indígenas, dos afrodescendentes, dos roma e dos membros de outros grupos étnicos. Também abraçaram a busca por soluções colaborativas e inclusivas para contemplar as lacunas no acesso destas populações à saúde. Representantes dos povos indígenas, dos afrodescendentes, dos roma, dos ministérios da Saúde e de organizações multilaterais colaboraram na elaboração desta política e comprometeram-se a apoiar sua implementação. A Política sobre etnia e saúde torna a Região das Américas a primeira da Região da Organização Mundial da Saúde a reconhecer a importância de adotar o enfoque intercultural para enfrentar as iniquidades em saúde. Acredito firmemente que esta política servirá como uma importante ferramenta nos esforços de toda a comunidade da saúde pública de avançar rumo à saúde universal ao reduzir as desigualdades e iniquidades em saúde entre os grupos étnicos
En septembre 2017, à la 29e Conférence sanitaire panaméricaine (69e session du Comité régional de l'Organisation mondiale de la Santé pour les Amériques), les États Membres de l'OPS ont unanimement approuvé la Politique sur l'ethnicité et la santé. Par cette politique, les États Membres ont convenu de garantir une approche interculturelle de la santé et un traitement équitable des Autochtones, des Roms, des populations d'ascendance africaine, ainsi que des membres d'autres groupes ethniques. Ils ont également reconnu le besoin de solutions solidaires et collaboratives pour combler les lacunes d'accès à la santé de ces populations. Des représentants des Autochtones, des Roms et des populations d'ascendance africaine, des ministères de la Santé et des organisations multilatérales ont participé à l'élaboration de cette politique et se sont engagés à appuyer sa mise en Åuvre. La Politique sur l'ethnicité et la santé fait de la Région des Amériques la première Région de l'Organisation mondiale de la Santé à reconnaître l'importance d'adopter une approche interculturelle pour répondre aux inégalités en matière de santé. Je crois profondément de cette politique constituera un outil essentiel dans les efforts déployés par l'ensemble de la communauté de la santé publique pour progresser vers la santé universelle en réduisant les inégalités et les iniquités de santé dans les groupes ethniques de la population.
In September 2017, at the 29th Pan American Sanitary Conference (69th Session of the Regional Committee of the World Health Organization for the Americas), PAHO Member States unanimously approved the Policy on Ethnicity and Health. With this policy, the Member States agreed to guarantee an intercultural approach to health and equitable treatment of indigenous peoples, Afro-descendants, Roma populations, and members of other ethnic groups. They also embraced the need for inclusive, collaborative solutions to address the gaps in access to health for these populations. Representatives from indigenous peoples, Afrodescendants, and Roma populations, ministries of health, and multilateral organizations participated in the development of this policy and committed to supporting its implementation. The Policy on Ethnicity and Health makes the Region of the Americas the first World Health Organization Region to acknowledge the importance of adopting an intercultural approach to address inequities in health.
Assuntos
Humanos , Conferência Sanitária Pan-Americana , Cobertura Universal de Saúde , Política de Saúde , Etnicidade , Cidade de Roma/etnologia , Características Culturais , Grupos Populacionais/etnologia , População Negra/etnologia , Saúde de Populações Indígenas , Determinantes Sociais da Saúde/etnologia , Estratégias de eSaúdeRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Neutropenia étnica benigna é uma condição caracterizada por uma redução da contagem dos neutrófilos abaixo de 1.500 mm³ na circulação sanguínea, estando ausentes as causas secundárias, adquiridas ou congênitas. Ocorre,principalmente, em populações negras e seus descendentes, não apresentando problemas recorrentes de infecção. Diversos estudos realizados em outros Países, em que a etnia negra é importante na composição populacional, como no Brasil, mostram a importância do conhecimento da neutropenia étnica. O objetivo deste estudofoi investigar a prevalência de neutropenia étnica benigna, no meio de uma população trabalhadora, aparentemente saudável, realizado em um hospital de grande porte.MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal, envolvendo 347 voluntários,que estavam dentro dos critérios de inclusão do estudo.RESULTADOS: Os dados deste estudo demonstraram entre os trabalhadores estudados, nove (2,59%) entraram nos critérios diagnósticos para neutropenia étnica benigna. Relativamente em relação aos brancos participantes, os negros, pardos e amarelos apresentaram menor contagem de neutrófilos.CONCLUSÃO: Levando-se em consideração o aspecto racial, este estudo mostrou que pessoas negras e seus descendentes podem apresentar diminuição na contagem de neutrófilos, sem predisposição a infecções.(AU)
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Benign ethnic neutropeniais a condition characterized by a neutrophil count reduction under 1.500 mm³ in blood circulation, with absence of acquired or congenital secondary causes. It occurs mainly among afro populations or their descendants not presenting problems with recurrent infections. Different papers performed in other countries, in which the Black ethnicity is important in the population composition, such as in Brazil, discuss the importance of knowing about ethnic neutropenia. The aim of this paper was to investigate the prevalence of benign ethnic neutropeniain an apparently healthy working population of a large hospital.METHOD: This transversal study comprised 347 volunteers whomet the study inclusion criteria.RESULTS: According to this paper, nine (2.59%) among the studied employees met the diagnostic criteria for benign ethnic neutropenia.Relatively in relation to Caucasian participants, Black, Brownand Yellow people presented a lower neutrophil count.CONCLUSION: Considering the racial aspect, this study showedthat afro people and their descendants may present a neutrophilcount reduction, without predisposition to infections.(AU)
Assuntos
Humanos , Recursos Humanos em Hospital , População Negra/etnologia , Neutropenia/epidemiologia , Doenças Profissionais , Prevalência , Estudos Transversais/instrumentação , Inquéritos e QuestionáriosRESUMO
Race differences in health have been extensively analyzed and documented in the literature, especially between African Americans or blacks and whites in the United States. Despite the vast literature in the area, the majority of studies that explore the relationship between race and health use outcomes such as self-rated health, mortality or morbidity, and disability, but very few use Health-Related Quality of Life (HRQoL) measures and their domains or dimensions. This narrative review aims to provide a better understanding of the relationship between race and health domains that are commonly used in preference-based HRQoL measures. We investigated the literature on race, physical health, mental health, pain and discomfort, cognition, neurologic spectrum domains, dexterity, ambulation, vitality and social functioning domains. We conducted a literature search and review using the key words race and the health domain of interest, using medical and social sciences databases, such as MEDLINE/Pubmed, Web of Science, and the Google Scholar portal.The majority of the studies identified in the literature show that African Americans or blacks in the United States tend to have lower scores than whites throughout a variety of health domains found in preference-based HRQoL measures. This review also emphasizes the scarcity of studies that investigate some health domains, such as social functioning, dexterity, vitality and neurologic spectrum domains, and therefore we identify the need for more studies focusing on race and measures that address such domains.
A literatura sobre raça nos Estados Unidos está repleta de estudos que documentam diferenças na saúde entre negros e brancos. Entretanto, a maioria dos trabalhos que exploram a relação entre raça e saúde utiliza medidas com saúde autorrelatada, mortalidade e morbidade, mas poucos empregam medidas de qualidade de vida relacionada à saúde e seus domínios específicos. Este artigo revisa a literatura sobre raça e qualidade de vida relacionada à saúde, especificamente examinando os domínios que constituem as principais medidas baseadas na teoria da utilidade: saúde física; saúde mental; dor e desconforto; cognição; domínios neurológicos; destreza; locomoção; vitalidade; e funcionamento social. Conduziu-se uma revisão da literatura usando as palavras-chave raça e o domínio da qualidade de vida de interesse nos Estados Unidos. Foram consultadas as bases de dados Medline/Pubmed, Web of Science e o portal Google Scholar. A maioria dos estudos sobre diversos domínios das medidas de qualidade de vida investigados sugere que negros têm pior qualidade de vida do que brancos nos Estados Unidos. A revisão salienta a escassez de estudos que exploram a relação entre raça e alguns domínios, como, por exemplo, funcionamento social, destreza, vitalidade e domínios de escopo neurológico, e, portanto, mostra a necessidade de que futuros estudos examinem a relação entre raça e estes domínios.
La literatura sobre raza en los Estados Unidos está repleta de estudios que documentan diferencias en la salud entre negros y blancos. No obstante, la mayoría de los trabajos que explotan la relación entre raza y salud utiliza medidas con salud autorrelatada, mortalidad y morbilidad, pero pocos emplean medidas de calidad de vida relacionada con la salud y sus dominios específicos. Este artículo revisa la literatura sobre raza y calidad de vida relacionada con la salud, específicamente, examinando los dominios que constituyen las principales medidas basadas en la teoría de la utilidad: salud física; salud mental; dolor y molestias; cognición; dominios neurológicos; agilidad; locomoción; vitalidad; y funcionamiento social. Se realizó una revisión de la literatura usando las palabras-clave raza y el dominio de la calidad de vida de interés en los Estados Unidos. Se consultaron las bases de datos Medline/Pubmed, Web of Science y el portal Google Scholar. La mayoría de los estudios sobre diversos dominios de las medidas de calidad de vida investigados sugiere que los negros tienen peor calidad de vida que los blancos en los Estados Unidos. La revisión resalta la escasez de estudios que explotan la relación entre raza y algunos dominios, como, por ejemplo, funcionamiento social, agilidad, vitalidad y dominios de objetivo neurológico, y, por tanto, muestra la necesidad de que futuros estudios examinen la relación entre raza y estos dominios.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Saúde das Minorias Étnicas , População Negra/etnologia , População Branca/etnologia , Desigualdades de Saúde , Nível de Saúde , Qualidade de Vida , Estados Unidos/etnologia , Saúde Mental , Fatores SocioeconômicosRESUMO
Mortalidad infantil y en la niñez de pueblos indígenas y afrodescendientes de América Latina: Inequidades estructurales, patrones diversos y evidencia de derechos no cumplidos. Este documento forma parte de las actividades realizadas en el marco del Convenio de colaboración entre la Organización Panamericana de la Salud (OPS) y la Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL), a través del CELADE-División de Población, y del Plan de trabajo 2009 CEPAL/CELADE-Fondo de Población de Naciones Unidas (UNFPA).
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Mortalidade/etnologia , Censos , Análise de Situação , Direitos Humanos/normas , População Negra/etnologia , Povos Indígenas/estatística & dados numéricos , América Latina/etnologiaAssuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , População Negra/estatística & dados numéricos , População Negra/etnologia , População Negra/psicologia , Psicologia do Adolescente/estatística & dados numéricos , Psicologia do Adolescente/métodos , Psicologia do Adolescente/tendências , Síndrome da Imunodeficiência Adquirida/etnologia , Brasil , Saúde das Minorias Étnicas , Desigualdades de Saúde , Vulnerabilidade em Saúde , Preconceito , Problemas Sociais/etnologia , Violência/etnologia , Violência/psicologiaRESUMO
A cada minuto uma mulher morre no mundo em decorrência do trabalho de parto ou complicações da gravidez. A mortalidade materna configura-se no Brasil como um problema de saúde pública, atingindo desigualmente as várias regiões brasileiras. É consenso que a mulheres acometidas pela morte materna são as de menor renda e escolaridade. Juntamente com as questões sócio-econômicas, emerge a questão racial. A análise é difícil de ser realizada em virtude da dificuldade de entendimento da classificação raça/cor que muitas vezes impede o registro dessa informação. Vários Comitês de Morte Materna estão utilizando o quesito cor e revisando seus dados. Este artigo analisa vários relatórios de Comitês de Morte Materna, mostrando que o risco de mortalidade materna é maior entre as mulheres negras, o que inclui as pretas e pardas, configurando-se em importante expressão de desigualdade social. Ao final, apresenta-se uma revisão de recomendações para diminuição da Mortalidade Materna, enfatizando ações políticas e técnicas que possam contribuir para tal.
Every minute a woman dies in the world due to labor or complications of pregnancy. Maternal mortality is a public health problem in Brazil and affects the country's various regions unequally. Researchers agree that maternal death occurs mainly in women with lower income and less schooling. The racial issue emerges in the midst of socioeconomic issues. The analysis is hampered by the difficulty in understanding Brazil's official classification of race/color, which often impedes recording this information. Various Maternal Mortality Committees are applying the color item and reviewing their data. The current article analyzes various Maternal Mortality Committee reports, showing that the risk of maternal mortality is greater among black women (which encompasses two census categories, negra, or black, and parda, or brown), thus representing a major expression of social inequality. The article concludes with a review of political and technical recommendations to decrease maternal mortality.