RESUMEN
Hemosiderotic fibrohistiocytic lipomatous tumors are rare neoplasms that were first described in 2000. Initially considered a benign lipotamous lesion of the soft tissues, nowadays they are considered to be a locally aggressive tumor. They occur mainly in the foot and ankle of women in their fifth and sixth decades, although they may be found in any place in the lower limbs and, more rarely, in other parts of the body. Histologically, hemosiderotic fibrohistiocytic lipomatous tumors consist of a mixture of mature adipose tissue, fusiform cell fascicles, macrophages that often contain cytoplasmic hemosiderin, mononuclear inflammatory infiltrate, and stroma that may be focally myxoid. Local recurrence is observed in nearly one-third of all cases. There is no consensus in the literature whether this tumor is a part of a spectrum that comprises pleomorphic hyalinizing angiectatic tumors and myxoinflammatory fibroblastic malignant tumors, or if it is an independent entity. The authors report a case of a neoplasia after a diagnosis of a hemosiderotic fibrohistiocytic lipomatous tumor in a 38-year-old woman, with two recurrences and later sarcomatous transformation. An immunohistochemical study indicated myofibroblastic differentiation of a malignant neoplasm. To the best of the authors' knowledge, there are only few reported cases of malignant transformation in hemosiderotic fibrohistiocytic lipomatous tumors.
Os tumores lipomatosos fibrohistiocíticos hemosideróticos são neoplasias raras que foram descritas pela primeira vez no ano 2000. Inicialmente considerada uma lesão lipomatosa benigna dos tecidos moles, atualmente é considerado um tumor localmente agressivo. Estas lesões ocorrem principalmente no pé e no tornozelo das mulheres na quinta e sexta décadas de vida, embora possam ser encontrados em qualquer lugar nos membros inferiores e, mais raramente, em outras partes do corpo. Histologicamente, tumores lipomatosos fibrohistiocíticos hemosideróticos são formados por uma combinação de tecido adiposo maduro, fascículos de células fusiformes, macrófagos que contêm frequentemente hemosiderina citoplasmática, infiltrado inflamatório mononuclear e estroma, que pode ser focalmente mixoide. Há recidiva local em quase um terço dos casos. Não existe consenso na literatura se este tumor faz parte de um espectro que envolve os tumores angiectásicos hialinizantes pleomórficos e os tumores fibroblásticos mixoinflamatórios malignos, ou se configura uma entidade independente.Relatamos um caso de uma neoplasia após o diagnóstico de tumor lipomatoso fibrohistiocítico hemosiderótico em uma mulher de 38 anos, com duas recorrências e posterior transformação sarcomatosa. Um estudo imuno-histoquímico indicou diferenciação miofibroblástica de uma neoplasia maligna. Para nosso conhecimento, há apenas poucos casos relatados de uma transformação maligna em tumores lipomatosos fibrohistiocíticos hemosideróticos.