As passivações e seus destinos: As três dimensões do conceito de passivação de Andre Green

O artigo apresenta uma introdução ao conceito de passivação introduzido mas pouco desenvolvido por André Green como parte de sua elucidação dos estados limite. O autor propõe diferenciar (e articular) uma passivação originária (normal), uma passivação traumática e uma passivação transferencial. Algumas consequências técnicas são ilustradas com uma vinheta clínica

This article introduces the concept of passivation introduced by André Green as part of his elucidation of borderline states. The author proposes to differentiate (and articulate) an original (normal) passivation, a traumatic passivation, and a transferential passivation. Some technical consequences are illustrated with a clinical vignette

André Green. El pensamiento clínico: contemporáneo, complejo, terciario

Este artículo se ocupa de la noción de «pensamiento clínico¼ formulada por André Green. Propone entenderla en el contexto general de la obra de dicho autor en relación a tres ejes conceptuales que cualifican al pensamiento clínico como: contemporáneo, complejo y terciario. En primer lugar se ubica al «pensamiento clínico¼ en el recorrido intelectual de A. Green, dentro de lo que se denomina «giro del año2000¼ marcado por el proyecto de un nuevo paradigma o modelo psicoanalítico contemporáneo, para superar la crisis de los modelos post freudianos (kleiniano, lacaniano, etc.). En este contexto se señala la doble vertiente del pensamiento clínico: epistemológica y de teoría de la clínica. En el plano epistemológico,se plantea la íntima relación del pensamiento clínico con el paradigma de la complejidad (desarrollado por autores como E. Morin), así como ciertas críticas a la ideología y al reduccionismo (por importación de métodos y modelos extra analíticos) que guía la política de investigación en la IPA. La noción de «pensamiento clínico¼ busca precisar la especificidad del pensamiento psicoanalítico en la práctica yen la producción teórica. En el plano clínico se desarrolla la relación del pensamiento clínico con el modelo contemporáneo, que procura articular y superar los modelos freudiano y post freudianos; en especial complejizandola concepción del trabajo (psíquico) del analista, más allá de la atención flotante y la contratransferencia.Se presenta la interrelación en la obra de André Green de la noción de pensamiento clínico con las de «matriz dialógica del encuadre¼ y «encuadre interno¼

O pensamento clínico: contemporâneo, complexo, terciário

A noção de pensamento clínico inscreve-se no centro do projeto que impulsionou a obra de André Green - especialmente após o ano 2000 - de um novo paradigma psicanalítico contemporâneo: freudiano, pluralista, complexo. Pensamento clínico é um conceito que conjuga uma dimensão epistemológica e uma dimensão técnica, renovadora da teoria da clínica. Por isso, este artigo aborda, em primeiro lugar, o pensamento clínico em relação à epistemologia complexa (Morin, Atlan, Castoriadis) e ocupa-se da sua relação com a noção de processos terciários (Green) e de pensamento terciário (Urribarri). Em segundo lugar, esclarece-se sua especificidade clínica (relacionada com uma original teorização do enquadre analítico) em torno do trabalho psíquico do analista que é concebido como um eixo conceitual terciário: inclui a atenção flutuante (chave do modelo freudiano), a contratransferência (do modelo pósfreudiano), fundando a escuta analítica no enquadre interno do analista (chave do modelo contemporâneo). Finalmente, esboça-se o colocar em cena desta perspectiva em relação ao funcionamento neurótico (ou do sonho) e o não-neurótico (ou do ato)

Legado de André Green: recordar, elaborar, assumir

Palavras pronunciadas no funeral de André Green, no dia 27 de Janeiro

de 2012, na cidade de Paris, França

André Green: o pai na teoria e na clínica contemporânea

Este texto corresponde à conferência de abertura do colóquio em

homenagem a André Green, “O pai na psicanálise contemporânea”, por

ocasião da comemoração dos seus oitenta anos. Propõe uma visão panorâmica

da obra deste autor, seguindo o fio temático da questão do pai, do Édipo

e da terceiridade na teoria e clínica psicanalíticas. Procura historicizar seu

pensamento situando-o em relação a J. Lacan e ao movimento pós-lacaniano,

finalizando com a elaboração de um novo modelo psicanalítico contemporâneo,

contextualizando, assim, suas idéias mais originais. Destacam-se, nesta trajetória,

seus estudos sobre as mudanças ocorridas na clínica psicanalítica das estruturas

não-neuróticas (complexo da mãe-morta, posição fóbica central), e as suas idéias

sobre a terceiridade, a triangularidade aberta com um terceiro substituível e a

bi-triangularidade

O legado de André Green: recordar, elaborar, assumir

Discurso pronunciado em 27 de janeiro de 2012, no Cemitério do Père Lachaise (Paris), durante a cerimônia de adeus a André Green

O inconsciente e a linguagem na psicanálise contemporânea

Urribarri percorre neste texto a história das contribuições de André Green à questão da linguagem na psicanálise. Dessa perspectiva, ele destaca três momentos principais na obra do autor. De início, em um período "lacaniano" (anos 1960), Green estuda a linguagem e a simbolização no horizonte intelectual delineado pelas teses de Lacan. Segue-se a fase "pós-lacaniana" (anos 1970-1980), fase crítica, na qual ele examina os impasses reducionistas do lacanismo, contesta a exclusão do afeto e conceitua a especificidade da linguagem na e para a psicanálise. Chega, por fim, à "etapa contemporânea" (anos 1990, até 2010): a linguagem é elucidada "no seio da teoria generalizada da representação" em articulação com as teorias da terceiridade e do trabalho do negativo, e seu papel é redefinido no centro dos processos de criação e de destruição do sentido

André Green: o pai na teoria e na clínica contemporânea

Este texto corresponde à conferência de abertura do colóquio em homenagem a André Green, "O pai na psicanálise contemporânea", por ocasião da comemoração dos seus oitenta anos. Propõe uma visão panorâmica da obra deste autor, seguindo o fio temático da questão do pai, do Édipo e da terceiridade na teoria e clínica psicanalíticas. Procura historicizar seu pensamento situando-o em relação a J. Lacan e ao movimento pós-lacaniano, finalizando com a elaboração de um novo modelo psicanalítico contemporâneo, contextualizando, assim, suas idéias mais originais. Destacam-se, nesta trajetória, seus estudos sobre as mudanças ocorridas na clínica psicanalítica das estruturas não-neuróticas (complexo da mãe-morta, posição fóbica central), e as suas idéias sobre a terceiridade, a triangularidade aberta com um terceiro substituível e a bi-triangularidade

O pensamento clínico contemporâneo: uma visão histórica das mudanças no trabalho do analista

O principal objetivo deste trabalho é contribuir para compreensão das mudanças ocorridas na clínica psicanalítica contemporânea, a partir do ponto de vista histórico e conceitual. O artigo aborda as três etapas históricas sucessivas da atividade do analista - seguindo o fio condutor da teoriazação e da contratransferência -: freudiana, pós-freudiana e contemporânea. Concentra-se, em particular , nas mudanças introduzidas na passagem do segundo para o terceiro modelo; de um conceito totalizante da contratransferência - que inclui a totalidade do funcionamento mental do analista e que é núcleo do modelo clínico pós-freudiano - até a concepção enquadrada da contratransferência dentro de uma mais ampla e complexa visão contemporanêa do trabalho psíquico do analista na qual as noções de enquadre e de enquadre interno são centrais, e na qual a contratransferência enquadra-se e está subordinada ao pensamenteo clínico do analista

Las prácticas actuales y el paradigma contemporáneo. Las tres concepciones de la contra-transferencia y el trabajo psíquico del analista

Para elucidar la práctica actual, este trabajo analiza la sucesión de tres etapas históricas (y de los tres modelos o paradigmas correspondientes) en la evolución de la actividad del analista, siguiendo como hilo conductor las definiciones y usos de la contratransferencia: freudiana, post-freudiana y contemporánea. . .