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Teste de Esforço , Humanos , Brasil , Teste de Esforço/normas , Teste de Esforço/métodos , Adulto , Feminino , Masculino , Doenças CardiovascularesRESUMO
INTRODUÇÃO: Mulheres atletas estão cada vez mais atuantes e sendo submetidas a uma carga de treino cada vez mais elevada e suas consequências ainda são pouco conhecidas no que tange atletas de futebol em treinamento intenso e prolongado, diferentemente dos dados já bem estabelecidos na literatura internacional em relação as atletas de endurance. MATERIAL: Foram avaliadas 47 atletas profissionais consecutivamente em APP, com idades entre 17 e 33 anos (média 25,2), tempo médio de atividade de 9,7 anos e tempo médio de treinamento/dia de 5,5 horas. Realizados história médica e esportiva, exame físico, ECG, Teste Ergométrico (Rampa, limitado por exaustão ou sintomas/sinais) e Ecocardiograma com doppler colorido, além de exames laboratoriais. RESULTADOS: ECG com alterações foram 32 (68%), sendo 18 (38,2%) com bradicardia sinusal; 10 com DCRD (21,2%); quatro com BAV de 1º grau (8,5%); nove com alterações da repolarização ventricular (19,14%); uma com repolariazação precoce (2,1%) e uma com BDAS (2,1%). No ECO apenas uma atleta com hipertrofia de VE (HVE) (2,1%) e uma com PVM (2,1%). Três atletas apresentaram alterações no TE, sendo uma (2,1%) com extrassístoles ventriculares (EV) frequentes isoladas em todas as fases; uma (2,1%) com EV polimórficas no esforço e período de taquicardia ventricular não sustentada na recuperação (submetida a Ressonância Magnética que se revelou normal); uma (2,1%) com infradesnível do segmento ST horizontal e onda T negativa, apenas na recuperação, sem sintomas associados (com cintilografia normal). Os exames laboratoriais não apresentaram alterações com significado clínico relevante. CONCLUSÕES E DISCUSSÃO: Atletas mulheres profissionais de futebol parecem não desenvolver ao ecocardiograma as alterações típicas do "coração de atleta" descritas em homens. As alterações comumente encontradas ao ECG em atletas foram diagnosticadas em 68% do grupo estudado, enquanto apenas uma atleta apresentou sinais de HVE. Esses achados sugerem que tais adaptações podem ocorrer em mulheres, ainda que fora dos padrões ecocardiográficos aceitos atualmente para definição dessa condição, não estando no escopo deste estudo a comparação entre os gêneros assim como a avaliação indexada dos parâmetros ecocardiográficos, sabidamente aumentados nas mulheres atletas quando comparada aos homens (braço deste estudo já em andamento). Avaliar outras variáveis, principalmente de forma indexada e assim como métodos mais sensíveis, podem ajudar a entender melhor esse aparente paradoxo.
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Mulheres , Atletas , Bradicardia , Taquicardia Ventricular , Eletrocardiografia , Cardiomegalia Induzida por Exercícios , HipertrofiaRESUMO
Sports competition can be a trigger to fatal arrhythmias in predisposed individuals, leading to sudden cardiac death. Athletes have 2.8 fold more risk of sudden cardiac death than non-athletes. However, female athletes seem to have some cardiac protection, dying suddenly much less than men during sports. Although the mechanisms for this protection have not been well established until now, hormonal, genetic and molecular factors may play a role in it. The so-called "fair sex" might harbour the key for sudden cardiac death prevention
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Humanos , Masculino , Feminino , Esportes/fisiologia , Prevalência , Morte Súbita Cardíaca/prevenção & controle , Arritmias Cardíacas , Cardiomiopatia Hipertrófica , Doença da Artéria Coronariana , Fatores Sexuais , Eletrocardiografia/métodosAssuntos
Cardiologia/normas , Doenças Cardiovasculares/diagnóstico , Exercício Físico/fisiologia , Medicina Esportiva/normas , Atletas , Brasil , Doenças Cardiovasculares/diagnóstico por imagem , Doenças Cardiovasculares/genética , Doenças Cardiovasculares/prevenção & controle , Humanos , Sociedades Médicas , Esportes/fisiologiaRESUMO
Sudden cardiac death in sports is still controversial. Despite being a rare event, the death of an apparently healthy young athlete causes a major impact on the media. On the other hand, for being a rare event, it is clearly undervalued. Sports preparticipation cardiological assessment is one of the most effective preventive medical actions for professional and amateur endurance athletes. The regular and supervised practice of physical exercise does not kill. We believe that deaths are triggered by excessive physical training and use of drugs, in individuals with not diagnosed or undervalued heart diseases. It is necessary to make health professionals and athletes aware of the athletes' physiological limits, in addition to preparing the athletes properly when they try to overcome human limits
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Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Esportes , Morte Súbita , Resistência Física , Comorbidade , Atletas , Parada CardíacaRESUMO
A doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de morbidade e mortalidade nas mulheres. Um dos fatores que dificulta o reconhecimento precoce da DAC é a manifestação clínica, uma vez que os sintomas no gênero feminino são mais atípicos, podendo aparecer como náusea, dispneia, fadiga, desconforto epigástrico, dor na região dorsal, cervical ou mandibular. As mulheres apresentam frequentemente DAC não obstrutiva associada à disfunção microvascular ou endotelial ou outras alterações cardiovasculares, que reduzem a acurácia dos exames não invasivos. O teste de exercício (TE), um dos mais utilizados no diagnóstico da isquemia miocárdica, apresenta baixo valor preditivo positivo no diagnóstico de DAC nas mulheres. Algumas explicações para a menor acurácia do TE são: baixa amplitude eletrocardiográfica pela presença de mamas volumosas, influência autonômica e hormonal, níveis menores de hemoglobina, tamanho menor das artérias coronárias, maior prevalência de doença coronariana uniarterial, aumento inapropriado de catecolaminas ao esforço e o estrogênio. As diretrizes recomendam indicar o TE nas mulheres com risco intermediário, eletrocardiograma de base normal e condição aeróbica superior a 5 MET, para melhorar acurácia do método. Algumas variáveis podem também contribuir no valor prognóstico do exame, como: o escore de Duke (adaptado para mulher) a capacidade de exercício, o índice cronotrópico e a recuperação da frequência cardíaca. Entender as diferenças específicas do comportamento da DAC na mulher, desde a fisiopatologia, apresentação clínica e procedimentos diagnósticos, é fundamental para a detecção precoce da doença, instituição do tratamento adequado e consequentemente, redução da mortalidade. (AU)
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Mulheres , Isquemia Miocárdica , Doença das Coronárias , Teste de EsforçoRESUMO
A prática regular de exercícios de alta intensidade tem sido relacionada com alterações no tamanho e no ritmo cardíaco de atletas há séculos. Mais recentemente, com o avanço dos exames complementares no século 20, tais alterações foram bem descritas e definidas como adaptações fisiológicas, sendo conhecidas como "coração de atleta". Entretanto, até meados da década de 90 estas adaptações não tinham sido descritas em mulheres. Acredita-se que isso se deva não só à presença de menos atletas do sexo feminino até aquele período e com uma intensidade menor de treinamento, mas também à quantidade inferior de androgênios circulantes. Atualmente, as adaptações do coração de atleta também, têm sido evidenciadas nas mulheres atletas, porém, parecem ocorrer de maneira diferente e em menor proporção do que os homens atletas.
Regular intensive physical training has been associated with changes in cardiac size and heart rate for centuries. Recently, with the advancement of multimodality imaging in the 20th century, such changes have been well described and defined as physiological adaptations, known as the "athlete's heart", However, until the middle of the 90's these adaptations had never been described in women, not only because of the small number of female athletes until that time, but also due to the lower amount of circulating androgens. Recently, adaptations of the athlete's heart have also been demonstrated in women, but it seems to occur differently and less extensive than in men athletes.