RESUMO
Vinte e seis espécies de triatomíneos são conhecidas na Bahia, apesar disso, a incriminada como a maior responsável pela transmissão da doença de Chagas (DCH) no Estado é exótica (alóctone) T. infestans.
RESUMO
A Bahia possui 26 espécies de vetores da doença de Chagas, neste cenário é importante avaliar o nível de domiciliação das espécies. O padrão de ocorrência destes vetores no domicílio (intra e peri), sua distribuição espacial e os principais determinantes dessas distribuições são condições básicas para o planejamento do controle vetorial. Desta forma, o objetivo desta pesquisa é avaliar o perfil de domiciliação e desenvolver mapas de distribuição espacial dos vetores da doença de Chagas na Bahia.
RESUMO
Triatomíneos são vetores em ciclos de transmissão silvestres do T. cruzi. Algumas espécies, no entanto, são capazes de se adaptar às ações antrópicas na paisagem natural, passando a coabitar com o homem e animais domésticos, em seu domicílio.
RESUMO
Identificar áreas mais vulneráveis à transmissão da doença de Chagas na Bahia por triatomíneos sinantrópicos é fundamental para orientar as ações de prevenção, controle e vigilância epidemiológica. O objetivo deste trabalho foi classificar os municípios da Bahia quanto à vulnerabilidade para transmissão vetorial da doença de Chagas. Utilizamos os seguintes indicadores: Socioeconômicos (percentual de imóveis na zona rural vivendo em situação de extrema pobreza/2010); Demográficos (densidade demográfica/2008); Entomológicos (ocorrência das espécies no município, ponderada de acordo com a sua importância). A ponderação foi baseada em: (a) Padrão de ocorrência dos vetores nos domicílios e (b) capacidade de colonização comparativamente em dois períodos (1957-1971 e 2006-2015); (c) níveis de infecção natural por T. cruzi e (d) padrões alimentares das espécies sinantrópicas em 2013 e 2014. Os demais indicadores foram obtidos das bases do censo demográfico 2010. Para a modelagem das informações, foram analisados dados da ocorrência de triatomíneos na Bahia no período de 2006 a 2015. Para estimar a vulnerabilidade utilizou-se a Análise Multicritério de Decisão (AMD) no aplicativo PRADIN® 3.0, que implementa o algoritmo Promethée II. A AMD indicou a existência de municípios com alta vulnerabilidade para transmissão vetorial domiciliar do T. cruzi em quase todo o território do Bahia, com exceção do sul do Estado, que foi classificado como de baixa vulnerabilidade. As microrregiões de Irecê, Feira de Santana, Serrinha, Guanambi e Euclides da Cunha apresentaram maior número de municípios altamente vulneráveis. Os municípios com alta vulnerabilidade apresentaram maior pobreza na zona rural, densidade demográfica e maior frequência de espécies sinantrópicas e epidemiologicamente relevantes. A AMD auxiliou a identificar municípios vulneráveis para transmissão vetorial da doença de Chagas na Bahia, o que é fundamental para direcionamento das ações de vigilância e controle
RESUMO
A doença de Chagas ainda é um dos principais problemas de saúde pública em toda a América Latina, acometendo entre 16 a 18 milhões de pessoas e causando cerca de 50.000 mortes por ano. O Trypanosoma cruzi é o protozoário causador da doença de Chagas e tem como principal forma de transmissão a vetorial. O objetivo desta pesquisa foi detectar e genotipar molecularmente as linhagens de T. cruzi em triatomíneos sinantrópicos no Estado da Bahia. As coletas foram realizadas em parceria com a SESAB em 2013 e 2014, com 842 coletas em 127 municípios, onde coletou-se 6099 triatomíneos em 15 espécies. Após triagem e amostragem proporcional e estratificada por ambiente de coleta e espécie, 1250 exemplares foram selecionados. O DNA das amostras e controles foi purificado respectivamente com os kits DNAzol® ou QIAamp® DNA Mini Kit e a concentração aferida em espectrofotômetro ND-1000 V3.3 e ajustada a ~100ng/uL. As PCRs com volume de 25uL seguiram o protocolo da TopTaq_MasterMix® - QIAGEN utilizando 1uL de amostra. As PCRs foram realizadas em duplicata, e os resultados analisados em gel de agarose 2% com o Sistema Gel Micro™ SSP One Lambda, sob luz UV e fotodocumentados no UVP - iBox® Scientia™ com o software VisionWorks®LS Analysis. O alvo molecular avaliado, foi a região intergênica do gene de mini-exon utilizando os iniciadores TCC, TC1 e TC2, capazes de detectar o T. cruzi e subgenotipar em TC1 (350pb) e TC2 (300pb). Resultados preliminares em 519 amostras estratificadas por ambiente de coleta (Intra = 179, Peri = 270, Silvestre = 70) determinaram que a taxa média de infecção dos triatomíneos pelo T. cruzi foi de 10,0%, e 2,2%, 9,8% e 20,0% nos ambientes, respectivamente. As espécies mais infectadas foram T. brasiliensis (20,0%, n=7), T. juazeirensis (20,7%, n=6), T. pseudomaculata, (10,9%, n=7), T. sordida (10,3%, n=14) e T. sherlocki (8,6%, n=5). Estes resultados demostram que as espécies citadas mantêm o risco de transmissão da doença de Chagas no Estado da Bahia.